O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.567. Quinta - feira, 01 de fevereiro de 1990.

Ó OPINIÃO Histórias da saúde pública que repetem velhos dramas A saúde pública no Brasil como o do trabalhad~r rural parece fadada a ser eterna má Bonifáci~ - que J?recisou da notícia de jornal. Em menos companhia de reportere~ des– de uma semana, as páginas de te jornal para q~e alguem ~e o LIBERAL se·rvirain de abri- dispusesse ~ olha-1? com mais go para dois trabalhadores - esmero - fica mais um_a vez pelo menos um deles segura- óbvio que o alto escalao do do do Inamps - que identifi- governo que a~aga as _luzes e caram no poder de denúncia limpa os cinzeiros _quis, ~as da imprensa a oportunidade nunca soube s_~r pai _e P:,ltrao. de livrarem-se de seus dra- A Nação que Ja era mdigente mas pessoais. Completamen- ficou mais ainda e agoni,za em te desassistidos pelos que, de frente aos postos de saude - direito deveriam acolhê-los onde um simples curativo co– com so~orro urgente e eficaz, meça a ficar muito difícil de Bonifácio dos Santos, vítima fazer. de um acidente de trânsito em Paragominas, e Fernando Antonio do Nascimento. com uma espinha de peixe presa no esôfago, tiveram de se con– formar com a comoção popu- 1ar diante da agonia impressa. Como se fosse um mero pedido de favor e não um compromisso assumido pelo serviço religiosamente pago, uma por uma das instituições hospitalares procuradas. .,pe– los dois cidadãos descartaram o atendimento - sob alega– ção, entre outros, de falta de leito e de equipamentos ade– quados. Bonifácio e Fernan– do, assim, protagonizaram uma novela que, se dá Ibope, certamente não merece lugar no horário nobre pela total impossibilidade de final feliz. · No país em que dinheiro da Previdência Social é usado para inflar discurso vazio em busca dos votos de outubro - enquanto o presidente da Re– pública, cansado, adormece -, os dois cidadãos não conse– guem encontrar quem possa aliviar tanta dor. Eis porque na terça-feira já se iam dez longos dias que Fernando, com a espinha presa no esôfa– go, havia perdido o sossego. Sossego e peso, acrescente-se, pela dificuldade em ingerir 1 alimenlos. ' · · , Em dramas como esse e No limite entre a vida e a morte, a diferença é o dinhei– ro para depósito que permite tratamento personalizado em clínica particular. E como, de– certo, não era este o caso de Fernando Antonio, ele teima– va em iludir-se: 'Sou um segu– rado do Inamps e exijo aten– dimento condigno'. Ilusão in– capaz de apagar os tantos 'nãos' que o cidadão teve de suportar na cruel peregrina– ção pela rede hospitalar da cidade. Saúde pública, neste país, nunca dá o prazer da boa notí– cia. É sempre história mal contada, cantoria de palan– que, jamais ocasião de procu– rar e achar. Uma história in– capaz de ter um leito que aco– lhesse Bonifácio, incapaz de dispor do equipamento neces– sário para acabar com a afli– ção de Fernando, absoluta– mente incapaz de recolher a tempo de dar assistência to– dos aqueles que diariamente morrem nas filas. O remédio caro, o médico que ouve mas parece que não vê, o diagnós– tico sempre falho, cada ele– mento ajuda a formar a dolo– rosa realidade dos que procu– ram _porque precisam. E por essas e outras que o Brasil que não aprendeu a 1 cuidar da prÔ!!~ª saúde, ago– ra terá dé amarg\ír~ seqüelas. Nomes & Fato~----------. Pedro Gil - Agravou-se o estado de saúde do baterista Pedro Gil Ga– delha Moreira, filbo do cantor e_com– positor Gilberto Gil. Internado em estado de coma profundo no Hospital da Beneficência Portuguesa desde a semana passada, quando sofreu um acidente de carro à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas. Com a piora, Pe– dro Gil,que vinha tendo uma recupe– ração considerada excelente pela equipemédica que oassiste, está ago– ra correndo mais risco de vida do que corria anteontem. OHospital da Beneficência Por– tuguesa divulgou no começo da noite de ontem oseguinte boletim médico sobre o estado do baterista: "Agra– vou-se o quadro neurológico do pa– ciente Pedro Gil Gadelha Moreira, que permanece em coma profundo, com estabiliade de seus sinais vitais. A tomografia computadorizada de crânio,realizada anteontem, mostrou acentuado edema cerebral, compatí– vel com a fase em que se encontra e com a piora apresentada". . _Clima - U~_dos principais espe– c1alistas mundiais em efeito estufa o inglês Peter Usher,do Programa ctis Nações Unidas para o Meio Ambien– te (Pnuma), éoprimeiro conferencis– ta do Seminário sobre Impactos S~iais_e Econômicos de Variações Climáticas e Respostas Ambientais ao Brasil,que será instalado hoje, em Brasília. Oseminário tem o apoio do Ins– tituto Brasileiro do Meio Ambiente (lhama) e será desenvolvido duran– te dois dias, no auditório rio Ministé– rio do Interior. O cientista Michael Glantz, diretor do Centro de Estudos Ambientais e do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas, com sede em Boulder, Colorado (EUA) tam– bém participará como confere~cista. Esteseminário reunirá 28 cientis– tas brasileiros e visa, basicamente,a apresentação de 14 estudos de casos r~lizados ~urante oano passado, re- ' latt".os aos impactos de variações cli- ' máticas sobreas comunidades regio– pais, economia e o meio ambiente brasileiros. Assim, com a diversida– de climática do país, foram desenvol– vidos estudos a partir das secas do Ceará, inundações metropolitanas no Rio de Janeiro, as enchentes do Pan– tanal Matogrossense e geadas sobre a cafeicultura e a citricultura paulis- ~~o~!~e~t~~~~ d~~!~:~~~~~~~: rio, resultarão num documento final : "Perspectivas: para onde vamos ago– ra?". "Toda seca é uma nova sur12resa e a melhor época para enfrentá-la e·-·– quando não há seca", responde oeco– nomista.Antônio Rocha Magalhães, secretário para assuntos extraordiná– rios do_governo do Ceará, lembrando que o interesse da população mun- dia!, hoje está voltado para mudanças climáticas, já que estas resultam di– retamente nas alterações das condi– ções de vida na Terra. "Mas para enfrentar as secas, as geadas ou as inundações, é preciso entendê-las ago– ra, analisar os fenômenos ocorridos para que, através de planejamento bem fundamentado,os governos pos– sam reduzir os impactos negativos", conclui Antônio Rocha. Mafra - Odiplomata Paulo Sér– gio Ponte Mafra, exonerado da Coor– denadoria Geral da Fundação Cabo Frio por estar envolvido na remessa de dólares para sua conta bancária em Nova Iorque, foi indiciado ontem pela Policia Federal por crimes de es– telionato, sonegação fiscal e de cola– rinho branco. Ontem, na Policia Federal,Mafra alegou que apenas executava um pla– no de trabalho aprovado pelo diretor– presidente da fundação, osecretário– geral do Itamaraty Paulo Tarso Fle– cha de Lima. Ele considerou como "injusto" o indiciamento e disse que, na Justiça Federal, quando o proces– so começar a ser instruído, ele apre– sentará documentos e testemunhas qu_e comprovam que os atos que cul– minaram com seu indiciamento era do conhecimento do presidente da fundação. Mafra foi indiciado nos artigos 4 ~i:::/:~ f~i ~~ 1 :;:~~{i~i~~a~~~~ artigo _171 do Código Penal, que trata dos crimes de estelionato. Além de Mafra, outros três funcionários - o arquivista Paulo Passos o ex-conta– dor do escritório da fund~ção em No– va Iorque, Isaías de Carvalho e a ex– secretária Ruthe Gomes - já foram indiciados na Policia Federal. Na sexta-feira, mais um funcionário da fundação, oex-oficial de chancelaria Oscar Ferreira Júnior, será ouvido e indiciado pelo delegado Albert Las– serre, responsável pelo inquérito. HBV - O Horário Brasileiro de Verão, que termina no próximo dia 16 de fevereiro, trouxe para Goiás uma economia de 1,5% de energia elétrica e 3,5% na ~emanda da carga total do Estado.Amformação foi prestada pe– lo assessor técnico da Divisão de Geração e Transmissão da CELG E?uardo Carlos de Oliveira. Ele ex'. phcou que a importância do horário de verão reduz oconsumo de energia que ocorre entre dezoito evinte horas quando estão em funcionamento a ilu– minação pública, as indústrias e re– sidências. Em Goiás, segundo os dados da CELG, houve uma economia de 20 megawatts, para um consumo que, antes do horário de verão, era de 750 ~egawatts. "Oque se economizou .aqm - completou oassessor - daria para·iluminar uma cidade do porte de Rio Verde, que tem hoje 75 mil habi– tantes". O LIBERAL Belém, quinta-feira, 1de fevereiro de 1990 J. BOSC A. SUA PER.ESTROl l(A É EM TOt>O.S 0$ ASPéCTD.Ç f'A~PA C0/.1 A !-f.l"1l+Pt f J ( Coluna do Castello ) As resistências internas a mudanças Opresidente eleito, Fernando Collor, de- que devem renovar seus mandatos. A arti- ve estar contando com a adesão da maioria culação política de que se incumbem o futu- do Congresso ao seu amplo projeto de refor- ro ministro da Justiça e os lideres designa- ma que emerge das colocações que está fa- dos da Câmara e do Senado estará a esta al- zendo nas conversas com chefes de Estado tura lidando com problemas muito genéri- e de Governo, com autoridades financeiras cos ou,quando específicos, relacionados com internacionais e com entidades e grupos em- a influência dos partidos e dos grupos regio- presariais norte-americanos, japoneses e eu- nais na formação do Governo Federal e da ropeus.Não está em causa apenas toda uma sua equipe. sistemática de negociação mas uma reava- Há declaração do presidente eleito de liação da filosofia de governo que tem blo- que não pretende inserir-se na competição queado até aqui uma abertura para ocapital pelos governos estaduais. Elas envolvem estrangeiro e o abrandamento da presença contudo personalidades que de um modo ou do Estado na gestão indireta e direta da eco- de outro vinculam-se ás suas bases de apoio nomia nacional. Não é só uma postura de es- e carentes de cobertura para a mobilização querda ideológica que se opõe entre nós a eleitoral em seus locais de operação. São livre ingresso de investimento estrangeiros problemas dífíceis e, se é correto que o Go- em setores da produção e do comércio nem vemo Federal neles não deva se engajar, é exclusivamente onacionalismo de corren- também é compreensível que não possa tes civis e militares que preconizam estra- ignorá-los. Fernando Collor deve ter em tégias econômicas, como a reserva de mer- mente esses problemas embora esteja numa cado da informática eoutros itens de preser- fase em que aparentemente prefira confiar vação da autonomia de setores produtivos do no impacto do seu prestigio e na sedução do país. Há mteresses concretos e específicos seu programa de mudanças num país que em todos os casos que iriam se mobilizar pa- _ quer acima de tudo mudar para melhorar. radeuw~@~dan~as com as guais seco Of,')s uni'.- l-Çan.ais com os tucanos P,!-;Q~e,te,o&ytfl:I'P~hefe_do,g_overno rl'á sú'ás,,q.. .,h 'bicí'r?~'llêsf'a?~ i~çã8~fu ní~fcfül ~o - çqn.Miif;~~;::r~=c~~~:~~ia br:sileira, :tnic~ui :~~·~tri;s: ~~ 1i~:~~:eJ~ ~~:~;;;f g J:~1~~! ~ª~fe~:~:~~af ~! ~:~~~~~~~•~d:~f::!/:~~~:o~~~t~ _te sugerida pelo êxito dos programas sociais presidente eleito com o prefeito de Belo Ho- democráticos da Europa Ocidental e pelo rizonte, Pimenta da Veiga. malo~ro da ex_periência s_oci~li~ta ~a Eur~- Botando os pingos nos ii pa Oriental, nao parece tão facil.Sao arra1- Inconformado com as versões de Sa- ga?as as convicções nacionalistas e Í_'.1VOrá- muel Wainer, de suas relações com Getúlio v~1s .ª prese!lça do ~stado na operaçao eco- Vargas e seu governo, o jornalista Rivada- . nom1ca que influencia~ largamente setores via de Sousa,que serviu com o falecido pre- parlamentares como fico~ d~monstr~do no sidente e com João Goulart e que viveu em c~~o ~os trabalhos c?nstttumtes._A11 a ~e- Itu o período de exílio do seu chefe e amigo, s1stenc1a do centro evitou concessoes maio- resolveu por "os pingos nos ii" e desmontar res s~bretudo_no_que ~e à refer~ ref~rma as inverdades que identífica no livro de me- agrána mas nao impediu a votaçao de itens mórias de Wainer "Minha Razão de Viver" nacional~stas e de restriç~es a presença ~e Com_base na própda memória, em fatos cO: estra1;1gell'oS em setores n~os de econom~a nhec1dos, no bom senso e numa avaliação do_pa1s,sobretudo na pesqUisa e exploraçao ética de situações e pessoas, Rivadávia des- mineral. . . . monta algumas fabulações do fundador de Há ao lad? disse probl_emas es~e~1f1cos "última Hora", que pretendeu ter sidoopro- como os lobb1es dos servidores pubhcos e reta e odesbravador do caminho de volta de das grandE:5 empresas ~tatais, como oB~n- Getúlio Vargas ao poder, numa rara de- C? ~o Brasil e~Petrobras, cap~z~s de cnar monstração de megalomania e numa agres- dif1culdades nao só a uma rev1sao da rela- são notória aos fatos históricos. Rivadávia ç_ão_de serviços como~ um~ ~íti_ca de subs- como se sabe, é uma presença moral e po; htull' o Estado pela livre m1c1ahva. Parla- isso mesmo alguém permanentemente de- ffif~a~~~~~ed~~~fl: ;i3~~;i~ªcl~i~~: fi[~ªd~o :~~;~ dos jogos e astúcias da po- lirem função de vinculações com grupos de interesses de que dependam eleitoralmente, Carlos Castello Branco sobretudo no curso de um ano eleitoral em ~-----,~-LIBERA!..-----------. Diretor-Presidente: Lucidéa Maiorana • O LIBERAL - Editado por Delta Publicidade Diretor-Executivo: Romulo Maiorana Júnior • - C.G.C. (MF) 04929683/0001-17 _ Estadual 08497. Conselho-Diretor: Romulo Maiorana Júnior,Carlos Administração, Redação, Oficinas, Publicidade e Alcantarino e João Pojucam de Moraes • Diretor- Sede Própria: Rua Gaspar Viana, ZZ3 a 253.Telefo- Comercial: Rosemary Maiorana Monteiro• Dire- ne: 222-3000 <PABX) - EndereçoTelegráfico: Jor- lor-Administrativo: Rosãngela Maiorana Kzan • na! Liberal, Telex (091) 1026, 1825 e 1086. ~~!\ 0 :i~c~~!~11~nô~~i~~na~it;~ ;&tJ~il i~ 0ou:'ad~• ~~~mJ'.~.c!~. i~~}!t:~~~b~~[~ BRASILIA - Setor Comercial Sul,Ed. "Oscar Nie- Federal, Ptaut = NCz$ 20,00. Altamira, Tucurui e ~1'~~~~~\ 7 ~;:1~1-:-~:?~~~4-;-4;"~t~'Let ~~~:~t~~ 8 N~~t~i~~~J~~~e:~:!u~~ SAL DE_SANTAR.E:M - Trav. José Agostinho, m 27,00. lta1tuba,Conceiçãodo Araguaia,SãoFélix do ~:.'_:~~;J:~~~tt'i:~~t, ~É~1~.$'l ~~tÀ~=~t~t:t:. 0 ~~f~~~ ;il~~::~/~:ii:: Re!~e5;~; :~•i~~t~>~~~,d~~~P9;;;:S~ ru,.Acará, Rio Maria = NCz$ 12,00,Santarém,São Televisão, Rádio,Lida. •Matriz- RIO DE JANE!- t~dô~~~"fcre==NNC~ 1 i':;:. ~~~i7!~ia~~%'::!: RO/RJ - Av. Na. Sa. Copacabana, 664 - BI. A - pebas, Serra Pe.lada, Tucumã e Xinguara = NCz$ 6' Andar - Galeria Menescal - CEP 22050. Fones: 30,00. Imperatriz = NCz$ 27,00. Zona Braganti- (021)256-2755/5274. Telex: 21-23473 e 36607. Fac- na/Zona do Salgado = NCz$ Belém = 11 oo Símile: 021-256-5268. Filiais: SÃO PAULO - Av. Ma- Domingos e Feriados-Manaus. Monie Doura- jor Sert.ório,212 - 1• andar - Vila Buarque - CEP do = NCz$ 32,00. Ceará, Pernambuco, Distrito Fe- ~~/-"..n;?•J~7E~~Ji~5tã~~~1~-:=~-a~~; deral, Piaui = NCz$ 30,00. Altamira, Tucuruf e ~ -~;: s9Ifss~~J·tL~rMl~ 1 ku~ -its:~ ~~~;t~~ 28 N~~:i~~~;~~~e:~:!u~~ d'Arco, quadra H - casa 3 - S. Francisco - CEP ~;:·u 1 .~~~~nac~~cti~~~f/!,ªW~~;,.F:~:c~~ 65<Y75- Fone: (098)227-4372. Resp: Joaquim Leonor rena, Abaeteluba, Tome-Açu, Vila Concórdia Buja- Filho, FORTALEZA-CE - Av. Monsenhor Tabosa ru,.Acará e Rio Maria = NCz$ 22,00.Santaré~. São ILI - loja 139 - CEP 60000. Fone: (085)231-3352'. uus ~ Macapá = NCz$ 25,00. Parintins, Roraima, ~8i~~~~':_'ft l;~~~u:l~;~r_!~;l~ 1 ~~~11,; Rondorua e Acre = NCz$ 35,00.Ourilãndia,Paraua- :~~~~;,;~~~~;~~~b:::t'.~- ~~~ ~.~\~~~~tr~~~~~~ ~.;fJ~~~~~~: dré, 78 - Centro - CEP 40.JJ0. Fone: (071)243-2202 Preço de Assinatura para Belém: e o BIP OAB 242-5599. 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CATARINA - ~vecon Representação de Veículos sina~~t~~i~~e;~~~da~i~:J1aâ~ 1 ~~asse~sª~~f~O:s~ ;~~ria:6~\~~~~•:~~:~ta~sÕ:,~~:F~i ~=~ ~:~f:! ~:~:f:::;o~ °fi~à!\~~ Jnº{;~~~fc~~t ·f~t~~~l~ifil~o~~~g•J8.!:o1 ~~A~~ ___canaºd~ 1 f::rz~s: ~ii1i ~ ~iedade Interameri: ~'.'5iu.~1 -~~;~~~'u~~n~ ;~1:~::rc:f~o C-0~~~ . e Graça R1be1ro. Fone: l051)253178/0367. Telex· ANJ "-~=·uytcJ 51-3752. . iJtA<J,::;,.~L/S { Joelmir Beting ) Reforma patrimonial A reforma patrimonial em gesta– ção vai da venda de imóveis ociosos da União à privatização de estatais des– cartáveis. A assessoria econômica do presidente eleito Fernando Collor tra– balha na identificação das estatais pri– vatizáveis e na definição dos processos de privatização. Única certeza, por en– quanto: a palavra final é do Congre!;– so Nacional. Que até prova em contrário, revelou-se mais estatiza do que privatizante. Uma das propostas em exame a criação de uma "holding" das estalais para administrar um superfundo -0e privatização. A "holding" estaria sob controle direto do presidente da ReP.ú– blica e o fundo emitiria títulos de pri– vatização que seriam trocados. Compulsoriamente, por títulos da dívi– da pública no mercado financeiro. O mesmo modelo adotado, há duas senja– nas, pela Argentina. As 179 estatais do setor privati'vo totalizam um ativo US$155 bilhões. As privatizáveis não passariam de m~ia centena, se tanto. Gás perde fôlego 1 Distribuidores de gás liquefeitope petróleo da América Latina, Espanha e Portugal estarão reunidos no Brasil, de 7a 10 de marco, para o balanço CTÍ– tico dos negócios do ramo. Líder mun– dial no setor, Brasil vai hospedar a parceria num desconfortável contra– pe: o setor trafega nas areias move{ii– ças de violento arrocho tarifário. ia– Iam os números: em 1975, a tonelada de GLP, na ponta do consumo dom~– tico, valia US$ 750. Ano passado, fw:ou o fundo do preço: US$ 175. • Resultado: em 1975, quatro distri– buidoras de GLP figuravam no "ran– king" das-.lOO maiores empresas do Brasil. Ano passado, nenhuma. Estão em todas A crônica do GLP é surrealista: o Brasil ainda importa um produto que é contrabandeado para o Paraguai; Uruguai e Argentina. O botijão brasi– leiro vale três vezes menos que o boti– jão da vizinhança. O consumo interno cresce de 7% ao ano. São 15 milhões de domicílios al– cançados por 6mil caminhões. Eles co– brem por<dia 360 mil quilômetros. As distribuidoras privâdas dispõem'âêüm mapeamento urbano mais detalhado que os das instituições oficiais: elas atuam em ruas sem mapa e ruelas sem nome. Dedo do gigante O orçamento nacional dos Estados Unidos, para o próximo ano fiscal, já está no congresso: os gastos públicos deverão somar US$ 1 trilhão e 230 bi– lhões. O déficit fiscal deverá cair de US$ 152 bilhões no exercício corrente para US$ 64 bilhões no próximo, a par– tir de l? de outubro. Cumprindo promessa de palanque, o presidente George Bush não aumen– tou impostos, preferiu cortar despesas. Entre outras, os gastos militares, fatia de US$ 303 bilhões. Haverá redução dos impostos sobre ganhos do capital - pa– ra estimular investimentos. Aposta na paz O novo orçamento americano joga com expansão de 3,3% e inflação de 4,2%. Seria o 9? (nono) ano consecuti- - vo de crescimento econômico. Ano pas– sado, o PNB cresceu de 2,4%. · A redução do orçamento militar, em termos reais, guarda relação com a ruptura da cortina de ferro no LesW! Europeu. O fim da guerra fria deve li– berar bilhões de dólares anuais para outras aplicações bem mais nobres. George Bush sonha alto: no ano 2.000, o orçamento militar não passará da metade dos valores reais de 1990. Com três batidas na madeira. Secos e molhados 1. Inflação velha do cruzado novo: subiu n~ mês de 53,55% para 56,11%, , mas baixou no ano de 1,734% para 1,609%. 2. Explicação: janeiro de 90 subs- - tituiu janeiro de 89 na série acumula- da de 12 meses. E em janeiro de .89 o IPC cravou 70%, lembram-se? 3. Fevereiro esta assim programa– do: inflação de 65%, exigindo over mé– dio de 95%, ainda não saiu manchete de 80% para o IPC do mês. 4. As vendas a prazo no atacado de- - vem normalizar-se: os tetos pactuados para os juros. A partir de 65% ama– ciam os negócios. 5. ATelebrás comunica: a deman– da reprimida de linhas telefônicas al– cança, em janeiro, 7,2 milhões 0 de números. 6. Estamos quase na rabeira do continente: apenas 9 telefones para ca– da 100 habitantes. ATelebrás não tem caixa para ampliar o sistema. 7. Autêntico mercado negro, o pre– ço da linha telefônica valor:zou-se df 74% nos últimos 12 me e . Yes, acima da inflação.

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