O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.568. sexta - feira, 02 de fevereiro de 1990.

[:CONOMIA 19 Belém, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1990 O LIBERAL gasolin·a ~-~~!?.~~" para NCz~, !3 Litro da Brasllia (AE) - Os combusli- 1' :i~~~~~ ~:haj~~ ~r::iro~::: clonai do Petróleo anunciou ontem r à noite oterceiro aumento do ano.O , litro da gasolina subiu de NCz$ 12,00 'para NCz$ 12,60enquanto Q do álcool ft:: ~ra~ ~~ ~r: fn~:~: 5 ~ 0 .rvv, que encarece os combustíveis • 1 em 3%. No casoda gasolina, o pre– ., ço com rvv deveria ser de NCz$ ·• 12,97 mas, peloscritériosdo CNP, se– " rá arredondado nas bombas para . NCz$ 13,00.Opróximoaumento d<_>S ·•combustíveis está previsto para dia ·'. 16 ou 17, devendo re1?3s~r a infla– .,ção do mês. Ode hoJe Visa_apenas 9 transferir para os consumidores o -r reajuste dado aos produtores de ~! álc<>glóleodiesel passa de NCz$ 5,83 ~:~ii> 6 '~i 0 ~aj~r~!;d~e ~~~ 72,13 para 75,73 o botijão de 13 qui– los na entrega a domicilio. Para as r:~t:~'l:~t~t~~~:::-~ uma taxa de 12% sobreopreço. Nos postos de venda, opreço do botijão subiude NCz$ 64,40 para NCz$ 67,12. Subiram também o querosene (NCz$ 7,10olitro), os óleos ~ombus- -- tive.is e a nafta petroquímica. 1 Crise séria até o :~ fim de fevereiro 2 , · Rio <AE> - Opresidenteda~ trobrás, Carlos Sanlfuma, preV1u -ontem uma grave crise ~e abas1e<; 1- mento de combustíveis no palS, Sanl'Aanna está convictod~ qu~ "s~ até o fim de fevereiro o pais nao li– :ver uma definição sobre a liberação -(!e metanol como combustível, im- .~~i!ºJ!t!~~:b~~::i:; 1 çãoda gasolina para (premium) vai ~:Jv~ =:~~:r: ~:Jºi: ,cessária, um racionamei:it~ n_a distribuiçãode álcool,para diminwr oconsumo. Assegurou, ainda, que a festalal aguarda uma decisão ju,d.i– :cial sobre a liberação do metanol para ser utilizado comocombustível antes de começar a distribuição do produto no pais. APetrobrás já im- -portou70 milhões de litros de mela– ~nol e espera, até o próximo d.ia 13, ·a chegada de um navio que traz mais 15,8milhões de litros de com– bustíveis. - . Equipamentos Brasllia (Radiobrãs) - O mi– nistro das Minas e Energia, Vicen– te Fialho, foi informado ontem de que a indústria nacional está plena– mente capacitada a produzir vários equipamentos de proteção indivi– dual destinados a trabalhadores que vierem a manusear a mistura ~~1;I~;~~~~~::cr~~ Indústria de Segurança e Proteção ao Trabalho no Estado de São Pau– lo, Mauro Daffre, através de carta ao ministro das Minas e Energia. Para Mauro Daffre, a Funda– centrocometeu um equivocoao afir– marque essesequipamentos têm de ser importados, deixando assim de ser um relatório técnico, tornando– se meramente opinativo". Informou, também, que "exis– tem disponíveis no mercado nacio– nal numerosos tipos de luvas, óculos, ~~~':i5J~~:.~~Se~~~~ ~= tados para manipulação. de álcool-metanol-gasolina, lendo em vista que esta mistura na proporção 60%,33% e7% apresenta agressivi– dade bastante inferior ao metanol puro, para oqual já lemos também vários equipamentos desen– volvidos". Opresidente do Sindiseg lermi– ·na sua carta ao ministro das Minas Tarifas telefônicas reajustadas Brasllia (AJB) - As tarifas telefônicas, as tinas e as pilhas estão mais caras a partir de bo– je. Com o novo aumento, quem quiser usufruir o luxo de possuir um telefone em seu carro lerá que desembolsar nada menos que NCz$ 460.794,00,dinheiro su– ficiente para adquirir um Monza Classic2.0a álcool, que sai da fá– brica por NCz$347 mil. As linhas telefônicas comuns tiveram au– mento médio de 60,05%,e jáacu– mulam um reajuste de 207,19% noano. Nos municípios com mais de IOOmil habitantesas linhas re– sidenciais custam agora NCz$ 46.079,40, e as comerciais NCz$ 92.158,80. A assinatura básica passou de NCz$ 17,78 para NCz$ 29,25, um aumento médio de 64,51%, acumulando 206,77% no ano, e as fichas telefônicas subi– ram de NCZ$ 0,38para NCz$0,65. Os preços do aço plano co– mum subirão 50,5% a partir de amanhã, mas oaumento do zin– co previsto para a mesma data foi adiadoaté od.ia 12,quandoha– verá reunião da câmara setorial para discutir uma nova sistemá– tica de reajustes. e Energia certo de "que não houve ' Filas imensas no 30%do refino no país - pas~aria '.3 Do rol,is·aç,ão dos Ji'ndo•11a r1os •testes de eqwpamentos nac1ona1S na processar O petróleocom mais res1- r U.I " :1.. " " V ', J , Fundacentro,até porque não fomos • t . d M. nas duo de vácuo, ou seja, o petróleo consulladosparaenviodosmesmos. 1n enor e 1 maispesado,de menor valor comer- / .d d 1· t Metanol . Belo Horizonte (AG) - A falta eia!e encontrado ~m. maior escala a 'e,ro Vl a o pau ris ano SãoPaulo (AG) -A~ecrelana de álcool em Minas principalmen- nas reservas brasileiras. . li J U :=e~6ioSaJ~~d~l~1~~ul~ú~ ~~ na:s:t rfa~!~d~e~c;~ta;u~ ~f1~~ Rep~~ma~:i!:~~! n;iad~:J~ 1 ~ã~ ~~~ 1J°;~~~'!t~ cio ~t~~~'. d~b'::!~f~esne~ºs~::Od:01:e~ ~~~ilt;;~r;!~~!~~~~ :i\r::~! ra a Segura~ça e Med1cma do Tra- dente do Sindicato do Comércio Va- ris. Isso repres~ntana um aumento ~:;:;~~lo ~:í~~ª~n~~r:ã ~ ~1~~eo ~~~i~~: 1 ~f~i~~~:~dio~ ~iir::i~i:dr~iz~~ a~~ :i~~ ~1i: ~!f~~ºir~~r~::~~~g ;;~::~!~ t~~~~~~ : ~ ~~i";a~::1a~?d~~:; d~í::'v\~~ã~.~~ 1 ~,:s~~=ºd~~f~:i~~~ de Saúde da cidade d~ Sao _Paulo, de Governador Valadares, Teófilo ção e água rás, embora s~Ja_d1f1c1I Eduardo Jorge, as trêS enbdades Oloni e regiao norte, onde, hã cerca quantificai:_ocrescimento mdiv1dual consideram que o metanol oferece de dez d.ias os reservatórios de ai- de produçao de c_ada um deles. ~~~~i~~~;r:~~~f~~• ~ f~~fr°~~ofo~recebem uma gola dos ~~~~i i rrn~t%\f~~~ ~~~ª; contato d1~lo com o produto. Nas estradas, 0 problema é construção da segu'!d_a umdade de á~ d! ~~~b~~e=!~c~~~~ !faj~~!~ i::~;~i~;_n~~a~~~1~.q~~ â~ªJ~rta~=~~ ~~~ ~iiod~::~: ~r 1 ~t~~~r~º~~lli~~~o~ ~;: ~~t.ºniuf~~:i~ei~~t~i~i ~~/ vY~: ~; rq~~~~irn~::;it7: º~~Jn;ef;:; mou o secretário de Saude de Sao jam de carro 3 álcool estão tendo operacional da refmana). Ama1o_r Paulo,Eduardo Jorge._~egundo ele, que optar entre duas alternativas parte está sendo absorvida pel~um- ~U:,º,j~;:~~o~ ~~;:i':t~~~:~ ~i~erm~'::i!~ f~~sd~~~:are= ~:g:i::v~r~r~~~~~~~~~i~o~ aá através de exper1enc1as local1Z3- cimentoque podem dar duas ou três gasóleo em gás de cozmha. Essa das ede roi:ma baSlantecontrolada, voltas no quarteirão, como é o caso unidadedeveria entrar em funciona- ao contrán~ do que se pretende fa- de um posto localizado na entrada menlo em dezembro, mas o atraso zer ~ g~u~l~ g~v.ern~ es~ ~nlan- : ~~~6~açu, que fica ãs margens :~-~f i::.:~;~I#~ª;e~!~1fn~; do fazer aqw éul!llzar 12 milhoes de Se optar pela fila, e estiver nos não há perspechvas pa~a as_obras m~radores de Sao Paulo como co- últimos lugares, 0 motorista corre o de construção ~as demais umdades ~~!~~;~=n~~~eera~~~ira~ ~r:s ~~~:ld~os~~{o =~~t~: ~i~!•ei~~e~ ~~?ii~~1:.s~r~ui~:~~~~o;:~e;~. a :~:~i~d:c~J~~-r energético - ~tai~c~{ocurar outro local para faze~ f1~~/~~~: ~:âf 3 1;3 0 ~;~:S _ Recurso . A outra alternativa dos que de ampliar as unidades de_destila- . Brasllia <AG> -OTribunal~ saem do litoral capixaba com dire- çãoda Replan para,a méd10 praz_o, ~~~~~J~~~a~~~~iei!, !rf~t~ ~f J! B:l~~~i{o~~e~J:r~::t;.:'; ~~e~:~t:~~~%1! ~! ;\1;ti~:, menlo do _recurso contra a dec1sao gasolina no tanque. Alguns, mais numa primeira fase, e para até 500 que autor!~ou o uso do metanol. O preocupados com as conseqüências mil barris/di~, numa segund_a ela- recurso foi unpetrado pelo procura- dessa atitude para O motor, procu- pa. Esse proieto, seg_undo V1_cente dor Osvaldo Jos~BarbosaSilva ~oi:i- ram misturar os dois combustíveis. Elmo Alexandre B~as1I,_suP:6r!nten- ~~to10~~b,~d:!:atº~~ ~mfa~m~e~~ ~ ~6; ~= ~~á~~~ ri;;:~r:s~~ltong~=~:f~;fs 1 ~;~; 3~Vara d~ J~tiça_?e Bras1ha, pro1- 30 , 00 _ e colocam no carro, junto a feito através de al_lera~oes nas pro- ~:i<!i°oa~~1bu1çao e uso do mela- outros dez litros de gasolina. r~:~i~~~~~ ~!v~ 1 ~~:\~t~ será1~~~~~~ºi!~°!1iv~~~~ Ampliação da Replan :;~~t~ ~~=~~ 1 ~i~~~~r~ sofrerá adiamento · bunal de Justiça (STJ) vai decidir ~ro,:;tj~~~i~=;~~iª~~ful~ gamenlo das ações contra a União no caso do metanol. O procurador geral da República, Aristides Jun- f~etf;• ~~;í'u~~~J>:; f~~i:~ petenle para o julgamento das ações. Se o STJ acatar o pedido da União e atribuir à Justiça de Brasí– lia a competência exclusiva yara apreciar as ações de abrangencia nacional, o resultado do julgamen– to do TRF definirá a autorização ou não do uso do metanol. disc~J13:~~~ti~~od&::~~~a~ cional do~ettóleo (CM'), responsá– vel pela distribuição de combustí– veis no pais, tenta encontrar solu– i1:5 ~f a crise no abastecimento Senna São Paulo (AG) - Ometanol é um combustível altamente tóxico e necessita ser manuseadocom omá– ximo cuidado. Aopinião é do cam– peão mundial de Fórmula-1 de 88, Ayrlon Senna. Segundo o piloto, o maior cuidadoque deve ser tomado com ometanol,<duranteomanuseio, é evitar que seja derramado sobre a pele, especialmente em feridas. - Ogrande problema é que no Brasilnem sempreas coisassão fei– tas tomando-se por base a seguran– ça máxima - alertou. Opiloto, praticante de aeromo– delismo, um de seus "hobbies" pre– diletos, usa regularmente ometanol misturado com óleos sintéticos nos aviões rad.i·ocontrolados,sem ler so– frido qualquer problema com o produto. Campinas (AE) -A quebra de caixa da Petrobrás, que só no ano passado apresentou um,lucro 66% menor, se comparado com o resul– tado de 1988 (de US$ 481 milhões), comprometeu o projeto de amplia– ção da Refinaria de Paulinia (Re– plan),a maior do pais vem cortando seus investimentos e a construção das novas unidades de processa– mento da Replan foi adiada. Acon– seqüência será um atraso no crono– grama de mudança de perfil da re– finaria, que leria um discreto au– mentona produçãodegasolina,óleo diesel e gás de cozinha, com signi– ficativa economia porque passaria a prpcessar de forma otimizada o petróleo pesado, mais abundante no Brasil e de menor valor comercial. APetrobrás programou investir US$ 500 milhões na Replan para construir uma segunda unidade de craqueamenlocatalítico, uma de co– que, outra unidade de recuperação de enxofre, unidades de tralamen~ de despejos líquidos,de resíduos só– lidos e de hidrotralamenlo,além da implantação do Centro de Controle Integradoda Refinaria. Essas novas unidades foram projetadas para per– mitir que os 100% da carga opera– da pela Replan saiam 107% de pro– dutos. Isso será possível. através de algumas mudanças no processa– mento, capazes de diminuir a den– sidadee, em conseqüência,aumen– tar o volume das moléculas de pe– tróleo, subtraindo dele derivados ca– da vez mais leves, como a gasolina eogásde cozinha, explica Luiz Gon– zaga de Medeiros, engenheiro de processamento da Replan. Segundooprojeto, a refinaria de Usina de Xingó continua parada Aracajú (AEJ - A construção da Usina Hidrelétrica de Xingd, no rio São Francisco, entre Sergipe e Alagoas,continua totalmente para– lisada e, segundo oengenheiro-chefe da obra, João Paulo Maranhão de Aguiar, da Companhia Hidrelétrica doSão Francisco (Chesf), já não há mais esperança de que ela venha a ser retomada ainda no governoSar– ney,afastando a ameaça de raciona– mento de energia elétrica de mais de 20% para o Nordeste a partir de 1994. Aconstrução foi paralisada em outubro do ano passado,JlOr falta de recursos do governo federal. Segun– do o engenheiro Aguiar, devido ao atra'so no repasse dos recursos des– tinados para a retomada da obra em 1990, a conclusão da operação do desvio do Rio para a construção da barragem, que eslava prevista pa– ra este ano,somente poderá ser fei– ta em 1991. Thmbém por causa da demora na reativação da obra, a previsão para o inicioda geração de energia pela hidrelétrica passa de 1994 para 1995. Orçada em US$ 2,5 bilhões, e considerada a grande obra do gover– noSarney, Xingóestá projetada pa– ra gerar cinco milhões de quilowatts, mais de 70% do potencial hidrelétrico existente no Nordeste e 10% da capacidade instalada no país. Aobra, iniciada em 1987, che– gou a empregar 7.162 barrageiros. Hoje, incluindo o pessoal da Chesf, ela conta apenas com cerca de 900 empregados, encarregados da ma– nutenção das estruturas em cons– trução. Banqueiros foram indiciados por crime contra a economia Porto Alegre (AJB) - Vin- acordo judicial, se excluiu da di– te e três pessoas, entre as quais vida externa brasileira US$ 22 cinco_ banqueiros nort~- milhões, que o BOFA havia in– amer1canos do Bank of Améri- cluído nos seus créditos. As ir– ca (BOFA) no Brasil e o ex- regularidades incluíam uma presidente do Banco Central conta clandestina em Houston Fernão Brach~r, foram in~cia- Texas, nos Estados Unidos, po; dos por estelion_ato e cmnes onde, durante dois anos, circu– contra a economia popular, pe- )aram US$ 350 milhões. Deste la Polícia Federal,_que encami- valor, US$ 68 milhões foram re– !111ou º!"'tem à Justiça Federal o vestidos para especulação na mqu~r1~ sobre o gol~ d_e US$ Bolsa de Chicago. A Centralsul 68 milhoes (NCz$ 1,2 bilhao) na tomava adiantamentos de con– Central dos Cooperativas (Cen- tratos de câmbio e não interna– tra_Jsul), na evasão de divisas do va no Brasil os dólares que pais. _ . . , obtinha nas exportações - _O ~nquérito ~01 CO!]clwdo grande parte do dinheiro era apos sei~anos de !nvestigaçõe;, desviado para a conta clandes– sobre as irregularidades ocom- tina de Houston das no período de 1!179a 1982, em O responsáv~l pelo inquéri– que_o prin<;ipal envolvido era o to, delegado Roberto Schweitzer, en~o pre,s1_dente da qentralsul? com base nas investigações que ~n.J?10rus10 Dal_molm. Ele foi levaram a um inquérito com m~1c1ado no maio~ número de cinco volumes, 56anexos e 19.460 cr~E:_S. ~omo_estehon_ato, apro- páginas, indiciou, além de Dal– priaçao mdéb1ta, g~tão fr~udu- molin, as seguintes pessoas, a lenta da coopera_tiva e cnmes maioria por estelionato e crime cont~~~~~~~~'::~ªa~f~!~te é ~~~~ª<~;~~fd~~~tiul:~~~ 0 ~} fazendei.ro em Ponta Porã, no América), Carter Clark Beise Mato Grosso do Sul, comandou (vice-presidente da BOFA no a !raude, em parte anulada há Brasil), Cristopher Luke Vhar– tres anos. quando, após um ley (vice-presidente do BOFA), Donald Mark Wood, Philip Fre– derick Lay (ambos também ~~coei~=~~e~n~~:oé~~Adir~f~; do Bradesco), Harry Chiang (diretor do Comind), Flávio Jo– sé Ensina (diretor do Comind), Jacques Cohen (representante da empresa Noga da Suíça), Byron Rubem Marinho Coelho (presidente do Banco Nacional de ~rédito Cooperativo-BNCC), Jose Mendes de Lacerda e Ri– cardo Azen (diretor do Banor– te), Heinz Wolfgang Ahlert (diretor do Bamerindus). Também foram indiciados Ary Lange (diretor de câmbio do Banrisul) , Celso Mário Schmitz (diretor do Banco Sul– brasileiro), Daniel Dao Lip Lee (diretor da empresa Lotus), Alexis Setti (presidente da Coo– perativa de Carazinho), Luiz Reckziegel (vice-presidente da mesma cooperativa), Jayme José Zart (diretor desta coope– rativa), Hermano Strobel (vice– presidente da Centralsul), Ru– bem Ricardo Malte (diretor co– mercial da Centralsul) e Danton Simões Dias (diretor da Pilla Corretora). São Paulo (AJB) -A greve de mo– toristas e cobradores de São Paulo, de– cretada anteontem à tarde, conseguiu paralisar, pela primeira vez, t.od? o_sis– temà de transporte coletivo de orubus na cidade ontem. Não circularam ne– nhum dos 9 mil ônibus da Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC) e das empresas particulares ~ti~~~~~a~~~~s~tá~g~:1~: â:~i~L vidades", informou o presidente do Sin– dicato dos Condutores de São Paulo, Edvaldo Santiago. A constatação foi compartilhada pelas direções da CMTC e do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Transurb), o sin– dicato patronal, fato raro na história das greves da categoria, que reúne 40 mil trabalhadores. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) iniciou ontem mes- ~~ o t 1 ~::n~~~ dle 1 e~:~i~raeçt g~~ suspensa, no final da tarde, e continu~– rá hoje às 14 horas. Os paulistanos tJ- ~~~!~. i'i~/f!'!í~j;rn~~ at:i:~~r:~~ portas e o centro da cidade viveu um clima de fim de semana. Nas lojas do Pão de Açúcar, apenas 75% dos funcio– nários compareceram. Muitas empre– sas chegaram a reembolsar a despesa com táxi feitas por seus empregados. No Instituto do Coração do Hospital das Cínicas (lncor), houve falta de profis– sionais de enfermagem. Para contor– nar o problema, foi veiculado um anúncio em rádio ~dindo que os fun– cionários do hospital entrassem em contato com seus departamentos para conseguir transporte alternativo. A l?refeitura autorizou a circulação dos ômbus intermunicipais até o cen– tro da cidade. As lotações foram libe– radas com o preço máximo de NCz$ 25,00 por pessoa - houve quem cobras– se até o triplo. Foi liberado o estacio– namento nas áreas da zona azul (estacionamento pago junto às calça– das) e de estacionamento próximos às estações do metrô, além do trânsito de automóveis pelas faixas exclusivas de ônibus, como o corredor que liga o cen– tro da cidade a Santo Amaro, na Zona Sul. A Prefeitura iniciou a convocação de proprietários de ônibus e microôni– bus para operar linhas estratégicas a serem determinadas pela CMTC. - Os motoristas e cobradores rei- vindicam reajuste salarial pela infla– ção do próprio mês - o próximo r:rr!~~n~ ~~~:r::l~~i! ~~ ÍI'a~~i~ ~ além de aumento real de 50%. A CMTC e a Transurb apresentaram uma con- · traproposta que prevê aumento de 10% em fevereiro e março, aumento do va– le quinzenal dos atuais 30% para 35% e pagamento no dia 20, no lugar do dia 30. "seria absurda a elevação que eles reivindicam", afirmou Adhemar Giani– ni, secretário municipal dos Transpor– tes. Tanto Gianini quanto a prefeita Lui:ia Erundina se negam a alterar sua proposta, argumentando que qualquer outra concessão significaria pesado au– mento nas tarifas. "Não podemos be– neficiar 40 mil trabalhadores e prejudicar outros 6 milhões", disse Erundina. Segundo cálculos da Prefei– tura, o aumento salarial elevaria a ta– rifa dos atuais NCz$ 3,50 para NCz$ 12,50. O presidente da Transurb, José Sérgio Pavani, vai mais longe. Seus cál– culos indicam uma tarifa a NCz$ 16,00. tf ~~~ a~~s;;foe~~i~~:~d~~:s!1:t rio. O salário dos motoristas, hoje, NCz$ 5.786,00, passaria, segundo a rei– vindicação dos trabalhadores, para cerca de NCz$ 24 mil. Pela contrapro– posta da Prefeitura, subiria para 10.748,50. Mas os motoristas e cobradores continuam intransigentes. "Nós não va– mos alterar a posição, assim garantiu o presidente do Sindicato. Para ele, o sucesso da greve, que conseguiu mobi– lizar pela primeira vez a totalidade da categoria, se deve ao trabalho efetua– do pela atual diretoria, filiada à CUT ~~~~~â~ucr:;:;: !~r~!~-z~~;~creb~~:,~ explicou. Mas há sindicalistas e até mesmo diretores que analisam a situa– ção de uma outra forma. "A oposição ·está radicalizando para acabar com a gente", afirmou um dire_tor do Sindica– to. Segundo este mesmo diretor, have– ria um interesse da oposição enfraquecer a atual diretoria com uma greve fracassada - as novas eleições serão no ano que vem - e os proprie– tários das emJ?resas de ônibus esta– riam se aproveitando da situação para pressionar a Prefeitura a aumentar as tarifas. ,. -, Prossegue · -a · greve "Da t::hesf"· Recife <AJB) -A direção da Compa– nhia Hidrelétrica doSão Francisco (Chesf), que tem seus mais de 12 mil funcionários sem 9Estados nordestinos em greve, man– dou pagar, ontem, osalário de janeiro, cujo atraso, motivado por dívidas de mais de NCz$ 3 bilhões não saldadas pelas conces– sionárias estaduais, foi o motivo da parali– sação. Apesardo depósito em conta corrente tersido efetuado e o dinheiro liberadopara quem quisesse sacá-lo, os servidores deci– diram manter a gl'f!ve, já que a Chesf não pagoua segunda parcela das URPS e janei– ro, fevereiro e marco de 1989. Opagamento da UFP junto com o salário de janeiro foi resultado de um acordo firmado entre fun– cionários e diretores da companhia em no– vembro do ano passado. Para depositar o salário de janeiro, a Chesf teve que recor– rer aos chamados "grandes consumidores'!_ indústrias que pagam di– retamenteà companhia pela energia consu– mida que adiantaram parte do pagamento mensalque teriam que fazer no dia 5 deste mes. Com isto, cerca de NCz$ 180 milhões entraram noscofres da empresa, quantia in– suficiente, porém, para cobrira folha depa– gamentos mais as URPS, cujo total é de mais de NCz$ 240 milhões. Hojepela manhã, o sindicato dos urba– nif.ários dePernambuco, quecoordena omo– vimento no F:.<IP1f' •ppli7.a uma assem- bléia-geralnopátio da companhia para de– cidirse aceitaounaosuspender o movimen– to em resposta ao esforço da diretoria em conseguiro dinheiropara pagar os salários– de janeiro. A diretoria da Chesfquerque o., servidores voltem ao trabalho, preocupada com a paralisação total dosserviços dema– nutenção. Qualquer defeito mais grave em uma das 32subestações da Chesfno Nordes– tepoderá porconta da falta demanutenção, resultar em blecaute na área atendida por uma dessas unidades. Hoje à tarde, o comando de greve em Pernambuco reuniu-se com o presidente da Chesf, Genildo Nunes de Souza, e com o diretor-financeiro Jorge úimartine Pelinca, no auditório da companhia, no Recife. Du– rante maisde uma hora emeia, o presidente relatou a situação que a empresa atraves– sa e voltou a culpar os governos estaduais pela crise. "Eles são os nossos maiores de– vedores e nao sinalizam com nenhuma so– lução a curto prazo•: explicou Genildo Nunes, que leu um telex enviado no mesmo dia aoministrodas Minas e Energia, Vicen– teFialho, ondeanuncia, entre outras coisas, o comprometimento definitivo do cronogra– ma de obras da usina hidrelétrica de Xin– gá, a maiorobra dogovernoSarneY, queestá paralisada por falta de dinheiro e dividas nao pagas a empreiteiros e fornecedores. ~Ü 8lSIJ,I ClERlZ PARAGÃS ADVERTE Chamamos a atenção dos nossos clientes, da Capital e do interior, para que somente com– prem botijões de gás da Paragás que tenham o lacre (selo) azul, no formato do logotipo da Empresa, pois isso lhes dá segurança quanto à origem do produto (que ele é, realmente, da Paragás) e a garantia do peso certo (que tem de fato, 13 kg). Afinal, são mais de 30 anos de tradicão e o bom nome da Paragás tem que ser resg~ar– dado. Os nossos clientes merecem. A DIREÇÃO Que a década de noventa tenha o perfil deste empresário. Parabéns Luis Otávio de Oliveira Campos, Homem de Marketing 90. e (e) BANCO ECONOMICO S.A. )

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