O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.567. Quinta - feira, 01 de fevereiro de 1990.

Belém, quinta-feira, l de fevereiro de 1990 O LIBERAL POLÍTICA 15 PRN mineiro rejeita filiação de Aparecido Ulysses e Quércia: conversa em sigilo SãoPaulo (AG) -O presidente nacional do PMDB,de– putado Ulysses Guimarães, esteve ontem à tarde com ogo– vernador Orestes Quércia, no Palácio dos Bandeirantes. Desde as últimas declarações do governador, que incluiu 1 Ulysses na lista dos que deveriam deixar a Executiva do partido, os dois não se encontravam. • A visita do candidato derrotado do PMDB à Presidên- 1 ~f t!:~ú~!~~ f~~~~~~ad~~~~é~!~h~~~:_e J~j~ia1r:- tas credenciados na sededo governo paulista foram retira- ~ ~~ª/úf~:e~~a~~;uª~!~it~~~~ s:1~ãv~~~:~~r;;t~i~: Como vem fazendo desde sua derrota, mais uma vez Ulys– ses evitou dar entrevista, aumentando as especulações no meio político de que a disputa entre os dois pelo controle do PMDB está cada vez mais acirrada. Futuro do PMDB 1) Belo Horizonte (AE) -Os governadores de São Paulo, Orestes Quércia, e de Minas Gerais, Newton Cardoso, vão se encontrar nos próximos dias para dl~i:utir o futuro do PMDB. Os dois já começaram a conversa na terça-feira, em São Paulo, no Maksoud Plaza, onde o governador mi– neiro fez o lançamento do projeto "Faça de Minas sua His– tória" e chegaram a conclusão, segundo Newton Cardoso, que "os partidos políticos no Brasil não valem mais nada". Ogovernadorde Minas considera e, de acordo com ele, Orestes Quércia também,que oPMDB precisa passar por uma profunda reformulação, assumindo wna postura de "centro esquerda". , Almino não acredita em aliança do PT com PDf i p~ciiJ:t~ ~~~do~t;~~~~~~~~~r!:~Qu~~~~~~ Paláciodos Bandeirantes, não acredita na hipótese de uma aliança do PT com_oPDT em São Paulo, Estadoque detém omaior colégio eleitoral do país.Ele prefere aceitar as in– formações de seus interlocutores com o ex-governador do Rio, LeonelBrizola, de que oPDT vai esperarsua resposta até 2 de abril, quando termina o prazo para filiação parti– dária. Antes disso não fechara qualquer acordo com o PT. Brizola, segundo políticos ligados ao vice-governvador, acha muitodifícil um entendimentoentre o vice e Qüércia, •que tem ocontrole do partido no Estado. Antes de ser sa– batinado ontem à noite pela bancada do PMDB e dos par– tidos coligados, PTB e PFL, na Assembléia Legislativa, o vice-governador admitiu pela primeira vez que, se não pu– der participar das decisões do PDTsobrea campanha elei– toral, então, não haveria lugar para ele na legenda. oex~~ooná~:;nf~~a~º;~~r ~J~~~(o 1 ~;1;~~~ · Portanto, hoJe, não me diz respeitoa hipótese de que oPDT l :&v~nªoª#~~ ~f:;oºq~ :r~:,;~ur!~~~~:b~~! :~ ~~ ~~di~!c~; ~j~~é~e::i~~t::i!~l'!t; ~::~~; lugar para mim - declarou Almino Belo Horizonte (AG) - O ministro da Cultura, José Aparecido de Olivei– ra, teve seu nome vetado pela Execu– tiva nacional do PRN para ingressar nos quadros do partido. O presidente nacional do PRN, Daniel Tourinho, e o seu vice, deputado federal Hélio Costa, recusaram a filiação do ministro sob a alegação de que nenhum membro do governo Sarney será aceito na legenda. José Aparecido é o candidato defendi– do pelo vice-presidente eleito, Itamar Franco, para disputar pelo PRN o go– verno de Minas. explicou que a filiação contraria os dois critérios principais adotados pela cú– pula do partido para a sucessão esta– dual: a de que o candidato deve, obrigatoriamente, ter participado da campanha eleitoral do presidente eleito Fernando Collor e a de que não deve pertencer a equipe do presidente Sarney. ça de uma intervenção branca pela Executiva. Longe do PTB Recife (AG) - O ex-governador Roberto Magalhães (sem partido des– de que abandonou o PSDB, dois meses atras) sepultou ontem definitivamen– te a possibilidade de retomar ao PTB, alegando que a cúpula deste partido es– tá dominada por um grupo de pessoas que se habituaram a conduzi-lo de for– ma cartorial. Ceará Gonzaga Mota, que é 2? vice– presidente nacional, tenha lhe telefona– do para esclarecer que não participou de nenhuma reunião com esta fina– lidade. - S,e é que esta reunião existiu mesmo, trata-se de algo bastante esqui– sito. Como é que vetaram a minha fi– liação se eu nao a solicitei. Além disso, o próprio líder do partido na Câmara, deputado Gasthoni Righi, disse que a Executiva só poderia analisar esta qu~tão em grau de recurso, ou seja, apos passar pela Executiva regional. Se houve, portanto, esta decisão de me vetar ela foi tomada cartorialmente e sem a presença de toda a Executiva na– cional - disse o ex-governador. - Seria contraditório um homem do governo se arvorar no PRN. Não dá certo acomodar um dos homens cha– mados de corruptos por Collor em nos– so partido. rio dSae~~~~id~fi;:I :~;;~s;~~f ~ Ele ainda admitiu que o veto a Jo– sé Aparecido representa mais um epi– sódio na crise interna da regional mineira do PRN, que está sob a amea- Ele ficou bastante irritado com uma entrevista concedida pelo presi– dente regional petebista, ex-deputado Jélio Seixas, dando conta de que à Exe– cutiva nacional vetará seu ingresso no partido, embora o ex-governador do Costa em Minas, não se trata de um "veto" da Executiva ao ministro. Ele Ronan Tito desconversa e não marca encontro Brasllia (AJB) - No propósi– to de obter o melhor entendimento possível com o Poder Legislativo, os deputados Bernardo Cabral(fu– turo ministro da Justiça), Renan ~~~:ti~ ~~~!ctgi ~~~f:s"8~i~;et li <líder do governo no Senado) conversaram ontem durante 40 mi– nutos com o presidente do Congres– so Nacional, Nelson Carneiro. Dizendo-se insatisfeito com o ex– cesso de medidas provisórias en- ~~!~i~!nt!0Jo~egJ!t~~~:o Ne~:~~ Carneiro disse depois que não acredita que o presidente eleito Fernando Collor de Mello faça o mesmo: "acredito que ele nos en– viará medidas provisórias, mas não tantas ·em tão pouco tempo", disse o senador, prevendo que o Congresso "rejeitará algumàs, aprovará outras ou, até todas, se fo– rem do interesse nacional". Diante de três parlamentares otimistas com o apoio do parla– mento ao governo Collor, Nelson Carneiro contou que o líder do PMDB na casa, Ronan Tito, saíra de seu gabinete há poucos instan– tes da chegada deles. Ronan saiu exatamenteaosaber que os três re– presentantes de Collor estavam chegando. Não escapou de um en– contro com os três no elevador pri– vativo dos parlamentares, cumprimentou-os rapidamente, e, ao ser indagado por Chiarelli sobre o dia em que poderiam conversar, disse que estava viajando e que só retorna a Brasília na próxima se– mana. O líder do governo no Sena– do, no entanto, está certo de que essa conversa não será difíci.l, vis– to que vários parlamentares da li– derançca de Ronan já estão apoiando Collor, inclusive o sena– dor Ronaldo Aragão (PMDB), que se encontrava na audiência de Nel– son Carneiro aos representantes do novo governo. hoje, esses enviados de Collor terão uma audiência com Paes de Andrade, presidente da Câmara dos Deputados, para novamente pedir apoio na meta de conseguir uma maioria ~arlamentar para o presidente eleito em seguida, eles visitarão as lideranças partidárias na tentativa de iniciar o diálogo ne– cessário a aprova~ão das primei– ras medidas provisórias a serem enviadas por Collor ao Legislativo. Entre essas medidas estará a re– forma ministerial, 9ue permitirá a criação dos Ministerios da Econo– mia e da Infra-Estrutura. • Avaliação anima Cabral e Chiarelli Brasilia (AG) - O futuro minis- }fJe~:SJcti~~~e~:~i-::i?oºr ~!b~:~~~= e Senado, Renan Calheiros e Carlos Chiarelli, sairam otimistas da segun– da reunião de avaliação sobre os re– sultados das articulações que estão sendo feitas para a formação da ba– se de apoio parlamentar do futuro go– verno. Chiarelli e Calheiros não quiseram adiantar números mas ga– rantem que está havendo u~ cresci– mento acentuadode intençãode apoio as medidas do futuro governo, levando-os a acreditar que já podem contarcom a maioria na Câmara e no Senado. O deputado Renan Calheiros ex– plicou que uma das dificuldades pa– ra amarrar uma folgada margem de apoio é a falta de informações deta– lhadas sobre as medidas que estão ~f'c:~ºS~'?u!~g~~~~~:quipe econô- Os dois lideres não descartam en– tendimento nem mesmo com setores do PDT e PT. O senador Carlos Chia– relli revela que há um clima muito bom no PDT. Ele interpreta como um gesto de boa vontade um telegrama que lhe foi transmitido pelo líder do partido ~o Senado, Mário Maia, lhe paraberuzando pela escolha como lí– der do novo governo na Casa. Posse deve ser a mais expressiva em 26 anos BrasfUa C Radiobrás) - Aparticipação de enviados espe– ciaisde governos estrangeiros nas cerimônias de posse do pre– siden_le eleito Fernand? CoUor no dia 15 de março, deverá ser a mais expressiva dos ultimos 26 anos.Aexpectativa é de fun– cionáriosdo Itamaraty,com baseno interessequeoeventovem despertando por marcar o reingresso do pais na democracia. Até agora, treze presidentes confirmaram sua vinda: Carlos Menem, da Argentina, Alan Garcia, do Peru, Jaime Paz Za– mora, da ~oliv:ia, Andres Rodriguez,do Paraguai,Virgílio Bar– co, da Colomb1a,Carlos Andres Perez,da Venezuela, Vinicius Cerezo, da Guatemala, Hugh Desmond Hoyte, da Guiana, Ram– s_ewak Sh~r, doSuriname, MárioSoares,de Portugal,Aris– tides Pereira, de Cabo Verde, eos presidenteseleitosdo Uruguai !ii~~; ~~s ~::~e~~~;.e PatrícioAylwin,que assumirão Além deles, já confirmaram presença oprimeiro-ministro da ~spanha, Felipe Gonzalez, o vice-presidente norte– amencano, Dan Quayle, oprimeiro-ministro da Alemanha Oci– dental, HemultKohl, depois de confirmaracabou desistindode v~ a ~e. OI~maraty expediu 140 convites a países e orga– msmos mternac1ona15com osquaisopais tem relações. Ares– posta deve ser dada até o dia 15 próximo. Conforme a praxe diplomática, todas as despesas de hos– pedagemocorrerãoporconta do governo brasileiro,num limi– tede_ até três pes_soas pormissãoestrangeira.Assim,onúmero máximode convtdadoscom despesas pagaschegaria a 420 mas os diplomatas acreditam que seja a metade porque boa parte dos representantes estrangeiros serão os que já residem em Brasilia. OItamaraty não dispõe de cálculos sobre os gastos a serem realizados com hospedagem. Os representantes estrangeiros não vão participar de re– ce~ão na noite do dia 15, no Itamaraty, porque o presidente eleito resolveu dispensar a cerimônia que acontecedesde oad– v~nto do ":gime rep~blicano no país. Mas, às 16 horas desse dia eles teraooportunidadede cumprimentaropresidenteeleito 8?J1q~~\(l~fl,t.=~e~~a~~~~~tb'~~a~=~'.ªosÍ~: ;~1~hita~e :!U: re~~~! 1 ~n~i:tr~~~~~i=t~~~! nageados com um almoço no dia 16. ~ 1l · Avançado no prqjeto (Veja aplanta~e compare.) NCC Avançado na obra CVeja,já estamos na 8ª laje.) 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