O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.568. sexta - feira, 02 de fevereiro de 1990.

WMISMO ~ Ricardo Amaral dá sugestões para quem vai ao mais badalado balneário da América do Sul no momento 'Ti-ti-ti' e delícias de Punta del Este ' SOI.AIIOE NORONHA "Paulista, vacinado, são-pauli– no e casado há 24 anos com a mesma mulher (Gisela)." Assim se define rapidamente Ricardo Batelli do Amaral que, aos 48 anos de idade e 25 de Rio, se lem- bra com exatidão da primeira viagem que fez ao Exterior: "Foi em 1960, durante as férias escola– r(ls, pela Panair do Brasil. Conhe– ci então Roma, Paris e Lisboa." De lá para cá, foram tantos vôos internacionais que ele per– deu a conta. Afinal, nome ligado imediatamente a diversão, festas, vida noturna e boa comida, devi– do·aos vários restaurantes e boa– tes que já teve e tem hôje no Bra– sil e em Nova York - no Rio, por exemplo, seu Banana Café é o hit do momento -, Ricardo Amaral precisa estar sempre via- jando, não só para cuidar de seus negócios como para observar as tendências <}ue ªurgem nas prin– cipais capitais do Mundo. • '" Mas nem só -de trabalho vive o homem, e há períodos em que Ri– cardo faz as malas pensando ape– nas em se divertir, como nos três últimos réveillons, passados em Punta del Este, balneário uru~ guaio de que fala aqui. Nesses tempos de férias, Gisela sempre.o acompanha e, às vezes, também os filhos Ric, de 23 anos, e Ber– nardo, que na virada de 89 para 90 não pôde deixar o Rio, por es– tar orestando serviço militar. ■ ALUGUEL DE CARRO - "t ca• ro - cerca de 100 dólares por dia -, mas fundamental em Punta dei Este, onde as dlstAnclas a serem percorri· das são sempre grandes e há pou- Jh~~~~ ~a1t~~:;l~~: ctis locadoras de lá. A frota é toda de carros brasileiros, de boa qualidade, novos e bem conservados. Do aero– porto de Montevldéu até Punta não se gasta ma.lS"1lo que uma hora e dez minutos, sem correr e fazer loucu– ras. Aestrad;I é multo boa." ■ BICICLETA E MOTONETE - ~~n:eP=J ~•aroo~ das são como as nossas marcações nas praias daqui: Posto 1, 2..." ■ AS PRAIAS - "Como o próprio :::ii:Íl:laci~~ ~u:: r~:: ~~ outro, a Mansa, referências para vo– cê fazer sua escolha. Na primeira, o ~~~~ ~~~aé=.d~ =taii~u:i~·~~!f ~~~~li, gaúchas e argentiqàs lindas. óeta• ~ rf:!:sir1:dl~i~'gaf:1~' 0 pes- • O MELHOR H TEL - "Acho mais aconselhável ugar uma casl· nba ou um a nto - há de to- dos os tipos, tam os e preços -, ~~e.~~~~o~~o o L~A°u:~e.~~ :7: =~ t~n'óo~~ ~~t ~:º ifott ~ ~ro~ fácil conseguir resprvas nele, por• que o dono, um ~entino, só quer . =~~~tie~~r:- :a:i~:: corados com oaconlego de uma ca• sa, e um restauran onde, das cinco ~~;;!~~o a ~~~:: ~ ~fod~~ri!~.eii J~~~flta~~! num grande espeto de ferro e o que te mf\!~~ é o que vem com :mt~i:u~iure :~ =~ gaúchos descoi/J~am numa área chamada Co~l1_,Gr!ll, é o Pierre Já o mais tra~nal, como como Ô f:etª~~/ anttgo~o 1 :'q~5: ~~ são multo amplos, bias o hotel tem como principais atrativos uma gran- O que há de mais bonito em lta• mont~. uma_ pequena cidade do sul de Mmas, nao está à vista do turista menos atento. Talvez por Isso mui– tos Já tenham passado por lá a cami– nho de cidades maiores como São Lourenço ~m reparar em nada além do comerc10 de produtos naturais da cidade, parada obrigatória para Q),!em gosta de doces caseiros, ge– le~. comJ?Otas, mel e queijos - a pnncipal nqueza de ltamonte.. Mas o descaso é compreens(vel. Apesa,r de ter grande parte de seu ~~rr~o~ d=~~s~rp:ci~rr:sci~~ cantos naturais belíssimos, a cidade quase não tem como mostrá-los aos :1~tes. ~!º ~!t~~~j~~ ainda~reciso contar com a boa vontade do tempo para se aventurar ~n~~~~e! ~mJs~g:c~~e~a~~ Redondo e Monte Belo. Justamente em função dessas dlf!– culdades de acesso, ltamonte está se ~~1:f~~a~~ºa3~%svr!ª~: das ecolog!cas. A descoberta dessa vertente tur!stica da região está ~f:~~~ngl~ai~~r :fra~=a~~ ~:ore;~se8ft~et~::s~~ra os se- Em 1981, eles chegaram atraídos pela beleza e 1c50lamento de Rio Acl· ma, uma região de ltamonte, e fun- ~aj!,mosup'r:n~e3~~:i~~~~;/~ª!t ~a~!efo/:asam ~Ni~t~ ! cqmunidade está a%andonacfa. Mas Rfo Acima continua sendo um dos pontos mais atraentes de ltamonte, ~mu~mfiJ~~f!1:it~~efnf::is~ pastos verdes, árvores, Dores colori– das e casinhas com chaminés. de piscina, quadra de tlmls e o cassl· ~-d~~~~ ~ói1;!u:e~º~;=.~; ■ MAIS BARATOS - "No centro tr~~~~:· e': t!~~ 1 ~!J,tr~~: botelzinbos razoáveis. O melhor é o London, com diárias de 60 dólares ou 120 se o casal ficar no quarto andar, onde há umas suites bem transadi– nbas, com ar condicionado." ■ ALUGUEL DE CASAS E APAR· TAMENTOS - "Acorretora Mada- ~r'!!u~~ t~:~u~~!:ªars~~ to. Os apart-botéis também são uma boa solução, ruas só oferecem servi– ço de arrumaçã9 de cama, enquanto nas casas você conta com os empre– gados que cuidam do lugar." ■ BAIRRO - "O melhor é o Golf, onde fica o Golf Club da cidade, no centro da Praia Brava. O lugar é multo chique e lembra Berverly Hills, com suas casas sem muros e gramados superbem cuidados, a lim– peza lr;epreéns!vel da ruas, sensa– cional.'O aluguel de uma casa no =1l~/t~r:;~i!'.1e=~ mente se o grupo for grande." ■ HORÁRIOS - "São os mais dis- tar~!º~aP~:x!jli!~-~º~!ti noite. Eu gosto disso." ■ ONDE AI.IMOÇAR - tTenbo es- =Jore::1~i~~~~er MJ~~~a fe~ &iliJ}1~8:o 1~~~~:~g•R~~~ dos Bandeirll!ltes. Não é barato - uma pessoa gasta em média 70 dóla• res -, mas vale a pena. Além de funcionar também como um mini– botel, de três quartos, tem uma área embaixo•para se tomar sol, com ser• vlço de bar, eo restaurante no andar de cima, CO!Jl uma belíssima vista ~t.':i.m.fêo~~~~~a ~P~ l:: ~:~r~nr::~~eif'v1~nifu ;;~!n~! =J!e~:~~ g~fru~ ~mmi:ia~sMC::=/o t~~~~~ oSanta rerezita, que tem como espe– dalldades o omelete de algas - uma delícia! - e o risota que a própria dona prepara, com camarões maris- ~t~~U:!nJ~~/~f J::: 1~~\! o estilo do nosso Cândido's, onde os proprietários recebem e servem os clientes, uma pessoa gasta cerca de 25 dólares. Detalhe: não deixe de ~fisv~ec':~vr:~t~/~5;e~Wo~i~'ti dei Gangrejo, fica mais próximo, na Barra, bairro multo agradável, que cresceu há pouco tempo. No local funciona também um hotel, com uns 30, 35 quartos, e pode-se almoçar num ambiente interno ou em dois terraços - um coberto, outro ao ar livre - ou ainda ao redor da piscina. ~ 0 b'l:~ ~~~~ Te~!~ ~ ~:a: ~:::u~~~·t~i:l:. ~e~ entrada, uns mariscos brancos com duas antenlnbas, uma espécie de vongole, só que maior. Em seguida, o prato mais famoso da casa, casue– la de mariscos: arroz, frutos do mar e açafrão, servidos em tijela de bar• ro. Se ainda agüentar a sobremesa, re~~;e~:n~~~med~a d~u~i~~ não sou muito chegado a doce." ■ ONDE JANTAR - "Há ótimos lugares. O número um é o La Bour– gogne, de cozinha clássica francesa e, da decoração ao detalhe da horta no jardim dos fundos, onde se encon– tram todas as ervas necessárias para :~~~~c~ooi 0 :uf~~~o~~;c~;e~ serviço é demorado. Mas o pro~ema maior surge na hora de pagar a con- :d-;:-õe~ ~~ st j'la~~'.ericaca;g ~~ Gr!ll e tem ainda uma butique, que ven~oseimas e enfeites de mesa ~~~ ~o t.a t~~:;:O/ es~~ ~~l: também francês e multo bonito, mas que só ganha do seu concorrente na rapidez do serviço." ■ O FAVORITO DOS BRASILEt– ROS - "Sem dúvida, o Mariskonea, ~~o;e1o ~!/1n~~~a~u:~e~~P~ tia e, se sempre fui multo bem rece– bido lá, passei a ter tratamento espe- ~~tfe~~n~en~ 5 n~:::~ i ~~v:fa ~ifi/:e~~ªe~~l'•if°t~ detalhe interessante do lugar: para facilitar a explicação dos pratos, os clientes recebem um álbum com fo– tografias de tudo o que há no cardá· pio. Recomendo lá o arroz marisko- ::e~e~~r~~ourfr!~~~~~:ci;e°! casa tem uma rotação enorme. E o chique é chegar depois da meia-noi– te, nunca antes." ■ OUTRAS OPÇÕES - "Há outros lugares que considero agradáveis pa– ra jantar, às vezes mais pela atmos– fera do que pela comida. Entre eles, oBleu, Blanc, Rouge, perto da Gorle– ro; o Andrés, um terraço na Praia Mansa onde recomendo as carnes - o steak é maravilhoso - e osuflê de queijo - ótimo -; e o Bungalow Sui• zo, especializado, obviamente, em fondues. Este, ao contrário da maio– ria dos restaurantes suíços, que con– sidero meio tristes, tem um amblen• te sensacional, de uma energia incrível, além de um ser'vlço primo– roso e belas garçonetes vestidas com roupas típicas suíças. Vale a pena." ■ OS CASSINOS - "Há dois em ~co/da~~ ~~e.n~ ~~!~~\ º/= jogador profissional - só se vê gente feia, chata e triste. Ooutro, do Hotel San Rafael, tem uma característica incomum: é o maior ti-ti-ti, um grande ponto de encontro que, entre meia-noite e três da manhã, pa.rec& uma mistura do Banana Café com a Barraca do Pepê. Convém informar que nos cassinos uruguaios só há três jogos: o 21, a roleta francesa - grande e com um zero só, enquanto SERVIÇO a americana tem dois e é pequena - e o bacará, em que a regra não per' ~~=i:i~ b~3:.~n~~t;~ cê Joga no empate e vence, recebe oito vezes o que apostou." ■ PARA DANÇAR - "Não há boa· tes ou clubes noturnos interessantes para a minha minha faixa de Idade - ou talvez de exigência - em Pun- ~ ~ta~~:ac°:~n~::; vive repleta de gente. A- Privf Iam· bém é multo freqüentada, com um pouco menos de sucesso." ■ COMPRAS - "O melhor com~– cio se concentra na área da Gorlero; onde há também muitas lanchonetes que funcionam 24 horas por dia, eb• 1uanto as lojas fecham à meia-noita. buW~b::i ~m~~~~~nir~ ~~~o=btt:.1 t itodeo Drive encontra-se todo o tipo de bugipnga estrangeira, de eletro, domésticos a biscoitos. E, falando nisso, também não faltam lugares ~~~d~~c:~ =~ comprar em Punta são os suétem ~s 0 ~~~~~t:.!!do exporta- ■ PASSEIOS - "É importante res- ~t!f _ci~~ 1:\1:1~/ º~ªt; ~~e~dar ~:J~~ê~tces-· alémaf~ ção pelos brasileiros. Um=-mfil. to sunpático, que recomendo ao tu• rista conhecer, é o porto, na ponta extrema da cidade, onde há vúios ~~":a4~:~ ~?eJ:sa~~ = =l~~:~~=:::i• di::~~~b~'f: compras nos antiqfiários e nas suas fábncas de móveis de vime, que dl· zem ser fantásticas." ■ A CHEGADA E A SAIDA - ~s:gJoPt~n=fú ~~:;; em reforma e é péssimo, um barra, cão onde reina a maior desorg&IIDllt ção. Na chegada, as coisas começam !n1:~:o 8: i~eJ~ef~ servou - o que também costuma 9it ~c&~~b~~\N~~ri/e~: :u: tão embarcando tudo direitinho." A tranqüilidade fica logo ali ■ COMO CHEGAR: • Pegue a Via Outra até o quilõ– metro 3_30, onde há uma placa de indlcaçao para a cidade. De lá são mais 46 quilômetros de asfalto pe– la BR-354: Aestr~da é boa, mas as curvas sao frequentes e não há acostamentos. Partindo do Rio a viagem costuma durar três ho– ras. ■ ONDE FICAR: • Casa Alpina - km 775 da BR- g~ ;~;~~rgi:Jaa:! ~~¼"~~ \°!~! telro) e 1.285 (casal), em aparta. mentas simples; nos de luxo de NCZ$ 1.221 a NCZS 1.518. Os pre– ços incluem pensão completa 0 tWJ~ne para reservas é (035) 363- 900, triplo. Com pensão comple– ta. ■ ONDE COMER: • Orange Blues - km 23 da BR- 354. Pizzas de NCZS 110 a NCZS 180; sanduíches de NCZS 12 a NCZS 25 e carnes, de NCZS 25 li NC~S 68. Serve também truta à dore a NCZS 105, frango xadrez a :;~, ~ ~J;a:,a de rlcota com • . Restaurante Nossa Senhora de , Fatima - Rua Joaquim Murtlnbo 66, Centro. As refeições com truta saem NCZS 85; com bife NCZS 55 ?:cu ~bém pizzas, a' partir d; · • Laia's - Praça 17 de Dezembro 20, Centro. Serve 11,1.zzas ·a partir de NCZS 60, trutas (de NCZS 60'a ~~~~ ~~is'"~~clonal lasanha

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