Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1950

-'t>omingo, -f1 éfe Dezembro ífe 195'0 ------------------ ______________________________________ ,. Grond es Pfoblemos Filosofia lovet 1, Fo~o De PIOtôó, ·1nterprefoção 'Cartesiano Do tm Etlfrêvisto O Professor H-eideggeC E De U mo Novo touis Wiznitzer , !_ PARIS. -; Via "Air Fra1;1ce" · lações entre O Sêr e O Conhe- porque • 0 oJ:>jeto nunca rio:;; é t d m ato mesmo es- . idéias são paixões do espírtto. -:- No d,equrso .do·p.o5:So- inqu~- cer. .Todos os outros problemas dado · d_e outra forma s.en_ão â~Ru~l ~ éua inesma Verd~de A D(JVIDA CARTESIANA , rito ~obre as .tendenc1as da f1- • ·se . ligam a esse. A noção do através de uma representação,, de que cada um pode part1ci– losofia franc~sa de post-guer- nada, nós a recebemos do tem- ra ouvimos Je.:.n Wahl Gab ·e1 · Só se confrontam conhecimen- ' par. · • - '"'cimo interpreta a dúvidà . • . , , . r1 po. Da análise do tempo tira- tos e poder-s~-â decidir, por ..,.. Quer o senhor. dizer tquáé càrte's'iana ? ... M_a1cel, Bachelard, · Et1enne mos o nada,' noçã-0 subordina- _exemplo, qual O mais l:-jc;p iin há um . "suppot_". ~r der s ~1lson. Chegou a hora de vi- da à do Sêr.· · · detalhes, ou O mais u_·tn para do pensa. m_ento_ e. 0 qual Seêler -Em lugat' de fragJnentá-la sitarmos aque!~ que é~ t~lvez, · ais t t r E o em várias fases vejo' nela uma O MUNDO E O PENSA- MENTO - Se o próprio ato de pen- . sar nos faz participar do mun- . do da Verdade. do mundo dos inteligíveis como explica. o se- · nhor o erro? -<> ' J;Jensador mais profundo, Ao contrárto da interpreta_- ª ação : e ·nupci~ qual ª ~ · · nos pernu e ª 1 t~gi : d .. pen- única . irituiçã-0.- A. dúvida, o mais pu·ramente· 1 ·ntelectual fiel reuresentaçao do , obJeto. é a própl'ia subs ancia O , • cão . tradicional . que .se tem t i d · t ? pensame. nto,- a .éxis•ênc_ia n,ão o r O provén da di'sJ·un ,e, ntre os fi.;ó,,nfos fra.n-c'eses d d Nã-0 há critério ex r nseco o samen o · Y - e r 1 - 11 .,,._, a o ao Sêr, .este ·último ·não s· d · 1 · · • 'to" devem separar-se. São_· a mes- çao· en'tre O 1·nfi'p.1·to da nossa . contem_.por_· âneos: Henri Lavei- · · conhecimento. o po emos.JU - -Nada . disso. O. "Cog1 encerra a · noção mais ·pobre, · t 'lt· d d tr - é "d.. b t · d .ma· coisa. 'Assim, precisamos vontade e o finito , da nossa le, autor de quatorze ·obras porque a mais geral.·, e_le cons- gar es eu rmo e en º· nao uma 1 eia a ro ar., e .eng 'ob.ar na ·intut~o a, idéia · muito impartantes entre as t·t i ó . • · uma substância. O "Cogito". é ~ inteligência. Podemos afirml\r 1 u. a pr pr;a ~-iquezl!,. a ple~ A. INTERPRETAÇÃO u " de Deus e sga exi nela. Não .ou negar, dec,idir a nropós.!to . quais "Du temps et d·e nitude do que·· se apresenta uma presença. ma · res co- há pássàge,m .de: ~ · ·têrrp.o .. .l'eternité", "Lt: mal et •la constantemente à consciência e . CAR. TES.IA_ NA gitans"; No· "Cogito" há · ª para outro. Hli, uma tomada de !:s:ig~e!t~ ~~ rq~usq~e:1ºq~~~ : _ oouffl'ànce", '"Le moí", · "La que.· ela não pode J'amais co- presença do sêr pensante. consc1"ênc1·n _t 0 ,. · rorte de . um P ensée · 1·g1 " R t Não .· há nada atrás . ou pqr !" • ""' - seja. Nossa vontade seria igual · re I euse • . .· epresen a · nhecer senão de uma maneira P~râ. pr,ecisa_r ru:.maneira po- . têrino. que · af dei;cobrimos_-im- à d D p d' ele .uma -- t.e_ndência ,francesa inadequada. Mas o Sêr é, ei- . ·t to d L vel baiKo •.do Eirs'!ltfrito que dpené- plicado o segupdo. O .".Cogito" ' e é eus. ara reme iar d. o muito particular. que toma s1 \va,. o pensamen . . .e a - sa. O Esp 1 o o~ran o . .. .- 1 erro preciso uma ascPse a tabelecido pelo · Conhecimen . 1 f f 1 d D rtes O • • 'lti lid d hão se separ,a do a.to . pelo qua t d · é 1 - t· m , conhecimento, como . Gabriel e , aço-o . a ar e esca . , a umca •. e u ma .rea a e. _ele· s_e es~a,belec ~. D uvidar é. vo,;i. a e, prec sq n!l,.o ,a ir ar , _mas que conserva o seu eixo Conhecer é investtgar e Sêr seu grande •.assunto. Na ver- Nosso sêr é um ,ato de pensa- t~r cóni:ciência da. própria im~ :~avsr!~oc~:e~ae~tâf.,~~çã:~ .· numa interpretação original e . é ·~preender . u-m·a. r·-eali'd~d·e. dade. toda a originàliçl.ade de mento. "Somos" quando o f . " 1 .é ~ p1·ofun'1a de Descartes e Pla- Õ Conhecer não poden sub- Lavelle . .consiste em haver nosso espírito .JJensa". Eis o ~::· !1~li~f.t~gão ~~n~~~sàJ!~: O ERRO E A MA ~í: tij.o. . _ sistir por si mesmo, .tem a ne- compreendido e meditado Des- ponto onde DescatteS:. _reune-se. to-. Nesse.-dúvi:d&: hé.c..a referên- . Col;ltràmJIJlente :· aos .out!os • cessidade do Sêr.--. TodavJ.a. o cartes çle uma certa .forma fa~ ª Platão. A única reJ1.li d ade é eia implicita a um sêr que ·não - .Em que medida s.eu par - . filósofos que viaJam, - partici,- Conhécer não está fora do Sêr, zendo seu .pensamento carte- 0 mu nd0 do Espírito.. Acede- se sujeitaria à dúvida, que sa- sarnento se aproxima do éle · pani de congressos/ proriup- como nos· habitua.mos a a.cre-, siano que ele, Lavelle, assim, . mos a esse mundo, pensando, beria. a verdade sem restri-· Bergson? - ciam conferências, Lavelle vive ditar. o Conhecer tende para àprofundou. . . . Mas não ·. é . porque podemos ções. A negação de sua própria num isolamento total. _ . t - .Aceita . a . interp):'etaçá-0 pensar, porque possuimós uma imperfeição implica a idéia da - Na medida em aue Pl P. ó Recebeu·-me ,ele n~ sua re•i. 0 Sêr1 mas ~anto qµanto es e cl"ssica . segundo a qual. Des~ substância · pensante .aue no conquistado por um espiritua- . Q ... é um cdnhec1mento,. o Conhe- " • - • . • · d • . • N~ " • · • possibilidade. de.· perf.eição. A dê~<:ia $fa. rUJl Ferr:eu, ao lll._dq çer já. pertenc~ ao ~~r. o_ Sêr _ car~es_. i:ie.o . c~nsegm_u sair 0 a mundo !emos a.cesso. . ao. -.so- idéia do infinito está, pois. _em. lismo cada vez maior. do Jardim de ' Lúxémb\Irgo. do •conheélmento é O proprio. subJet1v~da~e, . Sartre, ,lll!lS?.}, mos", }lao ·acedemos .a.o ser se- . primeiro lugar, em-. re1ação à ·_.·-_:_Qual o filósofo ! mn,."'s· Com 6.7 anos, Lavelle ll}antém Sêr do espírito. E esta fórmu- par_ece ligai ~se 11, essa.. 0 Plil: 1 ª~; nã-0 quail d0 pensamos. · · idéia do finito. Essa super;icão conteml)Orâueo de a.ue o se- ainda o _gárbo fisicõ; é ·alto, la do Sêr é, taJv.ez. mais ,essen- · _-Ao · çol)trárip. O. cogito_ , no interior.da qual se inscreve nhor mais s'e aproxima ? forte, .ma.nei,ras deseiubamça,:, . cia.1 do que O Sêr das coisas naq ,é. U!Jl. pepsarqento ~-n~er.. ATOS E IDÉIAS ·. noss_a . condição finita, essa - O professor Lesenne, pro- . das,· os cabelos brancos, finós . materiais.· . .. .rad.9 ._em s1 ipesmo e .s.ub ,1eti._v9, perfeição .que implic.a nossa · và.velmente. · ;.como. -sêda. . Interessou-se vi- • ., 1 .. . ' P~rmite _ ap . P.eQ.samento _ter -Sex,á o senhor assim leva~ · imperfeição é a idéia ·de Deus', , :v,amente pelo .último.Congres- 1 A TE~ll,IA DO CONHE- acesso no mundo ,dQ Sêi,- e .C.9· . do,, -forçosamente, a --distinguir ·Não -tom-0 consciência de mim -Manifesta. Q. senhor ~ti- ;oo d~ Filosofia ·de Sãõ Paulo, ~ . • .., locàr~se no ·.rifvel deste:~ Il).as. "ensamentos que são atos .dos mesmo, sen.ão me situando no mism(! no que concerp.e à filo- . do qual eq lhe dei éonta.' Fa- .... CIMENTO nãci 'do ·meu sêr ,'particµlar, do que não o são .e poderiam cha• interior de um • péI1sJ1,mel}to sofia Jovem na França? ~amas .t'ambém .da 'minha 'visitá ·.,.. ·.,· , S.êr .geral. •· ~uando ·~esç11-_r~~~ mar-se idéias? .· · · •.sem limites. ·A "infinidade" é, • -B-asta lê~ os livros recen- ~ Iteidegger, ,_que .La~lle con- ' -Qual ,sua posição na. teo- diz . .iJ.ue ·o .bom sen&0 é.. ª co1Sa -Descartes já, distinguia os pois, .a condição esse_ndaJ.par.a . temP.nt-e püblicados de Simone' J.ndera .o maior filóspfo .viyo. .. ria do conh'i!cimento ~ Há ·um do mundo IJ!ais partilhadp, nã-0 pen-sarnentos das idéi11,s. 9 peq- .que um. pensamento limitado . Weil QU os - de Politzer nara · < , · · , ~- •·· • . ,. · c~itéi;io extrfnseco do conheci- quer !!-ludir .com isso a uma·si-. sarnento é um ato do espirita, se estabeleça com 9 tal. ~ . idéia perrP.per a existP.ncil\ na Frari- · · · O PROBLEMA CENTRAL mentó ?. . ·..· .. · . . mil~tude· de rep·etição ·em ca..da .bastà.:se a. si mesino. As idéias, de Deus· é inseparável do -pró- ça. de jove-rs filósofos "tendo · ,.. · · · · ,.:.Não. compa,ramos · jamais · sêr·.da mesma ' fa,c:uld11,de judi:: ao .contrário, representam .. ~!- · prio ato pelo -qual eu iµe faço uma inteligência e u'a alma".' DA •1f~OSOFIA 11enão, oo_nhecimentos...Pode-se cativa, alude .a .esse mundo. in~· gur:riª coisa, significain · algu- .' llê_r. Para · que o meu Aes~irito -· -Qual a, :1,p. posiQ.ãp em · . . .. , . .ter de ·ull). objeto uma ·ou :vá- teligível de que todas ~ inte-, ma coise... Essas .idéias, ·o éspf- possa pa~ar da essenc1a à r~ce das ideC\logi·as ·que hoje· - - ,..Qual · t .!la s~ opinião, '. o .. rias representações. ·Mas não · ligências podem participar e rito as recebe, pão as cria. E' . existência no 'plano do finito s~ defrontam? 1 Jroblema~ceI}tral .da fijosofl,a? B!! pode nu'ncâ corifro1;1tar 'lllll~ ao. qúál se referia .Plaijo..Esse .. passivo com relaçã-0 · a elas; ~ ;preciso, _a "fortiQre ", aue · .:...; E' os '·problemas" das re~ representação ·cQm um obj~to. mundo, da Verdade nao frag- ,como ê ativo ... pe,nsa.ndo.. As .no plano -da "infinidade!' te- .:.. Procedem elas do erro e -- ·- - · · · · , · · · · , nha ele -também ,passagem d.a da má fé. Nunca, aliás. acre- · P . ... A'• . p· 1 · N" · 1· .E,- s-- .... C RE v· E. -. N .-:-.O'.. i•• essência . ,à existência. . Penso ditei em sqluções eoletiv;is. º .·.· _ .. _: _ -~ .· _ .. .-- , ·.•w . .·..·_•· . ..·. . ·. ; . · ._ ... . ··.·,. ·_.· .-· ·_: · ,. .. · .. ·~· ·. · .. . · ·," ,.·.·_ .. ·_.,_.· .D•.·, .· !~t.oli~cr:;g!~t~~~K~v; ; ~i~~~~!~ ~~~8t;J;1~t~t . . . • \Wl-. ,r ~cipcfp.io ell\, var10s têr.• mente. Mantenho nó .Espírito mos, xn~s uma única intuição. , toda a minha confiança. , . . " lfM,.·· NO_· ·_· _ vo' -r=.A:U~To·.·,·.•·: I · . I · - , · · · - -· ·· ' · Dia Cinzento , .,.,, . • - " ..... - ...1 -·. 1· corrupção, mas também de ' arte e de_g~nio. (Conclusão d_a ta. pág.) ·· · · · . \ . . . nar-~e ele l!m · puro espírito, respectiva raça· e o respectivo feio e arrematamos .em Ieilã-0 escapando às leis da gravidade. século. a ,fealdad~. Na Itália· ainda. (Conclusão da Ult. P3,gina), · -" Podem<i-nos periµitir. o restam coisas belas, ·mas· quan- · · · · · .'. ·UM SÉCULO TRISTE . luxo de interpretltr assim a MAIS INFELIZES DO QUE do as comparamos com a vida · · · -~·:·\ : ..,. · . • ·. . ". . c:iência moderna. Mas O piloto • . . MAUS .. há cincoentà · anos! ;·. . Era. . oom _que ·velas,.. o ~u p,·azer. e onde acaba o mÚnd-0 ... -E' \ti.la , ,o éonhecimento da :vida de guerra pensa· de outra· ma- ·,- belo il pa.ese tutto. Noi siàmo Jleixarlas pender a cabeça, 'pe- flores'ta antiga, esquecida. dos de um grande . artista, acha . o neira.. Para ele, a velooidade é .,~. - Esse. liV\'O - parece pro- gli último poeti. .. • ·• !lada d\!.- UPJ ·suspiro ·mudo... homens, e .bem igual a.o pa– i.enhor; p0de. permitir-nos me- um meio de levá-lo a destruir pôr um terr~vel problema- de · • (Estâúltima frase do cristii.o · E S!) c-hegasses, num dia de rafso; escute. com atenção, !hor penetrar nos segrêdos da mais depressa. . • ·· estilo . .. ... · . . Papini parece-nos tánto niàis' v~tã-0; à :m,inha terra, ao· rundo pois. . . · . . . · . ·natureza humana ? - . , • O oficial alemão, o importante ·qUanto elà reflete . de · um ja~im. que eu conheço, Como estás pálido, ,de olhos ....: O i.ê..ni!> têm_o ma~or des. A JUSTIFICAÇAO HUMANA· cruzado, o judeu moderno - · a voz do filósofo .vilista ·Hêi- um". jardim negro de verdc,ra arregalad.os I Que te disse eu ? . dérq. pela vida ordinária, sonha, .. ·continua Papini - · não fala a. degger e Idos poetas Helderlin e sem-flores, - se visses azu- N-ão sei mais.; •. eu falava, eu com uma humanidade perfeita-.• -'-Seu último livro, penso, mesma .língua. Wnha. obra se e Rilke). · · tar ao · longe uma montanha ,- falava ·de minha terra para. • dá qual nos dá os moo.elos 11a intitula-se , u O juizo final"... aproxi,na, -sob esse aspecto, da arredondad·a, onde 0s seixos, esquecer o mar e o vento . ..· 'sua-obra.As.grandes coisas são Qua-1 é o seu assunto? "DivinaComédia"edo"Faus- O MUNDO ATUAL · E O ANO as ·borboletas .e· os ·cardos se Estás • ,pálido, com os olhog· ,geradas pela dor. ·o pessimismo · - .Comecei escrever esse li- , to". Considero•a,-aliás, como o ~ingem. do mesmo azul ma.lva ciumentos ..·. Chamas-me a ti, de 'Miguel, Ange_lo· exprtmie-sl;! vro há quarenta ai;ios. Quero e · meu "Fausto". O livro é ani- · · · BANTO i poeirento, tu me esquecerias, sentes-me tão longinquá... . '. em; estátuas, como o de .Dante já queria nele definir o senti- · ma.do, ·do :começo ê.o fim. pelo- ~ te sente.rias lá para · nunca , Devo refazer o caminll,o, devo ; em-versos-apaixonados.. • . do da vida sob todas as for- . espírito católico. Faço os sêres -Acha que a atmosfera d;• mais te move,res até o fim de uma vez -mais arrancar de mi• J.' -....,.o clnqueceBto italiano for- --mas. Preten'di descrever o que muito perversos, mas c_om- Ario-·Santo poderá contribui,r tua vida ,! ~ .· nha·terra todas as minhas rai• ._ mou ·homens mais enérgicos, · aprendemos •pela · experiência; . preende-se, entre linhas, · gue para _diminuir os perigos ,que • · • ...· · . ,.- · zesq\!e -sangram... .. ,ma.is empreendedores do que os as · coisas odiosas que ninguém eles·serão salvos. Porque os ho• améaçam o muhdó? · · E,xis,t.e ain!'{I!,, na Iajlµljl, t~r- Eis-me aqui! Pertença-te ou - , ..• da n6ssa ·époc,1i. . • · · -. . compreende; as verdades ter- . mens são mais '. infelizes do que -O Papa invoca a' paz p_ára · ra; ·um vale estreito como um _·tra vez. Queria apenas esque- ...:.... os ita.Han:()S dêsse_tempo ríveis da carne e do es,~rito. maus. Embóra -,pondo em 11,('ão todos .os póvos em.sec-s disêúr- ·berço, .onde, à tarde, se estira cer o vento e o mar. Falei em ~ ..tinjiam o ldiapo. no cor.pQ..lr,ea- Procuro fazer·um larg-0 afresco centenas de personagens, pro- sos. mas ·sua influência julgo-a e flutua um.fio de névoa, uma sonhos . . . Que te disse ? Não ; lizq.vam, com a maior ,natµra- . da vida, servindo-me· de indi- cui;-ei ser conciso. o livro, nã-0 nula nos Estados Unidos, na . névoa--têm:e, branca, viva, gra. .. o creias ! Falei-te Ide uma ter-. _, lida.de , as ações mais.abominá- ·vfduos tDmadqs ao vivo e no obstante, terá mil e duzentas Rússia e Iia China.. A mística cioso espectro ~e bruma deita- ra de maravilhas onde o sab::,r j veis e .as ações ·mais nobres. cotidiano.- Nesse livro, _os. ho- páginas. · · ' americana baseada no dinhéi- do a.o ·ar úmido . .. Ani~1adG do ar embebeda?... Não o. ! Nosso século é o da morte da mens, depois Ida morte. apre- ro não é mais cristã que o Ilia- com- um lento mover de on- creias ! Não vás lá: debalde ._fé, ~do fervor, do entusiasmo. sentam-se a Deus .para dar A LITERATURA ITALIANA rialismo soviético. · · . das,. ele se funde em si mesmo a procurarias; verias somente : •Pe)ft primeira vez, na pistória, testemunho dos ·i;;eus a,tos. •E' - DE HOJE -Acha possível.uma .recon- e pouco a pouco se faz nuvem uma planfcie um pouco triste, & humanidade aceita. a ..expe- um assunto frequentemente ~ . ' ciliação · dos cism~s cristãos, mulher adormecida, serpante que as florestas ensombram; l ;riê.n<;:i& _sem -reagir. ,Tornamo- tratado pelcis _plnto;res. Mas se- -Quais lhe parec~in :as ten- entre a Igreja e a Sinagoga? · langorosa, cavalo de pescoço uma aldeia repousada e pobre, n-0s .md1ferentes a tudo: é um ria · multo •audacioso · par o dências 11da literatura italiana. -A importância da. união de quime.f!L . .. Se,fic-ares :nai- um vale úmido. l!mamontanha.. 1 sinal utiiversal de semilidade, próprio Deus no tribcnal, pin- de. hoje ? das religiões em face -do perigo to tempo voltado para ele, de- azulada e nua que nem mesmo rJ\!-ventude · quer · dizer: não tá-lo em .pessoa.- Resolvi) as- . -Nossos romancistas escre- materialista não tem escapado bruçado sobre o estreito vale, às cabras ·alimenta... · . 1 a~eitar a.s liçõ_es Ida _exp~riê.1;- sim; subst;itui-lo por anjos ac~ • v~m à maneira inglesa -e ª11!:e- -1W Papa: ;-Pela .primeir~ vez, a beber -0 ar gelado que tra~ Retoma.-me-! eis-me de vol-. : cut.. As cpnqu1stas da ctênc1-a . sadores diante dos quais desf1- rica.na e os seus romances têm . - permitm ele que catól!C'OS e esse -nevoeiro vivo como uma ta. Para onde foi o vento, na ,i le".am a. UIJla .probabilidade de 1am os ressuscitados. O livro um êxito tanto maiór quanto protestantes se reunissem em alma, um arrepio te invadirá., minha ausência? Em que de– :desti:uiçã,o. ,do pr-óprio homem, inicia-se pouco antes do fim falam eles em sexualidade. Im- Roma para dist:utirem ·livre- e -tdda a noite teus sonhos se• .-pressão da duna, ele se amua? iOs, indivlduos, de mlnha idade · do mundo. Todos os destinos/ primem-se também muita.s me, mente. Mas as diferenças de rão loccos . .. , 'Um raio tle füz agu.ro , aperta~ ! sã.,o,os .µltimos testemunhos de todos os problemas, tddas as mórias de generais e de políti• dogma são mais profundas do Escuta ainda, põe as tua.s do entre nuvens, fere o mar e .uma énQca. já bárbara, mas em :formas da vida humana são cos que, .sob o pretexto de de• que se imagina. Motivo porque mãos n~s minhas : se tu se- salta aqui neste frase-o, onde que ainda subsistia o gosto da _encarnados pelos meus perso- fend-erem suas ações revelam penso seria necessário reduzir o guisses, na minhit terra, uma dança reprimido. . • b~leza,. Teinos agora uma épo. ,nag,ens. Escolhi-os em todos os escê,ndalos do r~gime passado. arca.bouço dogmático das reli- trilha. que eu conheço, amarela Arranca-me esta manta., que ca. bárbara,. em que o pl'óprio , países e em todos os tempos. Nossos poetas sao tratados de giões e proclam11,r o prima'do e orlada de digitálias de um me abafa: vê! o mar já ver– ,pe.nsamento estará· ausente. Jíá mendigos, reis, santos e herméticos, porque ninguim os da caridac;le que lhes é comum. róseo ardente, acreditarias es- deja ., . Abre a janela e a por- ~ Atente para isso: o ideal da Cl'imlnosos..Os homi;ns tentam, compreende. A mocidade :vai . ,8Qmente assim judeus e cris- calar a vereda ence.ntada qúe ta, e corramos para o fim dou– '. mocidade de hoje é o espor- afinai, justificar-se de seus - para o esporte; o-cinema: con- tãõs poderão compreender-se e leva para fora da vida... O rado deste dia cinzento. pois -te-... · respectivos ~ pecados. ten~m, duz automóveis, pilota aviões. marchar de mãos dadas . .. " canto saltitante dos besouros eu. quero colher na pr~ia as :- Essa volupia da velocida- . uma JllUm.f\ oportunidade:,>ara. Esse clima não é favorável à E depois dessas palavras forrados de veludo te. arrasta, flores de tua terra, trazida& de, é$sa vertigem do homem . se salvar. Uns blasf•emam; 011,. eclosão :da poesia. E' o fim da nada pessimistas, deixo o gran- pulsa.mio-te a.os ouvldoo como pela vaga, - flores impereci– im,oderni> não esconde um dese- tl'Os -. imploram o per dão. Cada arte -prenunciado por Hegel. O de ancião. Santa Croce batia o próprio sangue do tet~ cora- veis, desfolhadas em pétalas ele Jo de desencarnação, de tor- • qual procedendó segundo a mundo torna-se -cada vez mais seis horas. ção, até à floresta, lá em cima, nacar :rosado, é conchas.;.

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