O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.568. sexta - feira, 02 de fevereiro de 1990.

Belém. sexto-feiro. 2 de fevereiro de 1990 18 POLITICA OL/BE.RAL Collor elogia a distensão na URSS "Conversamos sobre a situação dos nossos países, Esta é a segunda v1s1la de Collor à_RFA em menos.de O presidente eleito também examinará durante sua visita à RF A a proteção às florestas tropicais no Brasil, um tema que interessa muito a Kohl. Em 1988 e 1989, a RFA destinou por ano 40 milhões de marcos (24 milhões de dólares> à proteção da mala tropical, no âmbitoda coo– peração financeira. Moscou (Radiobrás) - Opresidente eleito, Fernando Collor d~ Mello, disse ontem em Moscou, antes de ef!lbar– car para a Alemanha Federal <i:tFA), que a Comunidade Internacional fica aliviada e fehz com o a~ve~to da neo– distenção, com os avanços feitos nas ~egoc1açoes sobre? desarmamento e com a democrat1zaçaodos reg1m~s poh– ticos em diversas nações. "A União Soviética", afirmou, "talvez seja o pais que mais reflete estas mudanças, por isso viemos ver pessoalmente, para melhor e~t~nder .ª Glasnost e a Perestroika, e articularmos uma v1sao mais completa da era que nos encontramos". ~~s'::~~e?;~~ iil~~~~:i:.~r~~n~u:sª v~I~~~\~~e~~~dedf~~ ~:efe~~:S~oJ~~:S~de~~!ª~s~•e~~ªn~d~l~ 1 ; ~~;~ªp~~~~ 1 i:~~ licidade e de êxito pela missão que temos pela frente". conlrar com as aulonda_des locais. Na ocas1ao ele foi rece– bido por Kohl e por vários ministros. Três dias na RF/\ Segundo o porta-voz do governo, Hans Klein, as con– versações entre o pr~s1denle eleito do Bras~I e o_chefe de governo alemão serao dedicadas às relaçoes b1lalera1s, além das recentes mudanças nas relações leste-oeste. Bonn (AFP) - Opresidente eleito do Brasil, Fernan– do Collor de Mello, chegou ontem a Bonn para uma visita de três dias à Alemanha Ocidental. No encontro com chanceler da RFA, Helmut Kohl, Collor analisará as rela- Os dois.países mantêm estreitos laços econômicos. O excedente comercial mais importante do Brasil vem sen– do obtido em seu comércio com a Alemanha 0 ,33 bilhão de dólares em 1988). Nos dez primeiros meses de 1989, os intercãmbios comerciais chegaram a 7,4 bilhões de mar– cos (4,4bilhões de dólares), um aumento de 6,2% em rela- Kohl também deverá discutir com Collor a situação dos Direitos Humanos no Brasil, especialmente a dos ín– dios. Uma organização alemã de Direitos Humanos, a As– sociação para a Defesa dos Povos Americanos, enviou on– tem uma carta aberta ao presidente eleito, exortando a proteção dos índios Yanomami. ções entre os dois países. . Opresidente brasileiro chegou a Bimn ~rovemenle de Moscou, em uma viagem por ~ános pa1ses, 1mc1ada em 25 de janeiro e que deverá termmar em 12 de fevereiro. Segundo o organismo, 100.000 garimpeiros deslruí- As declarações de Collorde Mello foram_ ~eilas e_m dis– curso que pronunciou na Academia d~ Umao Soviética, durante visita ontem pela manhã, no ultimo comp_rom1s– so que teve no'pais. Collor foi recebido na Academia pelo escritor Yuri Andreevilch Ossipian e vários membros. No discurso, o futuro presidente ~isse ai_nda _que leve oportunidade de encontrar-se com o_hder M_1kh1;111_Gorba– chev, "arquiteto corajoso de um proJelo, cuJa dinam1~a e cujos resultados já ultrapassaram as fronteiras soviéticas". Ontem à tarde, Collor foi recebido pelo presidente Ri– chard Von Weiszaecker. Hoje está programado um encon– tro com Kohl e com o ministro das Relações Exteriores, Hans Díetrich Genscher, con: o ministro das Finanças, Theo Waigel e com o ministro da Cooperação Econômica, Juergen Warnke. No sábado, o futuro presidente brasilei– ro seguirá para Berlim Ocidental. ção ao mesmo período de 1_988. . . . As importações brasileiras provementes da RFA atin– giram 2,62 bilhões de marcos Cl,55 bilhão de dólares), en– quanto as exportações foram de 4,82 bilhões de marcos (2 86 bilhões de dólares). OBrasil é também um dos prin– cipais fornecedores de minerais ferrosos da RFA. ~~:~.ni~i~~\i;f~~~~~0c~:;,o~ iin!~~~~d~11::~r~;~2~;;!: las de alerrissagem. A organização pediu a Collor que adote um plano sanitário de emergência para os 8.000 ín– dios da região, ameaçados de envenenamento em conse– qüência da contaminação de suas águas pelo mercúrio utilizados pelos garimpeiros. Cabral não está esperando radicalismo do PT e PDT Porto Alegre (AJB) - O futuro minis- menlar,que o novo governo enviará ao Con- :~<ll!.~~;~• :~~n! rd ;Jr;a~ d~e;;~ gres~~eentendeque essa taref~.~~costura_r pratiquem uma oposição radical, numa ho- e_nlend1me~tos parlame~lares e ardua, d1- ra em que a democracia está a exigir uma f1cil,mas saoconversas smceras. As pessoas oposição'séria, construtiva. Aoposição de- com quem tenho conversado notam que es– ve ser máscula,viril e é parte integrantede tamos voltados para os mteress~ papulares, um regime democrático pois nenhum go- desprezando aquele ltpo de pohltca que se ~;:~~~ ~j~a;:~~~~~s~e:uoeu~~ ~~aª:toi::~;:cl~c~ ~:J:vi;::[~"!; que destrua, tornando ingovernavel um paIS elida que o tempo passa, vou notando qu~ ya1 'em que um cidadão (Fernando Collor de se a~abar aquela pecha de que o po!1llco Mello) foi eleito diretamente pela po- bras1le1rn_era um ho_mem vol~do mais pa– pulação". ra .ª")?1çoes pessoais do que interesse co- Aexpectativa de BernardoCabral,_m!l- lehvo . nifestando sua confiança numa opos1çao construtiva do PT e do PIYI', é de que esses partidos "atuem com vistas a atender as as– pirações-nacionais, na bus_ca de saí~a.s pa– ra a crise". Numa entrevista teleforuca à rádiogaúcha desta capital,BernardoCabral disse que o objetivo dos entendimentos que vem mantendo com parlamentares e lide– ranças do Congresso Nacional é que ele, Bernardo Cabral,seja o interlocutor para a feítura da legislação ordinária e comple- "Nossas conversações são claras, não há subterfúgios. Os entendimentos estão sendo feitos tendo como base as medidas que serão tomadas - medidas impopulares porque nõ serão demagógicas. Precisamos acabar com o velho hábito de que políticos se elegem com os pobres e governam com os ricos. 1bdos nós temos que dar um pou– co de sacrifícioe em primeiro plano estará a Nação". Conversa com sindicatos da( CUT Brasllia (AE) - Pela primeira vez e ra a CSN", tentou corrigir Marcelo Felí- discretamente o futuro ministro da Justi- cio, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos ça, Bernardo Cabral, recebeu, ontem dire- da mesma cidade. Havia ainda na audiên- lores de sindicatos vinculados à Central eia com Bernardo Cabral, representantes única dos Trabalhadores (CUT), que fará dos Sindicatos de Engenheiros e Melalúr- oposiçãoao futuro governo e cuja diretoria gicos do Rio de Janeiro e de desenhistas de vem resistindo à idéia de se encontrarcom Volta Redonda. Nenhum deles é presiden- CabraJ. Apaula do encontro não foi políti- te de sua entidade. ca, mas técnica: a omissão de cinco sindi- Oencontro foi, no final da tarde, "du- calistas levou ao futuro ministro um dossiê rou uns 20 minutos além de um dia de espe- :~1: ~J~~;~~!~~~f~~~fº.: ra". Depois da entrega do dossiê, os sindi- Volta Redonda (RJ), onde três operários ~~~~J:~i~~::1à fa~ê~~~~~~e:1l~~~'. morreram em 1988,durante choques com o ro até para pag d · ·1f · · Exé~,cilo . . . rios, apesar de d3:r ~~~:o i;;r:~io:it~~:~ .. ffii!>-vtemos negoc1~r. mas press1 ◄ diss ra q uve um ácordo para libe- nar_, f~ou nà sa(~a _EdivaJdo Correa d_e ração de verbas, há 15 dias, mas não foi AssIS, diretor do Srndic~to dos Enge"!Je1- cumprido até agora". "Por isso, desisti- ros d~ Volta Redonda: Em vez de dizer mos de pressionar o atual governo", disse pr~to~,é me~ordizer queª.g~nt~ ve10 Marcelo. "E estamos aqui para convencer retVUJdicar condiçõesde sobrev1venc1a pa- o futuro governo". Homenagem da Paradiesel ao Sr. Luiz Otávio de Oliveira Campos, eleito Homem de Marketing/89 PARADIESEL Sempre na frente. PARABÉNS! Luiz Otávio Campos. !i' 1,mtM.Ufül'1. ,■ • ~ Po~!~~~~~~~se ~ Telex: (091) 6947 Pasp • Belém-Paro Quércia aponta a porta da rua a dissidentes São Paulo /AGJ - O governador Orestes Quércia aconselhou ontem osdis– sidentes peemedebistas a deixarem o partido o mais depressa possível, para que a campanhade recuperação da ima– gem do PMDB possa ser deflagrada. - Quem quiser sair do partido que vá com Deus e faca isto rápido - dispa– rou ogovernador durante sua visita ao interior do Estado para vistoriar obras viarias. Ao comentar a sua sucessão, Quér– cia afirmou que não tem preferência por nenhum dos cincopré-candidatosdo par– tido. Além do vice-governador Almino Affonso, rejeitadopor Quércia, disputam a indicaçãoos ex-secretários João Leiva, de energia e saneamento, José Aristóde– mo Pinotti, da saúde, José Machado de Campos Filho, da Fazenda,eainda, o pre– sidenteregionaldo partido, deputadoAir- ton Sandoval. · Quércia, apesar de deter a lideran– ça do PMDB no Estado, reiterou ontem que não pretende interferir no processo de escolha do candidato do partido a sua sucessãoeque vaiapoiaraquele que ven– cer a convenção. Ogovernador garantiu ainda que o PMDB vai ajudar onovógovernoaacer– taraodesejar êxito ao'presidente eleito, • Fernando Collor. Sobre seu eventualen– contro com o futuro ministro da Justiça, Bernardo Cabral, Quércia afirmou que oreceberá com muita alegria, mas isso . não significará apoio ao governo Collor. TCU impede deputados paulistas de doarem carro oiicial usado São Paulo (AJB> - Uma antiga, generosa e escanda– losa tradição da Assembléia Legislativa paulista foi fulmi– nada ~lo Tribunal de Contas do Estado, há duas semanas: o direito do deputado doar a quem quisesse seu carro ofi– cial usado. Como os carros aposentados pela Casa são mo– delos de luxo semi-novos, com apenas dois anos de uso, em lugar de ceder os veículos para instituições de caridade, que era a intenção quando a norma foi estabelecida, muitos de– putados preferiam presentear amigos e parentes. Com a mesma pena que determinou que os usados devem ser lei– loados, o Tribunal de Contas obrigou a Assembléia a reali– zar licitação para .a compra de novos carros. As novas normas moralizantes não devem atrapalhar, porém, a aquisição de veículos, comoquer a direção da Ca– sa. "Será apenas um processo um pouco mais moroso", ex– plica Ary de Oliveira Santos, diretor geral da Assembléia. De falo, não há problemas quanto aos recursos para a com- ~~~t~!i!~ ~~;~~J:;~~iotaifà~g~~:~1;~i~ud!~~:e~i/J~ Estado e o governador Orestes Quércia concedeu uma su– plementação de verba de cerca de NCZ$ 20 milhões. "Não havia como evitar esse gasto", pondera Tonico Ramos. ''Pelo menos 40 carros da frota precisam ser trocados por esta– rem sem condições de uso". Quando os novos Opalas Diplomatas chegarem, a As– sembléia disporá de uma confortável média de quase três carros por deputado. Se a Prefeitura de São Paulo tivesse tido a mesma idéia de pedir verba suplementar ao gover– nador, poderia ter certamente melhorado a frota munici– pal de 160 ambulâncias, algumas delas rodando há trinta anos, que hoje atende os 12 milhões de paulistanos.Com uma quantia equivalente aos NCZ$ 20 milhões colocados à dis- rufi~~fa~ºm1!f~~~a6~~~v~e~_ia possível a compra de 65 am- Presidente não se sente bem no 'bolo de noiva' Brasilia <AG) - Apesar da super- f~!~~~~1/ct~~~d:ieifo1~1:1o'1a';J~ 8~/j~;â~ rante a fase de transição até sua posse e da presteza do pessoal da casa - que foi colo– cado a disposição para assessorá-lo - o pre– sidente eleito tem revelado a antigos assessores que não está a vontade no "bolo de noiva". Prefere a informalidade do seu antigo comitê central de campanha,que féz questão de não desmobilizar, e onde não ra- ras vezes têm se refugiado. • - Odoutor Fernando não suporta o Jtá– maraty, com toda aquela burocracia. Se Mo fosse pelo problema da segurança, acho que ele gostaria de ler continuado aqui - reve– la um dos 30 f~ncionái_-i?s qu/! ainda_permà– necem no antigo com1te, agora batizado de escritório particular do presidente eleita. Ogabinete está trancado mas rigorosa– mente arrumado, como se aguardasse a chegada do presidenteeleitoa qualquer mo - menta. Sua sala, onde se decidiram os prin– cipais lances da campanha, tem sido usada também pelos dois irmãos do presidente, Leopoldo e Pedro Collor, para encontros re- serv~~0io ~~~~1:n~~~ ~~ f J~;~anece- . ram, espalhados pelas 15 salas que com– põem oantigo comitê, estranham a falta de movimento. Hoje se limitam a encaminhar aos grupos de técnicos da equipe de transi- - ção, instalados no "bolo de n01va". as pes– soas que lá aparecem. LUIZ ·oTÃVIO _CAMl?OS 'ô HOMEM"'D'E'" NfftlKÊTI---·" UM PRtMIO.JO TALENTO DE SUA iUV1:.NTUDE. A ADVB-Pa sente-se orgulhosa em homenagear um jovem empresário da terra com o título de Homem de Marketing 1989. E, modéstia à parte, tem plena certeza que acertou na escolha. Afinal, o trabalho de Luiz Otávio Campos, um dos "caps" da Redomar, é reconhecido por todos. Acreditando na força do marketing e da promoção, Luiz Otávio assumiu a direção de uma empresa forte e conseguiu; em pouco tempo, tomá-la mais forte e respeitada, ainda. Co,rn matriz em Belém e filiais em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Recife, Maceió, Fortaleza, Manaus e Porto Velho a Redomar é uma empresa que não pára de crescer. Para isso, evidentemente, muito tem contribuído o talento e o trabalho incansável de Luiz Otávio. Especializada em transportes rodoviários e rodofluviais de cargas e passageiros a Redomar continua ampliando seu campo de ação, tendo, recentemente, iniciado suas atividades de transporte urbano de passageiros na cidade de Manaus. Hoje, em meio a um almoço empresarial no Hilton, a ADVB vai reconhecer, publicamente, a força e o talento de nossa juventude com a premiação de Luiz Otávio Campos. Jc:N3 ASSOCIAÇÃO DOS DIRIGENTES DE VENDAS DO BRASIL ESTADO DO PARÁ

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