Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1950
Domingo, 17 de Setembro de 950 -----------------------,t-----------------...... quando priu. ndG outros fatores intervêm na ela- [bastantes b <Jração desse fenômeno que é para a navegaç~o dos meus de- o prazer da leitura po~tlca, bom , I jos--a,tügi«Gº se1á não ·excluirmos do comp'e· / xo psico-fisiológlco que esse. _fe- Desc~m pela ,iigua minhas na- nón,eno encerra o fator íonetico · [ves ·revç'·tidas de espelhos própriamente dilo. Cada lâmina a-rrisca um olhar. z :.s_ porque nos atrevemos a [e investiga o elemento que a chamar a atenção dos leitores [atinge, portugueses para a importancia. que · deve atribuir-se aos valo– r es fonéticos inerentes à pronun-. eia da língua portuguesa pelos brasileiros ·sempre qlle entre nós, em Portugal,. se lêem os poetas do Brasil. Inutil frisár que o mesmo se recomenda aos leitorP.s brasileiros de poesia portugue• sa .. ·. . B~m sei que entre nós, em Portugal, não s~ perdeu o cos• ,tum.e de ler certos poetas do 1 iBrasil - um Catulo, um Jorge de Lima, o Jcrrge de Lima dos • 1 "PQemas negros". rriesmo Ma– ' :nuet Band,eira e Ribeiro Cou)' to -'- sem impuirc ir à leitura o sobque brasileiro. Isto apenas ·acoritece, porem, quando a ria• , tureza dos versos se apresenta 1 ;nitiàamente populdr - •quando ,a p(!esia é uma intervenção de costtimes. modos, s.entjmentos 'ou -reações de carater etnogrã• fico. Já o mesmo se não verifi– 'ca no caso das composiçõe·s li– d as ou recitadas serem do nu• ·mero das poesias de expressão 'emocional erudita. Então rara– men'te - é licito dizer. mesmo: :nunéa -· então, nunca o leitor português ::e lembrará que o com posto fonético, que têm pe– rante si em nada · ou quase nada si- assemelha aos compostos fo• néticos que são as i>oesias por– tu!l'uesas. , guardava foss o que fosse da modelação ritm1 t.rádicional. Dir-se-ia que o "e uema rit– mido" - expressão e Marcel Jousse - dos versos mais ver– si-libristas de Cecili Meireles, como, aliãs, dos de ais poetas btasileiros, . consen am o anda– mento fonético - a pausa respi– ratória - inerente à língua por• tuguesa. Por isso mesmo a leitu– ra das suas poesias não de1nan– dava, da nossa parte, portugue– ses, qualquer esforço de adapta• ção favorãvel à apreensão da sua essê.--cia .. Posto a fonética da· Jfngua portugue§a falada no Bra• si! de há muito tivesse as suas ca rac_teristicas -próprias - a sua dicção mais plástica, a sua a• centuação mais luminosa, à sua estruturação mais ·articulad a -, o certo e que a tradição métri– ca genuiaarniente portuguesa c:on– ti01uava a dominar a prosódia dos seus poe,tas. Din,e-ia que eles se não haviam descoberto ainda, solJ o· ponto de vista fo. nético, poetas de "outra" llngua. E é assim que nos versos de Ce– .cilia Meireles de "Vaga música" · (não serã o · título deste livro a confissão de quem se descobre envolto numa· sonoridade verbal poética que não é a sonoridade verbal da prosa, e não sabê como explicá-Ia ,:enão considerando--a '~vaga musica''?) qualquer coisa a principia a afa~tar, pelo mé• nos ao nosso ouvido de portugue– ses, do sulco aberto pelas suas pt'lmeiras c:omposições - esse sulco de_ uma plastic,dade ·e de 'FONÉT-ICA E POESIA . ida .. 411 .ll'la, dia 1uando li (Conclusão da 1,a pãg,) -nt11gem, dlr vo10g1~~- oe§1a as , hd uma musicalidade legitimamente - mais musical da poesia moderé• . Va.ntagem, direi eu, pois qu~.::;,s: tuguesa, sobretudo desde lus(adas. :. . na, mGs ainda é multo, ainda_ tou pér~uadido de que não bã seus versos acfotaram Por exemplo: ·· alguma coisa, ~ceitemos ou nao pol'~ia sem sexo. Os versos _d clássicos tratades à moderna Primeiro foram ' os verdes a tese de Andre Sp1re. De fato, i,m Ar:tonio Nobre são íenunl• a rima branca' e o ritma surdo e aguas e pedras da tárde; ." quando um poeta aborda a poe• n\M; os de um Antero masculi- - parece sein sexo, desprendi- e meus sonhos de perder-te sia pela sua margem menos ~os: os de um Fernando Pessoa, ck de corpo e a lma da que nc> e meus sonhos de ·encontrar-te," · plástica - e a música, no vet• pronunciadamente neutros, isto eol'po e na alma é frémito terrn– so , assim o demo.nst~aram. os é entre os aois sexos. Sim, não no, desde que l!aa à brasile!ra, "simbolistl;ls", in:sinua.-se pelo sr- me vã atribuir a perversiela- , logo ganha· corpo e alm.1. corp<> lado oposto ao da plasticidade · de de querer dar a Cecilia Mii!i-/ e alma •de mulher, tão m.iscular– .:...., o movimento ·embalatorio dos reles um epíteto que lhe não mente carnal é, 710 lím de con– •esquemas rítmicos " que ~ão os reconheço-· o de "poetisa". Não tas. a música dos seus versos . v ersos, detêm, pelo menos,. oi- A autora do " Retrato natural ·' Mistério que é em sua f!lals tenta 'por centó da sua capac1da- é um "poeta", um dos maiores J:!enuina es$encia, '.l emoção poé– le de sugestão. Por isso mesm~, poetas de língua portuguesa de tic~. se não é de modo algum, ,a poesia· de uma Cecilia Me,- todos os tempos. Isso não nos como quer Andr6 S~re, uma ·eles, muito mais m_usical q4e Impede , contudo, de atribuir à emoção de raiz mu.5:cula!, quais– plastica se a _arq.u1tetura ~o sua poesia o sexo que ela, de quer que sejam as ugaç~ entre ve-rso, parece cmg1r-se às le~s fato tem. n aparelho fonador e o apare– clãssicas 'da . versi!.icação portu- Musica e sexo, fonética e se- lho auditivo, não hã dúvida qllP. guesa, o certo é que, uma vez 11.ualidade _ eis coisas íntima- não pode ser, de modo algum, que foneticamente a palavra ·em· mente coneljCaS. Um exame cui• o produto de uma s imoles im– pregada não tem o mesmo va• dadoso aos 'valores .fonéticos de pressão intelectual. E ntrando Jor , a música que se desprende uma língua pode permit,ir, pen- pelo espírito. a poesia tem ele, dessa constr~ção rítmica é in: so, estabelecer a identidade se• passar, de fato, pel.a porta d~s te!ramente dJvl!rsa da que de~;,, xual dessa mesma língua . Se t al 1entidos. E' !mpresswnando, pn– se des;,renderia se o seu conteu• t rneiro, o corpo, que a poesia c:hi-– cro for.ético· fosse genuinamente t:S t udo se ,fizesse, e st ou cer O de ga à alma. Eis a razão porqu" ·português. E, assim, mus1çal a que a língua portuguesa, tal quíll a leitura dos versos de um:i poesia de Cecilia Meireles só como ª pornunciam os portugue• Cecilia Meireles não pode ser le – muslcnlmente acertarã na mou- ses, daria mais provas de mas• vada a cabo com inteiro nroveito che, p~oduzindo a sugestão ine• · cullnid ade que ª língua portu- d1> leitor desde que feita ina– rente à sua estrutura rítmica, guesa t al qual como a proríun- ,trf'{uad~meate. E' inadequada a quando, em ve~dade, seja lida clam os -brasileiros . Mais cáli• leitura de um poeta , quando a!– por um aosrelho fonaclor fiel aos da mais coluptuosa , m ais terna, guns dos valores mais importan– -movimentos musculare, inscritos m ais moll1ada , mais saborosa- tes da sua ex;>ressão - os valo– na pronunciação brasileir:i . mente deglutic!a, infinitamente res fonét:cos, ou seja, os vaiJrei. Mas depois houve caminhos, .pelas. florestas . lunares, e, mortos em m eus. ouvidos, mares brancos . de pabvras. Não é preciso Ir mais longe: F iquemo-nos pelos "mares !Jran– cos de palavras", Eis o que a P.Oesia de Cecilia Meireles coma• ça a se.r, pelo menos par a nós, portugueses, a partir de deter– .minado momento. Eis ô que ela é acen_tuadamente agora; r.o seu ultimo livro, "Retrato natural " - um "mar branco de pala– vras". Por que? Porque, tendo tomado, talvez, consciencia do valor fonético da lingua que. usam, os poetas do Brasil en– surdeceram a musicalidade dos seus versos aceitando. inclusiva• mente, a medida tradicional do verso lusíada, amputado da acen– tuação e da. rima, UJna vez que desc:obriram que a fooétic:a tios seus versos não era _a fonética dos versos portug1Jeses. Surdos para nós , que os lemos com a noss,;1 fonéti ca baça, para eles. .brasileiros, que os escrevem e lêem com uma fpnética colorid~. t a is versos não são surdos - 11ão tên1 "\·aga n1Çisica" - mas so– roros, f êm a sono'rid ade própria d1 sna orópria dic~ão. Claro que a música nifo é tu• do n., poesia. sobretudo desd~ que mo1 reu Verlaine, o poeta F'izerhos a experienc'a. A ex- tnais cárinhosa, ª nossa Jingua, musicais propriamente dl'.'>s - perienc:la deu otimos resultados. quand,o pronunciada por bra s l· foram indevidamente anrovef•,l– E:ntre os resultados obtlclos r es- leil'os·,. pelo menos para nós .. ga- d~s. Indevic!,!l'cnte aprove1la•los. nha acentos · de uma feminilida- 1 f é salta i,ste. que é paticularmen- de que ·lhe desconheci amos. E é E<_ão. _em ver'.lode, os va ores on • te significativo: a ap3r~te a- por, foso que , encontramps na his- t1cos dP.. qua!quer poesia cit'S(le muslcalid arl~ ele certas comoosl- q ue o leitor não estã em c'lru.· çües de Cecília Meireles . desa- t,;ria da poesia brasileira alguns ções de reoetir, na su~ n•treza p~rece por completo. Podem;0~ dos documentos poétic;os, en;sª~~ n:Hiva. o jol!'> "usc;ular '..(Ue a dizer mesmo que . a sua poesia, sensuais da ,:ossa língua, e - pronuntt.i das m1s palavras prrs- ~ 1 \ supõe. JOJ!'O ess:~ verdadeira fnt- A Morte Do Poéto Do Costa E Silvo te originãria cta · emoção [,o;~i– c:i . N;io me foi dado fazer qual• quer estúdo do fenômeno. O que sei -dizer, ·. porém, é que; desde que o promema se form ulou no meu~espirito, muita coisa se . es– clareceu na minha valorização da 'moderna poesia brasileira , so!Jrétudo desde que os poetas bras;leiros principiaram a deser• tar 'dos arraiais versi-llbristas, par1 se arem ao culto de um:. 'estrutu ra poética que nem é o versi-li!Jrismo cultivado até aqui, ':nem a· métrica rigorosa dos tra• rtados de metrificação tradicio• llais da nossa lingua. J\ geração que despontou pa- te. Os criticos acompanliavam- Eu não possui tua presen. ça ço do taleµto, d erramand o / ·. Que é que se me apresenta 1 t '!t· I t a noturn · i· · 1 1 " ra as e ras nos u imos a• no com ii1te1·e•se. E t odos e.raro [quer·1da sena-o incompleta! versos nas . na es r s . · surdo, incolor, a-musica nas _u, • u ' "'h' t · t "R~trato nat11raJ ", o livro •~1ais brasileiro de Cecilia Meireles - assim me parece, pelo menos - não pode ser lido só com os: olhos, não pode ser percebido só c:om o c:érebro, não pode ser sentido só COl'll a alma - tem ie ser :Ido, percebido e senMdo com os olhos, com o cérebro, c:im a alma, e, soqretudo. com o corpo. com os musculos que no rórpo humano recebem a mo• deHu:-ão ' d3s nalavras . converten– do-.,s em música, tal com<> as teclas de um piano, percutidas, reproduzem em som os sina' s msrritos· sobre a partftura. Sa Cec:ilia Meheles, em "Via~em·•. viaiava, se ·em 11 Va,E?a mús· a• ouvia pela priineirà vez os heti-róclitos de uma música cl contornos imnrecfsos , em " Re– trato natural" auto retr~tou-se. desenhando na música própria os c'lntornos . mulheris da su'l poe• sia; poesia que se, pela forma, pelo corpo. é m.ulher, pela suhs– tãn cia, pela alma, é homem . Um perfeito hP.rm afroditismo eleva a obr,i de Cecilh :Meireles àqLJ(!le nlvel de perJei~ão fisloló!!ir:.a em rtue a humanidarle Inteira hon, ens e mulheres - se senti" retrat~d~. "Retrato Natural" , de Cecilia Meireles e rle nós todos - eis o cjue é a poesi" deste popta, o éasn mais notável d:i noesia feminina da Hngua pQr– tul!t1esa, e um · dos. casos mais notáveis de poesia das letra~ brPsilelras do nosso tempo . ,timits composições de Cecilla nos mal terá ouvido. falar em aco1:de.s em gabar-lhe a segu- ENTRE O PIAUI E O dos bares de a rm a anos a- 1 Mei(eles, esse astro da poesia Da Costa e Silva. Entretanto, rança da técnica , · d entro das MARANHAO trás. A obrà do poeta, com.º brasileiro dia a dia mais sub• os · que se aproximam dos cin- · formas ·fixas. · · Saudade, o eng:enho· de ma• tempo, será l)Or certo revalon~ m erso sob ·Os espessos vé.us com quenta guartiam a lembrança . FASE DE DOENÇA E deira, Sob , outros céus, A mo• zada. 1 que · vai cobrindo a nudez outro- desse nome que teve notorie-· , RECOLHIMENTO enda. A balsa, e muitas outras Aqui está um de seus sone- ' ~!u;e~~~:~~;c~~t:ÚladoM~~~~~s~ºà dade no começo do seculo, no- E.;;treando-se com Sangue, composições, docum~. it.am o tos: medida que se tem afastado da tadamente entre 1910 e 1920, 1908, o poeta publica a seguir: lirismo espontaneo de Da Cos- ADEUS A' VIDA métrica • tradicional da poesia quando parnasianos e neo- Zodiaco . e Verhaeren, 1919·, ta e Silva, e ao. mesmo tempo E' então isso a vida: - a nau · b 1· t · · I 1 ' · (perdida, portyguesa, m étrica essa muito sim o IS as viviam seus u t • Pandora, 1919; Veronica,• 1927. o assinatam como perfeito can- • . mais patente nos versos da sua mos instantes de domínio no Dai por . diante saiu apenas tor _da: paisagem nátal. Sem bussola e sem leme, ~o: " Viagem" .. do que nos da sua cenario poético, é ·alguma coi- uma .antologia sua, em 1934. Eu que possuo o espirito de (teD!porais. "Vaga música", embora aind:i sa procurava abrir caminho Mas já se . achava confinado [Apolo - A flora esc·arpa, de mgr1;me m -uitQ mais no de "Vaga música" na indecisão, . pel~•-doença., que. como a Hol- Na feia catadura de Vulcano... · · . [subtd~, do que nos de ~Retrato natural", D c t l h ~ · · o nt nha dos risos e dois · a os a , como he c ama- der11·n, lhe inutilizo·u os últi-. Assim com,,ça um de seus so- ª mo ª . apro,>cim a-se de uma nova con- h d p · , t ~ - (ais? cepç,ão prosódica, que não é a vam, C egara O iam, e ra• mos anos de vida. Silenciara, nE-to;,, ~ .que o ,l?Oeta, que nao _ • "d • fl concepção tradicional da língua zia, entre muitos · contos, ad- no seu retiro da· -Tijµca: Nun- era belo se ·retratáva com· se- E', entao, isso ª VI a. ª . or comum nem a coru:epção que mira?el soneto, que· todos pas• ca mais se ouviu falar em Da gurança: Corihécendó ó · ·seu-, · . [colhi.~ fez ·fortuna na poesia brasileira . saram a repetir. Era o Sauda- Costa e .Silva. proprio valor· exercia ho meio Sobr4: abismos ocultos e fata._is. de entre duas guerras . Veja-se di:! Olhar de minha mãe c·e- Numa pungente Elegia an- de amigos, pôetàs e • ·admira- A q'!1mera da•-Terra Prometida por ·exemplo, como Cecília Mei• zando, peça que figura hoje tecipada para meu pai, divul- dores . como ainda na imagi- • N~ exodo eterno para o Nun- ;reles. versejava entre 1927 e 1937, t d t l · s -·' · . · •. · ,. . . [ea-Mais? em · '.'Viagem": · em • 0 35 as ano og1as. eus gaga há tempos, o jovem poe- naçao dos maíS novos. µma , t- . "d. Estou tão cansada, tão carsa- versos. ora s~nsuais ora mecU- ta Da Costa e Silva nos resti-' autoridade positiva. Em rodas •E• en ao, isso ª vi ª· bo so• r · tativos, atraiam pela força do tui a sua figura: do.Rio e de Belo Horizonte. pl'l- _ [nho O scuro Pstn1í tão. cansada I Que fiz e~ª.; teµiperamento que estava im- A noite ad:>rmeçeu !\OS teus ra onde Da costa ê Silva fôra' Dos Icaros, Jasoes e Prome• r:stive .embalando, .noite e dia, plicito neles. Recolhera a li- [olhos: destacado como funcionarlo . · [leu~ . um ~orl!ção que !Ião dormia , ção dos grandes poetas do par- m:1s como O teu ollmr a- ,d.a. Fazenda, dizia-se, em tom... P~rd1d! n~ celage!D if. 0 futu_ro. des'1e <iue o seu amor morreu. nasian_ismo, adicionando-lhe · [gora .manso de atnistoso gracejo, que O •poe- E, entao, isso a vida. - Vida; ·N3. fase mais classtca· da sua alg ma co· d d ··n · f • p ·· i [adeus. _ u . .isa e vago e o 1 . • diz r.oisas absolutas de ,bel.eza . ta . pre eru·a n_asce.r n_o 1au , · mm·bo que pcresia, a estrututa· do seu ver- · t h · t · á Não é esse o ca so, 9,1esmo quando se permitia qu,1e o que avia nos can ores . que Qascem e parece10 boje !fll.· pois. o Mranhao J nao com- . rocuro · liberdades reprovadas pela mé• mais moços. A influencia _do mi reveladas apega~ .na tua · pprta;va f>ntro grande artista, · ' t d p~o am~; trica, .. c5>!)'10 por exemplo: J)elga, Verhaeren, fazia-se sen- ,. · [fronte c~nteniplativa, depois de . Gom~alves Dias. · Mas seja u 0 Cascais · · · Cisa do Dragão - Portugal. tir aqui e ali e Da Costa che- a que imaginava mundo mais. UM SONETO Entre MIM ._e mil1'1 há, ~astidões r:<>u a d:'dicar-Ihe uma plaquf'i- e>itranho que ·est.e .ClÍle . vive~O!I . na · Costa· e Silva· falec,m a .. A VE.RDADE... A e cantava e' decaritàva . as ,c;oi• ·29 de junho último; em f>l:la · · • • ·· · Eºs vivo hoje · embora morto o de idade, e o seu nome des- (Concl11são da t .ª pãg.) . p . l A v·· RA-s . [sas 'vi,va!h• ·casa 'da . 'l'ijuéa, com 65 anos · · , . · · ·· · · . . · · · [teu cor.ação... · perta lembranças melancoli• 'tm.ag_inado, porém, . vivido _ de O otimismo ameri.cano,, ·a • . · · ·. .. . · · '. ·. é m~orto h.oJe e11,1.borà ·,v~v)ls . cas e ao n1esmo tempo gr.ata:~, contendo algo daquele gosto ..crença no progresso e nas c~i- .~~:i/~~-ª~~~t:, :::~~~Ji;i:~°!t ;h::t~r~r!!:Sct/ia~~~\';:~ ~!º e~~= . ~~ o· I•~·r~1enc1, • .-~I qA~le . _º çonRh,m•1~0~· r· ', ªf4~li\:{~~:~t i~l~:;:5#it[t::}~ evoc:ã bolachas inglesas, muito sa- dieiro, os sulcos profundos ·a' n•· . . . . . , - ·. ·. . . primeiros . 'poema. _s, especial- m:squinhan~. A Amenca de_ borosas, mas Industrializadas . e luzirem nas estrad.as lamacentas . . . . . mente os da ediçao de 155 de Wrthman nao tem arestas a · ara acom·paohar o chá o ch1'ado .qu e vibra n as noites -llc • propnas P · · • , . "Leaves o! Grass", em que êle gudas. E ' inspiradora. E quem, ao dizer •queijo" imagl- luar. quando . o matuto as Jlpro- t d . na o. nosso b()m e humilde mJnei•• veita para terminar u111a.. ta~ef,1, I'APINI NA COLEÇAO _ mes et de •· l'Àmo14••;·, d.;j • nas fa~ ver ·e ·ouvir. · • Voltanqo ao assµn o .ª ·;ro, sérá á,aso semelhante a quem ·urgente para· o. cit.,\dino, ~a.da -.se- . SARAIVA7· • , "\ Voiv.enel, e Balzac; . ''Le Ro~ · glória. somos_forçados .a ac1:m.1- kgó "se figura úm macio camem• rá senão · um meto prnf!1llvo de • Feliz iniciativa 11 da .Cole- man, de sa vie", de • Stefáii'' " .. 0 tagarelar do asfalto, tir que os críticos america- bert ~"' .- : · ·· · transporte, um símbolo de atra• ção Saraiva incluindo, entre Zweig. , l · rodas (je carruagens; arrastar nos, · segundo o livro de '1 Y , ·- P'1''ra certas pessoas. "jogo• su- . so: , ,. . ,, t . . d ·e· so· las de. sapatos, conversa Wilson Allen, se . empenham gere- imagens tenebrosas .de . vi• Impregnando-se, para cada um . os seus lançamen os. de grar.-· • . h dT n· d cio .<Je ,ansiedade, de tortura, .de de nós de tantas imagens subjeti- -de· tiragem, _um dos livros de • ROMANCISTAS • ··· • d'os passeantes. ·o pesado~oni-· oje na 1 _1c . empresa e degr~d:u;;ãó e sukidio, -para' ou- .vas, .a's palayr.a.s, ainda ,as .gue Giovannl Papini, ·. ~ & teste• . JULGADOS PELO ')Ju,s; o _condutor com seu ·pole• •.es"tudar Wtntman e· de devas- . traa : é. sinônimo de deleité; _de i;ep~esent,arri ob.)etos e ser_es m_a•. munhas da Pa,ixão", que Nair, POETA , gar interrogador, ·o trompear sar-lhe o.s !tegredos._Entre ou- passí'te':? po· !!legante e sem maior teriais. ptecisos, tangivei~. sao Lacerda. traduziu.. ; , . . • Convidado a apresentar ·a ' dos cavalos ferrados no pavi- tras coisas, das muitas que se ·consequencla. . - · flutuantes · e ·varias: esquivas e A paixão de Cristo :- .tema relação dos dez maiores .ro- mento de granito". - (Trecho têm descoberto a seu respeito, "L1vro" talvez represente, para múlt1plas. · der livro· _ possµi uma i,mpo,:• mances do mundo na sua o- da "Cançãô de mim ·mesmo"'). basta dizer que Whitman assu- ,alguns. apen'as bocllj;idq estud_o Pau .terminar por uma que tancia !µndamên.ta1, é . . a t,iase pinião, o poeta CarJos Dr~-. ' • miu .um papel, encarn~m-·o, r ~~~~~~tór~~i!ªr~em~~; ~tt.er ;a~~ ~Faºrªq;;'aJ?isº !~~lfJ1;: ~iv~;i:sun;_ 'da •:Jgrejá. qa:tol)c~. ,''.Se~ Pai- 'dlond de Andrade orgamzou E em ·mutas outras ainda, · presentou-o e escreveu segun- poucos O melhor meio de· conta.e- atê' opostos não ap~es:_nta._".candl•_ xão não.haveria cristiamsmo", a seguinte list:1:: _ ' "The Sle.epers'" e "To Think do. esse p_aP,el. Para ~or~á-1.o to com a vida .. E · nunca se ·en• ·dato"? Sob.tal denommaçao, s1;1r• proçlama o modem_<> genio. de . . . ~ "-A, L1gaçoes Perigo- of Time", o mundo de Broo- mais convmcente suprumu teodÍ'rão : completamente essas gem; nãó apéna pes~oa~ . dlver- Florep.ça. Sobre, e~it~e[!lª ~o- 11as", Chodeflos '· de .Laclos. klyn e dó Manhattan, as ruas, minúcias dos seus prime· três especles- de ·leltores. sas, ·o · que é ·natural,· _mas, po_r berbo, ·o autor tõscauo. escre• • 2 - "A Cartuxa de Par- · ' ós ebcos O mar e as barcas, to- tempos1ie vida, romancean conheci üma velh11 a ,quem ª assim dizer,. de contrãrias .quali• veu os s'efe 'contos ma,ravilho- . m;-".. Sten,,dha.l. _ · ' da aqueÍa ."revolução em mar• _sua visita. aó sul·_e cancelav expressão "segundo marldo'\ cau• dades, o ' que é estranho, ja que, s·os que sa- 0 :· "A,. 'í:'',eiitá,ç'ãô 'de. . 3 Educaçao Senti• , - · ·t · · g nde divida para o sav:i. arrepios de pu_dor 'ag,:ava•, . nara gove;nar o pais .\odos deve- . . , · 7.· , cha ' do espiri o novo que Cir• a sua ra . . do: fôra casada . e, vmva. nao. se tlam desejar o homem .ma,ls , per• ,!udas, O .Filh.o do P_!!,1, ~ O· mental • Flaubert. culava" na época, Emerson e. George .Sand. A· 1resignara à · virtuosa ·solidão . .Ar- feito .w~siveL ~a• para uma al· rE:lha de Ma~CO!l\ O Cireneu, A - .. "A ·.L,~ Rechercbe du Muito cedo, entretanto, nos sentou um quadro compl_ raniara um arrimo, mas n~o ad· ina torva, ta~vez o Meal se~a !Jm . Vmganç:i,, de <:J~~~\\s 1 ,\ Ifµcu- :rel)'IPS Perdu , Proll!it. surpreendemos: Whitman dei- mente falso de suas aver, mitia. nem de longe, a ideia de 'p'resl:fente torvô, capaz de intr1• . ra de Pilatos ~ ~ ...~ntla_do . 5 - . "~s Moed.e1ros Fal- xa de mencionar O seu verda- sexuais, nos poemas " um novo casamente, que o s':u , gas e • falsidades, para os velha- Grande Rabino"'. ' ~os", An~re GJde. . ., deiro pais. A- ,sua imaginação dren of "Adam", e, mar codigo de honra vedava, ll;,- Cl!Jª cos, serã alguém· da, sua laia, • ULTIMO$' LIVROS - · · ' .. 6 - . David Copperfield , continua,• alça vôo nas distân- d~. defende.ndo!se de acu: simples menção lhe parec,1a Jn: que. não recue diante de manha 9 SOBRE BA'LZA:C · · D1ckells. ilecorosa .· · e. ,embustes.; para os .negocistas, • . 1 ' d'. . . .• . m do 7 "T J ., - Fi I cias do -tempo, fere o espaço, muito graves. afirmou a A ressonância poétlca -de _que se será quem lhes pactue c:Ofl} as A..s.sma.~n e:> a ~assage • - om ones ' e· .qual um ·" fly" que, nas altu- dos secs biográfos que ti· reveste "cavalo" para q'ualquer · negociatas; para os demàgOfOS, centenar~o . d~ mor~e de Ba~- (Jmg 3 . "G p ras, se sente impossibilitado de filhos ilegítimos (que 1 Individuo de ·.formação pastoril, •'quem -saiba Iludir o povô:· para zac, as livrarias 'francesas edl• - uerra e az :I'ols• reconhecer um velho lenhador existiram, · a não ser na para ·o o vaqueiro, para o gaácho os' ambiciosos, quem •lhes abra · taram recentemente: "Balzac toi. com O seu indefectivel macha- imaginação) . que, a pé, se julga .desmoralizad<;i, oportunidades . E todos , defende- Visionaire", de Albert Bé'guin; 9 - "Ulysses", James do às costas ou um carreteiro Todo!: estes segredos, det,· para quem . a montaria .se mistu- rão o seu -ponto de vista com pa• · "La Vie ·Privée de ·Balzac", de Joyce. negro. figuras populares da A- pações e puras menti:ras;-toi, ra ao traballto, aos amores, a~s lavi:a,s gtan(liloquentes, falarão Jules Bertant; "Vie • de 10 - "Dom Quixote", Cer• • diveetimentos, à vida toda, na~ em honra, em c,teyo$amento, em Balzac" de , André Billy· vantes. mérica. Já agora estamos longe essas faces furtivas da nat;u. é a mesma de que se envolve p:,. patriotrsmo. Mas quem os ou~lr " . t" , D t' ' A titulo de Informação: to. de 1885, e a ,pátria de Whit- za ~e Whitman o eleva-ram .ra um desportivo ·apalxonado de saberã que todos· esses nobres vo- Les Compe s rama iques man se transformou num sim- alória, o. que, por uutro lad d d B lz " de "'ené Bou • dos os romances acima citados ... • ;puros-sangue. Ambos a experi- cãbulos mudam de stgn·ifica· 0 s e- e ª ac • = . • bolo·. é apenas "democracie ..deveria fazer-nos · hesitar ant meniam, essa emoção, mas cada gundo a boca que os articula. vier e Edmond· '\laymal; - coa exceção do "Ulysses" 1 " um .a · seu jeito, e por issp, em. N.a sua .exata . acepção, ajustam- "Le · Cent Jours de M.• de de Joyce - foram triiduzidos. Ma femme"; é a grande pá- de cor.clui,rmos ser e e o _po vez ,de , os apróximar, ela os se- . s~ enfrftanto . perf~itamente . a Balzac, de •Pierl'e Descaves; · De · "A La Recherehe •du tria com o seu,,aglomerado de ta ameri.cano · por execE>lenr para . · · uma clara, fig1.1ra, limpa e n.ltlda: La Pensée •politique et so- Temps Perdu" (16 fflumes), e~tac1?s iguais·; ·é ·a.C9rri~a ~?s comon •ão há our_o", Um •i; • Para quem viveu na roca, •ear. à dei tenente de ontêm, çto ~riga. ciale de Balzac", de Bernard apareceu por enquanto . 00 . ,ptoneiros; d:º as prair1es . ei pl~s ma_ l-entend1do, se ro de bpi" ecoarâ' sempre suges- •-áeirô de hoJé. do' presidente de ......., S • •nno" ,.;,foties.,.CQm)lreen R~ , • , . .,"1,'.amen~ 'ia; ,lembrar - a ",tlegrla amanhã. ' (ES.n~ .... . :: .· · ·• ~ ~~ GUYQI\O.• .. 11-.A_\l~·~ d~ .Fem•,~ª , ldc ~\V3nU~~~ •
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