Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1950
2 .• Púginc." e, FOLHA DO NORTE · Dontín.go, 19 de · Novembro de 1950 ______________ _,. ~ #afira do !ií1'1Jtth R. e fl e X õ o r!!J. .. DIRITOlt êtl . . J ú I i o D Sobre r .) 1TU AÇ·AO.· . .. • Conclusão da ultima pagina' r 1n1z em nós, como, por exemplo, o DE FERNAND GRÉGH : ato dt> dirigir um automóvel. - Hã tempos, ao inaugura'f' Sabe-se o que significam es- um · curso sobre Vitor Hugo, tes termos. tão expressivos, de na "Sorbonne", reavivei - - e potência disponivel, de potên- hoje lamento - a lembrança 1 1 eia .de reserva ou excesso de dessà ·piácfa de Gide, .que cau-• PAULO MARANHÃO ! m ~nclusão d, la . pJg. > ~~ .· SUPLEMENTO literária ou draniática desde t erminà o facto de ele per ten– que em verdade se desconhe- cer a uma certa r aça e de estar çam· as condições··de meio que sujeito â um certo 'número de cs&a obra representa. · usos e costumes. Não é isso que potência. Essa potência em rc- sou divertido espanto aos as• 1 • serva, no poeta, lembra a idéia. slstentes. · -· iísicm, de tensão e parece men- Se me perguntassem qual é • .---------COLABORADORES-------. lí:, pois, apenas como proble- importa, contudo, par!'- _o ca.:50 mr. de apreciação ou valoriza-' con trover tido. Se os gemos sao çàc crítica das obras contem- poucos, mais uma razão para a .porâneas, não como problema literat ura não poder viver uni– d& compr eensão " sub speciae came-nte enfeudada ao culto aelernitatis " que.·se me apre- dos raros gênios. A obra dos es– ;,enta digno de respeito esse critores menores oferece, por a:,p.ecto do prçil:ilema literário. vez'es, aspectos· que não con– Por que é que as novelas de vêm menosprezar. Pelo menos um Camilo Castelo Branco não não deve a crítica alheiar-se da c.onse~uem interessar a critica compreensão de obras, cujo e o leitor estr_angeiro - de desconhecimento poderá tor- · além - Pirenéus ? Em grande nar-se um obstáculo sério ~ parte, penso, eu, porql!e a cri- int.erpretação da personalidade tica e o leitor estrangeiros - dos escritores máximos. Como lie além-Pirenéus - (a crítica :proferir um juízo seguro sobre sur:i.vel de modo objetivo. o maior poeta. francês, eu di~ DE BEL~M : - Alonso Rocha, Benedito Nwies, Bruno de Menezes, Cauby Cruz, Cécil Meira, Cléo Ber– nardo, Daniel Coelho ·de Sousa, F. Paulo Mendes, Gari– baldi Brasil, Haroldo Maranhão, Levl Hall de Moura, Mário Couto, Mário Faustino, Maurício Souza Filho. Max Martins, Natalicio Norberto, Nunes Pereira, Orlando Bi- · tar, Otávio Mendonça, Paqlo Plínio Abreu, R, de Sous:1 Mour:1, Rui Guilherme ·Barata, Rui Coutinho, Simão C. Bitar. Sultana Lev'y Rossemblatt. - No que concerne a Hugo, .- ria : Feitas as contas e- ~• sua superioridade de virtuose sando tudo, é Vitor Hugo". . ., não poderia ser objeto de dú-. . vid:i.. Seríamos capazes de citar uma infinidade de poemas dele, todos de extraordinária perfei– ção 'técnicá, e dos quais ne– nhum se. assemelha aos outros pelo to~. pelos .recursos em.– pregados.' e pelos problemas D9 RIO : - Alvaro Lins, Augusto Fredericô Schmidt; Am:élio Buarque de Holanda, Carlos Drummond de An– drade, Cassiano Ricardo, Cecília. Meireles,. Cyro dos Anjos, Eugênio Gomes, Fernando Sabino. Fernando Ferreira de I.oand:1, Gilberto Freyre, José Lins do .Rego, Jorge de Lima, Lêdo Ivo, Lucla Miguel Pereira., Maria da. Saudade florte~ão, Marques Rebelo, Manuel .Bandeira., Maria Ju– lieta Drummond, Murilo Mendes, Otto Ma.ria Carpeaux, · Paulo Rónai, Rachel de Queiroz. DE SAO PAULO: - Domingos Carvalho da Silva, ·Edgar Cavalheiro, Ro)!'.er Bastide, Sérgio Milliet,· OE . RELO HORIZONTE : - Alpltonsus de Guima- raens Filho. Bueno de Rivera. DE CURITIBA : - Dalton Trevisan, Wilson Martins. DE PORTO AJ,EGRE : - Wilson Chagas. DE FORTALEZI\: - Antonio Girão Barroso, Aluisio Medeiros, ·Braga Montenegro, João Climaco Bezerra, José Stenio 'I,Õues. . • DE PORTUGAL : . - João Gaspar ,Simões, José Régio. p ª~ ~ .. • Oc.tOS Do · Minho .,-.. . Ge·rocão .:, Conclusão da ultima pagina e o leitor pe:linsulares votam Shakespeare, ignorando a obra c~rta est.im & ao autor do dos dramaturgos isabelinos que "Arrfor ·de Perdição) - des- o precederam? ionhecem por completo os usos Apreciando há anos · a obra e costumes nacionais, melhor : de Júlio Diniz permiti-me cha– veneidos. E , quanto ao ma.Is, Hugo es– teve muito perto da funçâ,> que atribuia a. si mesmo e de oue tanto troçaram os séu, desafetos : a de mago, profeta, criador ílo futuro pelo verbo. DE CLAUDE FERRÊRE : .,s usoe e costumes do nosso mar a atenção para o que se _ Imbecil,- Vitor Hu~o? Eu Douro. ·do nosso Minho e dos me afigurava inverossímel na nunca disse isto, defend~-se nossos Trás-~s-Montes, do tem- t.rama das "Pupilas do senhor Claude Ferrêre. "Certamente, po de Cami1o Castelo Branco. Reitor " . . - s B ' · · - é · 1· Ideali"zadas como são todas nao gosto do personagem: nas em sei que nao isso i- . as suas figuras, pareceu-me variações políticas, muito opor– songeiro para o nosso grande novelista. Desconhecendo nós, ·-que o célebre romancista, não tunaS', sempre me repugnaram como, em verdade, desconhe- contente com idealizá-las para nm pouco. Ele foi excessiva• t d além dn que Serl·a admissível 111ente hál;lil, excessivamente cemos, os usos e cos umes o d • bomcm de negócios, ele "po– povo russo - pelo menos não num gênero literário e essen- sou'' demais em atitudes heroi– os conhecemos diretamente eia r ealista, se apresentava b ·cas, para que eu o estime. n em fizemos deles um estudo pouco escrupuloso na o serva- Ted!n·ia, considero-o O mais aprofl!ndaldo, - nem por isso ção dos ·usos e costumes que l't t somos menos sensíveis à Ieitu- pintava. Na verdade, o que }lá perfeito de todos os I era os, ra de uns "Irmã.os Karama- de senhoril na figura das duas ' 0 maior poeta, del!_ois de Ho– zov" Óíi de um "Eterno Mari- heroin:;.s dás- "Pl!-pilas do se- mero, o único que se lhe possa do". Realmente, quanto maior nhor Reitor" atribui-o eu ao comparar. Cada ' um de seus é o escritor, maiores a s proba- jeito " idealizante''. de Júlio Di- textos é uina maravilha, - na bitidades de vencer as eontin- niz· 0· qual preferia antes ma- qual não se pode mudar uma · • i palavra". iências . que na sua obra de- nipular caracteres ~emin nos ____________ • • • t ambém, dizer-se, que, graças a.o jorhal, ao rádio, e ao entro– samento dos acontecimentos de um hemisfério com os do outro, nossa imaginação também vis– lumbra hospitais imaginários. asilos de alienados e campos de batalha fantásticos, habita– dos por representantes de todos os povos da terra. O "Cand!– d e", d~ Voltaire, deeidiu que o segredo da vida era ~ultivár o seu jardim; mas os nossos hr– dins e~ tão ameaçados por 11ma «:h.:zia de climas m entais e jan – g las remotas. agradáveis ao convívio do le!- aas determinantes sociais que tor - e especialmente da lei- explicam esta natural distinção tora - pouco exigente_ em d as mulheres minhota,;. O par– matéria de verdade social e c·elamento da terra, que nes- Ao cabo de trinta anos dessas d q p1'ntá los coe- . ·d ., d humana o ue • ~ • ta·. fe' rtil província port_uguesa, aceitamos a '.'verda e . a desesperadas tentativas ence-. t ~om a observaçao da h · erecivel t~"'as desde· 1920, a ·geração ren es v b d n per mite que-cada um aman e imagem imp · Qu realidade. Lem ·ro-me e (!Ua • _ a ·sl!a terra. sendo poucos os Hoje, pois, quando contem- mais jovem de poetas ingleses 1;o eenderam entao os l amp o aparentemen- encontra-se na sitúaçao~ de me surpr h o ro que nada têm e muito poucos p amos o c . modos de sen or-a que • os que não vão à escola, é tal- • • te muito disperso da poesia criançàs deserdadas de pais mancista emprestara às duas vez O fator econômico de moderna, vemos que hã 1!.ffi imprevidentes. Em Pen,:-uim moças, permitindo ql!e . e~as mais transcedente influência fator que os poetas, escreven- New Writinr. número 37, G . S. conversassem com uma dtstin- no apuramento dos usos, ~s– do de formas muito diversas e Fraser, um dos melhores entre ção de maneiras e de palavras tumes e maneiras do minhoto, com os piais diversos objetivos, os poetas e críticos moços, de- que não podia deixar de pa- sem dúvida alguma, 0 mais têm em comum: um .co~eci- fine muito bem a situação dos recer imprópria da sua classe "civilizado"' entre os babitan– mento da cena contemporanea sel!s contemporâneos. e educação. De facto, nas ter- tes das nossas províncias. sur– em que , o lugar é tão imper- •A grande confusão d~ claques . ras da. Beira, onde vivera! e preende 11. familiaridade, ao manente como o tempo. E !>S que o leitor das pequenas re. nas da Estre)lladura, onde vivo · mesmo tempo respeitosa e di~– diferentes "movimentos'.' poé- . vistas dedicadas à '•poesia ob•. nunca vira moça., dessas c,ue na que O rústico minhoto poe ticos, embora este1;dam suas serv,, rep;esenta, · em parte, vão à, fonte com a cantarinha no'seu ti-ato com as pessoas da. pesquisas em dij'.eçoes opostas uma es_pecie de marc~çaQ ~e à cabeça, ficar-se a palestrar classe mais elevada. Dir-se-á e· muitas vezes, diferentes, pro- passo em uma planície . poe1~ no caminho com um "senhor que se considera tão digno, nqs c~rain a mel!ma coisa : u~a renta, e, em parte, levanta uma doutor" no tom elevado, quer sel!s trajos ·aldeões, CQlllO O ci– posiçã.ó espiritual qlle a poesia poeira que oculta à visão as do ponto de vista do vocabulá. tadino com quem conversa ou pode representar e que . p~e realizações regulares de poetas rio, quer dos sentimentos, _em. a quem presta serviço. E esta .1: tarefa do poeta fazer poe- ser mantida como mna espeC'le c?mo Spencer, D~rrell, Lau- que as pupilas. do bom Reitor dignidade é por assim dizer in;– s ia de acontecimentos que estão· de realidade (ou seja, como um r1e, Lee, ~ - J . Rame e aq1:1e- se entretinham com os. seus . consciente: Dir-se-á instrutiva impregnados de sua ·própria : modo de imaginar, pensar, ou Ies mtmcionados _ no ter~e1ro "conversados". Aconteceu, po- qualquer coisa como O senti– experiência sensorial. Hoje em viver) contra o desmoronamen- artl~o desta série. Co.n,tmua, rém,_que eu. português ~o c~n- _ mento -de que em realidade o d ia. poré.m,. a experiên!)ia sen- to · da certeza, no tempo e _no pore~, sendo verdade Que !!m tro. _beirã.o do litoral. e citadmo que dignifica O homem não é serial está minada pelo conhe- lugar, na vida moderna. · A in- poeta~ como Veron _Watkins, de Lisbôa, nada ou quase nada a classe a que pertence, mp.s a cimento de fatores que afetam tensidade dum poeta pa 5t oral que po~ !ie lado to~as as c:on- conhecia, por esse tempo. dos sua maneira de sentir, não é o qualquer ,a·contecimento· e que · c:;mo Edmund Blund1m e st á slderaçoes e se_dedica inteira.- usos e costumes,. dos modos_e seu modo·de trajar, mas a sua es~ãçi ~-.completamente -► alheio em· sua força de sustentar ··ª mente à vocaçao pode produ- ~ar acteres dos minhotos. e sao forma de proceder. não é o ~eu à -nossa . experiência daquele visão u.mpestre _contra .as for- zir trabalho que tem em nossos • minhotas a maior parte das dinheiro mas O seu caráter. acontecimento. E a· owrrência ças que ~os persuadem que dias, a luminosa intensidade heroinas de Julio D~iz. A al- De rest~. se é a mulher qt:-e d esseJ, fa\ores_como ql!e anula . aquela visa.o é imJ:!o~ente 00 ~- dum Walter de La Mare de deã das minhas relaçoes era a cava a terra aue vai ao sarga– o sentido' fixo de tc~mpo e de tra a sua destruiçao; e, e trinta. .anos atrás. .:· , mulher da Beira e da Estre- ço ·e que desfÓlha O milho na lugar, e se transfor-ma em ex- modo . idêntico, Walter de La . · · Acima. da. pl.~fcie, J:!oeir~nta madura, a alentejana e a al- eira _ em geral, 0 homem tem p eriência que tem de ser aten.· Mare luta por . se1,1s sonhos e desta d_écada têr,n SJ.1rg1do v; go- garvia. Com. ela estabelec! o O seu ofício : é carp{nteiro, pe- . dida. i;: como se os entes hu- fa~tasias .visi?nários ç_om.o • se · rasamente certos poetas mais contronto q~e me p~rmitiu dreiro, barbeiro ou sapateiro, m anos mQdernos tivessem um fossem modalidade mais sadia velhos. T. S. Eliot, com li'our desaprovar a mverossi~Ilhança _ a terra que cava é sua, ., sexto ' sentidó : o - sentido· das da loucura que ele ; coloc,a de Qua.rtets e o drama em verso das- figuras de -~ulio Dmiz.,em ~ar~.:iço que apanha é seu, o forÇ,as ·históricas perturbantes., encontro à insamdade da The Cocktail Party, sustenta geral e a das figuras de ·As milho que desfolha lhe perten- desintegrafüro···os~ objetos de "vida" (com efeito.. em.. ~m · a posição que tem mantido pupilas do senhOl' Reitor" e_!ll ·- ce: ·· · s l!a ·e~periência sensorial. · No · poema, Mottey, enuncia _suem- desde 1920. E alguns poetas particular. 4 rude educaçao Não há na minhota a sujei– p àssado, os poetas possuial}! a tamente . essa atitude)._ · . chàmam a atenção porque de- desta mulher e a sua, pouca ou ção ôa a1entejana condenada intuição do poder desintegran~ .Talvez a enorme variedade . mon~ti:am enorme ·capacidade ntnhuma delicadeza de al~a, a vida in teira a trabalhar por te do tempo: õos cbjetivos na poesia Ç)der- pata sobreviver; sã.o os herois pelo menos no nível em que conta do patrão, sob o jugo .n~ seja um sinal do dt-sespero da ' tradi,ç_~ _moribunda do in- er,sa delicadeza se nos pat!!n- .ao· maioral E é assim que a · But at my back I alWi!,YS dessa. tel)~ativa de manter rs- dividu9:l~~o. Entr~ . e~ses oci!- .. teáva n,as . heroinas _- de Júlio· ,Hdà •li.o campo,_em terras ~o · · . . .· . [heàr sa:s situaçoes na·vida, as <.Uais · pa lugar destacado a doutora Diniz, levaram-me a ·considerar Altp M lnhc - foi essa a re_giao .l'W' ~•s wingéd charjot sã.o ,representadas e)ll poemas. Edith Sittwell com seus poe- . puro artifício idealista o que que visjtei - tem qualql!t'r ,,. DE HENRY DE MONTHER• LANT: - A frase que me citais ex– prime 'oem o modo como·a fal– ta de dons gosta de referir aos .gênios. DE RAYMOND QUINEAU: - A meu ver. o maior poeta francês, .será Villon · ou Agti– pa d'Aubigné, ou ainda, c;e quiserdes, Toileau, No "Le Fin de Satan" ou no "Thêatre en Liberté" há ·um modernismo realmente notável e, contudo, Hugo é um simplório, um "bonhomme" que a. gente gos– taria de meter na sua caixa. Quanto auersonagem Hugo. parece-me bastante respeitá– vel, mas o escrito~ preocupa. se demais em levantar a s'ua própria. estátua e sua. prosà é muitas vezes ridicula. DE JEAN COCTEAU : Vocês conhecem aquela. pia• da minha : .- Vitor Hugo era um louco que pensava ser Vi- • tor ,Hugo. Esta outrà de Gide diz mais coisas, em poucas pa– Ia vras, que um livro Inteiro nífo diria. · O Espíríto... Conclusão da ultima pagina agradáv.el - era. a deasa do amor. Juno - uma viraro - era a deusa do casamento e foram sempre inimigas mor. tais. · - A razão por que tão {)011• cos casamentos são felizes con– siste em as mulheres emprera• rem o tempo a fazer redes para pescar homens, ao invés de jaulas para os terem presos. Os homeps apreciam a lisou– ja porque têm de si próprios uma. fraca opinião : as mulhe– res, pela razio oposta. -Nenhum• homem sen11at11 - deseja. voltar a ser mais novo. - A segunda metade da vida de um homem é ocupada. a consertar as loucuras pratica– das dUfante a primeira. - Todos desejam viver, ma• ninguéni quer ser velho. PRECONCEITOS .- A pretexto de destruir pre. conceitos, muitos homerui des. • tróein a virtude e a honestida• de. . ,..,_ - Se desd~ à ·in~idadé nti ao fim dá ·vida c 'a.da homem anotasse· as súas opiniões qo,; bre amor, politioa., religiio, eduéação, · etc., - que acervo de intlonsequênclas e contradl- , ·çõés não somariam ao fim ! - - O zêlo violento pela ver– dade resulta quase sempre d~ atrevimento, ambição ou org11- •lio. · [hurrying· near. Com . o decorrer do tempo . 0 s más ' magniloquentes de linhas se . ine oferecia no comporta- colsà de ttma festa permanente". · ·remédios tornam-se. mais vio- extens_as çm estilo . gi-andiosg, mento das ~u_lheres do autor . _Trab,alha-se a ·cantar, e quan- Hoje, ·. pQrém, não é apenas lentos: amandonam-se os . es- _que traduzem mais .do .que as · d& " Morgatllnha dos · Cana- dp é precir,o, tambéoi se dança - Quando encontramos num o· tempo. t,: o lugar, também, critos pastorais e romil.nticos ·c::ircunstâncias moderna.s (como via.is ". . · _ .no iJlterV31Õ da fai na. E se, na livro uma passagem em que a que dissolve na· percepção de . pelo fanatismo poético e~ti:~mo as incu,rsões aéreas sobre Lon- Eis como a critica se e'?-gana ·e.panha do sar~aço, ao longo opll)}ão do autor concorda com ·outros lugares, que afetaqi, até da ten~a.tiva de tudo eltmmar · cl.res. em 1940). oois as absór~ ·quãndó não conhece dir~ta- das pr11-ias que ·vão de·Viana do a nossa; achamos que é muitct rnesmo ao ponto de ameaçar da poesia, m?nos a imagem: A vem em. magnificas veste~ on- men t.e ·o .meio que o escritor caste\o at-é Moledo, ou na sa- bem observa.do. No caso·oposto, de ·aniquilainento (sem esperar poesia inicial de, T. S. El10~, ,dulantes. Também os .poemas •pinta _cu evoca. Visitei_o Mi- cha do millto. que aUcresce e_m entendemos que o autor se en• pelo tempo), um qualquer lu- .. que procura mf!nter a integr~- altamente retóricos de· Roy nho a.gum tempo depois e ve- .frente ao ma,r, a mulher nao · ga.nou. ,ar. dade do homem de sensibill- campbell, que mostram ·a fan- rüiquei e'?-tã.o qua!1to era. ln- se apre~<1nta engalanada com - · • . dade contra .º colapso de , V!',• tasia· de um!l imaginação ori- just~ ª -~~nha critic~.à.s f}g!,l- os ~eus tra) ~ •ricos é apenas RELAMPAGOS • l~res. é seg_ui~a pela d~clara- ginal grandemente in1ltiencia~ ras ,c.mmmas de ~úho Dmiz. porque os tem guarda.dos no • . çao da falencia da s0etedad: da: pela Espanha, como 'pela Cla, o está . que nao modifi- fµ~do "da ~r·ca para ~s bailes - Como e poss1vel esl!e';S• O poeta busca dominar a ocidental em The Waste Land, obra de Rimbat;d. para· desen- que! em COJ.Sa · alguma. o meu e ·as ro!llarras a que nao falta., - que •!' humanidade to~e 1u1zo impermanência fixando certas- então o poeta, depois de lavar volver prolongadas imagens juízo 1-obre o caráter idealista · Júlio · Dihiz' não idealizou a - se na.o toma seguer Clllda.do ~ experiências no âmbito de for- •as mãos quanto .à sociedaÕ;e metafóricas, possuem a força da · ,•i~ão do ~scritor que con- · minhota: retratou-a. t,: precis~ • -:- Se um homenrm~ ia! ,.~. mas" significantes onde ·pare- poutica, alia-se· .a uma ·tradi- · da sc ,brevivêrir.ia heroica até · cebç,u e realizou .um mundo conhecer de facto, esta pro- t1r que me mantem, a distan– cem adql!irir permanência. Mas çã.o religiosa já divorciada _da· Y,)lverem ·ao pó. em que os bons sentimentos ·vincia, para bem' julgar ,·o .ro- eia, consolo•J?le com lembr~r- esse sentido de · permanência• polítiça. A poesia de 1930. é. E cc_,ncluo com uma, palavra tr i;tmfam sempre dos.~aus. Na mancista de "As pupila_s d~ ~e que tambi:m ele se mantem , somente adquire significância . t.a.lvez, a derradeira teqtat1va rt e encômlo aos pQell}as pen~ •.ver~ad~, o autor de Uma fa- senlior _Reitor " . As vezes odes- distante !le ~•1!1· . • mediante a intuição do ·poet'l, possível no século, para unir sativo;;. emblemáticos, do poeta míha mglesa", COil?-O roman- conhéc1mento dos usos, e cos- -A maled1c~n~1a. e um lm– - e de seu poema - dos ·fa- uma poesia humanística com t ranquilo. .m1Ls lni.rnso e pro- cista, continuará flempre, para_ tumes do povo ou do meio que posto que o publico cobra dos tores que contribuem para a a.. politica lndivi_dualista libe- f undo, que é Edwin M:uir. .!Ilim, um· ingênuo pin~r de o escritor foca na sua obra grandl;s_~ol!le~s. _ impermanência. O ente bem ra:I. o. ·surrealismo é uma es- • aqu11.relas rurais. ~s nao há póde induzir, de facto. o criti- -V1sao !' a arte de ver o amado torna-se · riortal jtistà- · .pécie de experiência espiritual • • dúvida que a maior parte das co em falsos juizes. Bem sei que é invis1vel. - mente pelo conheciment o do que corresponde à tentatfva 'de' suas !iguras rústic_a~; quer que muit.o _o_ouco importam os - A sátira é ª1!.I espelho p_oeta do processo .éronológic'o· dividir o átomo por narte dos N. R. ...:... Stephen ·Spender es- máscuJinas quer femmmas, se erros da, cr1t.tca. Lá está o tem- onde toda a gente ve todos os que, na realid!!,de, o corrompe. cientistas: · isto é. ·déscobrir creveu uma autobiografiá que, alguma coisa. têm de idealiza- po para julgar· em última ins- rostos. exceto o seu. Ele cria sua imagem e coloca-a dentro da vid a interior do sub- · sob o título World With in do; não é, p.9r c-erto, o seu as- tância. · se eu ·me enganei, o -Os Ito~e'!'s ~ostam Cl1!". ns den tro da cor rente do tempo, consciente .. forçn~.. trP,meprlas World; será dÍ-ntre em breve ·pecto s~nhoril, f! seu porte dis- tempo. esse, ~ão , se enganoµ, outros.se.riam do seu espirilo ; • ,e porque ele nos confrontou r.aoazes de sererri usadas como nublicada ' por Hainisli Ha.mil- tinto e o -seu nobre comporta- que 'de há ml!lto ti;m por lm- mas nao das suas loucuras. ~m a luta entrJl .a P.e~z.~ ~ o . defesa _cont!'l! t.Q9.a a. soc ieçtade fon. Niio conJará fo ,série de ar- ménto ~orál. . · . p~recfvP.1 a. obra de Júlio Dj-. tempo - que tteonhecemos -. contemporânea. • · . · tlgos hoje conêlui.dos. · Levár-nos-ia longe ó estudo mi. 1Sel~ ã.o de Daniel George)~
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0