Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1949

c'·s. ªpágina· , _ ___ = · 1- ,;s·c:a~ic;;R Úhi~~~:Ét~~ -' : ;_ :_ :, \ .>, JOSEPH KONRAD -. FOLHA DO NORTE ." VIDA Domingo,- 1s de maio, ãe 1949, 1 ·- · - - - -~-- ---- ,· fÍ / ,. ,' · I t '~ 1 ' ARQUlVOEHISTé>Rll\ ANATOLE FRANCE tinha sempre pa-l'à · os jovens escritores · q.ue o procuravam pa– lavras de estimulo e de esperanças. Teodor Jos~ph Konrad Korzeniowskl é um dos inúmeros escritores estrangeiros llpresentados aó público brasileiro através das . !edições bem cuidadas_.' da Livraria do Globo, que até ao presente lançou na. Co– leçãp ·Nobel; quatro das suas obras mftis significativas: ''Tufão", "Lord Jim", "Fle– cha de ouro", e "Vitória"._ PEREIRA Certa vez foi procurado por· um jovem poeta que lhe havia .oferecido wn _volume de versos: · · - Mestre, jâ leu o meu livro? ... . - Comecei· somente, meu filho. ,Mas ó selt livro me trôuxe uma g:rande alegria, um novo alento .•• respondeu-lhe Anatole Fran- Nasceú na Polonia em 1857. Sua infân– cia e juventud~ foram muito movimenta– das Tornou-re marinheiro, e durante 20 ano~ viajou por todos os mares do ·_ globo, fixando afinal residência na Inglaterra, na- ·:Natalício Norbertc( - ce. · " - ' Oh ·1 muito obrieado ! O que torna admiravel sem dúvida a atividade constante do professor Nu– nes Pereira como sociólogo e historia– .dor, é quase sempre o preciosismo dos assuntos sobre ·que .ele se mostra :firme na sua zona geográfica-:... a · Amtlzonià; ..,.. em relação aos demais. Nestes, ·pou– ce importa o trabalho exausth:o da pesquisa, percebe-se logo a técnica pou• éo •,firm.e ·éom que se ·alçam no trampo– lim, · vacifantes e· com medo do . público, . a face ·repuxá.da ·nulil ritus de pavor diante do vacúo imenso qué se lhes à- dos semanalmente . por este ,mesmo jor– nal, ·apresentam-se ·num estado de in– teira · trans~ição· e • beleza provindos do natural, onde foram coibidos, cheios . de uma' . profunda · e 'rára penetração - •·•• é que eu supunha, continuou Ana.tale, estar sofrendo de insonia ..• ·:turalizando-se -inglês. Data de. então o nieio de sua carreira ·literária . Seu primeiro tra– balho. como acontece· militas vezes, foi um verdadeiro fracasso; Mas, venceu à . !custa. _ de muito esforço e dedicação; A Fa~_a ·e a Riqueza · lhe estenderam .seu ·. manto _prote– tor talvez um pouco tarde demais, quando. seu organismo já estava debilitado pela B-I O GRAFIA - idade e pela doença. Morreu em 1924, dei- ·xando enorme ·bagagem literária. ·. Embora· de origem polaca, Konrad é um dos maiores nomes da literátura ..inglesa contemporânea, _ ocúpaildo nela um_lug!l,i' de destaque, ao 1ado de Kipling, Shaw, Well e presenta. . _ . . ·. . ·· -. psicológica: Temos lido o;que ele escreve - len– das, coisas e fatos da Amazonia - ' e cada vez mais 'nos · convencemos de que est,amos em fà.ee 'de -~ SOfiOlogista• de mão cheia, que alia os segredos das idéiaf às pal~vras, como se --as primeiras surgissem das experiencia.s de uma vida inteira, já. autonomas,··para serem - reali• · ' LúCIA MIGUEL PEREIRA nasceu em Barbacena, Minas ·Gerais, em 12 de dezem– bro de 1903, mas_foi educada,. no Rio. -~~; meçou a escrever no "Boletim de Anel , de. que foi colaboradora enquanto durou a revista, de 193( a 1938. Fez durante um ano, 1934-1935, critica litez,ãria na "Gazetl\ de Noticias"; escreveu xrtensalmente para a "Revista do Brasil" de 1938 a 1943; -atual– mente colabora no "Correio da Man~ã". . Publicou os seguintes livros "Mana Lm• sa" ·(romance) 1933; "Em surdina'' (roma~.; · ce) 1933· "Machado de -Assis'' (estudo cn– tico ·e biográfico'') 1936, premiado pela .So,: éiedade Felipe d 1 Oliveira; "A fada menma Galsworthy. . . . , zadas. Tornam-se evi,tentes os .pendores . - dÓ prof. Nunes Pereira, atualmente · um dos maiores se nio o maior dos socio• Interprete máximo da v)da do mar, pro– fun:i.o psicólogo, . narrador empolgante é, . além: disso, primoroso estilista p6is; apesar de estrángeiro, ·dominava a : sq~ li_n~a ado::- . tiva à qual ·de!i: novo impulso e nqueza. K.on~ ad é hoje úin escrlt9r _de fam~ mun– dial, ;1,/:Q-ll-!J!iÓ-se _a .~ua _obra _"1"aduzida e_ni '\Uase todas as linguas_ O professor Nunes Pereira, entre– tanto, - não faz parte desse grupo ,de mis– tificadores; não adota a velha ·, tática, ou melhor a busca da' ·técnica de só ·cha– mar atenção, elevar-se a uma · inatingí– vel alturà, . e iã permanecer como . · um cartas de neon vivo, mas só ·composto de cores e . .ilusões.'- · · · _ · · · Iogistas desta parte ·do · Brasil: divulgar o quanto possivel à curiosidade dos lei– tores · os fenoinenos. · da · Amazônia, os · . seus . iirainas e civilização, ' coisas - _estis que até agora· subestimainos•lamentavel~ mente. • · : · _ . ' ·(história infantil) 1939, premiado_ ~elo ~0n– curso de Literatura Infantil do Mi01?té~10 da Educ·aéão: "A vida de Gonçalves D1a.s (e11◄ . -tudo critico e biográfico) 1943; "A filha ~<> 1 ' Rio Verde", -"Na floresta :r:nágica" _e "M.al '.rn. ·Os seus -trabalhos, que são··publica- e seus bonecos", (histórias infantis), 1943 • Evolução Da Sociedade -Paraense CONSELHOS -DE PROUST.; .H##~,#.,.,#,~,,,~#,.,.,.,.,.~., ..,.:.,.,, · , ' · · · .- . ' · "As' obras .puramerite . . ' -bólicas se arriscam a não ter ' vida e ·consequentemente 'pro.. fundeza. Se, ' ademais, . rio ' lU:~ ·gar de à.tingir o espírito, suas . .. . - . (C~ncl11são da 2.ª pág.) ÜvlcÜo Filho, em 1899, · em pleno fastígio da borracha, as camadas - médias, cheias das "ga~tas", não reclamavam, na– turalmente, o custo da • fari- . nha. Mas as mur·murações se faziam ouvir, co·mo lemos ·no "Maria ·Luizá". E' que elas par_tiam das mais baixas ca.; madas, onde a· crise continua- "prin~ses" · e seus "clÍeva– uers" 'súgere~ tm10'sentido im- .. . . . . . FRED .·PiNHÉIRO :oi.à.~ d~ {; !luli.ha nasceu '· 'pt,eciso e de compreensão di- . 1 . . . . . . . . · em 1925 . em Teresina; Piauí. -, )- . Formou-se ficil, ·os poemai,, -que deveriam .. J . , . . . : . pelo Colégio• Pedro II, onde fez parte do ' - . . ,va á. · haver e séria. _· ser símbolos vivos, n~ são mais que frias alegorias". (Da crônica "Contre l'Obscurité".; _ publicada pelo · autor ·em "La ,R e v u e Blanche", de 15--7-1896) • grUPo ALFA-OMEGA, oom Fernando Fer– reira de . 11oaU:da, Elyiseu Qesar Üma, B~r– n:ardo Gersen, Hélio Tys, Zito Baptista Fi- Em 1882 - época e1Y1 q~e decorria a àçã-0 da novela ro- . maBtica de Paulino de Brito .••o Homem das Serenatas" :-– os :filhos ·-'- familias burgue- • $es de · Belém, que· iam estu- . !dar a São Paulo, Bahia •!)U /Reci.fle, ,podiam ge,star e'l'n _' Distro:ça:o . 1 suas extravagancias treis _mil . 0 poeta Carlos. Drummond· cruzeiros (treis contos · de de Andrade escreveu uma 1 reis, ,, dinheiro -muito para a carta de agradecimento pela 'lho e oútros. 1 ' "EPISODIQ 1 época) em menos de -dois . oferta de "Não há estrelas. no ·1meses. E' o que se depreen- céu", dizendo que certas ce- ·'ide da afirmação de uma peMr- nas desse romance bem ,c,omo () aparelho sobrevoava 15ao i·aU10, trazendo uma cara- . ~onagem daquela novela. as · d · 1· t d" d N te N gr o do w O relevo _que O autqr .~on- va11a e Jornais as, que proce 1a o or . um "' up , inas classes baixas a miseria · S<'gui·u dar às reações psicq- qu·a1 fazia parte o poeta Claudio Tuiti Tavares, comentava.- lavrava, de,vastadora. como um - 1· d ·t 1 1· ta" · lóg-icas do -person_~gem . cen-: se 'O c una a oap1 -a · pau is . · -~ncendio. Cinco anos depois, tral, revelam ·a existência _de - E'- \lm frio. de rachar - disse alguém. em· 1887, Júlio César morria um romancista que _ mmta Houve receio, naturalmente·. Mesmo porque nortista tem ,como vimps, no dei;espero e poder_ã aind_a dizer em' obras mêdo de frio. -. . . - hna · pqbreza., di~ixa nd o na futuras". - Imaginem vocês - disse o Claudio Tavares - que eu âesproteção mais absoluta ma- Por ·descuido; porém, em tive· uma pneumonia há menos de duas semanas . . . . · 'lh.er e ci_nco filhos ! t · · 1 t ,. te b 7 • d O colegn Vez .de e nd.e_r eçar ·a car a a - Ficou.. comp e amcn om . - 1n ag u um '" . Foi incontestavelmente es- · t t · D · Joa- 0 c11·maço Bezer_ra, t, ro- - Comple amen e, graças a eus ... sa m1sena. exi-s-tente nas t d te · e d u n lnanci·s· ta dirigiu-a a outro es- Nisto, lembrou-se o poe a e -que era a u, e em n o '" classes pobres_do Esta.d.o, elas- M ~es às quais pertenciam, co- critor cearense, Bra~a on- frase: te negro qúe, por smal, es- - fato é, graças à penicilina ..• nio já ob.s,ervamos, os nossos • 't' b autores, foi incontestavelmen- crevera sever-a cn IC\L_so i·e ;te essa miséria, que eles não o livro aplaudido. 'fizeram senão expressar e_m ·Jack London_Brasileiro -,seus romances, que impediu : o Espirito 1"se tivessem avultado entre T • t · Embarcou para o Amazonas, onde pretende estud~r "in nós as aptidões literárias" De ns an toco" o problema humano ligado à questão- dos seringais, o consoante observou _em 1909 · d · · f te· d ·t · 1 Jo · Mauro d Vascon :o critico Osorio Duque .Es- Bemar ,ovem _e ,es Ja o escn or nac-10na ~ se e - l M celos. . . · trada, em P eno governo OIJ-• · o autor de "Longe da Terra" já apelidado o Jack London itenegro. de quem, aliás, pu- . Tristan Bernard não perde brasileiro _ misto de artista, vagabundo e sonhador - pro- ,:xou solene e desvirilmente o mete para muito em breve um romance "bem me.stiço e <?ª- i;aco ! · nunca a oportunidade de· uma bôclo" _ "Jornada· de Brutos" -em que nos fala _da y1da . Foi incontestavel_mente por às marg_ens do Amazonas, -entre seringueiros, desbra\'.~dores, causa dessa - miseria, desse "boutade". garimpeiros e indios. José Mauro de Vasconcelos Ja teve 'atraso em 'qu2 vivemos, que ipuhlicado três rornanc.és: - "Banana Brava", romance de 10 critico paraense José Veris- - O homem, diila eíe re- estreia _ "Barro. :ijl!!,nco'', sele_cionado . pelo "Livro do Mês", 1Simo pôde ãfirmar que "a ci~ it em que, exnm 1 ·na a ·questão das salinas .do Norte - e ."_Longe .,. ~ b ·1 · nada ab ·cente_mente, não foi fe o pa- - '" .. ;v..,izaçno r-as\ eira - da Terra.", .selecionado pelo Circulo Literário di:> Brasil, em isolutámente devia a nós" (l rn o trabalho e a prova é que que ___ explora o mundo misterioso do alto Ar_agua1~, . ! Dôde esquecer-nos completa~ ~ , . , mente em &ua "História da O trabalho fatiga. :Literatura Brasileira" . . Um amig_o fez-lhe esta con◄ :Poemas De Adalcinda A ·Lenda de que s·e pagoij em Belém rrgíamente · a criação artística .é como o da criação fidência: Em aprimorado trabalho gráfico da lmpr:_en~ _()licia\ do mundo em sete dias por - - está circulando O livro de· poemàs da sra. Adalcinda, "Rala- 1um cavalheiro diligente, mas Não conheço lugar ~- das de Monte Alegre", reunindo as mais delicadas poesias 'dà itambém- !;>astante exigente de um· a autora, J·us. tament_e um dQs nomes de ma.ior significação no ~eu . descanso semanal r.erh.u- lhor para se dormir que d " d ., momento. Sâo 30 expressivos poemas, ricos e emoç..,o e e jllerado. Pagou-i:e bem, real- • · ·se-..a.Ui'dade, oferecendo uma doce visão da alma . imagina- Jmente. mas Pa ra efeito . de sala de cassmo. ._., . d tiva de Adalcinda, sem, contudo, perder-se· no abismo a si.Jnples propaga nd ~, 0 arti st a Ao .qoo ·. Trista.ri Bernard contradição abstr~c~onista . A sua rima facil, transbor~ante estrangeiro _q\)e. nos visitou, _e ·d.e pletorismo, tem ·um sentido humano de expontaneulade aos .quais . muitas vez,?s - con~ respondeu i_n_· c. ontinenti: · d · · vocarpos. e ao · próprio . e_scrJ--: que ê!:;: p';.tit!~i!'d~ livro, 11 st'll . À.d~lcinda dá ~por- toc Mc1onal, , à maneira ·,do ..:.. Vê-se _bem ,que . voe~ tunidacie a um julgamento mais objetivo da sua obra. na que sé faz .até hoje, desde - . . ·· .. . qual. 0 sr. Macha~o Coelho em_referencias elogio$as vislum- . que·· se· pr-est~s'e, _ç'omo. o Qso- · ·imnca · esteve no meu gabine- bra • eD\ alguns pontos, e mui acertadamente, 11 linha mon- ri.~ i;)uq\le ..··ao_ .. _infame pa~l . ~ ,_. . · .· · ta'ign·eaoa, ·. _ de "puxa-saco". -. .,. . te de trabalho ,· ·-.. · Pequenas .Notícias / - Raul de . Azevedo bi eleito para a Academia Ma– ranhense de Letras e ocupa– rá ' a cadeira de César Mar– ques. - JAQK~ LO!YDON, foi um dois meUiorés ,' exmeplos de como wn escritor pode ser amado pelo seu povo. · Ao espalhar-se, pelos Estados U– nidos, a noticia de sua mor– t~, uma mulher do povo, com o jornal , na . mão, gritou pa– ra um grupo de pessoas que conversavam e riam: - · Parem de rir, parem de rir que Jack Londôn -mor– :;;-eu ! - Acabada a guerra, Q ro– mancista . William Somerset Maugham, que residia nos , Estados Unidos. regressou à suá famo~a Vila Mauresque, na, Riviera Francesa. Disse ele depois aos jornalistas: -Encont1.1ei mmha casa num estado lastimável.- Imaginem vocês.: os nazistas ocuparam– na; os fascistas ass_altaram– na; os aliados arrasaram-na... - O Livi;:o do Mês e.Jita n volume-prêmio de Ma.io, O LIRIO DO - VALE, rom.a;nce de Honoré de Balzac. Os Escritores . - . . ~ Na Vida Real o romancista e crlt!M Ro– sa.rio Fus@ é advogado da Prefeitura ~ do D. F. - O poeta Murilo Mendes tem um cartorio - Outro poeta pos– suidor de cartorio: Olegario Mariano - Aliás,' Isso não ê privilegio de poetas, pois Anibal Machado e Fernando. S·abfüo, .ambos novelistas, também- são horuéns de car– torio, ELiteraturd (êonciusão da la. pag.) apoio para compreenderem as suas relações com ·a realida.– de exterior, mas não lhe de– -l'am quaisquer ·conhecimentos concretos sobre a - própria ma– neiça de os homens se com– pórtarem no mundo. Parale~ lamenbe, • continuàr~o serr1p;r.e- , _ a trábalhar · pensadores e li- .teratos, mas ·enquanto aqueles pensam o mundo abstrata-.· mente, estes vivem:..no em con:. ereto. O domínio da literatura. não é, realmente, o dominto das Idéias, naquilo em que as ldéias são enriquecimento da · · visão lntelectuar ·que o ho– mem tem do mundo, mas o d·a realidade em si, o da rea– lidade indecomposta, o da· reà– _lidade tanto quanto possível complexamente · -encade a d ·" num todo impossiveP de . co– nhecer na medida em que o 'seu conhecimento não fôr -uma. tradução dessa própria com– plexidade, dessa própria .in– discriminada · agitação orgânl– ca de todos os elementos que compõem o ·mundo e que . na sua combinação produzem um resultado· tnverific·ável de1,_de que o pensamento intervenha- - na sua decomposição e abs- t1·ação. - · · · · O literato não pode passar a sua existência isolado num quarto -ou empoleirado numa. cátedra. Pelo menos deve ha- . ver na sua· vida um periodo . de- intimidade com o mtmdo que represente para ele a épo– ca de recolhimento das expe– riências sobre cuja matéria elaborará a sua obra. As idéias não ·são, na verdade, o seu forte: o seu forte são as re-– flexões sobre a própria com– bi_nação dos el=mep.tos que no mundo se mostram relapsos ao , isolamento intelectual dos cérebros geométrica.mente bem organizados. P~scal diz-nos · algo sobre o homem que os · filósofos sistemáticos não fo– ram capazes de dizer . E o eguívoco de Julien Benda ~stâ nisso mesmo: é que a materi. da literatura não é o rimndo, o .mundo deserto. o mund<> pensado, mas o homem, o ho– mém que a razão nãCil . po~e peRsar, porque o homem nao é objeto de pensamento, me– lhor não é objeto da ciência. uma' vez que, para J\11ien . Benda, a meta de todo o pensamento racional é a ge– neralidade e a regularidade , das suas verificações . . O es– ~ilo das idéias é dif-erente do estilo da literatura emocional 4ue o estilo das idéias seja demonstrativo e · lógico e o estilo eia literatura emocional e ameno, mas , porque a ma– téria do pensamento é fegu- · larizável e demonstrável e a ;:natéria da literatura maravi– lliosam--ente vã, maravilhosa– mente divers'.1 e ondul;11:1te, como dizia Montaign1L . O }10- • mero e só o homem, a cois~ mais conci:eta, · menos siste– mática, menos cientifica qu~ existe no mundo - eis o ob– jeto da literatura.

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