O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.567. Quinta - feira, 01 de fevereiro de 1990.

4 O LIBERAL Ir ao aeroporto é boa opção de lazer infantil aos domingos P ara muitos bele– nenses, o bairro de Val-de-Cães possui um exce– lente ponto de lazer: o Aeroporto Internacional de Belém. Há muito tempo o aeroporto não serve apenas para via– gens, mas tarr.bém tornou-se lugar de pas– seio durante os finais de semana . Os maiores apreciadores do local são as crianças e os jo– vens, que quando não estão a observar a saída e chegada dos aviões, fi– cam a se divertir no fli– perama ou em outros brinquedos eletrônicos. Os dias em que o há– bito de passear no aero– porto mais se evidencia são os sábados, domin– gos e feriados. O fluxo de visitantes começa a Benedito Rodrigues aumentar a partir das 16h30, quando grupos de pais começam a chegar com crianças e adoles– centes. "Acho·chocante. Eu moro em Batista Procurando se encontra bastante diversão J omal dos Bairros Belém, quinta-feira, l de fevereiro de 1990 Campos mas sempre ve– nho aqui. Acho um bara– to'.', disse Benedito Ro– drigues. Também assí– duo freqüentador do ae– roporto, Josiel Furtado Mendes afirmou que de– pois do fliperama o que mais gosta no aeroporto é apreciar as manobras dos aviões. Para alguns fre– qüentadores, o aeropor– to só serve mesmo como ponto de lazer para as crianças, que encon– tram novidade em tudo. "Em termos de lazer, só para as crianças. Para mim não há nada nesse sentido", ressaltou Wal– dinéia Reis. Discordan– do totalmente da opi– nião de Waldinéia está o menor Wilson Gomes, que afirma ser o Aero– porto Internacional o melhor local para pas– sear em Belém. "Os úni– cos dias .que não vim aqui foi quando o play– center estava em Be– lém. Gosto muito, acho bonito", afirmou o me– nino. Além das crian– ças, outras pessoas tam– bém apreciam visitar o aeroporto, não apenas para ver os aviões ou brincar no fliperama, mas para refletir, ler e até mesmo para um bom bate-papo na mesa do bar ali instalado. Mais desvios de energia descober~os pela Celpa Visando solucionar os problemas de desvios no consumo de energia elétrica - os chamados "gatos", responsáveis por muitos prejuizos - a Centrais Elétri– cas do Pará S/A (Celpa) iniciou, há cer– ca de dois meses, a operação "caça ga– to". Para isso, segundo o diretor-interino de Distribuição da empresa, Liderval Araújo, uma equipe de cem técnicos foi devidamente treinada. A eles foram mostrados lodos os tipos de fraudes que podem ocorrer e como detectá-las. Ame– tade dessa equipe já está em ação e a operação está sendo desenvolvida em áreas de ação determinadas pela Celpa. De acordo com Liderval, os técnicos es– tão atuando inicialmente nas áreas co– merciais e residenciais localizadas no centro da cidade. Com a operação im– plantada já se tem uma constatação: a maioria dos "gatos" foi detectada em ca– sas de classe média alta. O "gato", na verdade, é um furto de energia elétrica e, segundo explicou Li– derval, pode Ser realizado de várias ma– neiras. lJIJla delas é ligar um fio elétrico ao cabo distribuidor de energia em um ponto antes do medidor. "Esse é o tipo de gato mais comum", salientou ele, acres– centando que o mecanismo é bastante utilizado por consumidores que possuem, por exemplo , aparelhos de ar– condicionado. Para detectar a fraude, disse Liderval, basta desligar a rede ge– ral da residência, pois, assim, o aparelho que estiver ligado ao "gato" continuará funcionando normalmente. l'Varrer a cidade" Após a confirmação da fraude, o pro– prietário do imóvel é imediatamente acionado pela Celpa, através de um co- municado pedindo que compareça a seu Departamento Comercial, a •fim de to– mar ciência da multa que terá que pa– gar. Como não há como detenninar o pe– ríodo de tempo de desvio do coosumo de energia, a Celpa estipula a multa toman– do por ba_se um desvio de dois anos. O va– lor a ser pago é debitado na próxima con– ta do consumidor e POde ser parcelado, dependendo de acordo limitado feito com a empresa. "Se o consumidor não pagar a multa, o fornecimento de energia de sua residência será cortado", disse Li– derval. O religamento só acontecerá, após o pagamento do débito. Em caso de imóveis alugados, quando a empresa não tem como determinar o autor do "gato" (se o proprietário ou o inquilino), o pri– meiro é acionado, pois a conta está em seu nome. Se ele não for o responsável pelo contrato de locação, deverá acionar o inquilino. Mas este é um problema fora da alçada da Celpa. Segundo disse Liderval, a operação está sendo desenvolvida em todas as ca– sas da área determinada para tal e os técnicos da empresa não têm encontrado resistência por parle dos moradores. "As pessoas resistentes, em geral, são aque– las que têm gatos em suas casas", res– saltou. Ele disse, ainda, que a operação "caça gato" será intensa este ano e se prolongará nos anos vindouros, visando controlar as fraudes, hoje situadas na faixa de 15% do consumo de energia da empresa. " Pretendemos vaner a cidade inteira", afirmou. Para Liderval, os constantes aumentos das tarifas de ener– gia elétrica determinam o alto número de desvios , bastante acentuado atualmente.

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