Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1950

- -..-~ 'FOLHA o·o NORTE !. ª Págin~ -=-----------'-.....---------- --- -,·------.------,-----------'------------'--- 1 Oõmingo, 17 ~ Dei:em6ro 'dê 1950 fllllia da illttft UM POÉTA Ce~!~~e:!iO ... .- ' ' (Conclusão da 1a. ·pag.) / DIRETOR PAULO MARANHÃO - •---; j ARTES . 1 i-·--1 SUPLEMENTO - . : . . c-------COLABOR~DORES------, DE BELf:1\,1 : - Alonso Rocha, Benedito Nunes; Bruno de Menezes, CaubY Cruz, Cécll ·Meira, Cléo Ber– nardo, Daniel Coelho de Sousa, F. Paulo ·Mendes, Gari– baldi Brasil, Haroldo Maranhão,. Levi · Hall de Mour!', Mário Couto, Mário Faustino, Maurício Soiµ:a Filho, Ma;x Martins, Natalício Norberto, Nunes_P_ereira, Orlando B1- tar, Otávio Mendonça, Paulo Plínio Abre!'• R. d~ ~ousa Moura, Rui Guilherme B/\rata, Rui Coutmho, SlDlao ·C. Bitar; Sultana Levy Rosse~blatt. · no- RIO : - Aivar.o Lins, Augusto Frederico Schmidt, Auréijo Buarque de Holanda, Carlos · orummo11-d ile ~n– _drade, Cassiano Ricardo, Cecília Meireles, Cyr1_1 _dos !'-nJos, li;ugênio Gomes, Fernando _Sabino, Fernando Ferreira de Loanda, Gilberto Freyre, José Lins do Rego, Jorge de . Lima, Lêdo Ivo, Lucia Miguel Pereira, Maria da Saudade Cortesão, · Marques Rebelo, Manuel Bandeµ-a, Maria Ju- . lieta Drummond, Murilo Mendes, Otto Marill. Carpeaux, Paulo Rónai, Rachel de Queiroz. - DE SAO PAULO : ~ - Domingos Carvalho da Silva, Edgar Cavalheiro, Rolt"er Bastide; Sérgio Mllliet., DE BELO HORIZONTE : - Alphonsus de Guim_a- raens Filho, ·Bueno· de Rivera. . · DE CURITIBA : - Dalton Trevlsan, Wilson Martins. DE PORTO-ALEGRE : - Wilson Chagas. . . - OE FORTALEZ"-: - Antonio Girão Barroso, Aluísio Medeiros, Braga Montenegro, João Clímaco Bezerra, José · Stenio Lopes. - · · . · .. · . DE PORTUGAL: -- João Gaspar Simões, José Régio. - A IC A R:AS'' .. ..-, ,ft'l.iniscências balzaquianas. A · câ- tor constituída pelas "Cartas à e o trabalho; Tudo isso.encon- gia com que levava o seu dum mera começa por apresentar-nos minha -família" - (180!>-1850), - en- · .tr;u11-0s no ·sr. Cassiano Ricar- inato, a compôr em plena mo- ª fachada da casa-i:_nu,seu do es- tre as .quais contam-se setenta do. l!: a negação ilÓ p·oeta por cidade uina obra opulenta' de . crit?r; em seguida, 0 speaker . e uma inéditas; e a Imprensa l'ifa- d q~e .comenta o filme nos con- cional trabalha• por otitro lado acaso, o poeta-momentô. Sua ·parnasiano consagrado, lançou- vida a acompanhálo ao interior, numa fedição • do Centenãrio": vida, de ~omem incorporado à se à nova poética, que Marlo .Descemos com êle os poucos de• que.oferecerá ao público em onze vida politica e ·social do Bra- de Andrade em 19M já procu- gráus, penetramos no · vestlbulo voluJlle~. não toda a obra, m, 19 sil contemporâneo, não traiu rara analisar na sua "Escra- mergulhado em meia penumbra. os títulos menos conhecidos jamais a poesia a serviço ·de -va que nã9 é Isaura". ~ t1rin7lpia O de_sfile: aqui tstão Na Sorbonne ãóriu-se no dia nenhum dos ideais práticos a Começou então a fase na- .. .- i!ágmas manuscritas, as foto- · 13 de novembro-uma semana Bal• que se consagrou. Se não foi cionalista 'da obr~ poética de gr af:9s e as caricaturas de todas 2:ac: _câda · tarde, dois espec!a• jamais um poeta puro, tambem C . i.t· d . as ases da carreira, . gravuras l1Stas ou "ferventes" pro1rnncia• ass1ano 1car .º· . __ ..• da _época, ret-ra.tos das célebres rão conferências sobre dE:terml• ~ nunca.se- de_ixou levar pela poe- Entre as varias or1entaçoes-. amigas .que o proteg@ram~e an!- nado aspecto da -Comédia "Ruma• i:ia didática e ·muito menos novas que o µiodernismo _vinha maram. E' sobre esta mesa ve- ria . Entre os .critico.s e os mes• pela poesia sel'tária ou mes- lançar, em sua geração, Casa n~avel que . ele compôs Eúg@. t.l'.es tiniversiiários consagradoll _mo tendenc1osa. Foi' sempre a siano lticárdo tomou_ de duas f~ª ãsª;!,':.d~t; . ao . seu ' lá'do~ jun- · inscritos no · prcigra-ma, . figur~tn sua grande dignidade. CólO" e com· elas se lançou a renova- d. á"'ª 6 em branco e tao. ln• n1>mes como o de Albert Bégum, ' e u · · t d - d • • b. • J.Spens . vel quanto as folhas, André Chamson, André -Maurois, o & poes1a no cen ro e sua çao e sua 1,ropr1a o ra p4!e uma das célebres cafeteiras que Maurfce Levaillant,., Baldensper- · vida. Não como ·divindade -ab- tica - a liberdade e o nati~s- e~altavam as suas inspirações ger, Pommier e outros. Eis al• sorvente e ab,soluta, que faz, o m11_. . Pela llberd?!le . de estilo v1slonárlas. f!i- câmera nos . con- -guns dos aspectos tratadQs: A: poeta desdenhar das col!!as poehco, quebrou os velhos duz ao j_ar.~im, no qual a te!-- politica· de B., A grande sabe– práticas da vida, éomo fôra o moldes 11-éo-clássicos. ~le que rosa tantasia do romancistã ten- dórla de B., B. e a medicina. B. ideal parnasiano da arte pela entusiasmara muitos criticos ,;u. .P a_n~ar, 1;m pleno cen,tro de e _as vocações humanas. B, .vi– ar·te. Mas· como 'tim ' valoi:. ab- seus éonterriporaneos pela opu- 1lri\J- acaxis e pamplemussas : 'si-onário, o heroi e o pirata ou . soluto, independente, inconta-·· Iêncía das ·suas rim~ ·pela ele- lhé ed$ ª 0 as velhas ái;vo_res que a salvação da sociedade na obra . . . _ ., . eram sombra, o rustico ban- de B., ·etc.. minado, valendo como um fim• gancia de suas frases, l>1;_la r1- co de p~dra sobre o qual -cóstu- EXPOSIÇÃO NA BIBLIOTECA cm .si. Nada de mais nobre•. queza do seu verbo, - nao te- mava descansar, e as alamedas NACIONAL DE '·PARIS ·Nada de mais ·belo. Nada· que. ve duvidas. em -abandonar ·todo tort1:os1;1s onde passeava os seus E, por fim, o Presidente da mais expliqué a mocidade · e a esse arsenal já muito batido, ·!ªatas_tf~-s _proietos de riqu_eza . República inaugurou no dia . ll , renovação da sua musa. Quan~ mas que lhe garantia um ~ôre · .e f: oria._E,_dep.ois, mostram- de novembro, na Biblioteca .Na– ·do recentemente publicou seu •dé louvores -da critica oficial e ros _o alçapaç, camuflado sob um ciónal 'de Paris; a Exposição- de t . apete cujo fundo o salvaguar• Homenagem a .Honoré de B,ilzac. ui mio livro "A face perdida", .um público simpático (pois o /lava ·dos cr~dores · obstinados Trata-se da mais rica _exppsição O que a todos ~m geral surpre- público gosta ~o"retudo do que Em vinte minutos o realfaador que tivemos até agora: trabalho . cndeu foi _ a extraordinária 'já conhece e não lhe dá maior - Je?n,. Vida! - cpnsegue dar de fôlego, fruto de longos me– frescura da sua · inspiração: •trabàl~ô de adaptação ou de uma 1 <1e~a .,dos princiPat~ aspeç- ses· de pesquisa e de preparação · Não digo -frescura no septid.Ó interpretação), para lançar-se tos da vida e 'da obra prodígio- tanto em franç a como em vã– de uma falsa preocupação de nà aventw·a modernista, Foi sa!/ de Balzac, colocando-os ao rio_s países estrangeiros _em espe- . . f , . - · . . t d alca:nce das massas do mundo · eia!- nos Estados Unidos. Mais de conservar-se eu or1co . diante um a o e coragem. O:, novos, inteiro. . cento e cincocnta musell1i,' arqui- da vida._Ou de ·manter os mes~. que · já nasceram• para as le- NUM l!ROS ESPEC·IAIS -E -CI vos •.oficiais e coleções pl'iv11das, , mos temas, a mesma posição tras dépois das batalhas de CLOS DE CONFERttNCIAS ror'leceram o copiosíssimo · e ra• de quando era_'moço, nada dis- 1922 a 1925, não conheceram · Após 11 . revista de , esquerda rissuno ·materi1;11: _numa palavra, . so. S~u li_vro era ·· reaimenie .o amargor dos _repudios; das· "Europa•, -que ·deu há eoisa .d~ tudo o _-que ex1Ste e tudo o- que novo. Mas _não deixava, · por rupturas, -dos ·escândalos. Já dois meses um número especial se sabe sobre Balzac, até o pre• um só momento, !le"refle:tir a estrearam depois da· revolução, · dedicado ao romancista, onde êle sente mQmento.~ A enorme sala · idade, a experi~ncia, o tempo num ·ambiente senão conquis- é estudado sobr~tudo do 'pon,to · de uns ·cem m~tros j-e compri- . "d d 1 · t d •· qe . vista do rriate'riallsmo mar• • mento tem a amblçao de con• v1v_1 o; o 1omem de 0111-quen, a o, · ao .,mellO/> Ja preparado xista e encarado , como hisÍOria- densar a época, os acontecime1:1-•-. . ta ·e tantos anos que o assina- para uma receptividade menos · dor ilnpl!icável da burguesia.:em tos .e. os .ho!J!-ens , entce -os - qua~s va. Não procurava uma falsa'· intolerante. Mas o gesto de um ascensão :.... ei§ ,, que acaba • de o escritor viveu. Toda a sua v1- juventude,. como es velhos gai- Cassiano Ricardo, renunciapdo aparecer um número especial 'de pa atrav.és .de ~ocumeptos ~e o~ teiros ou os poetas.sem ·_ poesia à facilidade parnasíana para homenagem da revisb do "cen• ~eto~ ~e uso pessoal que vao da ou que .foram. poetas apenas se lançar à aventura inoder,na tro" M~·rcure de France, _na qual, cerhdao de nascimento, passan– ºIO - Sobre o primeiro fil- so .povo ~eeducado ·em matéria por. motivo .·de idade. Há sem-. -da liberdade, merece mença·o .. ,sob_a~égide l}a. UNESC,_ O_ ·e que ~. do · pelas suas bengalas, · à certi• -"' áf. b ·dão · de ··óbito. Um . estudo histó– .ttlé ' da "Vera Cruz", a primei- dê ·arte cinematogr ica e re- pre uma poesia-aos vinte anos. muito _. especial. Hoje, é fácil coft1° se_ .s_a. e. . o . de~:;ir_tam~to rico da sua opra ' ou· para me: ra oompànhia cinematogi;áflca conheça que o ~rasil deve , e O · dific~f :é conservar o amor compreen~ê-lo:-e louvá-lo. -A~ fite~r1a tfr~~1~ qu;::~e. escri- _lhor dizer , "pré-histó;icQ", como; digna desse nome que apa:çece pode _tei: o seu f~lme próprio, da ·poesia e ·particJlarmente o tempo, eDgia asso ~esmo que Asia e da·· Eu'ropa, Adi;!:ª•d: quer · ?. prefácio, do catálo_g~ d_a no Brasil, película estreada re- refletmdo, en;:i.ancip_ado de tudo dom e a inspiraçao dela, de~ _faz de Cassiano R-1cardo um suas -razões·. pesoais ou nacionais .. F)xp(lsiç5:o, atrayes ,dos origma11 centemente, ·no Rio, sob aplau- ·o que é estravagantemente es- .,.pols dos quarenta. A vj.da é grande poeta - a .sua · consa- dçi c_ultp a Balzac. · · manuscntos nos . seus 5 1.!cessj!os sos gera,is," o "Diário de Noti- 'trangeiro · e deturpador de - terr.i.veimente .. despbetisàdora. ·gração à .poesia. A poesia, co- . Enq__uanto isso, anunciam-se ·" st ados, e _das pr.oyas. bpograf~, cias" públicou o seguinte· co- no,ssos sentimentos naciopa_is. ' fl -~o diflcil -.cpnsei:.var .à. Fê, m9 __um_a t'xigênci& terriv~I. co- d~as ll_~vfs. ef\t~~s a1;1s ?bI:as ~o ~!;: ~~~e~!!; fl;r~!~~afse 1 ~~~~: m entário: . ,. "Caiçara'.' é uma_•,ânoora :.ape- . c~mo conservar a poesia 'da· J;l_!O uin dever, como :u'a .mis- ~ã~~~f/u~a edÍ~ã~:r:io~~â~ tantes, com notas e textos ·i:;,c• -" Grande 'filme, êsse "Caiçà- guêmo-nos ·a· ela -para náo. sos-. vida. Tudo c~corre , para ·nos -sao. , , • .. .. •· , ' ' Humana 'acompanhada de u _plicatlvos dos especialistas, que ra" , apel!Íl.r de ·ter. i,ido r<><:fadó ·so~rar ... " · · · ·- tornar cépticos e prosaicos. A ';.elo ent!'o a. sua fase naciona- espécie •de autobiografia· do ~ nos . int roduzem na gênese da ainda. sem as experiências . do · fé; como a p0eyia, sijo vitorias hsta. Foi a fase ceptral de sua - ___ .. oQra d\! Balzac. Um exemplo? "meio" em q'l!e está atuândo 0 · • - continuas contra a perene me- evolução criadora. A fase ·pró- s~ inspiração. Interior~u-se. . Po,; ineio de certas n_ot~s que ·se " --;,.-~---,-.,-----• di i - d id • t t ·- p · · t ·oc1 · · · L .,, • E . encontram na ·Expos,çao O - sr . seu realizador, Alberto Caval- • . . o~r zaçao ~ v a. A e~ açao • uami;n e m el'JlJ.8-a, ·"tn•i:e levou-se ao. plano_·do _pensa- Màr.êel Bouteron, deca~o dos canti. "Caiçara"·se lança dian- . ·. d_o imediato e um assl!'lto co~- as correntes que logo depo1S mento. Umver1J&lizou-se. Na balzaquistas, mostrou como . 0 te do espectllldor brasileiro - · T tmuo c~ntra a no~ d~posl9110 da semana de Autor .Moderno, , hora ~esma em que uma nova final da sinf~nia em· dó-menor da oomo uma l}çáo _de brasilld!\de A .. • 1 ·. BER' a ir .ale';ll ~as apare~c1as-. Poe- . de 1922 e da cop.ferencia d_e geraçao, a de_ 1945, e: co~ Isso Beejhoven fo, transposto en;i apo- . . , em matéria.; de cfueqia,, a toq.os . . 1 .• • . . sia e fe sao sempre pontes ,Graç/l Ara~a em 1924, dividi- uma nova fase do modermsmo, t~se do baile de , Cesai: B1rot!e- , nós que -já est!l.ínos .'intoxicad{HI . : ::.,_ - · · . • ~ra ~ lado de lá ,das apa~ên~ _ ~amos novQs, o _poeta de "Jar- apareciam n!' 'hoi::izonte llterá- fu.'c1.· ºr, ~fl_ll?_. s4p~tqi:lnci-9 no tex- pe la arte filmica norte-ameri-. . 1 ~ias. ·E por isso · mesmo -resis- . uim das Hespér1des",, toapou· o rio, o velho· poeta _se mostrou, nº,·a ' edo,mPiavio Gos_iget~iBdolzs tie ªt~!l,:. , t "''f',.ll te · ·d •- - ru-o t· 'ªt J' t- - oro • a ac a til• cana_, tõda -. ela en"'._olvida cm · em:ui 1.':' men a . ev~...çao . .... .- ~a 1v~ a. a en ao o ~J- aos olhos assombrados ·dos que giu um estilo -mais •aplitado. 'l'a- ., critérios mercantis e não na. 110 pro~arsmo e_ do cept1cifi_mo, d4:rmsmo revelava a sua fe1çao o acompanhav~gi desde 1915, do o que nos .pode. esclarecer .so- própria vida. O fá brasileiro ·já - CAM u ~. que vem_ cenfrrmar . aquela mtid_ament1: nacionalista•. E como um poeta novo, com a bre os _gl)stos p~ssoais_do autor, formou O seú gosto· artíst-ico· ·. · · , frase sibili1;1~ cc_,mo . ~ chi~ .Cassiano Ricardo, por qumze ,sua inspiração totalmente mo- º\1 fo!necer !!. !onte de suas if1-S• , pelo figu~:ino de Hollywood. Os _ • ; · _· _ , , _· c.o~~d~·no sll4:nc10.: "V1vre &Vi• anos, ent!e 19%6 _e 1941, ia ser 9 dificada. E_ra o .homem madu- f~fçqes artíst'!ca_s,, o,u_ da-r . um, americanos conseguiram tornar - ld , de. llenr1 de Reg!lier. , mais nacional dos nossos poe- ro,que agora falava. .Era o poe- r· l\ da\ s~~s a~biçoes h~er_á.:. o cinema· em divertimentos A poesia, · no . sr. Cassiano tas modernos. Foi ele, dos mo·- ta-filósofo que agora se expd- t-eciasa, cNonascioªnalª _mt~sttr:1 .da_Blblft~ . • Ri d. - · e • d · 1 t · úni te f" . . · : m e1ro e ca e- mesmo que seja preciso com- •.· car Q, . e~ um . reJuvenel!_Cl- em J ~• o . ~.º que ve o- -mia. Era o mundo 111te_rlor que teiras; os inúmeros· quadros -ou prometer a História, falsear a. ( Conclusão da U!t. p~iIUIJ. · ,~ent'! e nao uma l!,e~anen- · le'º· e_P,!co._Seu Mar~. · . , vinha dizer agora a sua . men- repEOduções de pintores céleQI:es 1 . verdade, mistificar e mentir. . eta, _smc_er:a ou _artificial, ~a C~rere , de 192_7, -está boje, se sagem e despedir-se da natu~ 9u;e _puderam •lnspirá-lçi na d~s• ' .. s _ua indústria é puramente ma- .~oc1clade .P:'Ssada._ ~o 1;~ntr4- nao _me engano, em sua nona reza tropical que. el!-chera os- ci;içao dos .s~us_ .persona~e~s, ca;, ! . teria1, feita exclusivamenté: los, é préc.\sÓ qu_e . esses h~men_s r~o. Seu pe_!'lplo poetlco Ja pas- .ediça~. Para um. lin_o '!e poe- . livro!! da fase mediana._E a gi~ Ra!ael," Girodet. T1ciano e , P.a-ra. produzir dólares. A Arte sejam géni->s,. .1J,eró1s ?U santos. SO!\ por tres fases. sias, e c~o raro. Umco em ,. partir de 1913, em ','.O 1;1angue beeç!c':~x ~a!~~ l~mbrava a _ ·e.a- , tem ·que existir em funçao- do .Se não depende dêles serenfgê- A _. primeira, que cbamare- nossapoes1a -modernista,Opu- das horas", "Um dia depois ses corre·nqtes em ~cel.'t' sãdo fra: ; ·nios, cát>e-:ll!es, quando as: cir• d " i bli d 1 r as escn, 11.!.Cro . imediato, ·e não , como . cunstânciàs . 0 , exigirem, serem· ~os e 11-nacron ca ou l'llttn~- . co compreen. eu essa i,oes a do outro" · (1947) e . agora . "A _. ções .de personagens de Balzac) :·-l· uma das conquistas do ·. espíri- heróis · e em tod·as "às cir•cunstân· :nai:ia, foi Justa_mente a da _pr1- . des,rtlenada, ,harpara,. pes~c\a, face perdida" (19.50), . o po_et_a a ,esta_tue_ta de, Napoleão em cuja •• t-o em favor da cultura dos po- cia_s, esforçarem-se parà ·Je ~rans- meira m9cjdade. F!ll-a elos seus ,mas cheia. d,e um_,sentido .pro: se apresenta em sua feição unia ~ase 1_nscrevera ..a famosa frase: , vos. · -formar em. santos. E nao e- ne- livros de 1915 a 1920. . "Dentro fun~o, espelha~do os .aspectos versai, metafisica, abstrata, 9 q'-!e êle não pô_de realizar .pé-' · cessário, talvez, ter uma . cren• da llloite", . "Evangelho de.r.rea1s.. d.a nossa _formação, da masniomenoscarregada()es- l.a_l;!l>ada, _eu . o realizar_ei p_eta · O .cinema norte-americano-já ça religiosa.11ara i~so. _Pan", "Jardim cJas . Bes}t!'ri- _no,ssa raça, ~a nossa paisagem, · sa carga profunda de poesia pena •· E quanta . coisa . ~ai;ól: !. tomou conta de nossa mocida- . •Albert Camús··está aliás· -per- des " . .Fiel à lição . bilaqp,eana, da p._qs,sa histqria. . Era uma · autêntica, que nas · três . fases umas duzent~s <;arta_s <>rigu,ais, l de e não é raro ouvirmos na- q'ue tão. p·rofundamente af..tou poesia em que a forçá poética .1- • · I __ · entre as quais as primeiras tro- . suadido -~ · eeiS ·a1 · a ·sua··nobrc- . . · . .• -· "', - · · , . · ,...,seµ PerlPO, ,vem acompa cadas com· Mme. Hanska,-- a sua morados a segredar ooisll,S as- za ~ de ·que ·os homens de ho-je, -:a. moc1dad~ brasde1ra ate o do elegant~ pa ~1.an ~ de 19%0 nhando esse grande tipo de mais célebre amiga, e t'm espe- . sim : "My darling . ... " -quando mas sobretudo os de amanhã, são fi;m- da . pi:1meira; guerra ml,lll-:: .s~ .casa;v~ I' Iuxur1ant1: e:xpres-_. . no1!5aS letras. cial a -primeira - que ela -lhe dt- ,. tu . vem - me buscar pró . cine- capazes de ascender até essas . d1a.l, Cassiano Rlcardo .se .de-_. saq_ .trOJ!lCl!-"l _l).e_.unr.i. lderatui:a. Cassia1;10 Ricardo .é boje uma .riglµ dos co_nfins da Ri;tss!a e q1,1&, ma . .. " e os "by by.", .(bai eleva(jas :vlvtudes. :e1e pensa <l_ue frontou · com. Q movimento _que . se _mtegrava em. sua pro- expressão viva ·do que é a Poe- cpmeç_a 11or esta confISsao a,rre– bal) das despediçlas amáve_is ? . a dignidade lhes é mais natural modernista cõmo poeta já for:- , pri_a realidade.objeti:v3:, .Em _li- sia, quando se apodera de uma .batada: «:t,~o .' os _yossos, !?"' E o tratamento de sweetbead do· que O desprezo dor êles pró-" mado já consagrado, embora .vros çomo "Borrões de Verde criatura humana De 1915 a m;ances, '?· meu çoraçao fre~m: j (suithart) e té O ..,. . ,, prios. E é desenvolvido ·o senso ' m i p ulis•..no co e Amarelo" "Vamos · · 1950 - · • ·· 'ti • . •vos ·elevais a mulher à sua Jui.:, ª s _ome. in dessa dignidade entre os France• ape~ no e O ª · •• • · · ·, ··· ·.,, ,/ caçar _pa- • ~ua presença poe ca e a ta dignidade; o -·amor nela é uma i (carne inn) como se estivesse- ses, .que acredita fazer com--que mo. ~tegrado em uma. corrente . P~!a,os • .- Deixa est_a! -. Jaca-. prop~1a i~ag~m do. fluxo ,_ íla virtude . -ceJeste, .uma emanaçãc, 1 mos em Nova York? "Caiça- 0 · nosso pa·is torne a - encontrar . poettea que parecia mdestru- . re , .º llJ!.Cl~4!nalil,mo-119etlco de· ROes1a .brasile1ra. Tanto em sua divina; admiro em vós essa ...ad• , ra" não, tem simulações · nem a sua voz profunda. Se nós sou- tivel. Rico de formas, poderoso Cass1ano R1ça,:do, _junto à sua fase parnasiana ou aní'crõnica, . qiiráyel •• sensibiliµade de alma + dissimulações, .·Não tem am- be~mos ouyir essa voz, di_z êle, no jogo das.imagens, luxurian-.. prosa. de. "0 Brasil no .origi- como em sua fase nacionalista que voz f~z adivinhá-10 . 0 • ,Vossq l bientes luxuosos, nem intrigui- '.' então .muit:is , cousa~ se~ão ·por te .no verbalismo, · nada ,devia nal" ou di, seu considerável e agora em sua fase filosófica, gênio ?ªr!)ce-me _dl~no. ••" Qua~- i . nhas de salão burguês. .E' tµdo muito tempo ~orno se eSllvessem ao simbolismo . nem ao :verba- estudo sociológico sôbre as é o mesmo grande coração de to ã pre-hrst ória' · .da c _om~_(l,a ' - . do t d 1 t d num só espirito, a verdade será 1 . • i t d bandeir · "M · h • t· d.. Humana, r apresentada atravéa. 1 · acaiçara . u o .em . u as e aceita pelo- ' que é, e assim como ismo, n!m aos moy menos e ,, as _na are a P3:ra o Poeta que ba e sempre, JIP e.- das notas esparsas, dos sucessl• amor rústico, ,selvagem, coisa . . é, . haverá Jug'ar ·para a esperan• reno'l',açao moilerna . com .que Oe,ite (194_1), -,-; daya~ a se- roso, sereno, truculent!' por . vos originais e das -inumeráveis · de gente simples, sincera e ca". , .·. · um, Fernando . Pessoa ou .um., guncla fas!' !fo moderm,smo, a vezes, ora-. misterioso, obscuro, provas tlpográfica,s, os organiza• bravia. Um filme que reconsti- · .. Mario de .Sá .Carneiro, já_des- , de 1930, um dos ~estemunbos pesado, ora luminoso e patéti· dores . da_ Exposiçã!) deflnem as 1 tui. facetas de · nossa gente e Além di~so a _esperanç~ n~!> li de 1912,- agitavam o ambiente mais poderosos do triunfo da co mas sempre pulsando com suas intenções por _esta ~ase act,• l . de nossa alma, Costumes nati- , meritqriJ.1, ~ S(?bretudo nao _exis- literário português. Em 1920, _nova_escola. _Já não eram ape- u~a energia _ nova, como à mirável de Valéry: ~Nós pre• I vo_s, 'de mistur.a _c_om .outros ti- 1t, 0 e 5 _sqaulveaod 5 9 smaedpe 1 .ocnarsesnocsonmsi·doemreann 1• quando Mario ele Andrade que- nas as pedrad~ e os assovios dêsses pes' de sete 'A"'"as que te nd emos toird ao mtais fu ndt O do { . · · · d 19"" ·19·2• · - · ,._.,,.~ pensnmen o au oi." e cap ar so-o • ~os- de povos u;ugr antes que se desesperades. A verdadeira es• brou a sua. l_rra _par-n,ls1ana e . e .,., e . -., .Era_m as 4!bras de Sao Paulo trilharam o Bra- bre ·a ·rnés·a do escritor 0 · doeu• fixaram em Sao Paulo.. Todos · perança é a que dã· a energid ·l!lnçou, em Sao Paulo, o brado . pensai!as, sentidas, capr1çha- sil in'teiro e lhe deram. a sua mento do primeiro ato do . seu1• os intér pretes estíi,o impecáveis, para a Juta, .e a fé nà vitória, de revolta, .Cassiano - . Ricai:do . das, .em_ q:u~ .um estilQ novo . c,onfiguração ..atual. O .paulls-;...-,es(.orço il\teleçtual, bem co.roo- e aql!ela velha macumbeira- porque extstir _é lutar e _viver é era louvado em seu "Evange- ., vinha marcar na historia lite- tanismo de Cassiano Ricardo gráfico das . suas i,npulsões, d11- como que já•· foi vitoriosa, em· ,venQer. Es~3: esperança é fµ.nda; lho de Pan", por suas ,''rimas raria, como sinal já · ago.ra in- não 'tbe tolheu O sopro .nacio- suas variaçõ.es, ·ao tl}esmo , tem• competições de "Oscars '! O da_na consciência. qu_e O ho.mem opulentas" . por .seus "metros delével de um~ .. nova _era,. que nal, .como o pitoresco ou o li- 'Pº que 0. registro imediato_ doll · .i. •. • • • assume da sua digmdade. E é, · t t • · seus ritmos pessoais que sao a dln:tor e o pr_odutor reahzaram e·m sum·a, ~A'-re a d!gni·dade hu• elegantes" por seus, •~emas anos haviam considerado co- rismo não lhe preJ·udicaram . • """ · · ·" ' · ' · i xist t . forma do seu reg1me ·de ener~ um -filme acima de nossa edu- maria que temos probabilidade class1cos -- ·- mo ne en e. -. os altos requmtes melafisicos gia viva: •o M anuscrilo origina , cação artística, Tem o sabor · de prepar-ar· para nós um habi• -Mostrou que tinha poder e Mas o poeta do .trqp1calismo e abstratos de sua poesia i'1te- 0 lugar do seu olhar e , de su dí!S produções italianas, sem tável e talvez, um invejavel fu• saber para versej,ar no ·gosto verde e amarelo não se satisfez Iectaalista, Em todos os .mo- rrião, onde se Inscreve .(!e linh,a imitar ninguém. Mas ai é que turo. néo-clássico e acadêmico, !iiem com o triunfo do seu naciona- mentos de sua evolução, o Poe- em linha o due10 do espírito ._com , se pressente o perigo para a nada ficar a dever aos mestus Ilsmo modernista. Poderia ter ta está sempre presente e sua a linguagem, da s,tntaxe com os "Vera Cruz" : estará a platéia ·seDenãÁ 'ummalS· mode.l ºv·admoª,ise· mexpehr'cmit_?; da gerontocracia poética que , cruzado os braços. Poderia ter obra será para o futuro um deu~es, do dellrfo com 8 razão, u - _._ d 1880 d mi ' 1 d "d b 1 • . ' a - altérnância da espera e da1 brasileira em condições de so- _mais precisos, sendo mais emo- -1! ~ o .. tiavam o me _o orou o S_? re ºI! ouros e so- dos testemunhos- mais irres- precipitação, _ todo O drama daJ frer o choque do contraste en- cionantes .do que no seu roman- poet1eo brasileiro, onde os pro- bre os apodos. Ja tinha o seu pondlveis de que a nossa gera- elaboração de uma obra e da ! t r e .o filme latinp e o ianque ? ce "La Peste", Albert Camus nos prios simbolistas eram manti- lugar ao sol, Outros se conten- ção tinha alguma coisa a dizer · fixaç ão do instável". ,l O caso de " Ladrões de Bicl- exorta a aderir a essa fé na dig- dos à _distãncia,-como os "pa• tariam com o que êle havia edeixoudesialgumacoisaque - --E é esse drama da ' obra d.e , cleta." é de ontem. C!oncitàmos nldade do homem, a essa re_ll• rents pauvres" de Balzac. .: .. conq1Jistado.. Ele não. Teimoso, o futuro não esquecerá. Não é Balza<:, ao. lado d!' epopéia_, da, Oavalcanti a prosseguir na sua g!ão da honra que Altr~ de ,Vig, O movimento de 1920 nao como um desses bandeirantes à tôa que Cassiano Ricardo é s~a vida e das · multlplas agit~- - 1 d ê te ny já exaltava, mas -que éle tor- f i · ~oes da sua éooca que a mara arr anca _a, mesmo que_• s ~ri- - na mal~ vi·va, ma•-· próxima de ez de Cass ano Ricardo nem avoengos seus que tanto o hoje em São p ..u:to o fundaclor ~ . · . -. • . - • - 1 '- f ê d - ~ "" · i -· • · · ' d t t ' d - · ,. vllhosa, riqwss1ma Expos1çao da me.uo ilme lhe d ecepçoes. nós,' mais at11al, porqúe a adap- um _reac onauo, - nem um a e- a orme_n aram toda a vi a, nao do "Clube de Poesia" e o anl- Biblioteca •Nacional apresenta às Que venham outros "Calça. ,ta melhor às · angu,stlantes ne-· slsta. Colocou-o diante de si . se contentou. Manteve ardente mador da geração poética de dezenas de mUhares de visitan• l'&S•, -a f im de que seja o nos• oessid.ades dos dias presentes, .. ·mesmo. E _com a mesllla en~r- a chama interior, .Renovou a 1945, tes. . . _ · . · .,____, .. .l

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