O Estado do Pará 01 de Agosto de 1935

P.A.G1NX lnfloencta ~e iversos alimentos so~re' , aconsJstencia.~a manteiu f ;l ceva es ., \A consis:tenrcia da manteiga depende, ao mesmo :tempo, de vaecas leiteiras, da ·composição dos a limentos e do modo de fa– bricação da manteiga . Dos tres factores, é evidentemente a composição dos alimentos, que t em maior importancia, sem comtudo pretender-se excluir o valor dos outros . O índice iodo das manteigas varia segundo a estação do anno em consequencia das modifica– çõe na alimentação das vaJc– cas. Eis por exemplo os resuUa– dos de algumas analyses : Manteiga de inverno dice iodo Janeiro e fevereiro Outubro e novembro Manteiga de verão Junho e julho Agosto e setembro In- 31,0 31,7 38,7 40,7 A alimentação das vaccas no verão, com pasto verde, mfatu– ra de .ca,pim e trevo verdes e mesmo capins verdes sómente t orna a mi&nteiga molle com ín– dice de iodo -elevado. São os tr-e– vos novos que exercem maior in– fl uencia, subindo o indirce de io– do a 40 e m'es,mo acima. Os ca– pins e as forragens verdes f'e– nadas ou ensiladas, perdem em parte suas propriedades de tor– nar a mantei:g.a mais molle . A silagem a este respeito dá me– lhores resultados que a fena– ção. As forragens indígenas da Su:ecia utilizadas durante o se– m1estre de inverno fornecem ge– raqmente manteiga dura e d~msa com indice de iodo baixo . Ha pouca differença neste particu– lar entre o feno e a palha. A ali– mentação com feno de trevo, e– leva o índice do iodo apenas de ,. n 1 e: ._ ....__ l'Oo_.n. ,J .,. ,...,.,._,., r, ,/!,..,...., ,.,, Remaido o farelo são os me– lhores alimentos ,oara o cresci– rasol, aveia e cevada des•casca- men-to dos suinos, \p1d.-,ê~~-; ::lmen– das e farelo de trigo. fo quand:i adquirido po: preço b) Alimentos dando manteiga inferior ;ao .m,ilho, qur não se excepcionalmente moUe: Farf!- dev,e mistur-a.i.· na r a çã<., _ 8 p,o'r– Ios :de girasol, de coisa, de ge r- e-os nov-os . gelim:, de lh1haça, feijão de soja O f.arello não é tão bom como e borra secca. o remo-ido, pois, muitas vezes c) Alimentos dando manteiga ~~er~em uma acção irrita1nte m dura: Farelos de coco de babas- barriga d.a porco e quando s,e dá su' e outras palmeira~• farinhas libemlmente, caU1sa dia•rrhéa e de tortas pobres em ' ma.iterias J c)lll~:os inc_ommodos, os quaes le– graxas bem como as ervilhas e I va, ,ao m,mfo temp10 p,:1,ra recio– ouitras leguminosas. brare~ a ~aude. Quando os sui- Os diversos alimentos tend nos sao ahmentados. ,em quanti– geralmente alguma influenci~ dade razo•av,el, o remoído raras sobre a consistencia da mantei- vezes causa perturbação_ gastri– ga esta é gera!lmente ra<pida; ás ca, s~nd,~ tº melh;or e mais b~'ra– vezes 3 dias bastam para os ali- to ahmf.i.),o, ,p,ara se usar_du~an- te os tres ou quatro pr1me1ros mentos dos grupos (b) e (e) mez-es D· · d · d d , . • . . • €1Pt01s e mais · esen- ar ~ n_iante1ga os caraC'tensh- volvidos, peide-se pnop,o,rchmar a cos ~ndicados · _ ração balwnceada com outros Vaccas do mesmo rebanho re- grifos, de reconhecido valor .nu– cebendo a mesma alimentação tritivo. podem fornecer manteiga cujo Os caroços de algta.dã.o têm si– teor em acido oleico é differen- do empreg1?Jdc•s de todas as for– te. Esta <lifferença vae até 6-7 mas para a allimentação de p,or– unidades (índice de iodo) e pôde cos, porém ,até hoje não deu ser attribuida ao periodo de la- l.Jom resultado. ctação ou ás qualidades indivi- _T•2-m-se ministraid:o cru', to-sta~ duaes das vaccas. tki, evapora:do e fervido; e a fa- Com. as m,-odificações introdu- r~r.\ha do ca:noço de algodão tan– zidas na technica, observam-se to cr:ua etomo cozid;a., tamibem por sua vez modifiicaç-ões impor- t~m sido ex,-9erimentaida de va– tantes na consistencia da man- nos medo-~, sempre c?m resulta– teiig:á, obtida do mesmo leite, cu- dos ~ega.hvos •cccas10nando a ja materia gorda tinha o mesmo m,orte de uma quarta J)la.rbe ,d;os indice de iodo. As modificações po~cos, dentr?_ de doze sema_na~, , . . , rt t f . b r apos a o,ccas1ao ,em que pnnc1- ma1s 1mpo an es oram. O se - · rl' d , d _ d t m pwu-se a uia!r, 'O cam ço de algo- va ·as com a mu a~ça ª e - dão. Aparentemente ,.::s ~n'ima-es peratura de resfnamento da par;ecem dar-se hem nas .primei– creme e a. hora de tr~balho na ras semanas em qu.I:se p~inci1pia espremede1ra (salgad~l,.l"a) · . , a alimentação, n.1,.13 na sexta se- A manteiga d~ verao mm•co man:a, :cicc()lrrUm mortes, e as molle, provém ahmentan'do ex- perdas conti1r.1uam dahi por di– clusivamente com. trevo novo· e ante. póde ser corrigida pondo as vac- Os porcos não manif:estam o cas de tempo em temvo no pas- aspecto de d oenças e ganham em to, bem como rud'di'cionando ás peso até dois lou tres dias, e al– suas racões forragens verdes g-umas vezes até poucas horas -~MM"ª;.;.,., rRi•zP.s füno e palha antes de morrerem, par:sicendo ·-----·-- .... ··•---- Não s8mente é um bom produ- leite desillE.lcado, os cevaido-s cto.r de carne, ~cmo tambem fa- acham melhio1r fazer uma :papa e cilitai a digestão dos grãos mis- deixar em df!scam:o até 1 prin~í– turados rua, ração. piar a fe rmentação, porém, :r.iun- ÜOITijqu•ainto lei leite desnatado, ca guardar a mis,tura até fic1:11· p,uro, não seja remun:erador, azeda. p ois são p:ooisos 20 a 40 kilos Sejam quaes fo1~2m os alimen~ para o augmiento tle um kilo de t cs usa.dos, a variedade deve ser A arte de ganhar dinheiro está ás \'~zes em pouaa cousa: basta saber observar os caprichos ilcs h1Jmens e eXJ)lor:al-os . a comend,r, pelo .dia adia~te umas :vio– letas ccystalizadas? Eis ccmo se opera, segundo as in,– dicações do_,prop-rio sr. Negre. Ha deis proce:ssos para. o fa;brico: caiUJ, misturado com grãos na a maior posis.ivel, e mudad:a em Ora, o<s homens -1:qu.e p.agam bem» p:r'clporção de 3 kilios mais ou t;odas as occasiões. têm uma manifesta. tendencia para o que correntem"Bnte se emprega, pa- menos de le.1-be, 1 para cada kiLo o objectivo na criação de pi:ir- ,as excentricidades, quer no traj,J quer ra as violetas e o que melhor se c1,da.– de grãos, o va.1::i,r é considera:vel- c,c,s, é a producção de carne e no trato. Vestir ou o.:i,mer como .qual pta, ás rosas. mente maior para ia engorda. touciinho, portanto, quanto mab, quer mortal é banalidade impropria Para as violetas. as i!ores são re- Porcos alimentados. com ração ck1pressa io•porco chegar ao peso, de queim n2,o quer confundir-se com vestidas de a.ssucar em pó depois (!e de leite desnatado ,e grtio, ga- mai,cm será o lucro. O comedou- o vulgo. terem sido p-réviamente mergulhad.a.s nham m:uit:), mais ,e:m ·peso, do ro deve se.r ,wo vido d-e um . oa- Foi talvez por isso que já em 1818 em uma xa.rove espesso que tem, por que aquelles a.Jimentados apenas se, de modo la impsdir qe .c os J~an .T,os~ph Negre, celebr.e confei- fim facilitar a adherenci:a. do assu,~ com leit,e puro, ou grãos soman,- porcos O virem. -não s':=t~;do co:n- teu-o da cidade de Grasse,na Pro,, 3 :.1.-- ca.1. Este a,ssucai· é cora.do artificial• te. Qula1nto mais oe-do se minis- veniente -pregado 8 1 chão, pois . ça .franceza, teve a idéa feliz de clys. mente com «violeta de Paris», ou com trar na ração :o leifo desnatadlo dernianda frequ: 2 :nte lií.. Jeza e is- tal~zar como se fossem peras ou a~ «violeta acida 6 B», já conhecidas dos aos poroo,s, mais- rendimento so impediria effectual~a conve- ~e1xas, as Hores das laranjeiras, as 11e,ssos nasteleiros, productos que não prto:poricionairá ao criador. nientemente. Ni.:r!::a é de bom . -v1cletas-e as rosas. do toxtcJJs. Este corante é indispen' Uma parte do alim12,nk> que pla,no alimenta.ir üs amimaes de Vivendo numa região abuncLantis savel pai:a dar a illusão da frescun nwr:!ca se deve negligenciar; é o tamanhos diferentefl 110 mesmo· ·sima em flores, e não lhe escasseian- da flor· suppriment.o d'e sal e cinza:s, que commedüiuro. Qurddc º" ani- do o assucar, os seus pro-duetos ti~ Passam-se depois ,as violetas por deYe ficar -ao 1,rlcanc-e dos ,po:rc-0•.s, maes g:r1audos € p,equ-enos são I ve_ram a sa.ncçho das mesas <<r•aiffi• u.:m crivo fino pa.ra fazer cair o excee;-' para .as oocasiões que s,entirem alimentados juntos, ·Js pequenos nees» o que quer dizer que erro i:~ouc•:i . so de assucar que faria re1Jlll!I\ as flo– n:2cessidadie. soffrem não só na quantidade de tempo se generiali.za1,am. ies em bloco desgracioso e leva.'JI\-.S& A melhor cinz,: é a 1 p,ro.. ··1ien- alimen11:,, como tambem no mal- Fez fortuna o sr . Negre e com el a, uma estufa entre 50 e 60 g!l'!él;US so- te de madeiras e qua1:-1 j não trato, provocado ;oelo ma ior, q u 2 1 le um .filho e um neto que lhe sue~ bre ta.boleiros metalicos, <mde sedes– fôr possivel a obtenção de cin- rão deixa o m!enJr chega r ao 1 1 cederam_ na direcção da «Co~fiserie», secam. c~:semm~o a s,ua ~ó~111. :U~ zas, •:J· c.ir~ vii o vegeta,l •em pó, é commêd()luno. tend10 sido ensai:adas atraves desta vez_ secca.s, baS t a. cry,,;tahzal ,as, ~ , um bom substituto. As cinzas O 1 . t · . l dynastia de confeite-ires habe'·• ra, wso collocam-se as violetas em re~ a 1m•en o que um amma 1 · 1 ~, ª . ,· t d • nã,o produz-em mal, porqu,e o .a111i- : . l , . (<Crystalizaçã.o» dos lilaze,s dos era· c1p1en es e latia; e deita-se sbbre as• mal só come a oue t12m n,ªce·s·s1·- consegue comer uctandlo-, ,pode . . "' ' - . ta,g .flores um xarope cozido do grau ~ sust entai-o, ma.s não engordal-o. vos, <:ªs _llllmo,,,as, da ros,a. cha, da desejaclo. dade, por isso eUa deve ficar ao A engorda pa.ra O merca,do, hortela-prmenta, das verbe:nas, etc. D . , rl d alcance dG m esmo, s.em que se <l . "''~ • 1 1 ·d' , , k ºl . Em outras regiões de r :mt•"ª 0 1 eixam se as 1 ures entro deste eve ,._1 ca cu a; a p.J-I 1 o. ~ . _ --x l xarope uma:; 12 hora.s appxoximada.- lhe exija oomer. Cust.a menos. criar dois porcos cummercro de flo:es crystahzadas to. me11te Ju s'1j a de ncite até pela mi\.. A mis-tU"ra 1dE- sal e c1·nzcn· ,,,,ve pes:vido 195 kHAs cada um r1ue mou vulto e ho1e nas lllltlsa, 9 bem , - ' _ , , . · '- ~ ·" , '-1 • d· 1 nha ou de manha ·ate a noite s-er CO/nservada em uma v:...~Jha c.riar um pesando 225 kilos . Um guarnecli as eS t as flores servem ma . . · . · ..... sob um iabrigo coTutra a chuva, porco precisa consumir uma e-er- ravilhosam~nte paI'a. comPôr <llll1 pu- _ Esgottam se em segm~ os 1leCll>1! devendo cond,stir de seis litros ta quantidad:e -d2 131iment o para dim ou, um apperitívo, ou como so- entes e.ª parte cryS t ,a112:ada do ª8::' brem.esa . ,~ucar fica ad.herent-e a.s flores. Bletz. de .sal paria, -cada ci-nc:c,enta li- manter •8 s,eu D-eso, e para este ram.se estas uma a uma do recipien,..; tros ,de cinzas. Muitos eevador,es alimento, o criaébr não recebi-~ A technica da crystalização é sim- : :s. p5em se [)Obre taboleiros m:etal• pl"efe1'.::m addidonar á mistu1.a remuneracão. Portanto, qua1.:'k) pies e tudo se reduz a op,erar p-or algumas grammas de sulfato de ! ma,is r2Jpido o porco cresça e ad- fónna q!!e a3 flores não p.ercam nem f,erro. . quira pe~-o, maioi- será o lucro a sua fónna nem o seu ~•.irfume e te.- O livre acesso. a es.tJa, mistura d'.) criador. nham ao m•eEmo tempo uma duracâo ·t tr'b · , apreciavel que permitta. á dona ·da mm_ o con 1 mra para.ª U !.1.3(:r- Estes fact:J-s ind:ict1:m qu,e o licos e ,s,eccam,~se de novo em um~ es- tufa. As vtoletas ficam assi:Illl pre· ,,r'.i'M.. podendo guardar.se ou expe. dir·se sem nenhum risco. i 1 "'1 Parn prepara,r as rosas, desta.cam· se suas petalas que s-e fazem cozer - d d d casa aba\gtecer•se na qwadra da f'l,o ~ vaça:.o a sau e os sumos e os criador deve pt1'.)porciona r as ra- 1 b raçã.o, para um. anno inteiro . p~creos qu~ .r,ec-e e, com abundan- ções aos poreos para engordar, em um xarope. Uma vez cozidas, ti. _ eia e.:3t2• alimento, ~aras vezes co- provenientes da propria lavoura E nesse caso nada ha tão lindo e ra·se o ta.cho do lume para llLTI'efecei merao as suas crias. to.rnando-a assim m,ais barat,.:1', original como ''Jr espalhados pela e com o auxillo- de uma espatula, me- mesa.. doe.e~ rlA florAR et,n ,~.,~/'\ N&11 fln V.O.n-t.-an .,a fln.,•t,.r:, .... .n v~:rn.nA 2.t.Á

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