Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1949

/ _2.ª página' ___ _ __. _ FOLHA DO NORTE' Domingo~- 15 de inãio-,de 1949.' ,-;__ -D-lh_a ___ _ -d---, 0---:--:- '!!-··----o-,-!t-:;, --y\~_-,;1, -s'--:-(f~-u~o~co-_.L, º-. :A-_ .-"t--~~-··· 1-p-,~-E~sit'()'f~Jâ.RUSsio ,.,ls ceqsuras oficiais contra - Shostakovitch e outros fa- quiseram uma ópera sem nero1s, com a massa. t,!Opular co.:. ~osos compositores russos já foram muito comentadas. Ma!! · mo .pez;s~nag~m principal ·e sem enredo pessoal. Operas des• amda não se ouviu, a respeito, a opinião do maior músico sa especie sao, por exemplo, "Ferro e Aço", de Detchevov russo do n_osso t4:mpo: Ig-or · Stra"._inski_. O respectivo capHu- ou "Frente e Etapa", de Gladkov.ski. - ' •o foi porem retirado da traduçao francesa do seu recente __ f,..o . lado dessas ''ideologias" tipicamente russas e tã;o livro "Poét!ea mus!c~I': de módo que constitui pratiéamen• provmc1anas nasc_eu novo .culto de Beethoven. Nos concer– te, entre nos, um medito. . O fato de se publicar, aqui" a · tos tocaram depois do .fim da -''.Nona Sinfonia" a "Interna.. :ra.~çãot não s:gnifica aprovação das opiniões, às vezes b~s- cion~l" .. ~ cç>nh~cida admiração de Lenin pela "Sona ta a;p• an es ranhas, de Stravinski sobre outros compositores), pass1onata' servll.l de pretexto - para _comentários ridiculos DIRETOR PAULO MARANHÃO_ LITERATURA i 1 AR~E~\SUPlEMENTO ~--.' ... - ------- O!UENT AÇ:i"Cf • DI HAROLDO MARANHAO -COLABORADORES .- 1 ' ,' • • '• . . ,, ' _ DE BEL2M: _- AJonso Kocba, Benedito Nunes, , B_run:e de. Men~zes, Ça~~r C~uz, Cécu - Meira, _Cléo • Bernardo, Da~ef Coe!,ho de _Soúsa, F. Paulo Men– des, Gar!baldJ Bra~il, 8aroldo Mara~ão, Levl . Hall de Moura, Mario Couto, Ma.rio Faustmo, Max . Martins, Nunes Pereira, Orlando Ditar, Otavlo Men– .. donça, Paulo Plínio Abreu, R. de Sousa Moura · - Ribamar de Moura, ,.Rni Guilherme Barata, RuÍ - Coutinho e ·Sultana Levy Rosel!'tb!att, · · D() ·RIO~ -~ Alvaro Llns, Augusto Fre(Jertco Sch• · · midt, :Aurelio ·sua.rque de Holanda. Càrlos Drum. · _mond de Andrade, Casslanó -Ricardo, Ceeilla Met- relés, Cyro dos Anjos, · Fernando Sab_ino, ,Fernando :· Ferreira de Loanda, · Gilberto Freyre, José Lins · do - Régó, Jorge de Lima, Lêdo Ivo: Lucia Miguel Pe. · · reira; -Maria da Saudade Cortesão, Marques Rebelo, r _ •.- Manuel' Bàndelra, Maria Julieta Drummond,, Muri•. · lo. Mendes, Otto Maria Carpeaox, Paulo R6nai e · Rac~el ·de Queiroz. · -- DE S. PAULO: - Domingos Carvalho da S11- . va, Edgar Cavalheiro, Roger Bastide, Sergto Buar• · _que de ··eolanda e Sergio ·Milliet. _ • 0 • DE BELO BOJtlZONTE: :.... Alphonsus de Gul– . maraens Filho e Bueno' de Rivera. :.~ PE,..CURITIBA: - Dalton. Trevisan , · Wilson . ~rtins• . _. .. _. · ... : ... · - .. D.E P.ORTO ALEGRE: "":" Wilson Chagas. . .. D.E J!ORTAI,EZA: - . A,~tonio Glr\o Ba:rroso, ~.Aluisio Medeiros, .Braga Montenegro, Joao Cbmaco ,_i!eze~ e José Stenio Lopes. 1 •– .' ________ ...;.. ___ ,.;.__.;..___, _________ mterpretando-se a música como - expressão de ''.pro<>ramas,: _ Já é preciso desmentir a· opinião ·corrente, _mas trivial e ~eroicos • As ideias . de Romain Rolland sobre a "Heroica"' refutada pelos fatos, conforme a qual o· russa seria visceral- mspirararn: ~ ~m critico . um comentario ~ni que ·os movi• . mente -irracioI).al, espécie de mís-tico nato, Mesmo admittn- !l}f!!_tos !I!Us1cais foram interpretados como fases 'do -Pro• . do-se isso também é preciso reconhecer o outro lado do gresso do Homem -e da sua llberdade. Outro critico afirma •carater russo: seu racionalismo rudimentar e quase infan- -que '.'Beethoven lutou para defender· os "ditieitos da . música til. Dai o gosto, tipicamente russo, ·pelas discussões intermi- burguesa, sem nenhum vestígio de aristocratismo" náveis e -estéreis. Daí ·o ateism·o . militante e cfaí- -o raciona- Assim como já acontecera ·na época de Stasov e de r .. r · d •t •t Mu.ss_orgski (que foi um compositor genial mas confuso) a ismo re 1gioso e mm as se1 as· q11,e sobrevivem- até hoje ao . "In_telgentzva" _ quis ünPÕr à música _determinado p'ap'el, lado do ateismo - oficial. Esse racionalismo pseudo-critico tem -envenenado toda a atividade artística na Rússia, pe- d~te1:'m.inadó_ sentido absolutamente estranho à arte. Mas 0 las discussões absurdas sobre "o sentido da arte" e "a rnis- p~hco cont 1 _n1:1ou a_gost~r d~ "Eugenio Onegin:•: e para _ex• são da arte" ; Depois de um século de discussões ·dessa es- phcar esse e:eito_ .º comISsán~. do poyo Lunatc):J.f!,rki decla• pécie os marxistas . conseguiram, com certa facilidade;· impôr -1 r~!-1•__ de_maneira ridícula,. que o confb~ç>_ entre dois ~ant~i a doutrina segundo a qual a ·arte· apenas· é um meio de pro- nao é assunto incol!lpat1vel c_om as id_e~as do _c~mumsmo • . paganda a serviço da filosofia politica do governo atual. Es~ d Du!is vezes St~lm interveio JJ.a p~li~1ca -artistica._ ~uan4 , sa corrupção do senso critico também atingiu a música. Até º. ~aiakovskl, mmado pelas pe_r~~gmçoes d~f - radlcaIS, se um Skriabine pôs na folha de rosto 'da partitura e·rótico- 6 1_1 1~,1dou, cgndenar~rn_ todos ?S _crit1c~s., esse ato de covar– mistica do seu "Poêmé dJe I'extase" as palavras iniciais do dia . . Ent~o, Stalin lnterv,e10, reab1ht!!nd?-C?• declar~ndo: . · "Canto da -Internacional", _ . . . · M~i~k9ys~t é º· ma1or_.poeta da época ,i;oy.1ét1ca" ._ Entao, · a· . _ _Só poucos anos antes da primeira guerra· mundial a . mú- _musICJl. amda nao .est~ va no ce°;ti:o das_;preocup~coes gov.er• - . sica russa começou a emancipar-se. Emancipou~se tãmbém nam_entau;. ~as quanao ps expemue1_1tos do_fut_unsmo e_ .cons• . d~ tradição_ dos famosos "5. graridés" e do academismo :c1e . tr_ut1vis:110 tm,h~~ ch~gado..ao seu_f!~ n11,t!-11;~l, e quando ,as Rimsk.1-Korsa:kov. Mas· a guefra ácabou logo com essas- teri~ dtscussoes lnut,1:1, s.obre ?a.zz o_u S1~ fo.ma . começaram. a dêl'l.éias. Depois veio a. · 11 evolução, desorientando todas as : c~n~ar a g,,en_te, mventou-i;e o_ noyo "slpgan•~ . da "?implifica-• at_ividades artisticas, de modo qué os comunistas.-nãct ericon- c.a,o • ,f\.s óperas. de Dcp.erchmsk.l, co~ eJU'ed~s tirados dos • tr11,ram dificuldades em- "dirigi-las". No inici!), -,.quase :tõdos ropiap.ces·_de ,,Cl;lolo\choy e cp1:r1postas de_ melodias folclórlc~s 1 _os artistas e - esctitores aderiram à revolução, mas sem ade-- foram, consagrada!,,P~lo elogio. de. Stalin. Na verdade, naa rir à doútrina . Só os futuristas , viraram logo comunistas: _s~ tratava de .teI_J.d.enc1a noya. Em todos, -os tempos os comoo- ' Maiakovski na poesia, e Meyerhold no teatro; No terreno . s~tores r1:1ssos usavam motivos .tlo .fo!clore. Antes ·da revol'!.. da música . não . aconteceu nada - disso. A "politiéa musica]" . cao- m.amfe~tpu-se _a mesma _~~denc1a p.as _obra~ d-e Mai~.. do governo lj.rnitou-se a , decretos primários, "consagrando" kov~ki, Ste1nberg e outros, dlscipulos d!) _academu;mo de .- l;l1_~ esta ou aquela obra de compositores· burgueses, condenando mslci-Korsakov e Glasunov, · Mas agora ·a· mesma tendencia o re_s-to,. "Kitech'\ de Rimsk.1-Korsalçov foi proibido porque foi usada como arma contra a música "'complicada" ou "so- . se:qdo -de_ conte_údo mistico; ;":Jfogenio Onegin", de Tcha'ikoa fi.a.ticJl.da'.' de Shostakcvitçn . . Eu -pessoalmente, acho que ·a. vski, ·_foi elogiado como obra tealista; descrevendo costumes. 'crítica-severa _contra a sua ópera "Lady_ Macbeth de ~ensk'..' Mas _pouco d,epois "Kitech" fol. reabilitado, como obra de e o bailado •io rio diáfano" se justifica ·pienamente . . Mas ou• · esIJir~t~, folclorico _e portanto popular, enquanto , ~•Eµgenio tra coisa é ·censurar-lhe o "formafismo•6bsqleto . Proibiram- ' • O~egm .,- óper~ q.ue se paS'Sa nos firculos da arí_stoc.r;acia, se -as repr~sentações dessa obra. $hostakcvitch foi posto ·a:o c_a1u no,,a,strac1sm,o. Naquela me;,ma ep~ca fundo_u-se a Per- lado de· Hmdemith, Schoenberg, Alban Berg e outros coII\– s~mfa_n~ , a ,orqu~stra sem regente e dai verdadeiramente de- · positores europeus condenados. O "Comité Central dos cam• mocratica. . · _ ·_ . · . · · · poneses dos Kolkhoses do distrito_ de Tambow" mandou ao . _Mali, em . ger_al, _.o go.:vegio estava n;rquela ~poca oc1:;rpa- ··Polit-Bureau uma resolução contra_"melodias -que o poyo não _ , _ .., do com outros assuntos. Nao podia prestar mmta atencao à · é ·capaz d·e guardar na memória", E o Polit-Bureau emitiu•, 1:!lsquem· a Da· ·Evoluca-:o ~rte. Est9: t'l,rnou-se, .flº~ém, vi~ima dos ~~óricos. 1:)eclara- e~tã.?, a C?ndenação ofic-ial dos ?ºlllPOSitoi:'_es ~que aindá ~ão E . . iam a_ ópera 'obsol~ta _, por motivo -~as or~g~n(:l -:;reUg1osa.s óu-- el:i-m1l)aram os· rêstos de: ldeoloma-, burguesa, ofendendo com ·.· • ' . · - ·- _· ,:-• 1- .. . . .· - -~ . . fettdais -do - g_e,n.ero. Também acharam , a ópera , pouco·rea- as· si,iasdissonânciasosouvidosdopovo._p:povoespçra·obras DQ So~iexdxâx•dI,eXParaense Ab~·~•dl _comoontitmao' dar·valdamsó:~ªlista: Outros diferentes". Espe~-as ainda. - .... Leví Hcil De· Moura (E~ecial . para a FOLHA ·DO NORTE; neste _ ..Estado.) EmMasSo A A.·B.D.-E\ Mais de 400 escritores, cientes. da renuncia da dire- --Barata, . Tanus Jorge Bai,,tani, Serv,ulo ·de Melo, Narbal Fon-' ~~la . da ABDE, r~lveram desligar-se dessa as,sociaçã:o, - tes, Odalio Amori.µ1, Adalberto Correia Sena, Marcos Konder -> numa admirável atitude de coerencia com os principios Reis, Plivia Krahenbull Arnou de Mello, Neswr Massena, defeitdidos pela "CJ:iap11-.Af~nso Arin9s". . Romão Cortes de ·Lacerda, Sabato ;Magaldi, Raul Líma, Soa·- , FirmarJ1,m essa. declaração de saída: res. Filho, Millor Fernandes, Regina Maria Rangel, Aben 2stá visto qúé a:o · tempo ' do Mas, enfim, se tratava Cle - Attar Neto, Joaquim d,e Salles, padre José .Gomes Bueno, J-1 plerúlunío da~ hevea no ·vale, pão, e Machado estava _·no · Alvaro Lins, Roquette Pinto, Rachel _1:le Queiroz, Olega- Etienne Filho, Murilo Miranda, Sampaio .Vidal, , Teo.bald~ um ·estado de extrema crise Rio -de Janeiro. No romance rio Marian{!, José Li.ns- do Rego, Augusto Meyer, Carolina Na- · Miranda Santos, Arnaldo Sussekind, Ceres. Franco, Nelson– mántinha-se constante -~ co- paraense "Maria Luiza" se buco, Miguel Ozório de Almeida, Dinah "Silveira de Queiroz, Roi:ne1·0, .Euzébio .Rocha, A. Floresta de Miranda, Ir.ene Ta-: 1 mo até os dias de hoje rias cogitava da farinha, da fari- Gastão Cruls, Affonso Pena Junior, . Mucio Leão, Jorge de vares "de Sá, Hermano Requião, Joaquim de, So.usa Leão Fi– ciµnadas inferiores, más ape- . Ilha dagua, qu~. é o nosso Lima, Pedro Ca~on, Agr~pin-o G~ieco, Cyro dos Anjos, Ma!·- lho, i:viarce_ló Silva Júnior, Paulo Sarasate, Oscar da Cl,IIlhà,i ilas nas cama'das inferiores· _ pão, "o -pão noss de cadllc ques Rel?'elo, Luc_1a -Miguel -Pereira, R_odolfo _Garcia, Joao Serafim Silva Neto, 41cides Marinho Rego, I)avid Nasser, j entre os artifíoes, os· 'chama- dia" . Hoje, el_a está _: a seis Mangabeira, Helo1sa Alberto Torres,. Lms .Jardim, Otavio de Costa _Carvalho, Apolol).io Sales, Fernando .Augusto Buarque,, dos ,.méstres (mestres pinto- cruzeiros O qui!lo, sacl!ificando Falia, Peregrino Junior, ·Josué Montelfü; Ana Amélia Quei- · Eremi:lclo Via na, Alice A,btibol, Ivan Folch..Gomes, Berilo Ne-1 res, mestres pedreiros), entre C:om O seu preço a pequena_ roz Carneiro de Mendonça. H . Sobi-al Pinto, E : Castro Ré• ves, Heitor Beltrão, José de Andrade Lima, Medeiros. Net;q,/ um. opêráriado ainda incipi- burguesia, que vive a clamar belo, Aurelio Buarque de Hollanda, Lúcio Cardo,io, Arriando - Jorge ,Za'rur, Luis Cosme, Alice Afra de CarvalhÕ, --Caio de enfe . ria cidade, e entre os êontra o seu custo, e impe- Fonbes, Maria Eugenia Celso, Augu.sto- Frec!érico Schmidt, Mello Franco, Manuel Be1·nard-es Muller, Pedro Vergara, Ro-· tra°!)alhadores agrícolas sem dindo que , as .classes menos A~aulpho de Paiva, Eugenio Gomes Corrielio Penna, Lourenço mero Icaza Sanchez, Alfre~o Pinheiio, Maria de Lourdes terra nas chamadas "coloni- favovecidas dela se abaste- filho, ;Roq.rigo -Otávio Filho, ·Henrique Pongetti, Viriato Cor-. Duailibe, Alvaro Porto Moutinho, Candido Mendes de Almei- , as"~ -. . _ çe.m suficientemente. Na épo-, . reia, .Andrade_ Muricy, Osório Borba, Breno Accioly, Carlos . (l.a, ~a~i,lia Diniz Carn_eiro, ElsE: Machado_, God?fredo Te~e!;' Pos~ivelmente,. um ou outro ca do romance de Ovídio Fi- Lacerda, Fernando Sabino, Francisco CampÇ>S, Murilo .Men- Ju~n<;>r, Geral~o de F1•citas, !lavio de Aqumo,_Ces~r Ladell'a, lntélectual, como, por ·exem- lho estaria naturqlmente ao des, Hamilton Nogueira; Levi• Carneiro, Rosario' Fusco, Pom- lJ._1htor Luz FJlhp,: ,Const.ant1~0 _Paleologo, Antoni_o CaetanC! plo, Santa Helena Magnô, fi- alcance das camadas mé- peu de Sousa, Roberto Alvim Çorreia, Marcos de Mendonça, Dias, Bert_ho Cond_~• !vete Ribe!ro, Artb:.u· Toma~1, Ary P.i-1 ~ lho - de latifundiário. pert,en- dias, mas não do artezanato, Raimundo Sousa Dantas, Rtnato Almeida, Nelio Reis, ones- _ tombo, Heitor, Mumz, Adalberto ~oelho, Antonio F);l'es da Stl•I celia à camada mais favore- _e dum proletariado incipien-- taldo de Pennafott.,, Rubem BF:iga, c tano Ricardo, Paulo .va,_ :P,Mcoa-l_e'l,\flos Mag_nol Américo Lacombe, Maria B!!-rreto. l c1da da sociedade. . Le, e, çomo sefupre, como e.fe Mendes campos, Odylo Costa Filho, Rt1.imi1ndo Magalhã-es _Aga':1~º I,.acombe, Mana Barre_to, Aga~emnon ~orais, A- 1 •Dezenas deles, porém, .per- os dias ..die hoje, tremenda- Ji;.nior, João Neves da Fontoura, Alceu -Marinho Rego,- Her- g<;>~tm!'1,o Olavo,. ~dmun~o Momz,. Francisco d9: Silva, Alveg tenciam à ·parte mais modes- mente espoliado. man Lima, Gustavo co-rção, Attstregesilo de Athaide; Maria Pmhell'o, Herm1mo Fre1~as, _Hellodora Carneiro: de lYieI?,- 1 ta-dela, e viviam em seu pe- Em 1837, o general Andréa, - Izabel,,José Cézar Borba, Abgar Renault, Ligia Fagund>es do_nça Bueno, Argeu Glllma~aes, F. _Barroso _Jumor. J~l,io , nosõ s~io, ein igual estado Francisco José de Sousa Soa- Telle&, Lêclo Ivo, Emil Farhat, Prado Kelly, Guilherme , Fi- Cesa_r de Melo e Sousa, (1:d~lb.a Tahan), Al1~mar .Beleem~. 1 con"Stante de crise, como os · res de Andréa, no crepu.scu- gu•~iredo, Newton Fveitas, Noveli Junior, Paulo Pinheiro Cha- C_lona°;o Amoroso Costa, yieira de Melo, Claud10 Ganns, Bn-, desgrii,ç_ados que citamos atrás. lo d:t Ca,.banagem, se queixa- gas, Alvaro Armando, San Tiago Dantas, Alqisio Alves, Clo- g1do.. Tino_co, Danton .~ab1m, Edgar Mata Machado, · Cyra.1 MM são ·os próprios roman- va em oficio para a Cârte do .vis Ramalhete, Dante costa, José Honorio Rodrigues Franklin• N•ery,_ Els11; Le.ssa, Abílio_ de Carv!ilho,_ -Fernando Tud~ de· ces da época (nem podiam preço da farinha . ·ct~gua. de Oliveira, Mario Pedrosa, Pedro Nava. Nelson 1'odrigues, Sousa, Jose da C~sta ~orto, J. Gmmaraes MeReg~le, Mical- 1 _deix:ir de ser) que 'denuncia.ri '! -"Nuncá mais esta • província Tas.so da. Silveira; João Condé, Afonso Costa,, Celso Kelly, d:15 Çor;-r~a. Adoruas Filho, I~nez Telt~cher, Antonio J. ~he-( . a ;t_iorriyel miseria em qµe poderia _ter a farin!la_ a duas -Antonio Simões dos Reis, Murilo Braga, Tetrá de Teffé, Vi- diak, Leopo~do Arres, _Nair Mesq.u1~a, Osmar, Mont Ale- i me~gulhavam as classes po- ·e .tr~s p_atacas- o alqueire, co- valdo Coaracy, Augusto Rodrigu•es; Ofelia d_e Barros Fontes, gre, P:.wendino Leite, .Nell_ Dutra, T1:,stao da Cunna, Ottolm_Y, bres. E' má obsl.'l'vacão de- m~. era ,egular em out,1·~ te~- Sílvio Elia, Xavier Placer, Eugenia Furstenau, Francisco de Stravch, J'osé Paulo Moreira da ~o'ilseca. Carlos Stud_art Fi-i clarar agc,ra .- como muitos po lamentava-se ele. E m- Assis Barbosa· Edmundo da Luz Pinto Damaso Rocha. lhQ,.Gléa Delamare. Leony de Ol!veirn Machado. Mana EsQ~– fazem - que naquele tempo formava ·.sucumbido que aque- Celso Cunha. Euryalo Cannabrava. · Gloria' Quintela. Homer~ Una Pinh~iro, Jy.l:a~uel Cavalcan~i P ro1;nça, Cardoso de Me~o- as classes pobres seriam me- le precioso produto estav_a . -Sena, Ilka Labarthe, Lopes Rodrigues, Martins d'Alvare~, Neto, _Jose Bandeira Nery, Mana_ Jullet~ Dn.un~o~d, Lu1 lhor nütrida.s, porque podiam cu_stan~o o alto P.:eço de se~s Pizarro ...prummond, frei Sebastião Hasselman, Rafael Bar- Santa C!'llz, Esau de Carvalho, Lllls Camilo de Ohv,e1ra Neto. alimentar-se _de peixe, que mll :eis I o , alq1,1-e11~. os dois bosa, Joaquim Ri-beiro, Helio Viana, Iolanda Bittenco.urt, Anam;ehno Vargas, Newton _de Re11Iy de ~ousa, Max_. Tav_a-; havia com abundancia, nu- pa;ieiros. . . .,..- , Carlos Thirê, Brasil Pinheiro Machado, Thiers Martins Mo- res d_Q Amaral, Jonas Co:re1a, J~ques do Prado Bran.dao~ são! Ilusão os melhores t,em- E _ que, a .cr1_i;;~ at~_nº~ª à pe- reira, Sara Novak, Violeta de Sá, Ruy co·utinho, Olymipio Otã_v10 A-y_res, M_oacyr 1'.'ehx de Oliveira, Munhoz da_ Rocha. pos;- como diria Raul -Pom- que~a burguesia, as ~amac!as Mourão Filho, José Augusto, Paulo Celso M-outlnhQ, Osorlo .Tacq·a Maia, Julio R<;>drigues de Sousa, i:vianue~. Anl_omo Gon-j peia ! Peixe sobraria certa- med!as, a q1;1e ~ndr~a per- Tuyuty, Sylvio Julio, Wilson w. Rodrigues, Afranio Coutinho,' ~alves,_ Ney Ca,·alheir? Campos, Ant?mo -yenstam d~s An– meQ.te, mas muito pobre n~o t:ncia. Os seis_ mil _reIS de en- Bezerra· de· Freitas, Bilac Pinto, José Sanz. Maria Teresa - JOs,_Jqao Boelho, Dame!_Caetan~, Jose M8'.ria d-e Morais, <;:~~ podia comprá-lo. Essa é que ta~ correspondiam !!-OS_100 cru- Abreu Coutinho Oto Lara Rerende Raul L ellis Judith Mar- tarma Cannabrav!l, Joao Hennqu~, Viriato Vargas, Su10 é a . verdade. --- zeu:os d.e a_gora, que_ é . PQr . • . . ' ' Drummond, Antomo Fraga, Antomo de Arruda Marqu_es. j No romance realista de O- quanto esta custando (~s- tins, Francisco_ Kai am. ~ano P.e_':1ª Rocha, E~nani Fornarl, Segadas Viana, AdautQ Lucio Cardoso, Petronilha Pimentel, vidfo Filho - Maria Luiza ::.- tando caro !) à classe media. Laura Margari d a <lE: Quei~az, Pencles Leal, ~ilberto Valen~ V-argas Neto, Arlando Aragão, Pedro Calheiros Bomfim, AI– saido a lume em 1899 no-s dias de hoje, o alqueire t1;, Elza ~arreto _Le~te, Lms Dodswor th . Martins, ReI1:9-tO Jo- 'mir de Andrade, Tomás Fontes, Clementino Camara Ju~ quando em Belém, nos Cas- de far,inha ! Mas, ninguém se. bim, Flavia da S_llv-eira Lo!:> 0 , ,A. Guerreiro Ramos, Bnto Bro.- nior, Evaldo Simas Pereira, Alexandre Brigole, Claudio Ta– sinos, os donos d,e seringais persuada que o pqvo muito ca, Delga~o Tubmo, Moacir Bretas Soare_s, Ruy Santos Pon- vares Barbosa, Ferreira de Sousa, Ernani Reis, Angyone Cos– fazíam presentes às munda- pobre poderia, em 1837, sem tes _cle M_iraud.a, Tamara <:;apeller,. Ca n cli d a I~ete, Gustf!-~ 0 "ta, Elvira Rodrigues Gomes, João· Mendes, J. Simão Lear. nas- de sabonetes Pearsoµ's, sacrifício, comprar farinha a Dona: Ell•?zer Burla, Dano Ati:neida Magalhaes, Otacilrn Ezio Pinto Monteiro, Eva Benn, Claudio Goulart de Andra"'I embrulhados em cédulas de ~rers pf:1.tacli.s o alqueire. En- Alecrun, Raul Aze!'edo._ 3te 1a. Leon~ rd ºs, frei Romeu .Dale, de, Alberto Cotrim Neto, Vivaldo Lima, Almeida Fischer, Au-, quinhentos mil reis - a per- tão, a seis mil reis o ·arquei- _Carlos Perry, Ha:-1'.dee Nicol~t, Martms de A_lmeid~, Gilber- gusto. de Lima Ju.nio-r, J." Roberto Moreira, A. Figueira d~ sonagem, pondo as mão in- re q classe pobre não podia to Brea, R~ul Pilla, Moa._cll' ~ ea_breu, Ad!!.lzira Bittene 0 !ltt__, .l\lmeida, Alde Sampaio, J. Paulo de Medeiros, Avida Fari quietas na cabeça cheia de .pensar;-, _nem por sonho, em ·Ernesto Fana Juniçir, Mano Limell'a Alves, M!enor Na~en- Pereira, João Paulo Almeida Magalhães, Andre Carrazoni, aflita .prudencia exclamava - a dquiri-la. Mas é obvio que tes, .Geraldo Men_de_s Barros, Herber_to, Sale~,.Joao Melqhiades Jurand'ir'Pires F•erreira, Ari Quintela, C. Cardoso, Antonio Car~ "Pensar em casar-.se nest~ para !l,s_ cama.das .med!~ o d e.• Sous~, Lazinba L~s ~ .arlos Bnro, Aloisio de Carvalh?, los O. Mafra, Anesia Andrade Lourenção, Ricardo Galencl'. 1 fpoca em que a fa.rrnha esta custo do alqueire a tre1s pa- Clea. Jackso_n de figueµ,edo, M_anuel , C!ivanca11ti, Ma,no -A. Accioly Neto, Amar~Q de Albuquerque, RJ!nato Travas por um preço enorme t:•. ta_cas, es~a_v,a. razçiavel, _comQ Braq-t, ,Laus11T\ar Laus G!?mes, ~iran · La~~•- Paµlo The~!m .sos, .Anor Butler Maci:el, Janduhy Car!leiro, AIvaro Gonçal . CJncQ anos ant~s,- em 1895, , cq~yínha -~qd_réa . •Os _seis mil Barr1;1ió, __9el~p.e_l_l ,qe ~~d_eq·os, Vitor_ ?~ Esp1pto Sant.o., Anzlo ves, Qtacilio Rainho, Alaím de Almeida- Carneiro, Fernand~ Machado de Assis. n"A Se-_ reis, ~ g_ue .;iá _lhe,:l _pesava. d~ .Via~a, :ro~e- 4ugll;stõ d_e L~ma, B-ncio, de Abrel/,, JYlâdB:lenri Ferreira de Loanlla, Ruy de Almeida, Oto· Prazeres, João Li-, ·mana" declarava: . "Nestes Donde a reclámaçao do gea fmzª, J . G.ui ~~r~ Q~ .M~~aoJ .Qtho~l l!- ·L?-Q~ard~.s_, Ribet- ma, Afonso Felix de Sousa, Daniel F·ranco, Aramjs Atatde, ~m_pos _em . qu~ o píi,o, ~ _çaro ,, neral. _ .. . ...~.o._9onç_alv:~ 1 -~er~io. -~b1,1qµ~rque n::; 1 _lva_, R11,ul Bopr, , M~_p- A;ntoma. ,Ba. st.os; Fred Pinheiro, Antonio Bittencourt Aza.m• ,· 1 pe_queno, e tudo o JI)als.- vai . .A.o"'." .tempo _do _romance pe ri<:10 ·wa,lst.l)l~n. Josf ,Ça,ó,_ Mietta Santiag9, .Aní!- ,!3<;itelJ1o-_Ben- buja, Fernando Almeida Nobre Fillio"; _., pelo · mesmo fio". (c'ontinúa ·na 3,it pág,.) Jarnin, Ga'brief Passos, Arnaldo Damasceno Vieira, Hamilton - · ·

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