Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1949
! POEMAS 185.7-1940 T( )MAR.AM SEU CORPO JOVEM E O SEPULTAR.A.M NA TERRA NATIVA MAS OS TEMPOS SE PASSARAM E FICOU ESOUEC IDO . . O LUGAR EM QUE A ENTERRARAM COMO A PÀISAGEM ERA AZUL, EM EXCESSO PLANTARAM CANAVIAIS ATE' PERTO DO MAR HINGUtM SE LEMBR~ MAIS DA MOÇA MORTA' AS- ROSAS VERMELHAS D.AR -LHE-EI ·ROSAS, SOMENTE ROSAS; ÂPEN.AS ROSAS '+'ERMELHAS. NADA MAIS SUPRIRA' O NOSSO VELHO AMOJt, SENÃO ROSAS PURPOREAS ,. COMO O LONGINQUO GOSTO DE SANGUE DE SEUS LABIOS MARTIRIZADOS. POIS ENTRE OS $EIOS DELA HA' LUG.AR AINDA PARA UMA TERCEJRA FLOR SILENCIOSA DE TANTA INE_XCEDIVEL ESPERA.- TIVESSE O RIO MILHÕES DE ROSAS ESTA MANHÃ E T,ODAS, MESMO AS tNTREABERTAS, SERIAM DÉLA, E EM VERDADE SERIA MUITO POUCO PARA TÃO GRANDE SONHO DE ROSAS. ' - OUTROS DARÃO Ã MULHER AMADA -RAMALHETES DE ZINIAS, PETONIAS, LIRIOS, AZALÉIAS E OUTRÁS fl,ORES AFORTUNADAS. EU DAREI APENAS-ROSAS, SOMENTE ROSAS RUBRAS, -, . ONICA E EXCLUSIVAMENTE ROSAS ESCAftLATES UMA COISA E' AMAR-SE UMA MULHER. OUTRA, DAR-LHE ROSAS _VERMEt.HAS, UMA COl$A E' O AMOR, OUTRA E' A HOMENAGEM . AO OBJETO DESSE AMOR QUE PRESCINDE DE llO. SAS. URGE. PORtM AO AMANTE SER COERENTE AO SONHO DE , ACRESCENTAR O SiJPERFLUO AO NECESSARIO E DAR ROSAS - MILHÕES DE ROSAS - A UMA MULHER QUE PERGUNTAR.A.6 TRANSTORNADA DIANTE DE INUMERAS FLOkES AO SEU REDOR PÀRA QUE TANTAS ROSAS, TANTAS ROSAS VERMELHAS f 'A. LINDA NÁ.GUA SO' QUANDO NINGUIM O CONTEMPLA O MAR E' LA MAR, PURA LINHA ESTENDIDA Ã AGUA, ENTRE O ROCHEDO E A JANGADA · OS PEIXES CAMINHAM COMO SONAMBULOS AO ENCONTRO DO PESCADOR . . E QUE COLHEREMOS DO MAR, E QUE COLHEREMOS, DA VIDA t DEVAGAR E SEMPRE, UM POUCO DE ·NADA. . # . LIBERTA DO RITMO, DA EMOÇÃO, DA SEMELHANÇA. A VIDA PODERIA PRESCINDIR DE PALAVRAS E EXISTIR SEM QUE O PENSAMENTO A REPRESENTASSE ., A VIDA - LA MAR! - IGUAL À BELEZA. OU AO AMOR SEM A FORMA QUE O AJUSTA AO EFIMEllO COMO A LUZ SE AJUSTA AO DIA. JAMAIS VEREMOS O MAR QUE O MAR OCULTA. SEREMOS SEMPRE CEGOS Ã ROSA QUE ESTA' NA ROSA , JOGADA A RtDE AO MAR, UM POUCO DE PIEDADE, bESPJLttQ URTJDQ i ~~~ ~•~, D·E GÊDO IVO flustração de ~MERIC MARCl!:R VOGANTE MIRANTE DA MOSICA _A TARDE NOS LEVA AOS SEIOS SECRETOS DO AMOR.' ·, AO RASTILHO NAGUA, . AS AGUAS SE ABREM. SAL E SULCO À ESPERA l>A NOITE.' HÃO QUEREMOS ISSO MAS A VIDA E' AVARAJ •1 DA JUVENTUDE. SEM PENA,' ASSIM VAMOS VAGOS E ASSIM VAMOS VIRGENS COMPARSAS DO MAR _VOGÂNTE. JOMOS TÃO 'slMPATICOS .TÃO CHEIOS DE NõS, E A VIDA NOS LARGA 'A sos. 1 / f ALECE-NOS TER OLHOS RASOS DÃGUA'., ·FALTA-NOS SOFRER LtA LARGA:' ,ARA QUE ELA, A VIDA~ .NOS ACEITE, HUMANOS JEFUGOS DA GLORIA QUE AMAMOS - lDo livro 1 'Cântico", a 1air)'.,. • I r
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