Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1949
. ' " GO): a FOLHA DO NORTE neste Estado). ~ . Diz que tem uma boa «,.»lnião a -seu próprio_respeito. · ão é convencido, é convicto. · , · Com o pseudônimo de Adão .Junior chegou a receber mais de XOU carias diárias e todas ofensiva• Detesta os salva.dores do mundo, a.creditando porém que ca,Ja .um · deve- ajudar o próximo .. .... '. , Se.as maiores .amigos são ~rês, dos quais 11/ío diz o nome para não -ofender os 185 · que se julgam esses trés . Acha que a vida seria bein mais feliz se o telefone não tivesse ·sido inventado. • Dez min_utos anfes de dormir tem alucinações terríveis em que ''vê as coisas ·como elas realmente são" E se nie reguiçoso suicidar-se-ia diàriamente. , . ~ · , • , Ach_a 901;- a honestidade, ã lealdade e a dig-nidade são virtudes que valem por si mesmas, qualquer prêmio que se s d1mmu1 seu valor. - . , . . . . ,· . •. . .• . • . . . ... -. . , Não ronca, toma dois banhos diários, gelado e fervendo alternadamente, troca de roupa também duas vezes ~ gO!!ta de viajar, não sonha, usa leite de colônia, fas a -barba com injetor apesar de achar esee aparelho uma droga. Détesta ter de ser- engraçado, acha que cada ves está escrevendo mais · sério. .. . •. - ... . , · . - . . , Escreve para pessoas que acha mais inteligentes do que ele e por isso crê que poderá melhorar sempre. Quem nãe r, dane-se. . , · . . · • Nadador medíocré, quase morreu afogado e por isso criou pavor ao mar; só odeia uma classe social: chofe-r de . .. . . . . . .. ódiosmenores: menina metida a moça, criança mal educada, 1&ujeitos q.ue dãG palpites do aUo sobn o que nãe em. - . . Só tem um ódio irracional: policia. Não é pàtri~teiro, inas é bairrisfa. . . . Sua ambição é ser o maior-qualquer-coisa-digna do .Rio de .Janeiro. Adora o Ric,, _que .conhece como a palma da ·Inão, -e detesta -todos os homens de governo que fazem qualquer coisa tragar a sua cidade; . · ·. . - . . . . . . .., , _. . Apesar de tudo o que escreve contra as mulheres, na da - tem particularmente contra aquelas que passaram em sua oram sempre · decentíssimas, boissimas, nobres e teme,. mais.. . Acha que é _ muito fácil ganhar a vida hon~ta.~en~e, pois quase não ~ concorrência. Acredita·.que ·a vida seria bem mais infeliz . se o autonió.vel não . é~sti~. - " . • . . Acha que está tudo errado em toda a parte e no -Brasil ainda mais. . . . _ . . . · Olha com horror para o jornalismo, a moral, ~ educação e ·tudo o mais como se processa atualmente, até mesmo a Pensa que a lnglaterr;1 é que Qos dará os novos pMJrõe_s de regjme social, e não a ,Rússia .ou os· Estados UnidÓ&: Morrerá no dia 16 de Agosto 'de 1959 íeomo· seua aais,. aos 36 anos). de maneira inteiramente oridnal. Seu PEREIRA a FOLHA negação mesma do estado tico. E quís lúcidamente, n.scientemente..segundo Sar- • que termina. seu · estudo firmando . que a miser ável lstência. do poeta magnífico . e permitiu testemunhar m Inigualável clareza esta. rdade: a livre , escolha. que homem faz de ·si me&mo entiiica.~e absolutamente o que chamamos o seu stino" . Mas terá havido es– esoolhl\ eni Baudelaire? E' o que o au,tor . deste ensaio . rei: qualquer - biografia. ., de moralista - dois terníos que Baudelaire ,.para .se -verificar · se repelem - ·não prova. Ao quanto ele foi, não o cons- -– contrário todos os seus argu- trutor, mas a vitima de suas mentos, longe de convence- experienciaS. · Termhiando . . o rem, como . que se -; invalidam de - Sartre, procurei logo --o li- - pela má vontade, . pela ·má fé, · vro de François Porché, . bio– pela incompreensão qve .reve- . grafo exato ,e : compreensivo. 1am, ,Sartre não compreendeu · E- mais uma vez me convenci em absoluto Baudelaire por-- de. qúe . oi. tormentos . do . poe– que também ele se mostra ta •vieram principalmehte de neste ·- livro · prisioneiro de . si sua mãe,. da mãe tão · amada · mesmo, · .da sua atitude em . e· que por :ele : tanto sofreu. face da vida. Os que nesta O .mesmo Sai;tre não nega que não -se enquadram -lhe per- o . seu segundo casamento foi · manecem alheios: A vida pa- um · choque do qual nunca· se ra ele é um jogo, no qual o curou o filho, então menino homem estabelece o valor e · 'de .:sete anos. Não se· sentia as · regras ·de seus at0&: não · apenas · relegado· a -, segundo o -faZJendo, só · merece · des- plano: sentiu-se_traido. O pa– prezo. _ . . . drasto n.ão er:a apenas .o usuc- E', porém, suficiente percor- paáor. era também o ·rival. ~ · -r . - , tem ilent1ao a propna vtda na M-·· · '.··' · 1 sua obra · prima · "Ot - Human us . .. .ª._ q -·u· ' -1 a· ·.v·-__ ·. ·e .. .. . ·._·_ · Bondage'-'. Assim explica.-m · também a inquiietação geográ- fica do · ramancista, viajando de país para paí,s, até para a· \ . Oceania da "Chuva" e agora PEAUX ividade para a FOLHA. Está.do) da cúpula de Brunelfes– mas o céu está cheio de ena sinistras: A transfor- - o da comédla em i-oman.– issi~ -as. Afinal, Imola é Ii'lorença .e sim apenas a.tro de uma farsa. eróti– Maquiavel e a dama. Co- . foi possivel isto ?, . . Maquiavel ·de Maugham é o Callimaco da comé– Mas _é ele, pelo inenos, aquiavel da história ? 011 as o Maquiavel da "len– egra" do maquiavelismo? plomata. esperto que sa– contar histórias indecen– ou então o exilado, como te, que sabia traçar os ru– da História? ·A chave pa.; esolver-se esse pequeno lema • é o conceito da ... urante séculos e milênios ênero humano ac!leditava. "Virtude" como inspira- dos grandes feitos, sobre– na vida pública.. Maquia– porém, compreendeu. que ria ser assim mas não é. odificou o conceito, atri- o o êxit o político à "vir– ue si~ fica para ele in– ncia e força . (com um o, não pouco, de astúcia lencia) . Ora, hoje em dia se usa mais a palavra ude" que tem sabo_r de lismo hipócrita; Lér:v tem coisas l!xcelen tes sobre a décadên_ci( da velha palavra, para· a Itália . de Maquiavel;· numa ocasião quando a Aca- .Enquanto . este ficou sempre demia Francesa distribuiu o fiel à sua ci-c!ade, ·advertindo "Pri_x de Vertu". ?IJ'ão se acre- ó · il dit_a mais em vi_rtu_de nlgum_a'. , n~ pr pria ·"Mandrago a" que "" ..,.._. nao ·gosta de · "perdere la- Cu- -·· Somerset. ~augha.m tampou:.: pola 'di veduta". · Pois a via- . co acredita ..._.. •~IVtis.s , -._Thomp.: gem, .tampouco · como a · rima; son", tal,vez a melqor, de suas • 1 " obras (c:Qnhecidá. . entre . n6s·, e uma so uç.,.o • .· - .. , --:_·· . no p.alc?, como ..'.'.Chuva'.'), . é . . . Daí não custa nada, a Mau- . · a ...histópa .do desm9ronamen- gham, ,a transferir o teatro da to_ .da vir\~~e .~; . um missio- .. !'Mandragola", . de . Florença •– nario. A . . vir-tu , que foi pa- para Imola. A paisagem com ra Maquiavel .um.a ,força tre- a cúpula de Brunellesch1, vts– menda, é , para Maugham- ta ·do alto da colina, é para uma. fraqueza falível. Dai se ele um espetãculo de - turts- ·. exphca paI'.te do grande .êxi- mo . .Para Máquiavel, a mell- - to~ de Ma~gham em épo?a que ma paisagem é o teatro da nao .acredita _ma~ em .vu:tude: · tragédia de Dante e Miguel ·· ma,s ·dai tam~é~ se .ex,~l_icarn · Angell>, .. das ._ desgraças d,o a_lguma,s restriçoes que Ja lhe · "Plus ça -change; plu., .c•est la fizeram. . _ même chose" do .espetáculo Pois, a reputaçao _de. lV!a~- histórico. Maugham, . porém, gham é tampouco Jnc;liscuti- .. acredita tampouco -em cúpu– da como _a ~e -- ~aquJavel , E las como •em virtudes. Para se o romancista: m~les repre- . ele, "plus ça change ... " não . senta com~ mero di.pl?m ~ta e ê uma verdade histórica, mas farsante o. pensaqor 1talian~. sim apenas- uma alusão · poli– este .poderia .responde.r ,assim . tica - e no fundo um axioma como respondeu Riva.rol à ad- erótico. vertência de Mira~eau: "Vous • deves, ..dizia- .Mirabeat, obser- Nesse sentido, a comédi11 var la düferén.ce qu'.H Y a en- "Mandragola". é grande peça tre no's deux réputa.tions !" - trágica e "Then and Now" um E . Rivarol respçmdendo: "Ah, pequeno romance .humorístico. monsieur, je , n'eusse jamais Naquela ,não há, como já se osé· vous le dire". Maugham obser:vou, nenhuma persona– tem fama dé grande nárrador , gem honesta, senão o própric, mas ·também, . entre outros, de autor que ganhou o processo homem que não acredita na perante o tribunal da História. virtude nem em nada - No romance, Maquiavel -oer- , "materfallsta" sem . filc;>sofia, . deu .o processo erótico, mas na. como ele mesmo ·resume no 11ealidade - "ah, monsieur, '.'Summing. U;p" - . e .por. isso· je n'eusse jamais osé vous le Sf>'lS .romances níío t,er ia,m sen- · . dire" . - foi Maugúãm . que tido supilrio.r, .tam_pouco como perdeu 1) jogo novellstico. '--- um rival que o tinha a ~ua mercê, que o consegue enxo– tar do lar, prender . num •in– ternato; que . o quer . discipli– nar, com · a sua dura· incóm– preensão de soldado.- A _re– yolta teria.. que · vir, fatalmen– te. A criança aparentemente ISe submeteu, mas o adoles– cente ·reage; não só se toma .est_udante relapso, . como· se mostra agressivo _para com o marido da. mãe, por_ esta fei- . to seu tutor. O castlg, .. é dos I]lais inesperados, descabid0& e e~agercados; - entregam-no . a.· um ·comanda11te de navio Pl!.• ra uma viagem punitiva. Durante nove meses, o moço viaja nos mares do Sul: com . paradas. nas il)las de Cabo yer.de , na. ilha .Mauricl.a, 'na ilha Bo11rbon. Baudelaire - ti– nha vinte 11.nos, tuna · ·sensi– bilidade de poeta, um orgu- , lho de revoltado. . Se este o isola dos companheiros de 'Viagem, aquela_ se impregna ·de _impressões -duradouras, pa- .r;;i a arte e para, a vida. Do que .viu, não· gtiarlÜ)u,. apenas . s seducão· do exóticô, nem o albatroz que o lmortalizat ia: guardou também_ a imagem _das mulheres negras, ou mu- · laitas, como a Jeane Duval que o prenderia, pouco depois de sua volta. Nenhum outro resultado • .. deu a. · expedição: reinstalado em Paris, conti– nua a vida. boêmia e, apenas maior,_ de posse da herança paterna, põe-se a esbanjar o capital; com Jeane, aprende a · beber. ·Alarma-se a ·mãe, e o meio que, aconselhada pelo· marido, lhe ocorre para. · sal– var o filho é requerer judi– cialmente a sua interdição. Com isso. só consegue, é ·cla– ro, desmoralizá-lo aos pró– prios olhos, tirar-lhe, com à confiança em si, toda e qual– quer ,noção de . responsabili– dade. Tratado como um me– nor, como um incapaz, como tal deve conduzir-se. Toda o resto é consequência disso; os desmandos alcoólipos, as divi– das, os cabelos tintos de •ver– _de. o dandismo, o desejo de escandalizar os burg~eses siio, talvez. ao mesmo tempo, afir– mações um nouco infantís -de uma personaiidade que se jul– ga desprezada e vingança Qon– tra a mãe que não o com– ~reende, gue vive t:canqUila e feliz, dando recepções. conso– land9-se com o prestigio do marido da.s decepções que lhe causa o filho . ·Ama-o a seu modo, socorre-o, chora por ele, mas essas migalhas que de si lhe dá são talvez mais dolorosas do que o abandono total. Nunca o pet"– cebeu; terna e f util, foi á fi– nal culpada por ser inocente por ,não haver jamais, de que causava. "Quando se tem um filho como eu, não se t-Orna a casar", queixa-se Baudelaire . Mas a pobre s~– nhora nunca. suspeitou que ti– nha um filho di.fi> rPnte do~ modo algum, entendido •o mal outros . Esquema Da.· Evolu– ção Da - So'cíedade Paraense LEVI HALL DE MOURA _(Especial para a FOLHA DONORTE;- neste Estado). 1 · Naturalmente (expliquemo- · amazomco (a ação pas5a-se nos aind~ . a. respeito do-. ro- no Estado çlo Amazonas), mas - rnance Hortencia) não é ad- brasileiro.- · miravel (admirável em · seu Quem a.oorqpanha., menos. 1&entido exa,to de causar ad- atento, este nosso estudo há" miração), 1-em impossível, a. .. de · raciocinar. Eis aqui uma. existenda. "dos ·incesbos entra tontradição do . autor. Como . é nós. Mas se compreende que que as nossas · pêcas condi– para tal. são precisas condl- ções _materiaís puderam ter · ções que não se encontram · produzido um Inglês de Sou– 'devidamente ressaltadas no sa ? Não há contradição; ou romance Hortencia. Ao tem- melhor, a. contradição não é po ~e seu · aparecimento, a· 1:1.ossa. Se não fossem as doutrina. do subconsciente de . a.ooucadas condicões inatérials Freud estava longe de ser co- do Parã, pÓr força da estrü– itlhecida na · própria Europa.. tura semi-feudal e semi-colo- , O livro surgiu ei:n 1887, exa- nial de sua economia• pré – tam~nte no ·ano. em que Freud capitalista, em contradição com · iniciou os seus estudos com o des~n:volvimento ca,pitalista Charcot. O ato não se real!. do-- mundo, muitos e -..multo.s - zou em função de um com"." . Ingleses de Sousa teriam sUl"" . p~exo .. E ' .cl~_ro que ~arques gido · e cintila.do ~e fulgida -en– de- Carvalho não fez· senão tre nós. João Marques ~ compreender mal como Carvalho, Ovidio F ilho, Teo• tantos ..outros ·- os verdadeí- dorico Magno, Eustaql.Ü,(l de ros objetivos do romance rea- , Azevedo, Paulino de .Brito, lista, que em,. . Balzac, em Acrisio Mota teriam sido 011- Flaubert e em ·Zola, está lon- tros tantos Ingleses de Sousa ge· cíe . pretender sensaciona- capazes de escrever romances lizar, alarmar, escandalizar. à altura do romance do ta– A ficção . realista tem fun- tentoso obidense. Lembrem– damento cientifico. Foge-se "e ae que Inglês . de Sousi,, sempre _nela ·ao perigo de não era filho de Juiz do Baixo observar ou de mal -ohl.ervar. Amazonas, depois desembai:- Antes de. Hortencia, Mar- i;Çador em · São Paulo. Nasceu ques .de . Carvalho escreyeu em Obidos, onde o pai tinha ·outros romances, .que publi- terras e ·bens. Com o dinhei– cou em _folhetins ' na impren- ro ·do vel.Jio,' .viajou. Fez seu sa. Uni · deles Angelà, apar-e- curso de direit-0, com multo cido ém ·1884 (era. ainda de conforto, em São Paulo . E ' muito uso dar-se aos roman- ceI"to · que Teodorico Magno, c~s o .nome de sua principal Irmão de Santa Helena Mag– personagem feminina; no ple- nÇ>, erà filho . · de ·sehhor d'! nilunio ' do· ·rQmantismo isso engenho e- se formou em dr– cl:iegara· a· constituir úm abu- relto em São Paulo. .Ma~ so) já·· tendia para o realismo morreu · muito cedo'; Merqueu buçolico e enternecido de Jú- de Carv,;ilho vinha da cama– lio Diniz,. aUás lembrava mui- da media e vlajou . Mas daí to os romances de Julio Di- <1s.- méritos inegave de sei niz · até na atração pelos in- romance . llortencia. gleses e os de Rouss','a.u · nu- Seja como . fôr, . a exceçao · ma vaga. Intenção .pedagogi- Inglês de Sousa não serve ca e na .moralidade dos con- \enão · para confirmar a. regra. tos de fadas. Um ,- refugado Faltou-nos a . continuidade d<l dos bifes desfiados de Júlio uma produção__ . à Inglês de. Diniz, com as cebolas,' os to- Sousa. Ele próprio não foJ . mate~. o coentro e o che_iro · capaz de .con\in'u~r a produ– verde de Rousseau, na man- zit· obras tão magnificas co– telga · de Marques de · Carva- n10 "O Missionario". ' , lh·o '- .eis o que era l\ngela·. . Não sei , de romance . mais · , Félizment~ o autor · fez , de- . completo ·e acabad,o. E' uma oórrer sua . ação e·m Pqrtugal obra - prima .no genero• · e demais paises do velho Como pouco se fala nela T mundo, não a deslocou inde- ....._ p~rguntar-se-ã. Rea.lmen– vldamente _para cá. Tratava'- te. Foi obra que passou Ql!a– se da história patética de uma se despercebida em sua. épo– pobre orfã, espécie de Maria ca, e que hoje continua pou– do .Borralho, que em vez de . co Uda. O critico Olivio Mon– encontrar o principe "de seus tenegro pretende ver no. fato ·sonhos o perdeu. na. pessoa apenas uma falta de sorte. de um jovem pintor, que de- Nã0; ! Não foi por acaso ! pois de a. seduzir, escafedeu- . F & 21 -se, propositadamente, se; de uma tia malvada, · mui- · uma conspiração de silencirJ to parecida com a madrasta em torno do grande livro. Foi , mã da Gata Borralheira, e de ·o clero, a .ação . clerlça.l, -nll duas solteironas britanicas, Brasil que impediu, entravou. _que aparecem cotn-0 ·as fai;Jas a mais ampla. e esperada e de- ~ das encruzilha-das. no caminho _vida divulgação da notavel das fontes . disttn.tas, onde, · novela. O. volume (eram exata– nas histórias de nossa infãn- mente dois volumes em sua eia, todas. as pobres .meninas primeira edição) foi conside- ·, lat11 1 encher seus pesados cãn- , • ra<io, ell), seu - tempo trabalho , taros. . . . . perigosamente anti-clerical. · Quanto ao romance, que st Ainda - hoje o critico Olivio presumia de. reallsta,- de Ovi- M-ontenegrQ .assim o reputa . dio . Filho: Maria Luiza, eram - ,Mas a verdade :é. que não el'/1 apenas os descabelados per- obra- anti-clerical no sentid•i- -- sona·gens .romanticas de Ca- estrito, por assim dizer, pes- milo Castelo Branco, um João soal, d9 termo. Nã4 era en- José Dias, um Antonio de fim entendido sem · paixão, Almeida, um . Melohior Pi- trabatho anti-clerical. O pró- menta, que se enfiavam na prio critico Olivio Montem!- pele de um .Estevão,. de um gro reconhece que o autor não Simas. de um Pedreiras. Cin- visava o padre, visava a Igre- co gotas da. Ca,tuaba tintura ja. Mas é que ele também. mãe i:la Carne de Júlio . Ri• . não . visava propriamente; a · beiro, alternado com outras Igreja, de melhor-, a. religião, tantas - do Fosforo a.cidum ~- que ela -diz representar. Mas dinamização d "'O Homem" de declarando o critico que o ro- Aluizio . Azevedo,.. eis . a que . mancista não visava simples- se reduzia Maria Luísa de mente o padre, e sim a. Igre- OvLdio Filho.- ja, queria dizer que ele visa- " -Mas a verdade é que -nós, . ,·a, como de fato acontecia, paraenses, na es,pécie roman- a moral da. Igreja. a moral ce e no genero realista (no de classe da Igreja . Isso !t r:telhor dos gêneros) conta- critico naturalmente, não ex- mos .no .tempo com um gran- pressou, mas sent iu, ou me- de autor e com um grande li- lhor, pressentiu. E como. rea- vro. Referi mo-nos a Inglll.s giu ! Sabe-se que a.tacar f\ · de -Sousa. e seu romance "O chamada . moral religiosa, •;, Missionário". moral da. I greja, a moral u,~ Inglês · lle Sousá. s nosso · classe, é pior que atacar 11 ver , é· · (o critico Olivio Mon- simples padre, ou a Igreja em t enegro deixa en trever tam- si. Por · trás da superestrut u- bém essa. opinião) na sua ra . da moral religiosa , está época, o gran-de romancista - 0 "tout entiere". a estru,tura n aclonaL . Seu romance. "O economica, . cuja manutenção , · Misslonar!Ç>" n· o é, no tempo eles precisam a todo transe · e no genero, apenas -o grande .assegurar, ''per secula teell• romance paraense ,ou melhor lorum... ;; - ·
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