Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1950
Domingo, 25 de março de 1950. · FOLHA DO NO.RTE · 3a. plr,. -·----------------------------------------------~------------ -------------------------------- • E a0Ato)O oraia .oao 1a1eia aos anc1ae& como ueus Se reve muito, como ºª gentios: o e t D s . lou aoa homens: falou-lhes 60- pois cuidam :que pelo seu - • o n o ·o , emono, -.. # bre Dellll Pai, Deus Filho· e Deus muito· falar serão ouvidos, . • Santissima Trindade, e disse :- Não queirais portanto 1>arecer- .- O Filho de Deus desceu à vos com ele■: porque vosso Pai Terra para salvar os homens e sabe O que voa é necessario, pri- ensinou a todos que o adoras- m eiro ' que vós lho i,eçais" . - sem. Escutai e repeti depois de Mateur~ !;a 7 v~/ am -~lSf)O ' que . os T R EA s A N e ,,, 1 A,..., E s m~~ Dispo dlsse: , E· viajava num navi o -da .C'i-. . • _ • .• _ • . • , . • 1 , - . · . • · ..._, - Pai nosso.. : dade d.P -<\rcan i!Pl o.ua So- . Um dos anciães repetiu~ - · · - evava - Pai nosso••• lovkl. u mesmc nav><, '· O segundo repetiu: perégrlnos aos lugares santos. O - Pai nosso . . ; vento era !avoravel, 0 tempo O terceiro tambem epetiu' lindo, o · navio·. não t:>alançava. - Pai nosso.. . r_ • · Algims' peregrinos se deitavam, f f, ,.dução de· P_aulo Rónai e .Aur•fio Buarque de Holanda} - Que estais nos Céus•.. outros petiscavam, outros for- Os anciães repetiram: mavam grupos e conversava.m ~Das· lendas populares da . ~egião do v"olga) - Que estais nos Céus .. . sentados. O bispo 1urglu• na co• Mas o segundo ancião emara• . berta e pôs-se a passear de um não entendem nada, nem sabem LEAO TOLSTOY Jal-nos~ - replicou o mala ve- nhou-se nas palavras, e repetiu- ladô para outro do · tombndllh.o mais falar, são mudos como os lho dos anciães. , as erradas; o ancião m ais alto Ch!!gando à prõa, viu reunido a· • pelxe.s. · Mal ·proriunclou o mais velho aquele que andava nú, tampou- li um magote- dé gente.- Um ...:. Mas eu· quero ir rá - repll- tem de -parar. Se lhe aprouver -Ouvi dizer que vós, anciães estas palavras, os três anciães co soube dizê-las: o bigode in• caníponezinho estava apontando cou o •bispo: -' Pagarei ,o inco- dig11e:,se, dago,a em diante. de de Deus, estais vivend,o aqui a -ergueram os olhos para O céu vadia-lhe a boca, não· sabia pro– com a mão alguma coisa no mar - modo; mande levar-me Ia. Ir no barco; nós lançaremos a cuidar de vossa salvação e a e disseram ·juntos: nunciar direito: o terceiro an· e falava,· enquanto ·os outros es- Não havia jeito-: o capitão deu ancora aqui. rezar pelos homens a Nosso. Se- - Vós sois três, nos somos cião, desdentado, murmurava d• cuta:vam. Parou o .bispo- e olh_ou -ordem àõs· marinheiros para vi- Imediatamente afrouxaFam a -nhor Jesus <?rlsto. Sou pela gra- três,· ajudai-nos: maneira inarticulada. para onde apontava o ca mpo1;.e· ·rarem as velas, o timoneiro des- corda. larwaram a ancora, a- ca de Deus, um digno servo de o bispo sorriu: O bispo repetiu mais uma vez, zinho: não se vlà nada, a . nao - viou o navio em direção à ilha. mainaram as velas - o navio Cristo, encarregado de pastorear ...;.. Pois- é: ouvistes falar na os anciães repetiram mais umt s_er , o mar brilhando ao sol. O Trouxeràm ao bispo uma cadel• estremece1.>: Arriaram o barco. o Seu rebanho. Por isso quia Santlssima Trindade, m ·as não vez. E o bispo sentou-se numa bispo se aproximou para ouvir , ra · e a colocaram na proa. Ele uns remadores -saltaram nele, e visitar-vos a vós tambem, ser- é assim que deveis rezãr. Afei- pedra, à volta dele os anciães melhor. O ~amponêzinho viu e sentou,se e pôs-se · a ollíar. To- o bispo desceu pela pequena es- vos de Deus, e dar-vos ensina• çoel-me a vós. anciães de Deus em pé, olharam-lhe a boca e re– blspo, tirou o barrete e · caiou- dos os viajantes sé -reuniram na cada. Entrou no · barco, sentou- mentos, se puder. vejo que desejais ser agradavels petlram, depois dele, tudo o que se. :os outros viram O bispo, tl- proa, todos " olh·avarh para· a se no banco. os remadores pega. Os anciães, · alados, sorriram a Deus, mas não sabeis como ele' dizia. E o bispo lidou com raram tambem os barretes e ilhazinha, e os que tinham os raro nos remos, rumaram para entreolhando-se. servi-lo. Não é assim que se de- eles o dia inteiro, até à tarde, cumprimentaram olhos •mais agudos jà viam a a ilha. Chegaram à distancia de - Dizei-me: como procurais a ve adorã-lo. Prestai-me aten- e repetiu cada palavra dez e vm - Não vos incomodeis, irmãos chaminé e mostravam a choça. uma pedrada, e viram: ali esta- vossa salvação e como servfs a ção, vou· ensinar-vos. o q1..e volt te e cem vezes. e os anciães re· - disse o bispo. - Eu tambem de barro. Um deles até -avistou · vam os três anicães:• o mais al- Deus? - perguntou o bispo. ensinar-vos, não fui eu que o petlram-nas depois dele. E eles vim ouvir o que estãs conta nd0 os lrês anciães. O c_apitão trou- to, nú, cingido apenas de uma O segundo ancião suspirou e inventei. mas trrel-o das santas se confundiam, e ele os corrigi: bom moço. · · · xe uma luneta. .olhou por· els tanga de esteira, o segundo, no olhou tambem para o mais velho · 'Escrituras, onde Deus . ordenou e os forçava a recomeçar de no, ~ O pescadorzlnho e~tava-nos e passou-a ao bispo. seu cafetã em farrapos, . e o ve- alto franziu as sobrancell)as e ,a todos- como devem adorã-lo. vo. falândo dos anciães - disse um - Olhe: pel'to da praia, à dl- lhinho encurvado, na batina olhou tambem para o mais velho. gravou antes dos outros foi O se- E o bispo não deixou os ancl– comerciante. mais corajoso que reita daquela grande pedra, hã gasta; ali estavam os três de Sorriu i, ancião mais velho e gundo ancião, que repetiu sozl- ães antes de lhes ter - ensinad, os outros. tres homens. • m"os dadas. disse: nho a oração Inteira. E O bispo todo o padre-nosso. Eles o diziam -= Dos anciães? - perguntou O bispo olhou pela luneta, dl- Os remadores chegaram à - Servo de Deus. nós não sa- ordenou-lhe que a repetisse mais ,em cõro com O bispo, e depois o blspo. rigindo-a para onde devia; com praia, atracaram a embarcação bemos servir a Deus, nós servi- e mais vezes, e os outros dois o repetiam sozinhos. Quem ~ · Aproximou-se da amurada e efeito ali estavam os ·três{ um com o gancho e o bispo saltou. mos apenas a nós mesmos e nu- . acabaram recitando. eles mes- Despediu-se dos anciães. º ' s·entou-se numa caixa. alto, o segundo mais hatxo, o Os anciães inclinaram-se dian- trimos a nós mesmos. mns toda '\ oração . quais se incllnaram diante dele -'- Conta-me a mim tarribem, terceiro pequenino: al~ estavam, te dele, ele os abençoou; ·os an- - Como adorais a Deus? - JA ia anoitecendo, e a Lua profundamente. Abraçou-os e bei- vou- escutar. Que eS t avas coo- na praià . de mãos dadas.· ciães se inc!in?ra_m • ainda mais perguntou o bispo. emergia do mar, quando o bispo jou-os, um a um, mandou IJU'é! tando? O capitão dirigiu-se ao bispo: profundamente. O bispo começou Adoramo-lo assim: • Vós se resolveu a voltar· ao navio. rezassem como acabara de ensi- _, Ali se enxerga uma ilhazl- - Aq_ui, Eminencia, o navio a fa-la'r-lhes: ~ois tre·s, nós somos. tr•s. aJ·u- E ..,. t nar, subiu ao barco e voltou ao nha- - disse o camponês indican- " o .,1spo começou a con ar navio . do um ponto na frente, ao lado Enquanto se aproximava deste, direito. - Naquela ilha vivem . ouvia ainda os três ancíães re• ~!çã~~iães e cuidam da sua sal- p 'R 1 (.-. E N·c/~ . D E- 'V' 1CTOR' H u ,--... o g,;tiJ:~o;~n{rt~zt~ ~ta.ªc ~~1:iC::~ ~ Onde é a ilhazinha? - per- . , r. "'\ - ).\ , _ , f\.. J 1 _J mais perto do navio e começou guntou o bispo. ._ .._,, a deixar de ouvir as vozes dos - Vossa Eminencia olhe, por anciães, mas ainda via ao lu a, favo)", na direção da min~a mão. os três velhos, de pé no m esrn c Está vendo uma -nuvenzmha? -A A VIDA quotidiana dos gran- parll não dizer servidões, que lugar · da praia - um, o menor esqúerda ·dela, mais para · bal- de,s escritores: os seus pen- HlNRI MEMBRE , ela :se torna irreconheclvel. de todos, no meio; o mais alto, xo, 'vê-se como uma especie de sarnentos intlmos, são me- à direita; o segundo, à esquer- ::?::~i~iaº1:iusol;lh~~: :ori~~ ~~ro :~::it~:t~!~y~J?~:{i:: g~: 1 i!~~l~~~~~o a~~ç~:';;,~i~~ fof~m n;:~s e;~~~fr~~sa d!on%~~ D · I A' R· I o ;~i? a~~~'tre;JJ::: ~f~;i:; nada- percebia de tnsolito. ram •e, talvez, melhor aind~, ·na- mais depressa do que O progres- com os Estados Unidos da , Eu- estenderam-nas ao vento; o na- - ' Não a vejo - diz ele - queles em que simplesmente so• so moral, ficamos decepciona- ropa, - hoje uma das maiores vio estremeceu, retomou o caml- Então, como vivem na ilha esses nharam. 0s mais simples óbjetos, dos e não estamos longe de · ;fui- preocupações deste Ocidente nho. o bispo dirigiu-se à popa três - anciães? um banco, uma lnscrjção, uma ga-los lngenuos. Mas não te- que se esforça para organizar- e sentou-se ali, continuando a í!- .,... , São gente de Deus - res• · arvore, bastam para inflamar a mos o direito -de fazer troça se. Foi tambem um defensor a- (Conclusão da 1.• pãg.) tar · a ilhazinha. No começo ain- pondeu o camponês. - -Fazia -nossa im,.igínação. com as suas idéia!!, Os homens palxonado dessa liber alidade que · da viu os anciães; depois a p.ro - mui\o tempo que eu ouvia falar -Certamente que nos lembra- que pensavam daquele m'odo todos os governos querem nos 8 DE MAIO pria ilha desapareceu, só as on- deies. mas só tive ocasião de mos .deles, tambem, nas clda- faziam-no por generosidade de consentir em teoria ou nos pro- Economize-se em algumas ne- das brincavam ao luar. vê-los no ultimo verão, quando des onde tumultuam as grandes espírito e Victor. Hugo mais do metem para amanhã, mas que cessidadea, mas que sempre aa Os peregrinos foram dor mir e os cpnhecl. . multldões. Mas por inte,rmedio que qualquer outNt. cerceiam com tantas restrjçõe , Jãrras · estejam floridas . tudo ficou silencio~o a _bordo . E •O pescador pegou a contar . de que-? ~e uma estatua? Mas, 28 DS: MAIO Mas o bispo não tinha vontade como tinha saido âtrãs - de pe,1- para uma bela estatua, quantas Pomba ou nuvem? de dormir. Sentado sozinhi:> a xe e como fôr'a ;jogado àquela outras são feias com• os seus ·r1 16 DE JIJNHO •• popa do navio, continuava fitan- ilha; e 'ele mesmo não sabia on- gestos congelados na pedra ou o' I~ Da M t ... Não há pior favor que o de do, no mar, o ponto de onde· a de estava. 'De mad,rugada-, plis-se no metal! Mes'mo sendo bonib_ or e • emprestar a uma pessoa um ilha desaparecera, e pensando 1 càminhar e chegou até uma é quase-sempre erguida rtum cru- : . • •• valor que ela não tem. nos bons anciães. Lembr ava-s< ehoça de taipa, e viu perto de- zamento de -ruas, reduzida ao 22 DE JUNHO · · de como tinham ficado alegres ta uin ancião', e depois viu mais papel de. marco, em torno do (Conctu~jio da l.• pãg. ) . Garci1l não será nunca nada por havérem aprendido a oraçã o ~oísl eles· lhe deram de comer, . qual" giram 'automoveis baru- ' , na vida, Sua .e~pe~te'!'a _é ~~q_ue- e agradeceu a ·Deus ter-se serv·i- puseram-lhe a roupa a enxugar - lhentos, enquanto nos passeios, presença i1!_lludivel de ser,isa- cessa a inqujetação. sooretuuu nina, de - manobras ins,1gn1f11;an-. do dele fazendo ,que lhes ensi· e· a-judaram-no · á consertar .o como formigas, os homens se ~~:e~e~~~~EtS,es~~sn;/xi st encia · se se trata ?º "deS t ino e!:Il Deus" · tes . - nasse a palavra divina. barco. · · · atiram para o tt;abalho ou para Não posso estender-me dema- 4 ·DE AGOSTO Assim meditava o bispo, sen- ~ Como é que eles são? - . .os prazeres, sem vontade ou siadamente nesse comentario a __ !~~~fo!á ;;~{~~• Luií Pinheiro - Ou~ 0 :::r'gr"':_- tado à pôpa. fitando o mar do pergunt9u o bispo. , . põssibqic,lade . de .d(!d)car alguns Rilke, poill O _que p'retendia era dencia para as coisas lado onde a ilha ' desapar ecera . ;...., Uni deles é pequeno, cu_rva• . minutos à meditação. Um . dos , • ...,.. . das! - . - E diante dos seus olhos deslum- dô. • muito idoso, v:estido nui;na melhores .exemplos do que .tã<J. somente lembrar sua - ~Ir- Enrlqueta Li·sboa é hofe um do~ 15 QE AGOSTO brados surge -uma luz. saltando batina , surrada;. deve_ ter :ina!s , estamos afirmando. é,- talvez, o m:açiio 'da poesja como sin~ni- poetas - mais puros- do Brasil. 'A Lua ou foice? de - um ponto a outro, sobre a-s de .cem anos; • os ..fios bran.cos da casa -de uma·· povoação· do ~º• . ou expr1;ssao, da experi~n- forma limpida, cristal sem jaça 26 D'E AGOSTO _ ondas. De• repente vê uma coisa de ~\là ·_barba .jã, pr,inclI!.iaiv, a .Grão-Ducado de · Luxemhurgo, - Pia, para. a~mala_r . 0 novo livro de Slljl poesia, a agudeza. das ) · ·, ·- G4stavo" 'Orlan!10 6 tao pobre, branca·. brilhando·. ao hi·ar: serâ afn:p'j!lecei;:; estã _sel!J,pre . sort;ln· ,onde Victor .Hu~o morou duran- de Hennque!.a_ Ltsb~a (Flor da magens, a dens'idade das pala- que· a cada pagtna tenho vonta• i.tma ave, uma gaivota, ou a ve- ·da, , sereno, - como um . anjo do te algum tempó. Mo~te ,- .Jl:d.tço_es Jpao Calazans, vras, · a segurança do rlt,no, sua lle de_. lhe dar uma esmola. la . de um ' barco? .Olha ·atenta- Céu •. _O .outr9_. mais .al,to, ,t'amt>ein · , o . . escritor, ' qulrndo . exilado, Belo H_ox:izonje, 195 0) , . todo ete humildade, constituem sua for• 8 DE DEZEMBRO·- . mente e _diz conslg~ mesmo:- - "é velho, usa ),l!_ll .cafet\i esfarrl!-- fez diversas estadias em Vian- • çon:,tru1do nao s~bre .ideias ou ça expressiva e comunicativa. . . O nojo sempre crescente por "IY um veleiro que · corre atrãs 1>ad_o, -tem a ,bàrb.~.-ll)nga,. d~ um don, ..cidade- pitoresca e ·calma. s_en..t~entos, mas_ sfbr~ a , exp_e- ~ Certos temas, .. lugáres'· comuns· .Nicolãau me Jeva a arrancar da _ - de. nós. Hã de -nos alcançar den– .braJ1_c_o : ª1!1:1relec1âo: . é . u.rn .ho- do!P,lnada pelas·.ruinas · ;imponen- _r•~~;.1!' . ~a SUi! stn es~ de emo- de todas as épocã~ (o 4a ,saudade.· parede do- escritorio, e eacon• tro. eJn pouco. Ainda, agora esta– mejri .íorte, virou , meu bar_co. te13 .de um castelo. Perto da ,ve~- ç., 'l ensaçoes... - ' por exemplo) ela os renová ad- der atrás do àrm,ario, º· velho . va. tão longe·. 'é agora parece -tão .c_omo se ele::./ õss!i .uma ·u:~a. hei!' ,, lpa ponte. de arcos· _dê- pedra;•efe • · ~ _or da Mo;:te • é _um .mono- . mli'avelmente'. o "un· seul être retrato pintado oa. sua melhor pertinho! Hã dé ser un;,.. barco ... tivf! ' te !p.po de lhe i,c11dlr. Tam- rporava, numa casa- que, , hoje, . poho, _ql,!e _expr!1!1e ~ _IJ)als do- vous manque ,t tóut ·est 'aépeu- ,faae; ~ -~e. deze,mbro ~e 1931 • m'!s não é barco, niió se ·patece .-belll- é- a}é~re'. o ,fet~~lr~. é: àlt(!_. · ad<i,ulrld_a · .pelo : /ovetno, està . lorosa -d~~ expenenC:1as, . a un{ca - p!é"; ·de L;ima~tlne,. ela assim- o" 3 ºde Janeiro •de -1932, com. utn veleiro. Seja o ~ue for, a tiarQa . C91l'Pf ~da 4; ,.alya como ..transformada em. UJl'\ , modtsto de _q1,1e -:11Jng:µe_m 1:_saa1,1a,•. • ~ni- exprime numa ungua~em nova e 10 D,E . D,~~EMBR~ . ' corre atrás.- de nós . . . hã dé nos n~v,e llie. d~sae · a_té ,o~ joelhos; piqseµ, .. A--- .co,:itra,--ofensiva ,de ca universal. Já os prn;1eiros no sa:· .. · _ f!~tr:_at~ ~- 7: , Baixo, _retac_ado,_ . á.lêâti.çar". O ôispo rião poae ima- > t_em· uin ar soml>rto, ~as sobran- _ ·von ... Rundstédt . nas .· Ardennas. _ver.soa do · ·po~ma . .intitulado ., ~ ,.,....,.~ .. , , :-. • ' .-olhos ~ .. 1rge1r.amente 8 mongQ_IJcos, c.ginàí- o que seja , aquilo: barco, celhâs éãeri\.-iqe sobre os . olhos: · durante O inverpo <Je . 1944. - }QÍ "M 1 sterlo" nll-lo • a.firma . cómo .• - . - • • de cabelos Jisoa • e _casta~hos, ave ou peixe? Parect:.-se-com um . anda .: iiiteitamentê • n'ú-; •· _ai;iertás · fatàl à , pequenina cidade. ''Ave- º utnll ilust~á'çã'o_ãs_.teoriás_RJlkeà- Eraf~eJ\qu~,;te 'llil'lh~ -- · · ,, !Jafba' irrepreen9.ivelmlinte •!'•· · hoinem, •mas ~é grande de mais; éoni üí'na 'tahga de es~e~rá. , lha ponte foi pe~os arei; e a ca• nas e e:ic1s.tenc1a~stas .cristãs; , do . . mi o f ouro, - 0 1 JOZO 'Canhoaj:la,_ Antenor ea1meoro depois. um homem. rÍão pode cor- ,'<..'.De,.que fálavam eles contt- ~a tão dartificàda que · sé apro- Na · morte, nao. NA . vida: e _Jº'ªi ~e~o ª/ ptrf ª tem- a boca de corte . prof_undo • 'rer· sobte ·o 'mirr. Levanta-se o ,ot --' J')érgúntõU o bispo:" - · ·. . veltaràm para '. retjfiéar o - áll- · · > • • .• :qo av~ .u..a. 0 - ~s,:_ ! 11° 8 · '= aénsual, -.empre ·; ,iredispost~ • a bispo, dirige-se áo timoneiro : -_ ,, .;...,-F-acZJlim~quase -tuao· calad!)s· _n~ameitto. •?,l):as ·a .·rei:onstituição Está na v~da_.:o nusteqo. . 0 ,ai-re p· lo.de caricia .. U!f' sorriso ,maia ou me~o• . iro- · · ..!-- Olha· para ali: que é •aqui- . e falav{lm pouço•. Era um ·deles · to~ perfeita e· é_. al:Jsolutaménte · ,Em _. cacra_.·al1r-mação ou -- nico. Se tem 35 • an<là, podem lo? ·•,Que poderá ·&er··· irmão que olha'r'.'par)l os.·outros, •~ ·os c0utros honesta a placa pqsta 'ba 'fac'b.a·- abstmencta lotlli'o; frio. coritagioso · , •• ttre aer .dados 30. MãQ1- 6midaa, - poderá ser?~ ,. • . ' . ;jã . compreendl;ni\.? Pergunte.i .. ao ila. · ~Foi nesta .casa onde resl- • •••, ·. •·· . ..·.. . .... , . , • • •• <Ja. lua. de ·C:.isnes, de 4guJ1 voz úmida, ~limpo _e_ bem ~hei- . , E, · enquanto pergunta; .já vê: mljis. alto se.. ,azla-,"11!,uito. tempo' --diu, pela .5a.-· e ultima · vez, : viC:. - .Tu que estãs .rnórió· ,~': • · ' descenpó. em fio, ª ._colina: roao,• g~avatas, , de .•duvidoso , os- anciiiff corrern :;obPe ,0- mar .. q11e yivlàm t;alL, :j!:lé franziu._as . , for :Hugo,- de s_· de jul,hÕ a 23 ile · esgotaste o mist-erlo. , Er.a dele que ·te vinh.a · -.. . bom gosto, não. 6 invejoso, m(I• •branque:jam _;io luar ,as· lol}gas . liObrancelhas, ,cQmeçQ.u. a· ; dizer , agosto de 1671 n. , • Ali esteve.• dé-· · :•, ,.- • ' •·' : tudo iS t o· 0 sol, as. éstrelas, -sofre ,ecre\amente~ com · o au- bai:bas. Apro:i<imam-!;e , cada yez algum~.. cq\sa' . .c~m.o., se,- estJ'!e!ISe. fato '. com a· familia e Juli~tte• ~ misterlq não. estã na mqrte • i> _l)ril h o .-do caotl>, ;.88 ,qu~1\l8- ·c.;"sso .,.de~ Euloro <Filho.- ma-is. como se o- navio ,estives- . za11gado- 0 , ma~ o ,:,J'!ll!ÍS velpo- de );lrouét\ -tendo esf,rito .na· ocasião : em"" rú-, • maa, -na noss;F - pr-eseriça - auroras na -ãrela,. ao· vento 18 DE FEVEREt'RO · • se parado·. . · •. . · · .. . _toôosi: _g, _.,b<1_4<jnho,: Regou,,o_ logo: àtguns.- cap_itulos do •A~o Terrl- · dlante dela·, à espera;.. no que- · · , as espfgas º nd uliindo,,. t -S11,io - com , Luiz- Pinheiro 4a • O tjm Queiro ,olha para trás, es- pe(a mao, sorri~ - , e o mais .~1- vel".. o ··.quarto de dortmr foi :re- ·nos impele _a escolher o cami-.. . .;11us~os nascen~? ~:is pedras, casa de· saude, . or,de E;;ulorJI FI- -panta-se. ·farga o lcme , e excla- to logo se ac(lltnou. O velh.o ,d1:,-,, constltuido: 0 leito e a poltronà • nho ~ ..que a ela , oondu~.~ Iremos · · · · · · ·: •• · · •• •· · · · · · · · · ••• · •• lho foi operado da vesícula, di ma em voz alfa: - se ' apeiias•:· :=- ~Pei;doa-nós!. ....,.. estão no •lugar .liabltúa1; os re- por esta ·ou por aquel:1 -pfc~da? 1 ·~··:··· ·· 1··: ······ .so~bra:- ·, :i;!'ml, mas .•de~c<>!'fio de, outro , - Santo Oeus• o·s anciães co;- ' e sorriu::._ ·_ · - • •~ _ - . tratos foram de - no.vo pregádós. E por que? de ct!IQS no roSlo,-· espera mal. Por · um milagre, encon- rem .'.atrás de · n'õs ·sobre o mar · Enquanto o camI!On'ê~ , falava, nas paredes. e os· ·seus autogra- -• do que v~m trêmulo e pro-, trei-o lendo, • .Lia- uma novela como se fosse no chãõ. • o tiàviÕ- sé 'aproli:iníaya da-'ilha• . fos; os.. .desenhos . a -nãnq11in, Por uma solução ansiavas . .. [ximg policial. Luiz Pinheit o chegou ôs viajantes ·ouvem:• levant~m- . . .!...•_A:gora est'ã _)l~m· visrv:et ,-, Jambe~, estão guardados como • ciepoia .e demorou-se pouco, es- se: aP.roxlmam-se, às pressas . disse ,um comerciante - Vossa antigamente . - _ ... , . .-- Morto, cessa o misterio, ocor- E, cots;t raran as .pÕetisás inals tava chor,,endo, aproveitava 'dei leme, e vêem:' os anciães vêrr Emfnenc!ia digrlf:ctle de ver ..:.. .a- · , A reinauguração da casa .se re a• lntegração no nada, ou em femininas, nenhum piegulsmo, m,;u guarda-chuva. Luiz Pinhei- correndo, de ínãos dadas. Os dos • creséentou,.·apontàndo.- -- - fez com solenidade, tendo sido Deus. De qualquer inaneira se nenhum sentimentalismo fàcll, ro tinha um grande nojo de mim dols·lados fazein ·sinais com a _ · o bispo .olhou, e -realmente viu ·assistida pela grã':::-áuquêsa,' to=.- al-cánça então ,- porém ·a verticàlidad,e, a Jim- ,habilmente . camuflado. Agora mão livre para que ·o navio pa rr uma faixa ··preta: a ,ilhá. ·Olh9u, dos ós ministros, ministros do .. s piela, penetrante e madura ex- me estima um pouco, aventu- OS' tres ·correm na agua c!>mo s< olhou, .da proa dirigiu-se :para a "Negoci-0s estrangeiros, ..o presi• A píenitude da agua, pressão: ·ra-ae em módicas confidencia~ fosse em ter.ra , e no entanto não pl)pa e . foi ter ·co,;n o timoneíro. dente. da Sociedade dos Homens da· pedra. . . Maturidade, sinto-te na. p.olpo. pessoais ou . !iterarias. Não será méxem os pés. ~ Que ilhazinha :é ·aquela. que, ele· Letras da Fr-ança. As cir- E . és n~tural, ~ . P!JrO, és dos dedos: abufidante e macia. _im'possivel que venha ·a me a- Nem houve tempo de fazer pa- se. av\$ta ,ali? - .perguntou. -cunstancias ·eràm de -t;\l oi·deni · -- - [simples co,;no - -mar um dia, _com(! .Jã . aconteceu r-ar o navio; "á os . anciães o. "' ~ ~quela? Não --tem nome. 'que ultrapassavam o_qua:irc, de a agua, a pedra. Assim sinto tambem a poesia com Venaricia Neves - por um cançavam, aproximavam-se ci· Há muitas -delas ·por .ai. . 'Viandon, do ,Luxemburgo e até de . He~r-iqueta Lisboa. Ainda h.á mês! pa.rapeit,o, levantavam a cabe<;"a . -. DJ+em que lá existem uns .mesmo, tambem ·- a propria Mas essa rea!Ízac;ão do mortÔ . oouco, a proposlto de seú "Aca- · Jã- de, Euloro, não espero e exclamavam a urna voz : anç1ães ~que cuiqam da. sua sal- personalidade dé Vlctõr: Hugo. . reP.ercute de modo variavel so- lento ao _Morto", eu escrevia, mais que a sua comezinha ur- ,- Esqúecemos, servo de Deus. vaç,5.o. ·-E' verdaçle? , O lugar .da cerimonia, a .dois bre os viv os. "O desâparecimen- nenhum ritmo .onvencional,- mo- ban,dade. E' tão vaid.oso que esquecemos o leu ensinamen tr• - - - Dizein, Eminencia, .m a s não passos da fronteira violada pela ti:> do "ele" é um fato que notç,mo ou vazio de sentido.. nem para odiar tem forças. Fa- Enquanto O' repetimos, nos lem -- sei se é, verdade. Os pes,cadores Alem,inha, que havia garantido ' deixa indifêrenÚ,"," embora :; porém · -um- ritmo que acoms lou-me, ajeitando-se a todo ins- bt;ãvamos; paramos depois d• diz~m qµe' os_ viram,· mas ta,;n- · •a nent~al\dade do Grão-Ducado, - nha à frente de minha intell- panha o canto nos seus sflencios tante na cama, do pequenino la- uma hora - tinha saltado um, be1;1 eles_mu1las vezes_falam à à proximidade· de uma época gepcfa prob 1 ,mas insoluveis. e nas suas exigencias emotivas. maçai em que vive patinhando palavr a, tinhl) m o-Ja esquecido e toa; . _ . . -sangrenta, durante a, 9ual O Lu• "Ao contrario, 0 - desapárecimcn- Pouco teria agorá · a acrescentar. - mesquinharias de porta de tudo se foi. Não nos lembrax;nos -;- Eu de~!'.JO para~ n~ 1lh_a e ;xembu;go conheceu _<lias de ter- to do "tu" é uma pro ., senão esta- ter-tatlva de rapidez livrarias, coisas que disse Mar- mais de nada ; ensina-nos outra ver os anc1aes - disse o bispo ror, nao podiam deixar- de am- . . va . • '!ma senão esta tentativa de ralida -tins Procopio de Antenor Pai- vez. . __, - ·como' se poderia conseguHo? pliar a significaç.ão dessa festa, · experiencia de amor e ftde-lida- guns parestescos poéti'cos e filo- meiro, as falcatruas de Altami• Persignou-se o bispo, inclinou- .:_ O navio n ão pode encostar ·dando-lhes mais alcance do que de. A.través dela, P 0 X: v1:zes, é soficos. rano, o■ amores de José Nicá- se diante dos anciães e disse - respondeu o timoneiro. - po- o de uma simples comemora- que ~º~ªf!lºS .conscien~,a d_e cio com· a mulher de· Hei mar· lhes: de"se ir ·de barco, mas é preciso ção !iteraria por maior que' nos_sa propria exiS t encla_: _pela ft- --:! :-- Feitosa, aliás bastante apeteci- - · A vossa .prece agrada a pedlr ao capitão. • fosse . Os oradores da solenida- deltd"1de_ !'-º ·!;ll<?rto qu~r~,d 0 :,. pe- os· jornaís ·estão anunciando vel! - porque tudo isso para Deus. anciâes de Deus. Não ca Chamara'm o capitão. de não puderam deixar de se la tdenttftcaçao com O tu · um livro destinado ao mais am- ele é literatura . be a m im ensin :ir-vos. Rezai pn• + Eu gostaria tle visitar esses referir à• fatalidade que pesa ·pio sucesso: "Le dieu des t ená- 12 DE ABRIL nós, pecad ores! anciães - disse o bispo - Seria :sobre os dois, muito mais o_pen- Angulos . e curvas se aj,uS t am bres". , Nele estarão reunidos Antipatia pode cegar. Não se- E o bispo inclinou-se profun• possível levar-me até ·lã?. sador do que O p'oéta. Isto com fo'rmando um volume, um traballios dos seguintes escrito- ria injusto com o talento de damente diante dos velhos. In- 0 ca pitão começou a 'dissuadir certeza farã sorrir os que per- - [todo. res: Aodré Gide, Artur Koes- Hei mar Feitosa? clinaram-se os velh os tambem o ·bispo. ,Po;isivel era. decerto. Sistern em ridicularizar o se- Somos uma coisa única tler, Richard Wright, Stefan 1o. DE MAIO vir:uam-se e r etomaram o seu ma.s iam perder muito tempo, e,: culo XIX porque os seus. inte- eu· e •a lemqrança do i:norto - Spender, Jgnazio Silone e Louis Converso com Cacilda : eu me c1inaram -se a retomaram o seu · ~ Atrevo-me a dizer a Vossa lectuais acreditavam no exito F;scher. T.:idos esses escritores vist» - p_rimeiro para agradar os caminho sobre o m ar . E até à Eminencia : não - vale a pena. imediato da justiça e d a felicida• A angustia, o n1isterio. 'l prp- r•,em em realce à atitude dos :>1- hom ens, depois para agradar a madrugada, via-se u m rastp de Ouvi dizer· que lá vivem uns ve- ae pela vitoria do progress". bl~ma estão na viela. D_esde q ue tclC'd~i, em tace da doutrina mi111 - o que é um" fonte de luz do lado por onde tinwun ido lhos inteiramente malucos, que Nós que . vimos o modo pelo se escolha porém um destino, comunis ta . sab~doria, 11s velhos.
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