O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.568. sexta - feira, 02 de fevereiro de 1990.

4 O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém. sexta-feira. 2 de fevereiro de 1990 Comunidade unida em prol do Satéli!~- Os problemas que atingem a maioria dos conjuntos habitacio– nais da cidade são bastante se– melhantes. o conjunto Satélite. localizado na rodovia Augusto Montenegro. uma das maiores di– ficuldades enfrentadas pelos mo– radores é o estado critico dos es– gotos. permanentemente entupi– dos. e das ruas. \lilimas da irre– gularidade na coleta de lixo. A falta de água em determinados trechos também é apontada co– mo moli\'O de transtorno para os que ali residem. Por outro lado. o Centro Comunitário Satélite ten– ta. na medida do possível. mini– mizar essas dificuldades e buscar melhorias para o local. Convênio ma das primeiras obras da nova diretoria do centro comuni– tário é o convênio firmado com a Socipe, iniciado no último dia 26. e que terá lugar na sede do antigo " Pacotão das Carnes". Segundo Leonice Souza. vice-presidente do centro. as empresas de ali– mentação comprometeram-se a oferecer produtos a preços mais acessíveis para servir à popula– ção e. em contrapartida, a enti– dade comunitária cede o espaço. Leonice Souza disse que os moradores são penalizados com a irregularidade da coleta de lixo: ··o carro passa só uma vez por semana. E muito pouco para atender a demanda". Outro pro– blema levantado pela vice– presidente foi a falta de água nas travessas WE 10, li e 12, "que há três anos convivem com essa si– tuação". A diretora disse que a entidade tentará soluc.iooar o problema. Quanto ao transporte coletivo, o centro comunitário de– verá desenvolver um trabalho vi– sando minimizar os problemas do conjunto relativos ao setor. " A única linha de ônibus que lemos não consegue atender toda a po– pulação do conjunto, os ônibus es- laonlce Souza tão sempre superlotados. Vamos tentar que outras empresas ve– nham atuar aqui ou então que au– mentem o número de ônibus da ~~!~u ~nrcª1.ega por aqui", A instalação de um PM Box e a melhoria do atendimento no centro de saúde local, bem como a extensão do horário de atendi– mento do posto, são outros pontos constantes do programa de tra– balho da diretoria, que assumiu há quatro meses. Segundo Leoni– ce Souza, o centro de saúde exis– tente no conjunto atende até às 14 horas e a intenção do centro co– munitário é contactar com o go– vernador Hélio Gueiros para ve– rificar a possibilidade de ampliar o atendimento para os penados da tarde e da noite, bem como aos sábados e domiQgos. A diretoria tentará obter, também, uma am– bulância para o centro de saúde. Conjunto Valparaíso protesta . contra racionamento de água Os moradores do Conjunto Ha– bitacional "Valparaiso", localizado à rodovia do Coqueiro, no municí– pio de Ananindeua, estão insatisfei– tos com o racionamento de água determinado pela direção do con– domínio. Segundo Edna Pessoa, se– cretária do escritório do condomínio, a medida foi adotada bá uma semana para evitar um co– lapso no sistema de abastecimen– to de água do conjunto, onde existe apenas uma caixa d'água para abastecer mais de 500 unidades ha– bitacionais, quase todas ocupadas. O racionamento, segundo Ed– na, está sendo feito diariamente das 13h30min às 17h30min. ''Desta forma, nós vamos diminuir o con– sumo. Com isso, a nossa divida com a Cosanpa, que abastece a caixa d'água através da rede geral do bairro, também vai diminuir", con– tou. Ela disse ainda que, em de– zembro, o condomínio pagou à Cosanpa mais de Cz$ 34.000,00. ''E o que estamos conseguindo arreca– dar com o pagamento das taxas condominiais ainda não é suficiente para pagar nossas dívidas", infor– mou. Edna explicou ainda que o nú– mero de inadimplentes chega a mais de 10% do total de 450 unida– des habitacionais. DesperdJc.io Segundo Edna, o consumo de água no conjunto é alto porque "muita gente que mora aqui apro– veitou para construir piscina em casa, provocando o desperdicio de água e prejudicando toda a comu– nidade". Os moradores João Alber– to Mattos, Maria Cristina da Silva e Hilton Lima, entretanto, não con– cordam com o racionamento. "A medida só traz mais problemas pa– ra a comunidade do Valparafso", protestou João Alberto Mattos. Pa– ra Maria Cristina ''o problema só seria resolvido se a direção do con– domfnio arrecadasse dinheiro pa– ra a construção de uma nova caixa d'água". Maria Cristina protestou contra o pagamento da taxa condc– minial : ''O que adianta pagarmos uma taxa de quase NCz$ 200,00 mensais e sermos obrigados a con– sumir uma água de péssima qua– lidade, que provoca coceiras nas pessoas e até mesmo diarréias?". O morador Hilton Lima também afirmou que a água consumida pe- Wogner Campos los moradores é de péssima qua– lidade. Mas as queixas dos moradores não param por ai. Oconjunto "Val– paraiso" está em péssimas condi– ções. As alamedas não têm pavimentação asfáltica, as valas e esgotos estão obstruídos, o sistema de coleta de lixo doméstico é feito de forma irregular e a falta de po– liciamento amedronta uma comu– nidade de quase 500 familias. " ôs estamos entregues à própria sorte. Nossos problemas aumentam a ca– da dia que passa e a Prefeitura de Anaoindeua não toma nenhuma providência", disse Wagner Cam– pos, 30 anos de idade, morador da alameda 6, casa 17. ''Alguns terre– nos baldios que ficam dentro do conjunto estão servindo como depô– sito de lixo. Isso é um fator preocu– pante, já que lixo atrai ratos e insetos nocivos à saúde", concluiu. A dlreçõo do condomlnlo decrelou o racionamento e desagradou a to– dos os moradores O serviço de coleta de lixo é feita de forma lnegular

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