O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.568. sexta - feira, 02 de fevereiro de 1990.

' 0 CIDADES Soldados do Exército podem auxiliar fiscais do lhama Oengenheiro agrônomo PatJ:10 Koury, superintendente estadual do Instituto Bra– silf rodo Meio Ambiente e Recursos Natu– rais Renováveis, disse ontem que a ~=~~!s3~~!~t~?çté!;j°s~:Jii~ tada diretamente pelo presidentedo Ibama juntoaoComandoMilitarda Amazônia."No ~~~t! ~,t~~~~j;~~tafis;;: g uma articulação unportant1ss1ma, pois no Pará temos apenas cerca de 50 funcionários f:~/sa:~~ ::n:S~pof!ç~~1:mt'ie~~ tal, em uma área de cobertura do porte do Estado", disse. A proposta de utilizar os soldados do Exército visa, sobretudo, "complementaro Kourl: treinamento serviço militar nos três últimos meses de ca– serna antes da 'baixa', quando osoldado re– ceberá um treinamentodos funcionários do Ibama para odesempenho da missão", afir- ~te~~i:0:f~~d:isi~s~itb~t~~d:'s~~ ~n::~~~~~~~;~ªc~~:~:~t:~~~ri rência, pois poderemos colocar isso como uma das exigências". Formas de agressão "O Pará soJre de todas as formas de agressão do ml!iOambiente: devastação flo– restal,uso de mercúrio nos rios,caça e pes– ca predatórias e comercialização ilegal e descontrolada de animais silvestres", afir– mou o superintenden~ Ele citou como exemploa arara azul,cotada no mercado in– ternacional em US$ 25 mil, segundo infor– mações oficiosas que tem recebido, e os pequenos peixesornamentais, "que estãoca– da vez mais valorizados". Comoo lbama não dispõe de muitos re– cursos financeiros,materiais ehumanos,há rJcfu~f gi1~brre~~t~~!~~:::ere~t~~ Koury. ''Decara,poderiamos treinar os pro– fessores, para que posteriormente transmi– tissem os conhecimentos sobre meio ambiente às crianças". Enquanto isso não ocorre, o Instituto tem contadocom oapoio da Faculdade de Ciências Agrárias do Pa– rá (FCAP), que faz a seleção dos animais apreendidos,separando os "doentes e trau– matizados", para tratamento especializado na instituição, daqueles que podem retornar à floresta. Depois da casa arrombada' Clóvis Meira dad:1i d~~~~~i! i~ec~~rr:~i~~i~ pertenceu ao senador Justo Chermont vir a ser embargada,,tudo dependen- f~ tu!~~ªJ:~~u~~~í~~~~wã~ :~1~~~i~:~:eJ~~•iã~l'tees~ vem sempre depois da coisa iniciada ou consumada. O direito de proprie– dade, assegurado pela Constituição, vai para o lixo e o que manda é a tur- ~n~To:fo1!· ~~~ª~~ ~a~5fs~g fos~e possível, sem ferir direitos de terceiros, como gostaria que não ti– vesse sido demolida, em silêncio e sem protesto, a casa que pertenceu ao ~!:fs~:n~~ dois a~~~~=;~:t~J~~= época. Também gostaria que não ti– vesse sido demolida a casa onde mo– rou o Oswaldo Trindade, na Tv. Ruy Barbosa,posta a baixo, com capela e tudo omais, no mais completo mutis– mo, ninguém protestando. O mesmo destino teve a casa, palacete, que per– tenceu ao senhor Araújo, creio que es– se era o seu nome, antigo sócio da firma Teixeira Martins e pai do juris– ta casado com uma das filhas do Ba– rata, talvez dos primeiros bangalôs construídos em Belém, a fachada re– vestida de pedras das praias do Mos- ~=á, ~ i!!~J!ºN~~r[~ár~º~! da família Lisboa em terrenos do Co– légio Nazaré, o casarão da senhora Rita Bezerra, a bela casa onde resi– diu o senador Gabriel Hermes e que foi construída por Adalberto Marques todas demolidas sem um protesto: uma palavra de reprovação. Mas, não é por isso que escrevo. Escrevo para colocar em evidência o desrespeito à Lei. A casa do Justo foi ~r mim referida, em crônicas ante– riores, antes do poturim antidemoli– ção. Agora se alega que o imóvel estava na lista dos preserváveis o processo em andamento. Nada esta– va concluído e nada impedia que o proprietário dela fizesse o que bem :1~~~~~\~io~~f~a~~;ob ~t~: to de vista legal, mas se alega que não podia_ser demolida porque alguém na Prefeitura ou no Estado havia pensa- r do e11_1 grayá:Ia com um tombamen– to. Nao existindo lei, a Constituição estadual gar~nte a propriedade, por 3~~rS Ji~~l:~r? ~~~~ éã~t~~ messa de pinto, mas enquanto não nascer, o ?Vo continua a ser ovo. O :~~e~~~~rio teria que espera~ a lei Como não esperou, a demolição é embargada, à espera da lei. O_que é fato, inconteste, é que a propried_ade tem dono. Quem quiser ser bonzinho que compre o que lá es– tá,_mande restaurar, se possível, e deixe para o d~leite da população. 0 ~:=~~gp~!s;~~~e~s:O,~~ fn~~!~ : !~~;I i~i~~:-~~~cg"l~~~~f o jus- Como construção, vinda do come– ço des~ séc_ulo ou de fins do passado, o prédio deixa muito a desejar. Per- :~~~~~ar;:i~e:oft1cJ~~s ~i;::~n;~ em que moravam o Dorivai Santana Lopes e a familia Jucá. A famflia ~rado construiu um bangalô, bem Junto_da casa do senador. Asua estru– tura interna, na quase totalidade é de paredes em tai_pa: madeira revestida ?"er~~s;~~~:\~ q~'le~~1:1;~~~nto. O I • .om ~lld~ UdllºU vu <.:ln<.:<, J<1- ne~as,o trator botou parcialmente no chão.Oque há para preservar do pas- sado? O terreno é amplo e valioso, al– gumas.árvores frutíferas. Todas as casas antigas de Belém possuíam grandes quintais, geralmente arbori– zados. Tudo foi posto abaixo. Até as matas do Utinga estão sendo invadi– das, os posseiros construindo barra– cas, os ultra-leves fazendo campo de pouso,sem que nada se faça para im– pedir a invasão de uma propriedade do governo, manancial de água potá– vel. Onde estão as belas e frondosas árvores que existiam na antiga Esco– la de Agronomia e Veterinária, no Marco, hoje Escola Estadual Sousa Franco e Escola Superior de Educa– ção Física? São dois pesos e duas medidas. As casas da Magalhães Barata cnostn,ídas ne1o saud.9 oIDQ.ete ~ te engenheiro Sidrim, transformadas íf\E!S<!õlffõros, embargadas, o prefei- ~&~õ"1~f oe!t!:!;~; ~ubea~:~!•1~~ vantado, embelezando, pagando im– postos à Prefeitura e ao Estado criando empregos, continua no papei e penso que o proprietário já tirou da cabeça o projeto audacioso, preferin– do comprar dólar, muito mais tran– qüilo e rendoso. O prédio da Alcindo Cacela, um belo edifício, continua com a construção paralisada, embar– gado pela sombra que deitaria sobre uma nesga do museu. Devemos pre– servar, devemos manter, o tanto quan– to possível, as coisas vindas do passado, mas sem intransigência ~~~:d;imo se fossemos pessoa~ Aárea da Cidade Velha é toda ela preservada através de uma lei elabo– ra9a pelo meu s~udoso e querido ir– mao Augusto Meu-a Filho. O primeiro desrespeito foi feito pelo Estado man– dando ~emolir o casarão que abrigou, por mwtos anos, a Faculdade de Far– m~ci_a e o Departamento de Saúde Pública, para nele construir o prédio ~odei:no que abriga a Assembléia Le– g1slativa, o Palácio da Cabanagem defronte do LauroSodré e quase ao Ja'. do do solar do Barão de Guajará, se– de do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Nos terrenos do Palácio do Governo, inicialmente destinados às cavalariças e que serviriam, hoje, de garagem para os carros oficiais,o go– verno fez construi o edifício do Tribu– ~I de Justiça do Estado. O miolo da Cidade Velha está todo descaracteri- ~~0~u~;ºcf;;;Jíl~i~s~i~i::;.~~~;s~ p1tal do Bom Jesus dos Pobres Enfer– mo_s, no largo da Sé, construído pel~ frei Caetano ~randão, demolido, e em ~:~~uj;~;~1~~~~~ d::1 J~t:~fu~édio Quero apenas mostrar que nem s~mpre é possível preservar. Situa- ~~1~i~:t~~ç~~~~e;~~~ !~~t~~~:g que a nós par~ce extravagante, mas que deve ter tido a sua motivação. A casa do senador Justo Cher– mont, ?n~e só se falava em francês às refeiçoes - ele havia sido embai'. xador do Brasil na França _ está bse~~~~:a~~ur!i~~~r!~~~~~:~1~ ~e pé, a todo custo, gritam e esbrave– Jam, mas com as mãos vazias. Nin– guém leva um tostão furado para a ~;s~ct!;!~u~cfi~~~ª;~:::•e~~!~~:- Se1 do caso de uma moça de parco~ rec~os e que herdou um palacete de ~r;:;i~~ PJáe~~nJ! t~;g~ie:~ti~o ~~~ bado. Verdadeira caixa de Pandora recebida da tia, uma herança maldi– ta.Penso que nem OEstado quel'. por s:r doação gravosa. Morar a ~oça •. , 1. ''I n:;-~; (jU'-•· vv Lvlllµ, .,111 v h,ffellv E agora, o que fazer? Ameaça de paralisação em estatais Os servidores da Co– sanpa, das empresas te– lefônicas estatais e os rodoviários poderão en- trar em greve a partiri próxima segunda-feir caso não seja conside da pela direção das e$ presas envolvidas a pra– posta de "betenizaçã ' de seus salários. A pro– posta foi enviada à dir1:– ção da Cosanpa, no úiy– mo dia 23, pela direçao do Sindicato dos Urbaój– tários,que aguardará até • segunda por uma deél- '.Wll~=-•.r.!'f?:::~~':JI são. ·- Há produtos que chegaram a sofrer correção de 11.000% no perlodo. Preços do material escolar subiram 5.000o/o em doze meses O levantamento foi !,eito pelo Dieese e comprova que não está havendo critério no modo de calcular os aumentos. O jeito, entiio, é pesqui,sar. D e l? de fevereiro de 1989a 31 de janeiro os preços médios dos artigos escolares subiram cerca de 5.000%. A informação foi dada ontem pelo economista Ro– berto Sena, encarregado do escri– tório regional do Departamento lntersindical de Estatística e Es– tudos Sócio-Econômicos (Dieese). A pesquisa de preços teve por ba– se um encarte promocional de uma loja de departamentos publi– cado no ano passado, cujos itens foram conferidos pela equipe do Dieese e, assim, calculada a va– riação. Segundo o estudo, a borracha perfumada foi o produto cujo pre– ço mais variou: 11.400% as borra– chas em formato de termômetro e 25.400% as em formato de ba– tom. "Ontem, as borrachas custa– vam entre NCz$ 23,00 e NCz$ 51,00 na mesma loja que as vendia a NCz$ 0,20 no ano passado, qual– quer que fosse o formato", afirmou Sena. "Não está havendo critério pelos comerciantes na forma de calcular os aumentos. Eles dizem que calculam pelos custos mais venda, mas isso não é verdade. To– do mundo faz o que quer. A infla– ção acumulada em um ano foi da ordem de 1.609,68%. Nenhuma aplicação como open market, overnight ou dólar atingiu o índi– ce de preços da borracha perfu– mada", disse. Sena enumerou alguns artigos escolares básicos nas listas rece– bidas pelos pais dos alunos: kit para desenho, caneta esferográfi– ca, pasta plástica, régua de 30 cen– tímetros, lápis preto n? 2, mochila e lancheira. No ano passado, tudo isso custava NCz$11,90; hoje, che– ga a NCz$ 1.237,10, segundo a pes– quisa, numa variação acumulada em 10.278%. A lancheira, por exemplo, subiu de NCz$ 7,63 para NCz$ 720,00 e o lápis de NCz$ 0,23 para NCz$ 13,60. O economista aconselhou a população a pesqui– sar os preços antes de comprar: "Os consumidores devem ir de lo– ja em loja, pois certamente vão encontrar di!jparates, com dife– renças de preços do mesmo arti– go de loja para loja". PROMOÇÃO: Assista no Rio de Janeiro com tudo pago, o novo show de LULU SAN10S no Canecão: • Passagem aérea para o Rio ida e volta • Hospedagem em hotel de 1 ~ categoria, incluindo alimentação Para concorrer a toda esta mordomia, escreva no cupom abaixo o nome do último lançamento do roqueiro Lulu Santos e remeta-o paraAv: Nazaré, 350. - -- -- ------ ---------------------------- ... ,,, ( NOME DO DISCO:_____________________ NOME:_ _______________________ ENDEREÇO_· ______________________ IDAD~·~ _________TELEFONE:__________ ----------------------- -- ~ ~~l~ TELEX:21J9886KLAft.8L Parabenizamos Luiz Otávio Campos, pelo título de Homem de Marketing de 1990. /tm:111,,1/ ------ ---- ! A ESTRELA DO SEU MERCEDES Prnca Floriano Peixoto, 94 "2f' 1 ' 1 -:::y•: FORÇA ELÉTRICA Rua Diogo Maia. 734 Fanes 224-8408 • 223-6819 Belém Parô Das categorias que ~!~~~ar ~~~~;i~açcãof , do nacional das catego– rias trabalhistas, segt.lPl– do o presidente do Sindi– cato dos Urbanitários, · Jorge Evandro Rodl'i– gues, "os funcionários da Cosanpa são os m,vs prejudicados, pois entre eles é comum encontrar ~~e~~.r~~~~ir::i~~i~~~ A R'lOvirnentação faz par– te de uma campanha ex– traordinária, promoviêla pelo movimento sindical em todo o país, para COjl– verter em BTNs fiscajs ~~~1;:~~sE!aend~~~r~o A campanha pela "betenização" dos salá– rios será apreciada pela categoria na segundà– feira, em assembléia!– ral, no teatro Escola S o Cristóvão,às 19horas. a ocasião será deiinid3<:1a paralisação das atividJi– des caso não seja atendi- da a reivindicação Gle transformar o valor rece– bido em 1~ de maio,pe . _ 1989 em BTN Fiscal, cpm di~: 1 ~;f at zerar a 1:!r- Os funcionário~- s empresas telefôniç s, que reivindicam a ' ~ e– nízação e a não priv~i– zação das empres'l!s estatais", estão com1a campanha salarial em pleno andamento e de- ~ff:i, P!~~~ª~o~/t1~ rodov'iáriós de tra'fispor- ::~ilf ~;~ q~! ~e~~~ de antecipar a data-base da categoria de agosto para maio. Eles reivindi– cam, ainda, o pagamen– to semanal, como forma de conseguirem "acom– panhar a inflação", disse Jorge Evandro Rodri– gues. Acategoria partici– pará de atos públicos e decidirá sobre uma pos– sível paralisação até o dia 9. Luto oficial Ontem foi comemorado odia internacional da crian– ça. Em vez de alegrias, pa– ra nós foi mais um dia de ~~º;r!~~~~e~!ecra~q~~ Brasil 1.200 crianças, de fo– me, doenças,abandono, tiro, assassinatoetc.Que país in- ~~~i:::i~~~~~~d!~; mentes, fornecidas por Deus para o nosso crescimento geral. _ Quandoem um desastre de aviação civil, como ocor– reu recentemente nos Esta– dos Unidos, morrem 60 pessoas, omundo todo se co– move. Entretanto, aqui em nosso pais assistimos diaria– mente ao enterro de 1.200 criancinhas, entre os folgue– dos do carnaval,as emoções do futebol e as discussões acaloradas sobre a poli tica incompelente do brasileiro 1bdos exigem o melhor no campo social, desde que ogoverno pague tudo: -se– guro desemprego, colégio grátis, universidades grátis, casas de moradia, atendi– mento médico, enfim tudo de graça, comose fosse nos– sa economia, a mais forte de todo o mundo. A sociedade não se sente responsável por todos os crimes que comete– mos principalmente no campo vasto do socialismo. Os ricos não ajudam os po– bres - e os pobres que se danem. Quando os pobres enriquecem por um aborto da sorte, imediatamente es– quecem de seus companhei– ros pobres. A Igreja Progressista abandonou de vez os templos, atirando-se para o campo a fim de aju– dar os em terras e já não atendem mais à palavra sa– grada do Santo Padre o Pa– pa João Paulo li · O que podemos fazer para mudar este estado de coisa . Não sei. mas vamos continuar nossa luta em prol das crianças pobres e ricas que estão morrendo a cada minuto por faltii de assisttsn eia médil:a-hospit~1lar. Dr. Paulo 'a tro

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