Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1950

f m F_.-!l_Sai:o s_ obre ·Goe_the UM -ROMANCE C1Cl1CO N D U E ALPHONSUS DE GUIMARAENS FILHO . o t I e I o e .ma X pos I ç ão m!~~~ c~~::~~~J:o .!Sr~;;~~~~ i~rls~m~:nb~: ;~:'co!~~! i~~!~~'!,°; 4~ ~rden~i!~º ,,::: SAO PAULO - O sr. Crlatta. De Martins, cujos dotes de en– ■alsta já conheclamos pelos seus estudos sopre Camões e Rllke, publica, como homenagem a Goethe, por ocasião dos feste– joo de seu i;egundo centenarlo tle nascimento, um interessante comentario ã • Elegia de Marlén– bad". A elegia to1 escnta, como se 11abe, em Marienbad, ao encon– bar-5e G poeta com Ulrlca von Levetzov, por quem se apabu~ nou, $em esperanças, aos 3'1 a– rios. "O motivo predom.lnante no J)Oema, diz Cr:lstlano ?uartins, é o da despedida. E' ele um eanto de despedida - mas da despedida définitiva, da despe. dtda adeus, não da simples des• pedida ou da despedida tomar– a-ver• (Wiederseben>, pois que 11e .eJq >rl.me sob a forma de vma elegia, tsto é, de uma l:imenla• ~ão por uma dor profunda, wna perda_ trreparaver, ou eenttmen• to equlvalente. O poeta tem e«>nselencla de que nada lhe .res- · la esperar de um novo encontro • de uma nova entrevista, Sen- • te que canta um amor lmposst– ftl de se realizar. Esforça-5e, asslm, por div1sar a sua expert,. ameia eomo um fato distante, procurando mant~la no plane da memoria das coisas gi,atas li sua sensibilidade, da lembran– ça de suas mais caras emoções. Mas a ·paixão, viva ainda naque– le n1omento, não podia confl– na•-se ao dominio espiritual em que a razão llúscava Isolá-lo, teimando em Irromper no plano da realidade. E, deste modo, sobre o tema geral da despe– dida, renova-se por três · vezes o desejo dé reagir. Jutar e se afirmar apesar de tudo, repon• -ta por três vezes a espera:nça que recusa deixar-se abater, e por três vezes tambem desmaia o desejo, vacila a esperança, até goe o poeta se resigna a reco– llhecer que tudo está perdido•. Essa experiencla complexa e dolorosa do amor- e:eptagenarlo, gue a hlteJigencla condena mas oão refreia, tomaria o J)Oema algo hermético, cQmo observa o ensalsta, o qual aponta no en– tanto paradoxo dessa emoção confusa se apiimlr com a mesma pureza e transparencla formal das outras poes"las de &oetbe. Mas a dificuldade que ,se tem em entender de Imediato a et~gla, estã, come muito bem ex.– pli4?a Cristiano Martins, na sua i!ensldade. Não é outro o pro– blema de' certos ~etas franc~ ses da atualJdade, como Clau– Bel, por exempw, ou Valery, principalmente este·ultimo, cujas obras se e-videnctam de diflcll acesso, embora sua forma e:e;l.– limpJda e perfeita. Há emoções e pensamentos · cemplexos que nenhuma expressão, por mais preclsa e harmoniosa, coloca ao nivel da divulgac:ão - ·e há, ao contrario, emoções e pensamen- . tos vulgares que a forma mais preclosa não consegue obscure– cer, e muito menos enobrecer. Historiando a • experiencla• 11ue deu origem â Élegla de Ma– rienbad, comete Cristiano Mar– tins um anacronismo divertido: "as fot-ograíias de mrlca von Levetzov, tomadas -nessa ocasião, e que se J)odem ver nos volu– mes ou memorias em que se co– lecionam dados, informações e ilocumentos concernentes a Goe– the e ao melo em que viveu etc.". Ora, estamos. nessa oca– sHío, em 1823 e portanto longe a!P4a das primeiras fotograJlas.•• esses • retratos" ou gravu– ras é que se tem uma idéia da formosura e da graça insinuan– te da multo amada pedida em casamento pelo poeta. DesJludJ. !l", ecinsclente de que sua hora amor passara ciefinitlvamen– l , le escreverá então: que me resta esnerar .de Ulll [novo encontro, eimples promessa, fler ainda [em ootãc7 "Já perdida a va1dade de amal' e ser amado", sobra entretanto a "esperança de .um i;onho", a ,beatitude da simples presença. Anota Cristiano Martins que o poema "não ficou (••• ). adstri– to ao simples eplsodlo das espe. ranças e desenganos Vividos em ::Marlenbad, senão que o trans– cendeu, conferindo àquela expe– rlencla tn.lclal o sentido de ge. neralidade, profundidade e ei:• genclalidade carácterlstico de todas as grandes produções ·goe-– thianas". Essas, aliãs, é a ca– racterlstlca dos maiores, capa,,_ zes de elevar o particular ao universal e <1ssim i;uperar o hermetismo das minuclas pela .acessibWdade do tod-0. .Falei :i mal9res e não apenas dos lasslccs, porquanto me abone– e esta palavra cheia de contu. são e por demais cõ:rnoda na sua 'llal.'Ueza. Goethe é um romanu. cc, J)OIS quem escreveu Wer– ther e Fausto traz em si o mais agudo Individualismo, mas ele se torna unJversaJ e • classico" J)OrQue exprime com fidelldade o cJJma de. sua época, espelha melhor do que nlnguem a sensl• bilidade e os pensamentos dos 6éculos ,XVlII (segunda metade) e o XlX. E como esse clima romantlco ainda não mudou, an– tes ex~sperou atravéa de uma serie de acontecimentos 111>Cials e culturais altamente pertU'l'ba• dores. o que escreve o J)Oeta nós o sentimos em 1S1Ja Inteira força, em tua penetrante agudeza. T Veríssimo fixou em •o Tempo var os poemas- em prosa não dentemente os traços mais de- StRGIO MILLIE e o Vento" - seja um capitão raro ritmada, e até dotados de finldores, gravando-lhe ainda a Rodrigo, um Llcurgo Cambarã, lirismo lgualmente poderoso. linguagem sempre imprevista, o gumas ooras prtmas lhe deve a a sua comunicação magica, N· uma Ana Terra ou um Juvennl Resultam do romance algu. comentarlo sempre inteligente. literatura mundial. Goethe em- dependente de explicações e ;lil"s• e um Fandango - nenhuma des- mas criações destinadas ·a per• Da .vJvacidade de um Fandan,tc, prestou-lhe uma nobreza Snexce- tliicatlvas. E mais vale a J)Oe- sas criaturas pode ser- isolada durar· entre as melhores de nos- rep~>ntam para o leitor ainda divel, e ao lado de seu poema, ela · pelo que revela de trans- do panorama grandioso em que sa ficção. Mais uma vez, mos- mats nltidas Impressões do am• os dos romantlcos franceses, cendente no leitor do que pelo foi depô-las O romancista. Nesse tra-se O sr. Erico Veríssimo biente em que se agitam essas embora mais pungentes, pare- que nos dá do poeta. Pouco lm• vasto- painel, através de uma cãpaz de esboçar · em rapldos criaturas. Hã que reconhecer, cem retorlcos. porta a mim. tenha ou não o narrativa que comove, alicia, traços um temperamento. Assim por outro lado, que o sr Erico A contribuição de Cristiano J)()ema de Goethe um ponto de perturba, qualquer pormeqor O capltão Rodrigo: quando 8 • Verlss!mo se utilizou em outras Martms J)ara a comemoração do partida na realidade de ISUa vJ- tem O seu valor e a persona- ..,arece, 0 romonclsta loto O 8 • passagens, com identica opor– bt-centenario do 11ascimento de da intima. O que me importa é gem menos consideravel se ln- :resenta ao leitor, 8 quem esse tunldade, do melo folclorlco. O Gcetbe é preciosa. A lnteligenc1a acordar ele em m1m uma rea- tegra e realmente conta em tão Cambará inquieto e beJJcoso ln• seu romance representa (até sutil e a expressãc despojada f-a Jidade proprla, é que valorize larga J>fntura de costumes e ca• teressa e conqu•...-. Sente-se quanto o pode uma obra de f1c- zem do ensaJsta mineiro· um dos aquelas emoções ine,rpr1mldas racteres. de imediato que 0"';;;. Erico Ve- ção) um documentario vivo • maJs puros Intelectuais do Brasil que ansatavam por brotar de atual · atual. Seu metodo ·de trabalho e minha alma, que a""lravam a Voltou-se o romancista para a rlssimo se deteve com maior ter- Go.t ri ~,, forma"ão do Continente de São nura em determinadas persona- s a a de lembrar tambenl sua seriedade na doctrmentação assumir em meu melancollco ~ C b .. a fJgura· do indio Pedro. A sua apontam-no como um dos nossos quotidiano um lugar proemtnen- Pedro e ensejou-nos acompa- gens: nesse am ª r '" como na- ingenuidade, 08 seus deslumbra– meUuires ·critlcos. Ai està a 11ro- te, capaz de elevar-me a um nhar o nascimento de seu povo. ma Ana Terra. Ternura que se mentos, a maneira tão sua de vá-111 ·o estudo sobre a Elegia de nivel não sonhado sequer de Tanto como a presenca do na- explica, e que não chega • Jle!'• viver os ensinamentos dos mls• Marienbad, jà tão ~omentada e envolver o animal bumano nu- tlvo em luta contra a domina- turbar o romancista, antes lhe que ele soube apreeiar de mod• ma atmofesra divina em que a tão castelhana: dos Imigrantes fornece elementos bastantes pa- sionarlos, ª espontaneidade de original. , exlstencta adquira afinal um açorianos ou do~ colonos ale- ra que estude melhor as reações ;:us Impulsos e sensações, con- Há. dlz Cristiano Martins, sentido. • m.lles e dos miss1onarlos: das desses como das demais perso- rem-Jhe pureza e força. E a duas maneiras de encarar e 1:en- · Mas sou suspeito para fazer lutas pollUcas quase sempre nagens, reproduzindo com a sua morte ainda ma1s lhe acen– tlr um ))(lema. Em Ili mesmo, tais reparos, J)Orquanto Bempre · cruentas, tanto como esse desdo- mesma segurança· -e equillbrio o tua essa pureza de "mlStico em avaliando-o então Jlflla nobreza me :guiei em meus comentarlos bramento da narrativa em planos lado, bom ou mau de espíritos eS t ad.o selvagem•, se acaso nllo da forma e J)elo que reflete de por essa necessidade de gozo 1:enovados a cada J13Sso pelo po- assim primitivos. O ·que jã não é fõr despropositado evocar, a EõeU nossa 11roprla sensibilidade, e pessoal, elogiando as obras na der de retratar a terra e o ho- pouco, tanto se sabe·que luta tem :respeito, a expressão claudelia• em sua relação com o poeta, medida em que atendiam a meus mem · hA em • o Tempo e o de desenvolver um ficcionista pa- na. "buscando descer aos fatos e e- anseios. Em verdade nada te- Vent~" 0 rapsodo que tudo tm- ra dominar as proprlas persona- Mas está visto que não serã pl:;odlos que lhe hajam consti,, nbo de critico... pregna de posta. o alento ~ gens, que não são meros Ute- di/Jcll apontar senões entre :is tuloo o •erdadeiro fundamento", A EXPOSIÇAO DE pico lhe vem põr certo de um rrs... qualidades positivas em uo o que eerla como se lhe outcir- MARIA LEONTINA fecundante sentimento teturlco, O velho Fandango, a certa al- Tempo e o Ventow. Um deles gássemos ,"uma segimda e umã Se ainda me dedlcasse A erl- que percorre todo O . romance tura conta para duas crianças estarã talvez em certas mlnu- terceira dimensões", que ncs tica de arte, tt>rla agora uma d lb lbiJ't' bÍ t • d N · h d p elas que alongam desnecessarta- permitissem "conhecê-lo e sen- oportunidade de escrever alguns e ª torça que e poss · 1 a a s oria O egrm O O • as,- mente os di;ilogos. Mas tam- U-lo em sua unidade feita quase comentarios agradavels, pois desve nd ªr O mais secreto das toreto. (Ah, essa maravilhosa bem se poderia concluir que sempre de fundas com1>lexida- nada ~ mais confortador do que ~Jmas escolhidas para Jndlcar, le nd ª que por mais contada con- desse encompridamento tira par– des". Esta foi a maneira adota- a critica apc-log~tlca. por mêlo de seus movimentos serva uma frescura, um gabor tido o romancista, como no caso da Jlf)lo ensalsta e essa 1Se me Maria Leontlna re~lza sua e reações, 39 varias influencias sempre novo, e ~en~vad!>I) Pois do bacharel Toribio, republica– a1ig11ra a m~ica digna de um ver- J>~imelra exposição individual. e tipos somlltlcos de que proveio essa len~ que Já mspi.rou pa- no de modelar verborréia e que dadelro c;ritlco. No entanto, p.~ra Hà anos venho acompanhando o O brasileiro dos pampas, esse glnas como as de Slmoes Lopes se deixa retratar exatamente a– o leitor e:e11slvel, poeta. em pO- desenvolvimento de sua J>el'SO- ·gadcho de alma povoada de len• Neto ou poemas como o de Au- través dessa verborréia . .. tencia ele proprio, não crelo se- nalidade (através das telas apre- das e de flsico enrijado aQ con- gusto Meyer, delicia-nos c>Utra Essas e outras restrições (o ja ela J.mprescindivel. Nem ã sentadas em mostras coletivas) tacto da natureza agreste. Gai'l• vez na descrição pitoresca de n. Oscar Mendes jã assinalou gloria do poeta serà favoravel, (Continua na 2a. pag.) cho tão bem d_escrltb, por e- Fandango. E' .que tambem esta com razão que os sacerdotes de pois O que importa na poesla é - :iremplo, na fitura de Fandango. personagem mereceu os melho• .. 0 Tempo e O Vento" se reve- - . 1am "fraquíssimos argumenta- 0 s PoETAS B RASI LE I R Os dores" na discussão de proble- - . mas de ordem transcendental). - . · • · · essas e outras restrições, diziá- , . ~ . . · , . . :~pr:~ete?~3i:p:e~sã~i"'f~f:iat agora consolldada: a de que • o E Os NO ssos Pintores A ANTONIO - 1 PARREIRAS OLAVO BILAC O . verdes, verdes horas passageiras Do amor! verdes planicies da ventura! No vosso encanto, qlle tão }).ouco_dura, Sois verdes como as serras brasileiras ..• Aqui, na gloria de viver, Parreiras. Muitos, - neste infinito de ventura, Verão que o proprio coração fulgura, Verde, ao clarão das ilusões primeiras .•• , Mas, diante dessas telas, algum dia, Virão pa:rar, mirando-as tristement~, Almas defuntas, corações fanados; E, at! paisagens da vi.da e da alegria! Como esse verde de Esperança ardente Tortura as almas dos desespera«!osl A Vicente E 1J vi' teus bichos Mansos e domestieos: Um motociclo, Gato e cachorro.,. Estudei contigo lJm itlanador Volante máquina ' In,certa e fragil,. JOAO CAB~ DÉ Bebi do alcool Que fabricastG Senido às vezes :Numa leiteira: Mas sobretudo Senti o susto De toas surpresas. E é por isso HomenaQem A Di Cavalcanti~ E AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT NVELBECESTE com .e coração tremendô. Atnvessaste as estradas sujas, com um lirlo Na mão gorda, na mão fl.Ue pintou As mulheres mulatas, as ma~eiras do amor. Teusº cabeles ficaram pisalhes, e es perfumaste ··, Com os oleos de açafrão e· mamemo. Tens olhos contemplaram es corpos jovens E. elasticos, e as formas desfeitas Das guardiãs de pensões antigas, Das velhas cantoras liricas que emudecer~ Ao peso das humilhações amoresas. .'/ .Rondó Do 1 ~ - Recenseamento e MARIO DE ANDRADE J ANDIDO Portinarl, o grão Portinari Está em Nova York o nosso pintor maior! Que fazer prá que o Recenseamento pare ~ ·se transfira para data ulterior? ·· A Loba Romana, a e:x:-Beatrix Portinari ()avindo isto se remordem de furor E D Fascio, e Verdi e- o barítono Straciarl Pois onerem italianizar o pintor Candido Portinari DDLS nisto avança o poeta 1\-lario de Andrade l>e azul todinho com balões ao redor , Abre o livrão do Recenseamento ao ar e · Grava em primeiro com ~a letra melhor! {!andido Pértinari. Rego Monteiro . ,, _ __, .MELO NETO Que quando a mim :AJgnem pergunta Tua profissão Não digo nunc$ Que és pintor ~o professor '(Palavri,.s pol,res ·Que nada centam ·.S.oneto Dessas surpresa:ii,. Jtesttondo sempre: - i: inventor, Trabalha ao ar livre De regtta em punho Janela aberta Sobre a manhã. A Las_ar Segall :vnncros DE MORAES E ineserutavelmente no. que pintas Co~o num amplo espaço de agonias, Imarcessivel musica de tintas ·4 arder na lucidez das coisas frias -. · ,Tão patéticas sois, tão sonolentas. ·cõres que o meu olhar mortificais Entre verdes crestados e cinzentas Ferrugens no•preludio dos metais! ~e segrêdo recobre a velha pátlna - 1 For onde a luz se filtra quase timlda - - l)o egpa~ Bllencioso que esculpiste Tempo e o Vento", por certo o :melhor da obra consideravel do escritor gaúcho, r,e inscreverá de futuro, juntamente com o; cutros volumes desse romance <:!clico, entre as realizações de• 1initivas de nossa ficção. (ESI). UM MORALISTA (Conclusão da la. pág.) .Arrostando a reprovação da familia judaizante, não só se faz cristão, como entra para um aeminario. Mas não podia habi– tuar-se à castidade quem tinha ..un peu trop de fumier dans l'• Ame". E o lmpeto para a fé fo– ra rapido demais para não ser 1mperflcial. De todo o eplsodlo fJca-lhe apenas o prazer. de ha– ver conhecido Jacques e Ralssa Maritain, e tambem Max Ja– cob; de todos os frês fala com 41 entusiasmo lucido, por vezes critico, que parece ser o seu unico melo de abordar as cria– turas. Como não analisaria aos cmt110s, se consigo proprio é im– J)lacavel? Na sedução que, um :Instante, exercera sobre ele o r;acerdocio. não hesita em de- 11unciar a parte devida ao pra– zer de vestir sala. Efêmero embora, e impuro Jlem por isso deixou de ter o; seus toques de sinceridade o impulso que o conduziu ao cato– licismo; jã a maneira pela qual anos depois, nos Estados Uni– dos, se faz protestante, é intei– ra e perversamente cínica, tor– nada ainda mals acintosa pela _impostura de um casamento a bem dizer licticio. A todas as miserias, a todos .is embustes, a todas as degra– «Jaçóea desceu este homem que J)arece ávido de todas as for– mas de Vida, sejam quais fo– :rem, ao mesmo tempo sensivel e grosseiro, moralista e amo– ra~. egoista e apaixonado. Es– c_r1tor de i~egavel talento, con– tmua, na literatura francesa a· tinha satanica que vem de Vil- j Jon, passa por Varlaine, e a-. ilnge agora Jean Genêt, outra, .descoberta . de Cocteau, Ainda não disse a ultima palavra : ad– vertem os editores deste livro tiue, depois de ent egar os ori– gin~ls, desapareceu sem dejxar vestlglos. Por uma carta, sabe– le que está vivo, e que ~ entre– 'Yê ao longe caminhos, clarei– l'as silenciosas e matinais de 4>nde fugira~ os demonio~ da ltOite"• Possa :haver, nelas, encontra-, itlo a .paz. (ESI), · L-------------·,j -coLLOQUIUM ( INTERNACIONAL O tema de despedida definitlv,a que é em suma o tema , de 11e- t.s o centro humano das gerações desena1', J>aração, pela dlstanela ou pe- Brincando chegaste à ida'de eanônica la, foi um dos temas pTe- • • naseeramt Para pintar sem gritos de escarlate Na profunda revolta contra o crime ,,, J)aquelee que fizeram a vida triste? l ♦ Para o "Colloqulum" Intel"' 11acional de Estudos Luso-brasi– leiros, que se realizarã em Waslílngton de .. a 7 de outu– bro deste ano sob os ;iuspicios da Biblioteca do Congresso e do Jnstltuto de Estudoo Brasilei– :roe da Universidade de Van• derbllt, resolveu a colonia por– tuguesa radicada no Brasil en• vlar dois delegados. Em reu– JJlão no Gabinete Português de Leitura foram indicados os no-– mes do historiador brasileiro Artur Cesar Ferreira Reis e do antigo embaixador português no Brasil, Martinho Nobre de Me– lo. 11,t, -.,elo• romanucoa. No· E trifite ,roemas no te~JI! os nttos gue Jam r'

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