Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1949
-".Nã(J FlJkl"'f.<7, a .esta altura - · - autoritãrlo e de vontade ttN' à-Os acontecimen-, uegarj- -,-- D Ob D r" • fJ t F me. Mas, não era um caudl!. ;;).· o 0 u:, 5 ~J.~~i;b!~too:i !~eG~~\.-m ; orno o '. ro e l:Jl~Der o reyre ~t·h!!~~s 0 ~ec~~f~~~ ~~ ~s cl ~ uma técnica pestoal e meza de vontade: são úteis. sua li? ,L :rn;:e nas t011l~s ,; os temas nrtd ;l e~,,s do ,,u1m· tuou, predominantemente, os znaleáveis e pouco afeitos às ínter,;:·r-t::.ç:1o dos iates hü- cie "Casa G:·andc e Senzala"' aspect-0s de,. ...4!terp111etr~ão lutas, mas não à~ bravatas<. , tóric os: A :eoria da ~ua ma- incluídos nesta d,fini~ão ou J. CAMILO DE QLIV'EIRA TORRES de culturas e :ra~a~ .na ·for- E a "Conciliação", não foJi nel;" µ2 c.i""1 tie rntcqiretat" conceito. mação brasileira, PQÜco , ha- uma ditadura: foi um acordo os l at.:>s do pas;ado foi esta - Vejamos os exemplos mais to definidos e nítidos da his- rie de conferencias r eunidas vendo que acresce'ntar ou co- interpartidário, como o que se belecif!a nos tomos iniciais já recentes da aplicação da :;éc· toriografia tipicamente frei- . sob O titulo "Interpretação do mentar nesta questão, quando fez hodiernamente, mas e.m publicados no tratado de "So- nica do sr . Qilberto Freyre. r.eana: mas nun'ta confer-?ncia Brasil". Já encontramos O sr. as opir.iões do autor são mais melhores condições, por mo– ciologia", e contra a qual, em Nada menos de quatro livros sobre .. 0 camarada · Wllit- Gilberto Freyre fazendo so- do que conhecidas _ e em tivas óbvios : 1,i mesma, nada há que _ob- L livraria José Olímpio Edi- man", pronunciada na Sacie- ciologia: mas as circunstan- geral aceitas, com algumas De um modo geral, porém, jetar,' p,rincipa1men te quando tora publicou no último ano dade dos Amigos da Améri- cias obrigaram-no a um esfor- restrições, é clar o. Mas, no temos um conjunto de inter~ «> autor chega a realizá-la de do sociologo de Recife: duas ca e num discw·so sobre Na- princq,al concordam com el-e, pretações da realidade brasi..:. ,nodo pleno, como em seus ''plaquctes·• ·- "O camarada buco a ser lido na Câmara ~~1/enli~n\r:: : ~!tif:;:~ação Caio Prado Junior e outro;; lei.J:a. dentro da linha, digamos grandes livros clássicos "Casa Whitm.an" e "Joaquim Nabu• dos Deputado•, na·o ha' mw·to E' estudiosos da matéria. assim, filosófica do sr. Gil- G d s 1 " , s " d · l · 1 · d - uma visão em conjunto , b radn e eM enzaba " e . o- co el ~IS "vDo umes .1tonc uB1 os lugar para Interpretações so- e conclusiva, sisterriálica e ar- Neste livro, temos além dis- b erto Freyre. , ra os e ocam os . na co eçao ocumen s ra- •-•-" • tam to algumas ob&ervações feli- Mas, é em "Inglesl!6 no· Resumidamente e de ma- sileiros": "Interpretação do ci,_,gicas: es os ·diante de quitetada. Ora, 0 sr· Gifüer- zes, a respeito de várias ques- Brasil", porém, que vamos · ·t · tét · _,._ B ·1" "I 1 B um tipo de anállse diferente to Freyre, como diria Sérgio <:ne1ra mm o sm 1ca pvu.;- ras1 e ng eses no ra- daquele habitualmente trata- tões, corno, por iexemplo, a encontrar a sua técnica em riamos dizer que as ciências sil". "' do pelo autor de "Sobrados e Buarque de Holanda, perten- do caráter soc!ológicamente toda a plenitude, com 05 de- . culturais têm ;,or objeto e Tratando as duas figuras M ce mais ao gênero "semea- real de nossas diferenciaçoe·s feitos e as qualidades que f . lid ., t·t ·~&n ♦::- t te d J ui ocambos" . A biografia. é dor" que do '1adl'ilhador". . . ., ina a~e a recons 1 w,,_, "'"' · a raen s, e oaq m regionais: as divisões admi-· lhe .sao peculiares. d as "situações", definidas Nabuco ·e Walt Whitman", es• um gênero em que as reper- Este volume, que o "Livro do nistrativas no Brasil não s,;~ Não fez o sr. Gilberto Frey, ·. t 1m te d Gilb rt F cussões coletivas dos a·· conte- n,e·s" como sempre J'udic1·0 = empora en no caso a ci·eveu o sr. e o reyre • - produtos artificiais e sim na- re 11m estudo circunstancia• .... t · · · 1 t d f • · citru?ntós procuram delibera- sarnente incluiu em uma de ,--, ~,1s ona, esp2c1a men e no ca- uas con erencias e com as , turais. Ou, então, de um do, - rtúqucioso e completo da d f . h 1· · 1 - t · ·" damente o segundo plano e suas t'1lt1·m·as sele,.o·es dã ,, - d b · · so a geogra 1a - umana, em 1m1 açoes na ura1s ao g~ne- as sombras. " , - certo fundo igualitarista no influêii'o,a os ntan1c<1s na Ili me,ma.s, no caso da so- ro. Mas, embora conferen- nos, em verdade, uma justa movimento r epublicano, ou, vida br asileil'a durante o sé- ciologia. cias, são dois ensaios de in- Encontramos a feição pró- e aproximada interpretação melhor, na imiplantação da culo passado. Mas, dentro de "' t 1· · d lh t t - 1· d' pria do escritor pernambuca- do Brasil t · · ul 1 ..i,,s a ap 1caçao o ve o er pre açoes va 10sas e 1g- • República, que produziu ln- sua ecruca acum ou e e- predicam€nto aristotélico nos de estudo. Soube sinte- no de maneira mais acentua- Como não poderia- deixar discutivelmente um inegável mentos para mostrar a situa- "A situação" - aos estudos tizar muito bem o sr. Gilber- da, embora incompleta na sé- d.e acontecer, o autor acen" florescimento de "homens no- ção oriunda. de tal influên- lS0c iais é hoje uma tendên- t-0 Freyre ó sentido predoml- vos" . Finalmente: a ação ci- eia. Por isto, quem quiu-r, eia universal, não estando ai, nante social, no sentido de vilizadora do I mpéiio exor- encontrará facilmente contra- ::_at~ut~~~~ ªF~~;;~~bt;ç~~g~~ ~~ 0 ~1~! 0 :ªda eob:~.u:~r!;!.~~~ .e LE G 'I ~ ~ ~~:nod~a~r::;~ J ~r~:~J1t~: ~~ii~~·e/e~:_tcõ:, :i:!~:r~n~ nal e próprio em sua ativi- poeta americano e do. histo- mo. Aqui vai uma restrição: tasistas em questões de de- dade consistiu em procw·ar, riador e estadista brasileiro. ~ Paraná não foi uma exceção, talhes. O "ambie11te", a "si• graças aos métodos inspira- Evidentemente que não en- - • i ..__,. um caudilho disfM 'ça.do. Mar- tuação" da influência ingle- rlos · na tendência que deno- contra.remos aqui traços mui- quês era homem enérgico, sa·, pelo menos nos s,et.ores mina ríamos "situalista" ou estudados - que não são to- ''concretista",. a explicação das dos, o autor pi;ometendo ou- tdransformaçõte_s sodciais_dse;uti:- E L E- G I A i..TfJ _ -, E 1 · E G I i\_ N~,. 3. Lros livrG~lbemrtoseguimento - o a perspec 1va a v1. a m 1- 1 ~ . . J ., V- o sr. 1 e Freyre nos ma e cotidiana . E' o sr. Gil- -~ ·-~ i'ecõnstrói com muita felici- · berto Freyre o sociólogo e o clade. Ou, pelo mencis, satis- · histor:ador de habitual e do Vejo-te morta . As bra,.cas mãos pendentes .. De mim perto, bem perto, junto, unida fatoriamente. De _nossa par- "coniqueiro" · Ota, num pais Delas agora, sem querer, libertas Como nunca estiveste 09010 estás . te, apontariamos duas Jacu- º~ péssimas tradições histo- • nas, realmente importantes, . riográficas, onde sol)'lente o A alma dos gestos e, dos lah,os quentes Foste e licaste - estranha despedida, neste livro, lacunas est.as , fa,o de projeção espetacular, .!. Ainda as lroses pensadas só em certas Reino de sombras 1 de silencio e paz . possivelmente, oriundas da rio gênero "heroico e retum - ' divisão do material em vários bante", ou, então, o documen- livros. A primeira é a parte . to "oficial", o papel feito e Tardes distant es, sob as entreabertas • 1 Tua prese~ a é eterna, eterna a vida 11:1elativa à influência ideoló- elaborado com ª intenção de Pálpebras, sinto em teu olhar presentes Que, l eliz, pat a sempre, viverás. . gica dos ingleses no Império. ar a versão autorizada dos at-ravés dos parlamentares e - .a contecimentos, eram consi- Mundos de imagens que às regiões desertas Morta é a morte, levaste-a de vencida, '1os tratadistas ingleses. Quem ' d erados como O as-unto pró- Da morte l~arás, que a morte sentes. Hão nos separaremos nunca mais. boje lê certos autores ingle• iJll'ÍO · dos historiadores, certa- ses clássicoo (Burke, por. :mente que seria um renova- exem.plo) tem a impres~ão de . <i or em toda a linha quem Fria diante de todos os apelos . Quando chegar meu derradeiro instante, estar r.elendo discurso de gcn- viesse mostrar a influência. V O te do Império . ,,a arte culinária ou de qual' ejo-te morto, viva a cabeleira, 1 noiva ausent e num pais distant e, outro tema que está neces- q,jer outra C'oisa igualmente Teus cabelos voando! Alt ! Teus cabelos! Nossos ainigos todos ouvirão . i;itando de um estudo, igual- ;prosáica na vida do pais. E' mente, é o da influência dos clnro que os métodos do sr. ingleses em Minas Gerais, na Gilberto Freyre podem ser Gesto de desespero e despedida, Vozes e cantos. músicas e abraços . zona mineiradora, fato que já, l evados a exagêros e ele pró- Para ficares de qualquer maneira · Dos fantasmas que formos nos es-01 mereceu a honra do verso, JJrio muitas vezes tem come• r- 7 num poema célebre de Carlos 'udo alguus; se a história não Pelos fios castanhos presa à vida ; Será o encontro sem sepotação . Drununond de Andrade. se limita, únicamente aos fa- De um modo geral, porém, tos e conversas 1e sala de vi- E L E G I A N"r: 2 fixa o sr. Gilberto Freyre \i,a , a cozinha não é tudo. ~ E L 4 uns tantos aspectos do as- 1~0 correr desta crônica apon- .J - E_.. G 1. A i..rqJ sunto: introdução do vidro, taremO$ alguns dos perigos da _ l ~ ,.... as estradas de !erro, o co~ técnica do chefe ihrstre de. -' l mércio, etc.. Aparentemente. nova eseola de Recife. Mas, Eternizo os teus últimos instantes, Passos incertos sobre as lages Irias, 0 set ºr escolhido por ele foil! quando vemos conhecedores o da interpenetração cultural, ndiscutiveis do passado mi- Quero esquivai-t e ao derradeiro arquer!; Sigo em busca de ti,__ sigo à procura ist,o •é, a fase fronteiriça, no , neiro, com relli 5 :Serviços Quero que, aos meus ouvid.os , ainda cantes do tumulto da vida de outros dias caso concreto, os portos· o,v prestados às nossas letras · mais precisamente a fase in- históricas, os meus excelen- Nossa velha canção de amor; desejo que foi contigo pora a sepultura. trodutória da atividade d~ tes amigos F . Antonio Lopes, penetração de usos e costu- · Augusto de Lima J unior e T I " • h d s· t l"d · ,, . . mes ingleses no Brasil. Etj Salomão de Vasconcelos, me- er-"fe ao meu a o como t,n a ant eà . 1n o, na so I oo a noite escura, reune grande cópia de ma.:. , 1idos em infindáveis polêmi- Na fronte exausto do outro mundo um beijo que, de onde estás, não me abandonas: guias, teria! destir.ado a dar-nos" éas a respeito de uma coisa Sinto . Foi de tua alma, bem distantes, e que vais ao meu lodo de alma pura uma representação de con- 1 de existência problemática - junto perfeitamen¼ satlsfa-"" 0 dei,eaho exato da bandeira Seus cabelos castanhos soltos vejo . Como, . nos tempos que morreram, ias .' -tória . dos Inconfident-es, - diante --xx-- de tão estranha discussão, Â A verdade é que; se com. forçoso nos é reconhecer q·ue Tinha a certeza de que voltarias:' mo-te mais depois que loste embora . este livro não ficamos· conbe-1 c,s estudos históricos no Bra- Ouviste a minha voz e de mãos frios Nas lages Irias meus incertos passos. eendo com exatidão e ' sil ainda estão cheios de so- C'.h • , (F • • I • l} , D • d et , aeus detalhes a penetração li irões inexequiv 2is. E 05 exa- egos ans,osa . o, tao onga a viagem . . e1X1rs 1 e ser a erna ausente agora . inglesa no Brasil nos primei-, gêros do sr. Gaberto · Freyre, ros lustros do século passa'.l.J 112cessários e justos. Quanto Que palidez na lace ! Inutilmente Vejo que voltas linda dos espaços do, passamos ª ter uma no•1 110 valor da historiografia ~ã? justa dos SSPl_:C~s princi-:--J fl- eireana, há que reconhecer Busco abraçar-te. Foges, que és .somentt E eu vou contigo pela vida alota ;pais e das tendenc1as desta1 o ~eguinte: é histórico t:>do O sombra, perlu.me , ressonanc:ia, imagem . Conduzindo a tua alma ·nos meus h1aço.-, penetração. Quer dizer: 0 sr -t fato ou acontecimento que al· Gilberto Freyre reconstruiu a tera · de maneira ma.is ou me- "situação" nascida do fenô'- ' !llOS profunda as estruturas _da M A u R o· M o T AI ~ meno da intercomunicação eonvivência social. Ora, nm- •• . 1'1l •• cultural: os ingleses introdu• ;gu~é::.:m::: _.:po:=,::d:.:.e::.rª::.· __ n_e.:g_a_r _es_ta_ r_em _ _ __-"'.:-:--:--~----:-:--:----- - - - -------- ---- - - ---------:;;::::---:;;::::::;::-:;:------zm-·_d_o_-_s-e __ no Brasil. ~ i" E U G E N I O sempre deslumbradas, capazes Para determinados versos mesmo amor e a mesma de..' ., ·- de transfigurar o cotigiano e D LJ e d Cle Dante Milai:o SÓ há, a licação. Felizes .os poetas' : R U B I Ã O ver o novo naquilo em que meu ver, um a dJetivo que os iue, c:omo Raimundo Corrda,J Homem de especial feitio outros nadda hsentem. Almd uª dde e ' m. a .erno gudefaingeªm: evcoªnmesplceetantes. A litnl- mcontram admiradores as- -- t'll!se Eugênio Rubião,· que ou- poeta, e ornem e ca o, • o sen - ;im) . litro dia perdemos. Era um apto a, •descobrir a felicidade ·mento, configura a atmosfe- :Coração singelo, uma dessas numa página do seu FREI il'a flutuante de sonho. At- ,raras criaturas para quem co- LUIS DE SOUSA como numa . 1 N r--- · X I s N mosfera imaterial em que o mo .,que inexiste O mal, por~ pe.isagem, ou num sorriso de T E T _l:,. espirita parece ,pairar acima ·(lue vêem coisas e seres fiJI- criança. Tal a. alma que- per- - ' de. vida, já integrado na s.ua. 'trad-0s através da nobreza dos dem9s; e o céu ganhou. . L..... · 1 • . _ . 1 própria substancia, senhor do 1 -IJ)róprios sentii:rien~s. Esse próprio mistério. Esse poeta t rna1n~°si~;le~~n~;;~~ ~~;u ~ ;-MPPO .[' i .: ! ~ (Copyright E. S. 1., com exclusividade para - FOLHA DO ;:i~~t:!ii~ªan~~nC:o"~~á uq~! duziram outros bens que nao NO:RTE, neste Es&ado) • 1 _: ossem o convivia dos int.i• As "Poesias Completas", de. · · Na treva mais g,El.lada, na :anos, a leitura dos seus clás- Raimundo Corrêia, ora edita- ,?l.LPHONSUS DE GUIMABAENS FILHO (brancura 1slcos, os seus discipulos. Pro- das com organização, prefá- Mais cega, t, morta, a vida !1.iessor foi de todos nós e ci·ei.i cio e notas de Múcio Leão, não forneceu nenhum. Ora, o próprio amor tem Ullll gos.. !ainda t'ransluz. GJáo haver nenhum, dentre refletem, antes do mais, a ~~- relendo-se agora a obra de to de cinza e é, tanta vez, "um :aqueles que lhe tiveram Qs_ gurança.· com que o poeta do Raimundo Correia; logo se sentimento que não tem sen- Seriam inumeráveis o,s ver– :ensinamentos, que lhe es, "Mal secreto" escoll~ia entre conclui que o melhor de sua tido" . Mas este poeta atinge sos a citar: "Na noite co,r ·i queça a cordialidade, sor• os seus versos. S!\be-se que poesia estará mesmo neS6a as camadas do mistério. Se . de sonho, cor de sonho''; riso sempre anúgo, o desej ~ Raimundo Correia publicou coletânea. O restante pouco lhe lemos versos dolorosos e .''Toda paisagem tem um ar de 108 ser útil. Professor foi alguns livros de poesia:- "Pri- >ou na.da lhe acrescente.. A mesmo desesperados como es- sonho"; "Oh, paisagem do f se.,,.pre. na cátedra. como na :,:peiros sonho~". ''Sinfonias", auto-critica do poeta. se se tes: imenso esquecimento"; "Cor- imprensa . Por meio daquela. "Versos e Versões" e "Ale- mostrou severa, foi e-m pro- rei, correi, ó versos sem pa- ;realizava a sua. vocação de luias". Indo para Portugal vei.to próprio. Porque o que "Sonhamos tanto que o mun- lavms ... " . Está aí; versos ,m estre; por meio desta · se em fins do século passado, -realmente merece ficar de do não nos reconhece mais. sem palavras, parece serem [entregava à composição de como diplomata, elaborou ali sua poesia. foi incluído na. co- & aves, os peixes, as pedras os dessa poesia . Versos, flui– r!ll.otas minuciosas de filólogo uma seleção de seus versos. letânea editada em Portugal. não nos reconhecem mais. dos, transparentes, feitos do afeito a um trabalho pacien- A coletânea chamou "Poesias" (Faça-se, de pa=gem, uma Deus não nos reconhece mais" ar que se respira. Como diz te e sempre seguro. Ainda ai, e nela, como lemo,s no prefá- alusão à tarefa de que se o poeta: "0 verso é f,eito do \vocação de mesh'e, do mestre cio de. Múcio Leão, figura- desincumbiu Múcio Leão, dan- Teremos, por outro lado, a ar que se respira". Como diz ,;ue Eugênio Rubião sempre vam dez trabalhos de ''Sin- do-nos a edição definitiva, das constatação de que o poeta o grande poeta, um dos mais 4iufs ser e em n enhum mo- fon.ias!', trinta de "Versos e poesias de Raimundo Correia. conhece o s! gnüica.do do efê- expressivos do no.5so tempo. .mento delxou de ser. Almas Versões" e cinquenta de "Ale- Edição definitiva que mostra mero, e .que nele descobre ficios e que, no mínimo de·– ~t'lllím muito pouco podem à luias". Quanto ao livro de o admJrador zeloso e fiel, que "qualquer coisa de agora mais talhe de uma tarefa por sua 4!i_da t JX)I' isso me conservam estréia, "Primeiros Sonhos", nem mesmo se furta a sacri • d-e eterno".. natureza exaustiva, põe o 3 -D A NTE F ILH O As "Poesias" de Dante Mi– lano, edição da Livrada Jos Olímpio, revelam ainda mai~ que um poeta acabado, don de sua técnica e de seus sím– bolos. Revela,m uma .delica– deza, um pudor, uma pure <ie exptressão que, aliada convertem-se em poesia pu– ra, puríssima, poesia até a~ gressiva, como diria Mário o Andrade. Todos os sentimen tos se conciliam nessp. poesi Na ternura ou no espanto, serenidade como na mais dein 1 sa e profunda amargura, en contra Dante Milano matérl para apreender as falas ma· fugitivas, os t ormentos m recônditos, ou os sofrimen coletivos, num verso semp~ modelar pela discrição, pe1) elasticidade, pela musicalidà\i de. E pela essencialidade. Sãa estas "Poesias", tanto como o itinerário de um espirita, tan- to como eco de uma grande solidão e de um grande dese.:. jo de arrebatar às coisas o seu segredo, o mais nítido re- . nexo de um t,empo em que
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