O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.567. Quinta - feira, 01 de fevereiro de 1990.

20 INTERNACIONAL DE LISBOA Cunha Gonça lves O grande movimento da Ponte 25 de Abril A ponte sobre o Tojo, inaugurada há 24 anos e que levou o nome de Pon– te Salazar, posteriormente, mudado ~~!'3~teRe~iueçtbd~s 'bU:a~:.dt sem dúvida, um dos pontos turísticos da bela capital portuguesa e por ela, este ano que passou, transitaram 34 milhões de viaturas, número esse que estabeleceu um "record". Essa gran– diosa obra que custou, na época, 2,15 diosa e detentora de várias novidades no seu sentido técnico e arquitetôni– co. Até há pouco tempo era conside– rada a maior da Europa (cerca de 4 quilômetros), e a quinta do mundo. Em 9 de maio de 1962 fora adjudica– da à United States Steel lnternational ~~~-~o~~~a~sa~~~~iu~"::~~~~oq~~ ~:;:;~~n~~~~~r:.~~ riJ~~~rni~ :'1a~ec:fta~~ujº~lll~r3r~~3gs~ armado, e com uma infra-estrutura de ferro de dez arcos. Levou cinco anos a construi-la e possui uma supe– restrutura formada por vigas metá– licas assentes em dois tabuleiros, um para a circulação rodoviária e outro para o caminho de ferro. portanto, já paga. Só neste ano que passou,a portagem gerou receitas de 1,3 bilhões de escudos o q_ue represen– tou um movimento superior,a 1988, de cerca de 6,65%. Grandes obras estão planejadas para a Ponte 25 de Abril, que vai ter um tabuleiro, por onde irá passar uma linha férrea, e um alargamento das pistas atuais, tudo isso visando :~~tiJº~~:nl~l~:J~~~~~~ Essa obra é criticada por ter fal– tado aos seus planejlldores uma me– lhor visão do futuro e a correção, que ora se vai iniciar (levará o seu tem– po), não é das mais fáceis. Os atuais técnicos dizem que houve uma visão é grande o movimento para a provín– cia do Algarve. :=:~s:::isdd~1~t~~~~n; ligação urbana com o desenvolvimen– to econômico por que passa Portugal, sobretudo quando este se integra à Comunidade Européia. A referida ponte foi aberta ao trá– fego a 6 de agosto de 1966, sendo; na época, considerada uma obra gran, Aqui temos dois flagrantes da portentosa Ponte 25 de abril, sendo que no primei– .roa v~mos sob oolh~r protetor da es!Atua de Cristo-Rei e, no segundo, uma melhor aproximação dessa unportante obra construida sobre o rio Tejo. • • • • • passado, nas instala– ções da FIL (Feira In– ternacional de Lisboa). Além de Portugal parti– ciparam in6meros ou– tros ealses, inclusive o Brasil através de um "stand" da Varig. Além de encontros técnicos levados a efeito, funcio– naram várias "lasqui– nhas" onde se puderam provar a gastronomia não só de Portugal co– mo de outras terras. Um conjunto brasileiro "Ases do Samba" ani– mou a parte relativa ao Brasil onde ponliricou a feijoada misturada com a ºlambada", ora muito em voga na Europa. Pa– ra despertar o apetite dos leitores vou só dar a ementa do que lá havia no "stand" do Alto Mi– nho : "Presunto de Fiães, chouriço caseiro de Perre, broa de Vian– dola, bolinhos de baca– lhau, pataniscas, rojões e miudezas de porco, fritos dos farnéis de ro– maria à moda de Valen– ça do Minho, arroz de frango malandro, sar– rabulho à moda de Pon– te de Lima, clarinhas de Fão e meias-lua do con– vento de Santiago". • In- rÍn~~~~~te~~ºJ1oªr~ tugai cerca de 21.817 alunos. O número total de candidatos era de 51.JJ.8, portanto sobrou :~1!;~~~~ ~ ;:::Jt dia 15, atrasadas devido às greves dos professo– res. • Presentemente em Portugal existem cerca tle ~o •..,., ... a, com capital provenlen- • • • te do Brasil e que estão em grande atividade. Essas empresas estão visando o potenciai de 320 milhões de consumi– dores que residem nos 12 palses que formam a CEE. É a presença do Brasil ao seu mais alto nlvei técnico, levando em conta, entre algu– mas firmas, a Norberto Oldebrecht, Andrade ~~~f:::1~• P~!ndc:1~~'. e.ar e a Eurobraz, esta ligada à Amazônia, de modo especial ao Pará. • No dia 15 de janeiro passado foi criado em Portugal, o Conselho ~i;=:i~~<J;: ~c~~s fli~\~~~~t!~~\~~s: i~sc~s~~ ~~~aJrfan:e~ r:;t 31o~ri:r~~7~~:; de Portugal (CAP) Confederação do c 0 '. mércio Português CCCP) e Confederação da Indústria Portugue– sa (CIP). Tal medida to– ~ada pelos empresá– rios portugueses visa a ~'&i~~; ~r~ers3:t s~ à semelhança de órgaos como a UGT CUnião Gerai dos Tra– balhadores) e CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Por– tugueses). Como líder do CNEP foi nomeado o dr. Rosado Fernandes CÇAP), por agora,o pre– sidente da nova entida– de, já que a presidência ~f~ss~~ ';~~tf~d~~~~e- O LIBERAL Belém. quinta-feiro. 1de fevereiro de 1990 Gorbachev não vai renunciar à liderança do PC soviético Moscou (UPI l - Opresidente Mikhail Gor– bachcv declarou ontem enfaticamente que não tem intenção de renunciar à liderança do Parti• do Comunista Soviético, classificando como 'su• posições infundadas' os rumores deque cogitava de tomar aquela atitude, informou a agência Thss. eia diante de sua campanha de reforma cconô- rá a Moscou na próxima semana, informou a mica através da percstroika e dos movimentos Casa Branca.. . . . separatistas que se propagam pelas repúblicas Osecretário de imprensa pres1denc1al, Mar· soviéticas. lin F'ilzwater, disse que durante a conversa hou• Gerasimov, respondendoa perguntas numa vc apenas uma referência vaga a~ rumores - ~:r~~~~!~ 1 ~u'j~~~~ ~cip~~?d: G~~tfc~~t: ~';,5r~;;~~~os~!~ ~:s~~~:~c~~t!t1FJe;:;;~;aq~~ "Ninguém disse isto. Eu nãodisse isto", acen• tuou o governante soviético. "Quaisquer alegações de que Mikhail Gor- Partido Comunista. . bachev queria deixar opapel de secretário-geral F'ilzwater assinalou que Baker estava com Gorbachev assinalou que ficou recolhido du– rante uma semana em sua casa de campo, preparando-se para o importante pleno do Comi– tê Centraldo Partido Comunista na próxima se– mana, mas sem intenção alguma de renunciar. do partidoe permanecercomo presidentesão in- Bush quando este telefonou para Moscou. Não fundadas", frisou. soube dizer o tempo que durou o telefonema. Gerasimov assinalou que Gorbachev sempre A viagem de Baker à União Soviética parí' foi tema de boatos. encontrar-se com o ministro das Relações Ex- "Há constantes discussões sobre a posição terioressoviético Eduarcl Shevarclnadze foi trans- Porsua vez, oporta-voz oficial Gennady Ge– rasimov afirmou que os rumores foram 'maJin– tencionados'. de Gorbachev - se está fraca ou se está forte, ferida para 8 e 9 de fevereiro a fim de esperar se ele permanecerá ou se sairá. Estes rumores a conclusão do plano do Comitê Central do Par• são mal intencionados", afirmou o porta-voz. lido Comunista, que se reunirá em Moscou. A Tuss e a Rádio de Moscou disseram que Gorbachev deu odesmentido em declarações fei• las à imprensa na recepção que ofereceu ao pre– sidente eleito brasileiro Fernando Collor de. Mello. Perguntando como Gorbachev se sentia Segundo os novos planos, Baker chegará ~ diante dos rumores, Gerasimov respondeu: Moscou no dia 7 e se encontrará com Shevard· ''Acho que está um pouco aborrecido. Nãosei co· nadze nos dias 8 e 9 em vez de 7 e 8. mo estes rumores se originam. Há muitos rumo- Oadiamento da viagem coincidiu com a nO: res agora. Sem fundamento. Isto torna nervosas tícia da rede de televisão Cable News Nelwor~ as bolsas de valores. Oporta-voz disse que odu- de que Gorbachev pensava em renunciar. Anoticia desmentida foi transmitida quinta– feira pela rede de televisão norte-americana Ca- pio papel de Gorbachev como presidente e como ~-:!:"e~e~':;~~i!~lus~~':,.~~~~i~r~~c;..e:. secre!Ario-geral do partido foi debatido repeti- lido por causa da frustração de não poder exe– cutar as reformas domésticas. ~~~i~~3~~n~;oe~:r1s~~~~ud~ g~~[~gtl~;i Segundo a Tuss, foi esta a declaração com– pleta feita por Gorbachev: "Muitos rumores esu– posições estão circulando no mundo inteiro. Tudo isto é infundado. Evidentemente, é do interesse de alguém propagar tais coisas. OComitê Cen– tral do nosso partido se reunirá para um pleno muito importante na próxima semana. Discuti– remos documentos para o próximo congresso. "Isto é com o Parlamento", observou. Gerasimov comentou que a manutenção dos dois cargos é melhor para a pereslroika. "Como presidente ele pode influenciar oPar• lamento. Como membro do partido, pode influen– ciar o parlidou, assinalou. Osenador AI Gore, democrata do Tunnessee, queacaba de voltar de Moscou,disse na rede de Entrou agora em voga na imprensa interna• cional colocarem funcionamento as usinas de ru• mores em torno disto quando nos aproximamos de um pleno regular do Comitê Central do par– tido. Aqueles dos senhores,correspondentes, que estão trabalhando em Moscou sabem disto bem. ~~~fi~s~~ ~!a~li~º~e~~;J~~~ª!~cia forte e "Mas já estavam começandoos rumores em Moscou,simplesmente porque o povo está insa– tisfeito pelo fato de as filas serem mais compri• das e as prateleiras das lojas terem menos ll)ereadorias. Isto demonstra que somos outro país, outra sociedade - ludo é discutido e discutido aber– tamente. Tonto mais nesta fase responsável de linha divisória,a rasecritica da pereslroika. Pre– cisamos apresentar todas as avaliações, lodos os pontos de vista, já que é muito importante para nós abrir novas trilhas. "Em contraste com sua imagem no Ocidente como oarquiteto de políti– cas que inverteram ocursodocomunismona Eu– ropa Oriental, a estrela política de Gorbachev está se apagandoem casa, juntamentecom a do Partido Comunista, como resultado da impaciên- Bush ant ecipa a discussão: a rmas Washington (UPI) - O presidente George Bush telefonou ontem para o líder soviético Mik– hail Gorbachev a fim de discutir a questão do controle dos armamentos, antecipando-se à vi– sita que osecretário de EstadoJames Baker fa- 139 mortos foi o saldo do· conflito no Azerbaijão Moscou (AFP) - Obalanço dos choques em Baku des-. dea instauraçãodoestado desítio, nodia 19 de janeiro,au– mentou para 139 mortos,entre eles 106 civis e 33 membros do Exército e das forças da orclem, informou ontem o cor– respondente no Azerbaijão da lnlerfax, publicação da rá– dio Moscou. Obalanço anterior, divulgadosábado pelo comandan- , ~à~ 1 ~ it:w:~j!~r~C:tà.;;1~~~~:i3!ªà::ic~r~ e das forcas da ordem. Segundoocorrespondente da lnlerfax, onúmerode re– ridos no mesmo período já chega a 498, entre eles 397 civis. de il~,h~r~~~~ti~r~:(tg.m~~~uler:li~~~1e mais Finalmente, ocorrespondente da Interfax afirmou que ;;ti ~!:talações industriais da região continuavam pa· Sem negociação - Uma alta autoridade soviética, afirmando que a Frente Popular do Azerbaijão está sob controle dos exlre- ~:~fistusfan:r~~e~~~~t;'~a:~~~~~~~I grupo na- PartYai~~~~ci:~~~ii~d~ '!:ir::~~~ c~ºpf~iJ~êA~:~1:a~lí; para encontrar uma solução para o recente conflito,denun– ciou anteontem quegrupos armados de nacionalistas foram organizados premeditadamente para massacrar os armê- niosJi;~,ad~~~ft}ã~;;~~!fi!1~mci~rtr~slt~?cª~~ó Com1te Central do Parhdo, Mikhailov disse que os 'terro– rista~• muçulma.!'os doAzerbaijãosão responsáveis pela for– ma~ao ~e pelotoes de 10 a 15 homens que nos dias 14 e 15 de Janeiro fomentaram uma série de atentados contra os ~ik:~!/:/ª capital. "Foi uma ação bem planejada", disse Mikhailov, que acaba de retornarde sua missão em Ba- ~:;aº;d~cis1~o~Jf~ 6 it~:t~•i:s:~~;i~::rre~iapri;:'vC:; concreta~ de que a Frente Popular do Azerbaijão ordenou os_assassmatos.."Mas ~ massacres não teriam sido possí– veis sem a parhc1paçao de atiradores", assinalou. Ele afirmou que as tropas soviéticas apreenderam ar- :ne~~:0r~:f;~o~dd! :~~~~~~i~ ~u~~~~~. ~~~~~~e': mente roubados de armemos. A_8 contráriodas ver:5ões que falam de um conflito ge– neralizado, M~k~a1lov disse que muitos azerbaijanes pro– tegeram armemos em_suas casas, em Baku. "Isto mostra ~~•~ !~~~:~ élmca naoassumiu um caráter tão pernicio- Mikhailov suspendeu as negociações com a Frente Po– p~lar,que ele considera dividida e sob controle dos extre– mista~. Ele lem_brou entretanto que a Frente possuia ~1e':,U:,b~~~!ee~n:~~~;Joq~~~~~~/af~i;t!iC: :':!n~ ~~ ~~!~~~J!~~a1ores direitos sociais para os m~çulma- vida~~ee~(~~~~i;:pú~~~a;':n~~s~:~;u1f;r !:â~~~~ ~:r!~~a~m1nho quando os extremistas assumiram a Ji- Mikhailov não pode confirmar a noticia divulgada na segunda-feira pela Rádio Moscou de que representantes das frentes populares do Azerbaijão e da Armênia iriam se en– contrar n~ l?róxima semana em Riga, capital da Letônia. ~~~ãu: if:f ~ã~~.?e~!~;';i:~~ersações em busca da paz na Comunistas búlgaros podem vir a formar um novo partido Sófia, <AFP> - 1 A Associação Socialista Alternativa (ASO)_e :is plataformas social-democratas que constituem ~=:~,:: ;~~~b1~::J:i~~ ~~:;',::~sf~r~a~~~~~i~a~~i~ itauando terminar o aluai congresso extraordinário do side~?c';fanf:i~oN~~ot~ t:~:m!º'.1Jse~~I~~~~~~ ~e~~t ram para aplaudir e não para pensar. Nos queriamos transformar o PCB _em uma formação social-democrata, ;!~•ii: 1 ~.ª a composiçãodestecongresso, isto se tornou im- Dos 2.800 delegados, a ASO e a~ duas principais piata- ~~~~:~ -; 0 ':r{~~~ d:;::rJ! 1~~~ a via bulgara a Europa _ Segun~o ª.documentaçãodistribuida no congresso 71 % ;::::::~~;:~:º_:~,:J:,r,~:. ~~ª~~~~~ ~;~ª~!r~r!\~::fdº~ mteleclua1s. Malisevo, Iugoslá– via (AFP) - Unida– des especiais da polícia iugoslava me– tralharam anteontem terça-feira, os habi'. lantes albaneses do povoado de Malisevo (Província de Koso– vo), deixando um sal– do de dois mortos e vários reridos, indica– ram ontem a AFP o ~~:~r1~ rat~: ;o°.;: nista local. , , De acordo com testemunhas oculares, os mortos são pelo menos quatro, e a po– lícia disparou num momento em que se– quer havia manifes– tantes. Nos úllimos dias, Malisevo foi cenário dos enírentamentos mais violentos de uma semana na qual, se– gundo cifras oficiais, morreram mais de 10 manifestantes. Radicalização pedida a Mikhail Gorbachev Paris <UPI) - Anteontem, circulos próxi, mos a Gorbachov fizeram, por intermédio do jorf nal francês Le Monde, um apelo ao dirigente soviético pedindo-lhe encarecidamente que ra, dicalizasse sua ação politica. Eles estimam que suas posições "centristas" não são compatíveis com a situação aluai. Opróprio responsável pela ideologia, Vadim Medvedev, admitiu que o PCUS deve se abrir mais para a sociedade e para as organizações sociais. Thmbém deve deixar de considerar os sindicatos e os Komsomols (juventudes comunis– tas) como simples elos de transmissão de suas decisões. [números dirigentes soviéticos estão conscientes de que se o PCUS não mudar corre o risco de ver sua imagem pública continuar se degradando. A URSS acaba de entrar em um período de campanha eleitoral. Aproximidade das eleições locais, nas quais muitos dirigentes poderão per– der seus cargos, também contribui para inlen· sificar a polêmica entre reformistas e conservadores, que já não receiam recorrer a imprensa internacional. A l5 de agosto de 1988, os scqüeslrado– res receber_am um resgate de 800 mil dóla– res do pai de Ceasare, dono de uma revendedora de automóveis. Mas, posterior– mente, o ba1~do aumentou a sua exigência par~ 4 milhoes de dólares e, cm seguida a_ce1lou receber mais 800 dólares. que se-'. nam pagos nos próximos dias.

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