Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1950

... FOLHA DO NORTE Oomingo, 25 de março de 1950. A P-ropósito: . . .PR.OUST NO BRASIL . (Conc-Jusão da 1.• pág.) · 11~ a Flaubert. •Por tal aprecia- testavam simpatia pela obra de çao se vê que o abundante e tão extravagante escritor. Mas, AUGUSTO FREDERICO SCHIMIDT DIRETOR . . 'AULO MARANHAu n\imeroso prosador cie "York ·m aos sessenta anos confessava ltlO - O sucesso e direi mes– Progress• sofreu as arbitrarias que sabia de cór ~lguns capitu-, mo a atualidade de Marcel comparações de .modo tão lnsen- los de Pantagruel e que o relia Proust no Brasil é um curioso EJ SUPLEMENTO 1·,,nRAT~ l· sato usadas por determinados · sempre com prazer • parce que fenômeno de reflexo do sol l!te– critlcos. c'est la p:!lnture du monde la rãrio. Porque falam e escrevem Co~pree~de-se, no entanto, a plus vive•. E se penitenciava tanto sobre Pronst: que aflnida– apro:inmaçao de "mysses• à o- de haver dito outrora tanto des entre o épiç:o de. "A procura bra •do "joyeux curé de Meu- maj da burlesca epopéia. do tempo perdido" e este pais? don · Como ·Rabelais, o escrl• Assim são os escritores tidos Que espécie de resposta poderá tor Irlandês teve os seus detra- como incompreenslvels por seus dar a obra de Proust, universal :ores e Incondicionais apologls- contemporaneos. Rabelals criou à força de um enraizamento ex- ORIENTAÇÃO. DE ttAROLDO MARANHÃO · , (,~O&Ai>U&Eb' º" ~EL&M, - ."1UDMI Koc.b.a, BenecU&o Nanea, BrllDo de 11.enaea. CaubJ Cru. Céc.1.1 Melra. Cl6e Benull'do. Daniel Coelho de -Soua I' Paal11 Mea– da. Garlbaldl BruU. Raro1du· Man.D.hAG . Lff1 tlalJ ele Mcnuá -Mano .Vou~o. M.arto Faasü.Do. Ma:1 Martlna, NataUclo Nbrber1o, Nana Pereira. Orland11 Bit.ar. Otavtu Mendonça Paal11 Pllnlo &brea, . P. u lioau lfdoara. &lbamar de Moura. &Ili Gallber• me a.n~· .&at douUnho I Sultana LIYJ Roaem– blaU • DO IUO: - AJvaro LlDa, AaplllcJ l'rederteo 8c!Jt. mtd&. &11N!Uo Buarque de ·eolaDCla, CarlOI Dram. mond de &nd.rade. Cuslan11 atcardo, CeeW. MeJ• relee, 0"'8 dOI AnJoe, Fernando 8ablno. Fernando Ferreira de Loand&. GUberto Freyre. Joet Llm de llel'o. lorp tlt Lima. Udo IYo, Lacta ~filei Pe. reira. Marta da Saudade Cortedo, . Marques Rebelo. Manuel Bandeira. Maria Julieta Drummon4. Murl· to Mendea. Ottc, Maria Carpeaus. Paulo K6nal • 1 Rachel de Qnelros. DE 8 PAULO: - Domingos Carvalho da sn. va. Ed&"U Uavalhelro, Rorer Bastlde é SErg1o Mllllet. DE BELO HORIZONTE: - A.li ,homu1 de Gul· manem l'llho e Bueno de Rívera DE CUlllTIBA: - Dalton ·Trevlsaa e Wllaon ~ llanlm DE PORTO ALEGRE: - Mlson Charaa. DB l'ORTALEZA: - Antonio Glrlo Barroao, Alui.elo Medeiros, Brara Montene,:ro, loin Cllmaeo Bezerra e l09#! Stenfo Lopes . NOTICIÁRIO 8~8· t O ~lad(lr da prosa france- a prosa .francesa e a sua des• _cesslvo e sufocante numa deter• ª'f 1 m foi julgado fncom- cendenc!a é numerosa, estenden- minada atmosfera social? Que preens ve pelos seus contem- do-se de Montalgne a Jean Gl- resposta esse homem doentio que .poianeos. Ainda hoje é duro de raudoux. r;ão se pode negar que · · denunciou os- mistér,ios, . as com- . ne e se penetrar. ma_s é certo tenha tido Rabelais em vida plicações e os caprichos de um que dse. .chega, com •Certo esfor- um ou -.outro vident~. à manei: mundo am·eaçadcr de morte, po– t,;o - _e adapta~~º• à sua , subs- ra de L!lrbaud. Se o autor de deria constituir a uma parte da ,tanctille moelle com aprazimento "Gargantua" era mal aprecia• novissima geração brasileira, que ~I f L co~ certa volupla. •Dele do, geralmente pelos seus coín- hoje o cultiva com tão marcada z ª a ruyére, um seculo de- panheiros de seculo é posslvel predileção? Mas a realidade é pois, que era sobretudo inexpll- que James Joyce s~ja compre- que se forntou· aqui um "Proust car.el , e rnonstruos?. endldo e tambem amado pelos G:lub", que ' uma de nossas maio– bl C e:, un mons,rueu:,c :<1ssm- pósteros. principalmente depois res casas editoras iniciou a publ!- age un~ morale fin . et ingé- de "Mort ã Credit" de Ferdl- cação da primeira tradução bra– nleuss et d une sale corruption •. nnnd Cel!r>e, o mais afeiçoado sileira do ciclo proustiano, que os Voltaire aos trinta anos não discípulo do gigante de Dtiblin jornais, as revistas literárias da g suportava e at~ duvidava do Joyce jã estã vivendo a su~ capital e dos Estados andam om gn 9 to daqueles que mani- posteridade. cheios de estudos, de análises, de Pcrrnas · Interpretações sobre a figura de Marcel, desse homem que era uma ave noturna de olhar frio e agudo que adivinhava, que sen– tia, que cheirava tuqo; que des- . dobrava num estranho aprofun- (Conclusão da l.ª pãg.) damento as coisas aparentemente n'llstér recorrer ao chicote. ·cepcionais, ou a mulher -se ab- mais simples e revelou esse mun- ,Se não é ' assim de relho em sorvia na m aternidade e n as ta• do invisível mas não menos real punho e gesto. .autoritario, que refas domesticas, ou procurava e em que se formam as inten– habitualmente nos figur amos às alhures e secretamente uma ções, em que germinam as pre- , donas de antanho,· ·ainda' men-os· cdmpensação·. As lendas de · pa- · férências, os caprichos, em que n.il -las representamos tal , quaL gens -amantes . de castelãs, tão se modelam e configu,ram os atos Ioram na sua vida sentimental. comuns ná literatura, não serão futuros, a direção, a inclinação A corrente idéia , feita sobre a preéisamente ·uma prova de que e o comportamento do homem no Idade Média é a de um perio- o amor era com frequencla ex- tempo e no espaço social. do de cavalhelrismô e poesia, traconjugal? O mais extraordlna- • • • as damas tendo aos seus pés os rio, o m a is contrario ao medie- Ein P~r!S, em 1948, lembro- que por elas morriam. Juras de valismo convencional, é que, me que surpreen_demos alguns amor, uma donzela conduzida ã embora fosse o adulte:r!o muitas escritores franceses, San Tiago igreja, uma fiel esposa a florir vezes punido com a morte, hou• Dantas e eu contando-lhes o que !!m prole luzida, uma velha avó vesse tambem ·muitos casos de se passava com Proust no Brasil. majestosa, uma lápide onde se acomodação: altivos cavalhei- Robert Kemp registou mesmo, lia o elogio - eis como imac ros, cônscios de que não haviam num dos seus folhetins de criti– ginamos a vida e a morte des-· "dado nem recebido amor no ca- ca em "Les Nouvelles Literaires" sas mulheres tão diferentes das sarnento, não negavam às espo- nossas revelações. li: que esse de agora. Na realidade, diz-nos sas, nem a si proprios a liber• florescimento proustiano, num G . M. Trevelyan, o casamen• dade de buscã-lo -onde o .encon- pais da América do Sul coinci– to nada tinha a ver com o a- trassem. . dia, então, com um desfavor com- -mor. Era um jogo de interesses Ociósas e nem sempre virtuo- pleto do romancista na sua pró- -sociais politicos, ou até financei- sas eram· pois as damas antigas; pria pátria . A França, que res- ros. As grandes familias encara- ,não viviam enclausuradas "m surgia dos dramãticos aconteci– vam os · filhos como ttuhfos por altas' torres, nem flsica nem mo- mentos da última guerra, a Fran– meio dos quais poderiam obter ralmente. Mulheres como nós, ça da invasão e ocupação ale- Dois livro• de sucesso em Pa- de Interpretação critica dentro influencia, terras ou ·dinheiro. nem melh'ores nem piores, ti- mãs, a França da campanha de ris~ "Une lettre orange et une doa modernos conceitos. - Trata. Tratavam os casamentos como nham problemas semelhantes aos• libe,tação não queria saber de lettre rouge", da autoria do Jo-· se de "Poetry and Humanism". ne,ocios, pondo, por assim di• nossos, alguns mais dificels de P~oust; ao contr ãrio irritava-se à vem papa do movimento epifa. Nessa _obra, 0 autor faz um •· zer, em leilão jovens apenas nÚ• resolver do que 'os atuais, outros simples menção do nome de n ist.a, Henri Pichette; e a tra- curado estudo sobre John Don. beis. E n menor veleidade de · mais ' facels. O que não quer di- quem p!ntara uma sociedade ar- 4uç_ão francesa do conhecido .1;1e e Milton, e outros poetas, revolta .provocava violencias ln- zer que nos fossem Iguais, fl- tificial e terrivel, flor de den– ~~ance de :J>o~ M&J!ll. ~ procu_rando reintegrar' a obra de criveis. Uma pobre· menina que lhas· que eram de uma soci!edade &os .perfumes emol!entes. A opl- Dou.tor Faullfo . todos ele■ em seu -tempo, re!le• se ·recusara a ilceltar por marl- muito diversa· da nossa. Mas,· riião dos . franceses e 11 tava então . --:1 :-- !ando não apenas aá lnflue,nclae do ··um 'viuvo vellio · e rico foi malgrado as diferenças, é con- dividida em dois territórios. Uma Apõs _ visitar a · Amerlca do . recebidas ·' da Renascença, como subtnetid!1, pela PÍ'OJ;>rla _l!!ãe, a - sola!Ior, para quem ouve a tódo ,:ra . domlnlo do fanatismo comu• Sul. Pierr~ Benoit. r~gre_ssou a spbretu"do as diretivas de ' ·toda um · regune de espancamentos momento 41ueixas da • · vida de nista , da disciplina ao Partido, :f'.r ança e disse aos Jornais que essa poeslà matafislêa, -tnfluen. diarios: em três .meses de tal ·hoje, saber em époêa que nos · dos. autores, das diretivas stali– f1cara prof,µndamentl! decepclo- ciada po.dêrósamente pelas · Ar- tratamento adquiria uma salutar par'ece agora, vista de lorige, de n!Stas, o outro 1ado dessa opinião voltara-se, porém, para Péguy, o herói, o poeta, o celebrador dae virtudes sadias do grande povo, nobre e sério, poeta dos trigais, das histórias de Santa Genoveva, e principalmente de Santa J eanne D'Arc. 'Entre ó comunismo -e- o heroísmo péguysta não havia lu– gar para o mágico dos encantos misteriosos, para o pintor. que digo, para o escafandrista -do mal' estranho dâ sociedade, do gran. de mundo dos fins do século ~IX e . começo de XX, cheio de du– quesas, de homens elegantes, da salões, de artistas, de sêres es• tranhos, componentes de , uma fauna ,que Proust dissecou e na verdade denunciou implacàvel• mente. . A distância da divisão france– sa,, Marcel Pro~t. o bandi~o _d• su:1 pãtria, começou a v1ceJar entre nós. Planta de raízes lon– gas e finas, entranhou-se em no~ so solo de terras um· pouco ás– peras. E cresceu. Agora é Proust um dos autores mais citados. Conversam sobre o Criador d1 Swan em todas as provincias. No Pará, visitando, com um amigo desse Estado, uma flores– ta tropical nas proximidades da Belém, fui provocado a falar ent Proust, e a conversa foi inter– rompida por um cantochão de macaéos, uma espécie de côro de vozes de bichos, como não pen• sei fosse possível ouvir. No Cea– rã, em Minas, em todas as ci– dades do ·Brasil, fala-se, discute. se, debatese a figura e o proble– ma de Proust. ... Agora mesmo ai estã esse gru– po da Revista Branca, que o he– rói literário Saldanha Coelho co– manda, e que acaba de publicar a "Proustiana Brasileira• em que se reune o que de melho1 se escreveu sobre o assunto Proust · em nossa terra. Jovens autores talentosos e figuras da maior conceito entre os " velhos", encontram-se nesse volume, em que o autor de "A procura da temPo. perdido.• é tratado, virado e revirado com ·uma intimidade singular. Chamo a atenção do pública para esse esforço dos jovens da "Revista Branca•, que afirmam corajosamente a natureza 1miver– sal e literária de suas lnclinaçOe. num mundo polltizado ao extre– mo . • Proust voltou agora a ocupar o seu lugar na lit_eratura france– sa, o que -é sinal de que estãva– mos cevtos em o termos abrl– gaa-g aqui, enquanto o exilaram da sua terra .. nadQ c_?m o café bras!l~lro: _ tes e pela Filosofia, na época. passividade, e lã se foi com _o tão · pura ·unidade a existenéia ' --,. Nao é gostoso confor me eu · Abrindo ·seu lfvrl>'·com• os novos, esppso, a _continuar por sua ye.z,• jã ·era; como à ·nossa, ' complexo pensava . .. conceitos do Humanismo face à " vida que aprendera na casa tecido de· forças e fraquezas • de --.-:1 :-- poesià, M. M. Mahood oferece. paterna. Não diz a historia se austeridade ·. e compromissos. ó Boteq ·ui.in Ao contrario do Brasil, on!;le nos um trabalho dos mafs com- teve fU:has, e com elas usou dos Como· as atuais, as mulheres. ti– • iniciativa não obteve tanto· pletos ·sobre ó tema, ·q'Ue •coritt. • mesmos argume.ntos: é pco.vavel .nham . que enfrentar situações . aucesso, nos E"t•dos Unidos hã nua li desenvolver dentro doa de- que o fizesse, pois, com a Idade, embaraçosas ou arduas e · cora- • • verdadeira marua pelos t'ha·ma. inailt ensaios do livro. haveria d_e entender R ne- -josamente as venciam. (Con_dusão da 1.• · pág.) dos "clubea de ·11vros". · Existem . -,-:1·:-- . , c~ssldade de ,:nanter . as .t ~_ndl:, . Nem o pa~sado .jiscapa . à _con- . clubea para quase todos os ·ge: Depois de -visitai-em a Alrlca, • çoes . e Q poder/o qa . familia , flngencia das . ceisas huma~as, . nan·.;a internaclornd. E mulhe- . privam-se de · tanta coisa; \"anta neros literar.loa: romanc.ea, . hls-· .Jean,J';i,ul _!lartrif , e , Simgjle··d{! muito !"ais . impc:,~tantes do qu~ nem ele _é . estavel, .já_. _que _dJ· 1·es: se a elas aludem, ·ou se coisa -indispensavel, . meu~Deust · ·torl11s policiais, livros para cri- Beauvoir, duas fii?uras niaxl• . a fe!!c•datte . individual, •nas con• ,pel,lde .sempre . da lnterpretaçao cha,nam Mrs. Roosevelt oú Ma- e enquanto lssa vocês· consomem ~çu. llvroa de úte, ele.: . O , mas do existenclalisQ:l0, .decla. , e~~?~~ do _morqento . dada· por qúem o_. aprecl.il . Como. dame· Jcilfot-Curie, ou E a' rai- !_lisque de cinquenta .cruzeiroa ·mais rec:e11te, o "Seven Arta eõ- raram em Pat:ls Ignorar- qual-..-, ... _ . . .. , . _ . cada .. idade recri.a . o , unlv,eraQ, . nh~ Jul\ana. Neil). d~ ·a.rtista_s de para cima· a dose. (Embora uma ok Society" seleciona . mensal- quer convite no sentido de vlsl- Mas, objetará a -leitora sert!l• rc~creft a ,hlstort-ª· ~Talvez as cinema. falam, salvo quando as delas; jã -me tenha confidenciado men~e u.~• obra 110bre pi,ntu,rã,; tarP.m -0 . Brasil.· rp.eq~ al, f ~ a~or_J F,: a .de'!(OÇ,ilO ., fan;iosas liçõe■. ~º- pas§fd0 ,n;uta •. associam·· aos nomes de. l'<ttirna.u,' que· no Juca'a Bar ·~ mais bara-. mua1ca, _ poesia, teatro,. da_n_ça,. . Disse _Sartre: . _ . _ . . ,_ do cava1heiro ã su,; dama? ~ • lleJ,ut:i s~ãc:, . 0 .rellex.'O . po ·_que qe Fritz Lang',. de Fórd · ou-.. de to). Vocês j§ •e >lem'f>raram d• esc!Jltu_ra e . arq1~Jtet!'fa. · o . ,prl- _, _ . Jamais •ouvi falar . de. se-. os ti:vvajl(?res_? ·Tudo -~s~ existiu . •~os. preocur,a, e por__çoni;~g!!,in 7 Hciuston. ·• situação em casa: o jantar í-c-_ _m~•.ro volume aelec1onado pelo melhante coisa.. ., · ·.~ c~rto, a~nas n,da ,.tl~.h,a a Jl!!r te,. l),ele deSf<;!°l!Z,:imps. , T_alv~z:,_ · E por "falar em. mulheres, diz- qqentado -aq fo_gQ, • -c.ozln,!leka •ma,a novo -dos "clubea de 11. .com I? ca11ame.nto, ao m~n11s e!': rp.aJ nJo _lmp<>xta: , o.,que pn~r- me ,P am:ig9, ·na _s\la. ca~a. "Que_ c.dm ar .de _rqartir, ~ ·menino■ _ :;;r :~~rà~:ta::· R~~~~:n:i: · , , - _- .-..- .~-- -, - , . ~e-;,;:: :;~t:t! :;,u~%~':1"!eôs ~! . }: ti~ ru~prf!~! 1 e};r:n°remi~ '!~~ :~~:ó:~!!~óa. ri~;:3~!~ªPir~~~ • r:l:a-~~:~~iq~ae•lda~~~~:r~:: . . · da autoria da Jacob Róàenberg. Em sessão' reálizad·a ·no · come. ma(!-tm.on_!o,- mas, pór, ª!!aso, pÕ}' ~~il.r _p(l!:'erml!s·__dé~cb~rlr • r~- mair'áinda 'que' essa 'aeruiora dl-· be que vai •n'a : certà perder • . . - . - ço da semana, . a Academia ·ara- extrlêma ve~tura ..d"Qs .!l~l!i · ,sslm · z:oes ·dll 11a<> . 'd~sc,rei;- dq_, preser;,.• . flcil~ente· se aprésentat~ na sua cinema··- · e enquanto isso cel• . . · --:J;-;=-. . ... _ ,. •llelra ·de -. Letraa - deu- • ·= conhe-...cpncii!avam _a in!:'llnl!çao ·e os te, de n·ão ·o_acharµios infe,rtoi::, · qualidade de •·senhora, mas -' na · cula,·· a cada dez .minutos , 011 - J:1ck Llnd•~)I'.; . co!'hecl'!o. no. cer•. o■ _ nom'"'-' d9f9 eacrttór~ devl!re~. . F.or! 1 des!te, · casos ex- nem ·dese~pera~r.· - · · -· • '. qu_alidade_ de "pessoaw, '? que é quarto de , h~r~ que . ~á se foram . vehsta e· cr1t1co - 1,~erario, ·- hi" • 0 t I d · . om· 09 preniloli : . · ·, ·- . ·c01s'!, ..~uito · d.iferente. , '•. à -toa, n<> mlDllno mais cfnquen- .lohpos .anoa · é um apalxonaifo c_ 0 e112pa 0 • e 1"94S :e · 1 · ,: . , • · • Nõ fundo, como na superf!cie, ta cruze1roi;?. .. ~:~*si~ê~tf~J:~<1~;::::~~~;~Jr .. ~~~;:r~tJ~;. ~·j~er~·{ r)~_·q.g i ,lta ·ç ão Po~·ti~â _: E1iti:~!e:~:i~:~1= f/ ~Jt i;~~k,~ir:f:::!~:r 1~~ P1cw1ck 1 ,de_c)d•u. eac;:r~'(~r..,um• a. _ fora'!' concedidos, a~ varias co . • ' • . : •· · , , 'ih<>ce~clas Juven1s,· · Os •nossos a- cas• . Mulhere,11 .,rfcas.• ou ,pol/res. lentado estudo sobre D1ckena, ml.uõ9!1 Julgadora■ "llprenala"" . (Conclusão da 1.•. pÁg\ _ _ nugos quase· todos para alénr ·de não gostam de desperdlclo a nã• . tradndo nova .e expressiva · co,;. - ram '"' o • segul(lte ··veredicto: 0 , S)las: intenções ,o poéta en- sente.s,, em . se.u espirJto, !ma- quarentões, ou . em torno disso, lil\'r com elas. . _tr.ibuíção critiéa · à "dicf<ensiana-" _premio ~" -Machado d.e ANI•" •. · contra, <nas ' mefm;is.- interesse : gens qµe tradu,;em . I\UmJ!r0sàa . nx euforia do ·s·egundo ê iló~ter~ ~· E "a·ssím, depois_de multo ri\& pioderná. lõla _ porque · o seu 11. P,ara conJunto· de obra -, c11ube --Inteiramente autonomo, ·' l!bando- situações vividas. Dizia. Goethe céirõ ·µisque ···pr9cui;am, •alijar· o ditar ·naa duas faces do ptoble– vr~ · "Chàrfeil ~icl<ens à.. Bioàrà. ao . .ensalsta .. Eµllenio · .Go111es;, na-se_ a elas; e!'j\eri,:n~~ta,. ~n que . ClaU<~e - Lorrain..':conhecia .o pe'so · dos · ·erros . e dõs pêcac;los· m.à êfoü o in'eu éonsel,ho·: •J)l)ssem ph1cal and - Cr1tlcál _ Study".:- . f-lumbe.r.lo . Bast_o■ , recebeu _.o, da ~ontieini$1.á-,:las, µma ·'satisfaçao .:·. mundo real,- todo de cór, :até os cdm que os sobrecarregl)u a os m_arldos uma .temporada be- recen.tement11 a'puecido •em Lon.- Eçonomla· • Luçla Benodettl -o., .tranquila: . • , . . . , . .• . mínimos · detalhes·, · e · .servia~se idade- m·adura, procurâm 'revsiver bendo ell\'- -casa, ... Aconselho- á1 " d.r.ea , em e~iç_ão d, ~ndre.l" P;t- ·, de Te~tro. o · Jo•em cónti,tá .. ~ ~ , Em seguida,:.. ~istingulr-s_e-á. o djst~. paJa . ~primir .<I ; univers.o •. a P!'reza_' e o ·idealismo~da --per- • sitn~orasr·que· façam· ·wn· ·bom. kers, const1tu1 o 1.nte'resse .do poeta Dirceú - .Qulnta:nítha · · foi poéta .pela_. claridade · d_e dese- -cont1qo na . sua bela aJ.uia. "Els ~!~~mocidade.O tal ~ue f11z p~ -- sortnnento de ~~idas'. preparem "lomento. · Nessa tarefa. Jack contemplàdo com ' 0 · premio 'da ·•l\ho que ·~- PllC\I.Uar. ás s1_1as _}'e- · al, ~reçisamente, a . ·verda!Jeira lltu:a, o tal que faz:· fir!a!\ça, o um cento prop1c10, com pouca Londsay p61. o melhor de seu en, · cóntos "Afonso ' Arlno■"- tendo O . mln1scenc1as e , as· .. c9mbmaçoes ideal14ade~; concluiu o poéta-.-, tal que .faz -mais . concessões do , luz, na melhor ..sala - as .maia. tusiaamo.e' .de seu■ :conh'eciinen. ··ensaista e ··crttiéo- . Roberto ; AI• delas, :bem como pela força.. coin . De uma ampla partiçípação que· lhe •p'ermit!á antes. a sua e- lmágl,:iosàs ou .as que acreditam toa e noa traça não_ só um pode- vi'fl'I ·corr~a --merecido . 0 ·premio que são sentidas ,.e pe!a energif ·na ylc;la é que.. el11anarã a gran- _ xig,:nt_e ,· c_onsch:ncia • c.!vi:ca· ou .· em . _. cenarios realistas, · podem_ r_o10, retrato de D1cken , ' como. "Sílvio Ro ero", · de en■alos. com .que se . pro1etam .do seu • de . poesia. Escpylo,· Sophocles, moral, tenta:m des'êsperatlamel'i- até colocar ,ao . çanto uma da• noa .dã sobr~tudo .vjsão. de .con- . , A " oma:Ciata Lucla . Benodet- espl;ita.' · Em ~alz~c_. ª.! reçor- Sha,k_espare,, Çorne!lle, · Raci1_1e, t~ <> - retoro<> ao tempo em. que quelas vlt.rol\ls . papa-11lques, ifu– J~nto de sua vasta obra de. fie. . r . - · . a- daçoes · eràm. .tao m~1das ,e coto- B!c!<ens,.. acumula!l!,m um . a- nao-- havia • f1~amça - nem · polltica- mln:idas ,-a gã~-neon, çom um çao. Situando o autor de "Da•ld t, fol__ a, .un!ca mulh.ec .conte.mpJ -ridas ·quanto iis co15as· da rea- . 1:êryo im.enso de 1mag~ns_ e lfe nem· concessoes:• mas só a aus- sortido repertorro de tangos e fo– Copperfield" em · seu · tem 11 o e da. •"'t"ªS• .dºª~• : · : · PJlm;lr':, ve:· Udade presente, .e ·foi isso ó qu~ experie11c.ia11 yiv,idas. , ,ers1 · pobreza; ·e as atnbições ·em • xes antigos. _(Ah, .º tango pa– meie, analisando seus romances A ,~u º!'ª . e_ . . 0 . ra ª . e ~r':' · tornou capaz da fidelidaqe fotp- E_ o tr~qalJ:io cria!]or do ~- vez de nuas e predadoras como .· ra o quarentao que bebe 1). Se l! . novelas ' dentro . dos modernos " ço · foi anterl!'rmente premiada _11rafica que se óbserva _nas· ta .apqia 0 se, llm t!)da parte, _na agora, se .adornavam ' c_om os ele gosta de beber s{>, estarli criterios da critica Mr · Lind- peja Academia . Braallelra de suas . descrições. Dai, tambem intensidade com gue ele vê as sete véus do Idealismo. - • a -vossa -felicidade .garantida pa- say nos ap~esenta' uma' .viaão , Letras. q -vigor vital 'd<!.S tipos . qull co~as. ÊIJl .~uâ . o,rganizaçã_g, Mas acontece, meu caro a- ra _sempre.. Porque _apanha • total do grande mundo que foi criou. Lembre-se que o. roman• ,que_.oferec,e possante ressonanc1a migo, que mulheres são animáls _habito, e depois de um certo a vida do Hcrilor 8 0 que é aln- --- xxx --- cisü -se ·referia a eles como se aos ruldos da vida, a noticia terrivell'{leote incompreensivoa. tempo dlspensarã até a vitrola, da a sua obra. · · fossem criaturas vivas, censu- policial insêrta ·num périodico, E não se esqueçá de que eu sou contenta-se com o jornal ou at6 · Ao mes,no tempq em que· tra- rando-os, louvando-os, an;llisan- a seca · Informação de um cro- mulher. Se l)le ponho a teor!- com o radio. · - - :1:- ·- -balha no seu novo- romance "Os do .suas ações. Flaubert . identi- nista ou uma legenda grotesca zar· a respeito de .liberdade mas- Mas se ele é gregario, o me- Sacheverel Sitwell, irmão de L9ucos", da série "Triigedia ficava-se de tal .·modo com os se · trailsfórmam em aconteci- culina na sagrada hora dô aperi• Jlíor é que traga os amigos, em Edith e Osbert Sitwell, conhe• ' Burguesa•. Octav,io de Faria s~us personagens, que, ao des- · mento Interior; tivo, que me farâ o cavalheiro vez de se partir com eles. Aa cido. como uma autoridade em traduz para o português "Etzel crever o env,enenamento de Em- Em to/ia visão exterior do aqui em casa com semelhante contrario do que parece, no fim critica de arte, na Ellropa; au- Anàergast", um dos m!elhores ma . Bovary, sentiu fo.rtemente • poéta atua um estado de alma "habeas-corpus" ? sai mais barato, porque eles se tor de varlos livros e estuãos, · livros· de Jacob Wassermann, o gosto de arsênico na boca viv.o, que a · penetra e lhe dá E , portanto, prefiro enxergar revezam na casa um dos outros. acaba de publicar pela editora De parceria com -Adonias Filho, e teve indigestões. forina . O poéta encontra sua · o fenomano pelo lado em que o E nada impede a excelent!ssima John Lehmann, um esplendiâo hã alguns anos, Octavlo de Fa- •Mais ainda que pela intensl- propria existencia, e se d:>m• enxergam as mulheres e que é de acompanhar o esposo. F!carli volume: "The Gothick North" ria traduziu outro livro do fie- · dade de recordações de per- praz · nela, nesse · poderoso· sen- o que passo a expor. em companhia das outras, der,. - estudo .da Vida, da Arte e do cionista europeu, • o Processo cepções · senslvei~, singulariza- .timento da vida, nessa alter• <:;oloquem-se no ponto de vista . fiando mãg):laS ou tomando tam• Pensamento na Idade Media, Maurizius• Wassermann con- se o poétll - diz Dilthey - pe- nancla do prazer e 'do sofrimen- das mulheres. De salda confesso bem o seu coquetel e as hora.1 Livro em que a erudição do· siderado c~m justiça um 'mestre la força com que exprime ou to, · sobre_o fundo claro e puro qu~ não acredito muito na sin- passarão e ninguem se lambra• historiador associa-se ·ã agudeza do romance moderno, nasceu na rep~od~z <>s estados pslquicoa da situaçao, das imagens da e- cerldade com que elas imagi- rà de cinema, do critico ·e ao bom gosto do ar- Franconia, em 1873 e faleceu no que expernnentou ou observou xistencia. nam os seus prezados espos!>s ~mo tod!,! compromisso, a tista, "The Gothick North" é uma exílio, na Austria, em 1934 _ A- _nos . ou_tros, e em seguida, os a- O tradutor de Dilthey, o pro- metidos em farras sensacionais, minha soluçao exJge um pouca excelente reconstituição desse lém dos livros acima citados _ contecnnentos e caracteres, tais fessor M. Remy, nos adverte, povoadas de sereias e cavado- de renuncia, de uma parte e de passado. Todos os aspectos da escr eu "As M se ras d Er-'. result.am do encadeamento desses no . prefácio . de "Le monde de. ras. Mulheres de hoje, meu ca• outra, Mas que é da vida sem vida, da arte, do pensamento . ev . ,. ., ª ª e estados. l'esprft•, acerca das diflculda- ro, não têm mala essas ingenul- renuncia? E se alguem tem que são r evelados nesse trabalho, wm Rem;r • O homem !'1<!, 5 Tambem se diferençará ele dea que em muitos passos ex- dades. Sabem .muitlssimo bem o faze-las, n ão vejo razão pari que ;,lcança o movimento do ~ansos 0 , t O Adbvogadod LauJdmb, pela vida Intensa que comunica perimentou para acompanhar o que vocês estão fazendo, com que só as façamos nós, fracas • povo e dos eruditos de então. e c., u ras O ras_ e aco ás suas Imagens . e pela sat!sfa- pensamento do filosofo, dando- quElm, como, onde e a quanto a tristes mulheres. --:1:-- Wassermann traduzidas para O ção, que, desse modo, encontra lhe forma adequada no francês. dose. E é isso que mais as da- Querem beber, meus caros, M. M. Mahood, critico do■ ·idioma nacional : "Gaspar. Hau- numa contemplação saturada Que essa advertencia resguarde na. A dose. Vão à feira, fazem conversar, esquecer o tempo • mais festejados na lngla'terra, ser", romance; e uma b1ogra- de sentimentos. A intensidade de tambem aquele que faz este ra- economia ou pensam que fozem; - os pecados ? - querem, o bote, vem de apresentar um trabalho fia d_e _Stanley, o celebre explo- seu sentimento da vida faz com pido resumo, a que não faltam compram coisas baratas 11uando quim? Multo bem, pois levem o que 6 um verdadeiro breviarío rador mglês. que- nasçam ·e permaneçam pre- •infidelidade de expressão. ·queriam comprá-las caríssimas, botequim para casa.

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