O Estado do Pará de 22 de Setembro de 1935

O ESTADO DO PARA' -Dômtngo~ . 22 de s e t ê m 'fü .. o de l935 1 !ltJ'].NT!: PX'OIN• Notas Sociaes Tod:18 as tardes coRtu.mo frequentar a escriptorio do corre– tor Carl-OS Frazão, meu velho amigo de pl'iscas éras, meu padri– nho de fogueira de s. João, meu "correligionario" na politica eaportt-v:a., _ emf'ISll., meu melhor auxiliar no cortar da pelle dos ou– tr(\$. Vou ali, iaão para as gTandes transacções conunerciaes, como o fa2letn os srs. Berringer, o Guilherme Ferreira da Costa, Serra.– ty, ,J'ayme Bencllimol, Messody Benzecry, Tacito Chaves, Jaym.e Pazuello, Genruuto Pereira, Elias Paclla, Lusignan Dias, Eulogio :Blánco, "azes" da borracha, da. castanha e dos couros e pel– les ele bichos com e sem pêlo, com e sem pernas e rabo. A minha visita é pa.ra falar de futebol, de radio, de cj.nema, com o que a gente attenu;a os contratempos da vida,. Falar, sobretudo, da vida alheia. Isso, aliás, é iun direito li– quido que no·s assiste. Affirma isso o dr. Eugenio Soares.Filho, que faz parte da roda, l::aseando sua opinião na circumstancia, sob to:!os 08 pontos razoa\•el, de- que falar mal dos outros é uma ~~­ cuida.de leg~, rectl! 8 justa, offere-cenda as mais amplas :fac1b- dades de revide •••, ' . t d Ora,.eu sei que me t1ão poupam. Sei porque smto a .~, o m~- menbO minha orelha ard-Eir ... M'aa, felizmente, a "tesoura alheia . . ã ó demasiada.mente cruel. E quando o fõr, em cima d11 m.un n ° ~ vando-me pela direi– eu •saberei ;agar na mesm!J. moéda, desaggra, d "olllo udat !>' na. bibli:ssima e santanária. sentença. o - ta, eac , . , 1 • .. , ·•-1. por olho, dente por dente"• · · Não pensem que uo ,escriptorio do Carlos Fraeão a gente "cae de bico" n&s pacientes sem pena. alguma. Não. O que nós fazemos é a.penas · commenta.r o· que vae por nossa' terra, que ª n .._ tem em conta da, melllor do mundo e que o é, JH;llo menos ge .,.. . r como gente por ser um campc vast-0 e generoso para grmi,p,a. em -· boi} e de peso certas in~PÍdM azemolas••_. dr Eugenio fa- E, contra esses trastes que eu, ° Fl'.'azao e ~ · tanto ou mais de que elles falam de nos. . la.mos, . lt'O osito tratarmos de certos cavalh011ros ·• outro dia veiu a 1 P • t antes por { tamandue13camente, tendo, minu os , l")te ll.06 abraçam j por simples illvenciontce, to- irito de intriga ou de inve a, ou , l e,ep ·ooade · · sa-do a gente sem dó nem p1 •1 Aconteceu issO' conunigo. - Eu havia chegado, e o tal, com l . r irreprimível e indiJ~imulavel cynismo, abraçou-me, para e og~a minha. lealdade que h!. poi.-su-0, graças a Deus, como um bem m– consutil e incorrupta. o homenzinho disse-me coueas ama.veis _e edulcorosas. Mostrei-me sensibilislMlrJ.•• Quasi até, que lhe bei- jo as mãos, em gesto de c0'1lllllOvido reconhecimento.. • . Pois bem. O Frazão e o Eugenio quasi que explod~ de in– dignação ante o tartufismo do pandego. E' que ~Ile, dOlS. m.in: • . a'r-me da. róda, tinha dito de :nutm c t<is antes de eu app.ox ,un, "' bitidades"· i v j m só a amostra das suas ama • bras e lagartos• e ª . - ll sujeitinho {referindo-se a; "Vocês não ee .fiem naque e _,. E' ·um - pedra e escondem a .,...o· im) E' dos taes que atiram a. m · u perfeito lacráu." • typ!nho perigoso . m sua. voz barytonada: Redarguiu-lhe o nazão, com~ - .,,, _ "Tem ru lo Vot',~ para. falar assim? Conh~e-o de perto. - "N'fiQ, não,.• Qitem me disse isso foi abi certo camara- ertez " acredi!to um desa.ffecto delle". da com c ''" ' 1 h para. . -~ Pois entlo, cale-se. :Eu vou chamal-o pelo te ep one contar-llie tudo. Aguente-se com elle.. ado desfez-se O tneffavel o maguifiCO tartufo ficou atra-palll • - -1,.,. riando Em conclusao, em justificaUv'aa, allegou que estava. p1 ... e • ' ' , , , i . 1•1 '.J entregou os pon os· ' ·· ' · · E-ecebi-lhe o abrago e os elogios. Não o quero castigar com 0 meu despr,eso o'l\ com a minha repulsa. Pobre diabo .. _. nnn,,. .-,,.. .t.ut asta tuai:ã.o m ommoda. em que elle ficou, DOS JiUIW'"üiua !WiJBon, filho rlo sr, João Cava.lcan,t!l 1 !lt Mareou ili daba de horutem, a pas· l sagem do aruniversario ._natalicio 1 dlu dr. Hug-o Kanitz, escripturario do ; Instituto de Aposentadorias .e Pen· 1 sões. , i, · -~h 1. FigUTa estimada em n-0ssos meios ' sociaes, nã-0 faltJaa-am ao ld:1stincto ia.11· i niversar~aITTite as homenagens a quti ' fazia ju's pelai:, boas qualidaJdes que /püssu,e, -d 1 a parte dos -seus muito,, a. migos .. , ~•I :w1lki: NOIVADOS Fúi solicita;:la em cam,mientu pelo ::ln. sar,giento d-0 .Ex-el'cit;.(,, !n. Luiz Aranl1I> C-0eliho, a scnh.-0rita Jura,..,.y:lda Le·ã-0. S(•– brin.ha rdo sr. Salustiam10 R-0d1rigu~s, de . Leão, fun-ccionario da Di,rt'r,wri,1 nr,J< ~.-\..g,u,as. O pedido foi acc-eito com sati~.fa,;ã-0, fica-lldo marra•d:o o e11Jac.e loara br€-ve. BAPTISADOS , Commemora11do -0 primeiro a.lllli-versa· Tio de seu :filho Bermo:11/!,ez, que hofo de– cone o sr. Fran.ciS00 d'e Paula Padi– lha -e 'sua ~sa, dona. arnoooovina. Pa· dilh.a, Je-val-o-ão á pia baptisID1aJ. ás 4,30 da tarde, il'.118, Owthooral_, .;.crvi:ndo de pa– dminhos oo sr. E,urico Silva, s,e,nhora N e• :r.ê Silva ,e senh-0ritl Dudu' Silva. VISITANTES Acompanhado <io nosso am~o <lrr. Pinheil'O Dias, inspector 1'egionail do Trabalho, deu-nos, hontem, o prat;er de uma, visita o sr. Vicente Ilha Bra· sil, inspector dras Caixas de Aposen· 1 tadorias e P,ensões e que até a este Esta:do veio em mis.sãio f±scalizadoro 1 drars mesmas.. , l ·!~,i~ ..; ! O referido fullk!cionario de catego– Via do Mínist,erio do Trabalho, o q1]al se acha hospedrulo no Hotel da Paz, demo:rou·se com os nossos redlactol'e,;, t!urante a •sua- visita, em agrado.1vel palestra.. ) 1 Mme. l'IARIA Oorte geometrico univers.a.l. I're 11ara alumnos em 15 lie~ões í,lOI 100$000. MANOEL l!AR•A!).'I.A., 480. 5.a pag.-4.a,s e domg:s. Concurso de cartazes cta Sande Publica Realiza-se, hoje, âs 10 hora3 d11 ma• ,nhã, na Bfü!iio,t·hoca <' Al'Clhiv-0 Plurblico. 1a ,entr-ega ,d:o,s· 'Premios aos vene,c-d-0r~s do r.on ~1ir.so i fo e.a,rt:i.ze11 ,li. nronruz-aJHlll 1 O 00 CINEMA 1 - DINDEPENDENCIA~M~ 1 :1~ée ·nA. T .I!tl ..& •~1 Noh•·~e Formida-ve·1 ~às-· s Iórãs !~.;:.~~'::~~~~~.;.;h,a 5-- f llms &raDmosos-51 o I es 1.o Film - "Trailler•· de - "O GATO PRETO". ' ' • . .1lHlllL:l'll V• 2.• Fth,,: - "'.l'railler" de - "DEI_ l\lEU AMOR'', ,; :; 1 ·Jlll,1.: 1ennentes 3.• Fllm: - ANIMANDO ESPIRITOS-Esplendldo fllm-revfsta. Í i ; 1, Jiolf!S~YiiõõêôSl!S: A mais encantadora opereta, cora VIVIENNE SEGAL e ALE- XA;>;DRE GRAY. , Poltronas: 1$100-Platéa: $600 é ~OLOSSAL COM .- -- 6 f'ILi'\iS ESTUPENDOS! .1 r>,aral'llhosa opereta. 11a Warncr-First: t .. s Viennenses Vivien 11e ~egal e Ale.xandre Gray. t." f'Jhu: - "º'l'rnille.r" - "'O GATO PRETO". pr:::no VIVIENNE SEGAL e o baryto sonora, com os "astros" cantorPs: a so. Uma obra-prima de cinematographia ne ALEXANDRE GRAY. ·-- MUSICAS E CANÇõE8 QUE JAM AHl SERÃO ESQUECll)AS! .5." Fílm: - KEN MAYNARD, o qnP .rldisi:lmo "cmv.boy'', f!!m HE E :i. 0 fiJm: ---- "'l'rallle1·· dt..~" DEI MEl 1 AMOR" DA FRONTEIRA 4,u Ftlni: -ANtMANDO ESPIRIT/OS--Fllm-revista. ,~:- fllm: - - .:.~"t:~~i:~=A~e GE, na 3.• ;;erie l . . The . l\Ilslto movimento, muita sen~ação, uro do iltrata num enredo tão verdadooro no ,... l•'i~m: - O rei tla sella - KEX l\JAYNARD em da Fronteira "Wf~t" como sens profundos aily~– JUOS e ~eu!l bravios 11ovilllos. 1-m a rro men-tu Pli!l'trlzante do antigo !: violento BELLINHOS! b'ar-West POLT&ONAS • • • . . . • J.S(;;0O LUCTAS DE ARREPIAR OS CA. Foltrom 1;a00 1 Crun;as i~oo Platéa lSIOO, Creanyaa $600: PLATE'A . • . . • • . . .. 1S100 - IMTft!'JVfflft?.. ~ AS± O liThesour~dó--Pirata - - --- ------- - --- ------------~- -- da ":.ia serie epbcdias Os doí§ lP gí,!antet1cos fílms o da~semana! E ' • 1 'm angulo novo tirado da maior Jom,u,ra da Humanidade! Onde st- verifica que as 1ou«'ura~ ela Grar,de Guerra tlv..ram inlclo Clllll os prilnelro, pas~os para a tragt>dla 11n1ver sal P Uvera,n tefluxo em todas as classri, ,ociaes!-<:om BüUGI.AS F.-\IRBANKS, JR.; l.'E~LIE HOWARJJ e PAUL LUK.\S. LOGO DEPOIS . . . f'RANl{ESTEI~ P D.B .\CPLA juntos para estarrecer <> mundo..• Bor1 Eºpico film que fará ~eu~ cahellos rka.rem em :,é' ,-om " ' extranhos acontecimento d este dranmtioo conflicto e profull.(Jo mysterio! Tremenoo I Selvag~m ! Extranho! Horripilante ! As c11ausas eccnomicas da Re– volucâo Farroupilha e seus effeitos através idos tempos contlnu, :!ade da,p1elb~ prl::r.ielras mani– !e1Jtaçõrn rde u111 pov.. que ~ formou na guerra e. ao a&sim fp, rrn-rur.se. ctelimito-u fü; fronteirai; p0liticas da sua patrla. Muitas são essas revol,tas, c-u~a expres. ~ão varia cte aocordo com a evolução po. !ltica e economica dv Rio Ckande. Temos, assim, va:ra cact,a movi1:niento caract-e. ristiúas especlae-s, bem como para. o con. juoto delles um denomlnad0r c<>mmum, os idea.es que anr:►w1ram peric~:!.icamente I r 1 • os povos. E' por meio della qu1e conhece- a e os mos a evolução cta. menta,:;/:! a.de humana. E é ainda vor ssu lntermedio que pode• reinos e,stlutiar, numa synrthes<a maia ou & leias CO?-ICLU!!AO DA l• l<~i.:&ViA cã,o d 11 :., fa-rrapos u10c;nitrou melhor jus– tiça que a.s demais msillTeições, oomo a dos balaios, 110s ca,bwnos, etc. Fnrem O mell:wr patrimonlo que Il08 Ie- l •-,_ue outro nã.o é senão e, Iaietor economl. co. 0 Rio GranJ:1-e viveu Ilitlllr:!eTosas epo. menos breve, as ca,usas que diet-ermJn:a. ram; o 20 de setemibll"o historie.o e tolfos 011,mtros 20 d,e se<teu,br,, que dep-0is se ecJ,(cedeiram no E~taH.o, inolualve aquelle qw, marea, nas mesmas coxilhas de F ra,tiny, a derrotll. da revoluçã.o constltu. cionaliS'ta de 1932, quiando ca.hiu pr!- Festas Nazarethnas 1 Pani nis fostiaa de Na.=11th estão recem-·ch,egados entre nós, ---:~ ....

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