Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1949

2.ª _págipij . ,Íolha dô· lire!t DIRETOR PAULO ~ÍlAHHÁO _L ~---' SUPLEMENTO J ~TlJIU r ORIEHT AÇAO _ · . OI ·HAROLDO .MARANHAO COLABO&A.DOB.E8 1 - Alvaro Ltm. AtonM &ooba, Almeida Fischer. AlpboDSIU de Oalma– riel Ftlbo, &ac,mo Frederico Sobmid&. .&àrellci Buarque de Bolaada. Benedito Nanee, Bnano dt Keneees; CarlOI Drammond de_&ndrade. CanbJ Cm-&. Ceellla- Melre.le-. .C6c0 Melra. Clfo Bernardo. C,N> d.os Ànjoa, · Carloa Ednardo. _Daniel .Coêlbo de Souza t . Paulo Mendes. Ferna.nclo .F_erreln de Loan4a, Ga– rlbaldl Brasil. Barolclo Haranhiu, Joio Conde. Levy Hall ele Moura. Udo Ivo. 10116 LIDI cio Mgo, lolo ·Meneie-. Harqaee Rebêlo. Mirto Faustino, Manoel Bandeira. .Mas Manias, Maria Julieta Dnumnond. Murllo Meneies. Orlando Bltàr, Otto Marta Carpeaus. Paulo Pilnlo. &brea R. ele Sousa Muun, Koger Bu– &lcle, Klbamar ele Moura. Kuy Cou&lnhu, Kuy Gui– lherme Barata. Serglo Mille&. Sultana LeVJ e WU• 10D Harllu- ------------------------- Do -Cronista CECILIA MEIRELES FOl:.HA DO=NORTE o; GIESTG. lt)E '.'ROUAULT 1NCI NERANDG} 315.-TEiA~S •SÉGIO MILÍ:,.IET bre o valor de St:as experf... ê~i,s e _as_al)resentê na cer– ~o "obra de arte'". A condes- teza de que . têm · ·Interesse cendência do artista para con- efetivo, de que exprimem de sigo mesmo e a sua inco- fato uma parcela valiosa de mensta"avel vãidade fazem.:.no ~ua _personalidade. Mais ·tar– valorizai• ós mai_s insigni.fican- de, porém, com a distancis . S. -PAULO - Há tempos nados e não maia represe~– ·no& chegou de Paria · uma es- w am .o seu ideal artistico. tranha noticia. · O grande ptn- Conseguida a devolução des– tor Georges Rouai.:lt _ ..tomara sas telas; vendáveis em mé– a resolução de mandar inci- dia a 500.000 · francos cá.da , neràr -$15 telas de sua· auto.: Rouaulf juntou-as â outras ria. Dado o renomé .lntern:a- que andou arrecadando e pôs cional do artista e o preço fogo em tudo. (cento e clncoenta milhões de Eis um gesto ·que assim ex– francos 1) dos trabalhos, como· plicado passa. do campo• da explicar o gesto de louco 't As. · loucura para o do heroismo mais absurdas interpretações corneliano. E que revela na foram dadas, e as mais lógi;. .sua singeleza dramática uma ca.a também. Temos agora, concepção- da .arte e .da mis– porém, os jornais de Paris são do artista. que só ·muito com informações precisas. Em raramente se encontra -ri.a "Le Figaro" de 8 do corrente história . Mas· e1s, principàl– se explica que m~es atrás o mente, uma admirável lição pintor ganhara o pro'cesso in• pau os pintores de nossa tentado contra os hérdekos do época tão facilmente satis– "marchand" Ambroise~Vollard, feitos com suas pobres pes– ao qual estiv~a ligado Por quisas, com seus esbôços, suas um contrato de exclusivlda- tentativas . Tudo isso que os _de. Alegou . o artista, para pintores de outrora desdenha– obter de volta os seus .qua- vam, simples treinos às vezes, dros, · que não estavam assl- · é hoje exposto e vendido co- . . - a · obnobilação se desfaz e ; tes rabisfios, 88 .an~tllções vul- artista adquire a consciêncl• gares .e , a atr1bull'-lhes im- "' portanciâ_ que não têm . Que do valor de suas obras maia diriam os homens cultos se antigas. Nem por. isso deixa os literà~os e.ndassem publl- de .conservá-las, nem por ia- . oàndo Ó6 borrões de seus . ao o sentimentalismo at1111 poem~ :os esquemas de seus menos fortemente sobre o romances, seus pa~is de con- ~~lg3:!;1 0 t~. Teimr a coragem tàt •- ? Em d d 1ss _,,,..._, que a·r, porque s · as e".'-. ver ª e, o· não lhe satisfaz mais a obra se fa,z ·,com a herança dos e coisa de muito p · g: grandes _mortos porque então preciso,· para cheg~uc:S~ss.a tudo interessa • para a me- mutnação de si próprio, um lihor . co~eensao de perso- estoicismo, um orgulho e wn nalldade .~r1adora. Mas os vl- ideal artistlco de uma eleva– vos, a ~ao ~r por fraqueza ção rara. No entanto, · somen,. d~ espiqto, Jamais consenti- te esses qtre assf _ riam etnl ~e ent~egar a Seme- portaram nerante masepr~~!l lhante ex_1bic1omsmo_. obra, podem aspirar a uma Entretanto pode acontecer, permanência definitiva e ~ontet:e_ re_almente, que o Rouault é um •des.. s.es: Aliá;. artista se iluda de boa fé so- não se .devia esperar outra atitucle de quem, através de· Escrever E Viver . . . LUCIA MIGUEL PEREIRA O cronista tem os seus compromisso& com .o público: b ·w-ezes, até o público ·o · ama, e ele faz o Possivel para retri- buir, - Isto é, faz o possivel para melhorar as suas crôJli• Não sei se existe, na nossa contanto que eu não tenha de eas. · Mas acontece que também a famllla,· às vezes, o ama; literatura, por ·exeirnplo, mais fabricar Mistérios ela Tijuca e • i& os aµiigos; e os amigos da familia ·e os amJgos dos amigos. convincente das perturbações possa ·escrever Casa de Pen~ E todas essas criaturas amáveis e ~tes têm os seus dias de causadas ao escritor pelas ln- sã.o". damas. da alta roáa, moços pasitivfstas. Desse plano, que enfeixava mais ou menos uma hiatórla naturalista da nossa sociedade Áluisio Azevedo só aproveitou. embora muito mo– dificado · e passado em época 'pooterior' o primeiro livro . o oortiçu, A Familia Brasileira, o Felizardo, A Lourelra e A Bola. Preta, que deveriam con– tinuá-lo; nwica foram escri- 80 anos de árdua luta chegou à riqueza expressiva 1 de suaa . últimas telas. De quem, co_. · mo Cezanne, nunoa encaro11 a própria obra como uma obra acabada, porque jamála lhe parece~ ela perfeita. Ir).umeros artistas sentem, · e alguns sabem, que &uas obra& têm defeitos e quais. Mas, in.– capaze,s de suprimi-los e an– siosos por exibir as .qualida– des, . escond6µ1 aos próp.rioa olhos os erros, ou se auto– sugestionam, ou, mais malan– dros, confiam na lgnorancla do público. Uma tal fraque– z_a, comum em inúmeros pin– tores antigos e modernos, po– deria justificar o silêncio de um Rouault, consagrado e lnctnsado como nenhum ot.L-· tro. Mas Rou-ault é ·um puro. aniversário, de batizado, de crisma, de casamento, de alégria junções econômicas do que O O ·a~tor do . Mulato, anima- 8em motivo nenhum, de almoços ajantarados, chás, banquetes, de Aluislo Azevedo. Creio do pelo êxito excepcional des– ,antares, celas, aperitivos, bailes, - ·e, de vez em quando, que · ninguém sofreu maia du- se livro, acolhido com o mes- . _ramente do que o- romancls- mo brado de "romanc1B·ta do reuniões sérias, em que· algum bem-aventurado deseJa apre- • ta maranhense as consequên- Norte" ·que, quase me1·o ft... _ sentar um plano para salvar os . art4ltas, ou o Brasil, ou as ""' lê:rianças, ot:: o mundo, ou as_almas~salyar. salvar, salvar. E elas da impossibilidade de vi• culo mais tàrde, anunciaria a o cronista precisa estar presente, a fim- de participar desses ·ver no Brasil exclusivamen• estréi~ de José Américo de jóbifos; o cronista deve estar ·presente para cooperar nessa te de livros. Não _que tivesse Almeida, tentou ser _apenas irrecusável e indispensável salvação. - passa<lo privações, mas por uhi escritor; S_?nhOU segun~o tos. - Para agradecer, portanto, esse amor, e essa fé que lhe ter sido obrigado a merean- •Suas palavras criar a profis– ilispensam, o cronista precisa movimentar-se, vestir-se às tillzar o seú talento, compro- são de .homem· ·de letras no. pressas, comer às carreiras, atirar-se como um trapesis.ta aos mebendo por isso a sua obra Brasil". Para isso, aJ:>ando- 6nlbus, aos bondes, aos taxis, olhar para o relógio cinquenta que, embora respeitável, não nando a sua provinci~. ru– vezes por dia,· pelo menos, e lembrar-se de que a barba é o que poderia ter sido nou- mou para a Côrte, na esperan– ,resce, as unhas crescem, os sapatos perdem a graxa, os co• tras "circunstâncias. ça de que o melo maior lhe larinhos perdem -,. goma, as camisas perdem os botões. Isso Ele próprio se deu conta da permitiria a realização da quando o cronista é homem, porque o destino tem caprichos desigualdade chocante do que . empresa. Trazia o projeto · de vocacionals, e, se o cronista é mulher, todos eeses problemas .esc.revia•. Já tla.moso, uma vasta obra, de uma obra ee agravam com vários coeficientes que nem··é bom -referir. em 1884, pedia a . A.fon· ~ue seria um resumo da so- Excluidas essas horas de desespero que o próximo deu · so Celso que lhe arranjasse· cieda:de brasileira desde a ln– para considerar "humanas", e com as quais se firmam repu- wn emprego, "qualquer, se- dependência até 88 vésperas· ~ões (ou se destroem), não restam ao Pobre - mas amado- ja onde fôr, ainda que na da República, e ae chamaria cronista mais que alguns momentos cfcaslonais, ·em que la- China ou em Mato Grosso, Brasileiros Antigos e Moder– vra a cara com a navalha, faz sangrias com o alicate em re- cóntanto que me SÍI'.Va de pre- nos. Nos cinco volumes de dor das unhas, cata por baixo dos armários os botões da .re~- texto para continuar a ·· exis- que se comporia, os tipos po– pa, espera que o chuveiro se digne dar um pouco de ãgua, tir e continuar• a sarroliscar pulares, como imigrantes por– ou que o dentista lhe recomponha o material dos. sorrisos. os meus pobres ·romances, tugueses, vendéiroo· explo- Durante anos batalh'ou, sem descanso, p&Ta rec1.11Perar o que se lhe afigu.rava •falh<l e falho era a . seu ver · tud; nem por Isso lhe . rendiam aquilo ·que não c9rrespondiÍI muito: "escrever tem sido alié exatamente ao qi::e visava. m hoje aqüJ no Rio de Janeiro comum, ao te_ntar · a. expres– a minha gri~ta, multo pesa- são de uma emoção, alcança..-– da e bem pouco k:crativa", se · uma solu,gão admirável. queixava-se a um correspon- embora sem atingir° o o-bje– dente, Paril um romance que tivo proposto . Um acaso bas– astümava digno de si, tinha ta, às. vezes. Mas o g.rande . que se sujeitar a várias ta- artista não aceita essa impo• refas secundárias. Obteve afi- sição do acaso.. Ele só ·qe nal a tão -almejada coloca- sente satisfeito quando reali– ção, entrando para _a carrei- za o que desejou, embora a ·ra consular-.· solução obtida não c·omova 011 E não o foram porque seu autor se desperdiçaiva em fo- . llieti.ns, em libretos para -~ retas, em comédias, em tra– balheis mais vendáveis. Que Cronista bem organizado é o que apçoveita esses 'ditos sem ser preciso Iazê-los a_u rando aa. pret&; .a quem se sos momentos para preparar sua crônica; a .crônica necessá• Jour le Jo~. E ao terminar uniam ·capadócios, capoeiras, ria ·a construir o amor, 11 admiração e o respeito não ~6 dos a carta -insiste: "Repito: seja bilont~. se misturavam a fi~ 11et:s. leitores dE>sconhecldos. ma$ desses todos que o amam ·e lá o que fôr . ~ tudo s~rve; guras de pról, éonselheirl>S, escravizam .. ExJstem, porém, alguns, tão adorados, que nem. desses momentos dispõem: p!)rque lá no lnvisivel, detrãs das ruas, das casas, os dedos do amor e da admiração estão ·dis– cando o número ·do seu telefone, escrevendo-lhe cartas, de– dicando-lhe livros .. E o cronista tem de deixar o botão em baixo do _armário e o chuveiro aberto para atender à cam– painha que 6ate, assinar recibos de correin, dar entrevistas pelo telefone, aceitar mais convites, prometer conferências, ]~9mem moço, Pois não con- estranhos, não lhes apareç_a tava ainda qtµ.renta anos, ro- em toda a st.:a. · essencialida.. .mancistà' de imenso . prestígio,- · de. · tudQ le'(3,va a crer qt.:e, asse- Tal coneepção denuncia um discursos, recltai8.. . Tanto amor 1 . . . . · Além do mais, o cronista pa~a . ppr inspirado, clarivf• · dente, gênio . Abusando um pouco · do cartesianismo, todos · e.creditam que uma crônica. ~nsada é uma ci:ônic'a exis– tente. viva, datilografada, impressa, pronta . E coma _pode o cronista articular uma exP.licação .que_Venha pôr em perigo • sua fama? · . ·um dia, .o cron~ta encontra no seu ·caderno de notas uma t_arde inteira livre . E alegra-s,e. Hoje, sim, escreverá, umas atrãs dás : outras, cinquenta e duas; cento · e quatro, ~uzentas e oito crônicas . Exportação em série . Um- ano, dois, quatro, o resto da vida sem · ne~essidade de escrever. Todo o tempo consagrado a ser "humano". isto é, a não ser . ~ada, a ser apenas um desgraçado a pul:ar dos bondes para os ônibus coni.o um "Wendedor de jornais, e a estar presente ti todas as reuniões, fest11s, assembléias, jantares; campa– Ilhas de salvação que jámais est~rão completas seiri a sua bem-amada .presença. . · • · Ma,s nesse dia, nessa tar4e mlraculos!l, faz um: calor &elina do n11tural; a familia recrimina-o: - · "Pare com. tant.o trabalho! Num dia destes! Você quer morrer de insola– Cio?" . Mas ó .cronista persuâde a 'famUla. Senta-se e pen– sa . Os galoa cántam de preguiça. ·As cigarros cantàm de de– i!êst>ero. A vizinha - tão simpãtlca ! ·- abre . o· platio, e ~-– ~da todos Õs exercictos que devem cair no exame. Os lr– ~ãos da vl:i:~b.a fi~am t<>4os s9ltos n<! qui~tal, trepando nas . ·irvores, apanhando mangas, atirando mangas para · o ca- . ~orrtn~o, p.rega~d.o ·rodas de .bri!).qu~os. · disparando espln- ~ as de espoleta, - e . as · criadas velhas· resmungam ·e ar-' tam ·11ap11.~s que r11n-gêm· quase como_éa_r.ros de bois . . . . E a fam_illa .do cronista, como tem té na sua lnsplra-çlo, '-'1te o rãdio, fie~ ~ellz,' i;-1, comenta o. calor pelo telefone, ~ttanto ele, escreve com suo'f', e (llÍa_se com lãg,lmas, a jõnlca de que os críticos dirão: "Que decadêniia 1••. 1 • ·, .._ : • ~ • V . A N · -' imenso orgulho, por certo, ·. ·. .· •._-_··._.· _· ___.··_ .· .G· ·_-·-o··_. ·.. r _: __ · ·. H··. _·· tf'I?1~~~ Ü as satisfações. Esta •é que nÕ. · (Conclusão da l. • pág . > do inundo . que se perdem .em . horizontes infinitoé; os · tons locais, violeintamente justapostos, levantam-se um· contra ·o ou– tro comp .iuimigos irreconciliáveis, amai:é· los e vermelhos -ardentes como bandeiras de um. mÜndo revolucionado. São - na– turezas-mortas, esses. qt:.adros, conforme a· boa tradição holandesa, ·mas cheias de for– ·ça explosiya . Van Gogh renasceu na Fraii– ça: nova vida · de um "twioe-bom"· ao qual o eéú se abre· em ·visões . 1 .A França ' foi,' -para ·van Gogh, uma e:Kl)lertênwa -terrlvel; "o sol mediterrâneo, uma visão apocaliptlca para o homem que veio das névoas do Norte e da sua alma · - J:!ertur&ada.. Ocorre . o comêço· da . II ..Ele– gia de Duino, . de Rilke: "TÓdos os anjos são terríveis". Os c_amp9s incendiados · da Provença, nos últimos qi::adros de Van: Gogh, são sol;>revqados · por ' pãssaros _pre- . tos, sinistros; de "i>ãssarós letais da alma,. . tàmbém fala Rllke naquela elegia'. Van · Çogh, nos · últimos dias da sua vld_a mise• rável,. alucinava. u.in Unllverso diferente·. Mas as alucinações sempre 'são 11olítãrias, . . .• sintomas'. da s~lí.dão 'trágfca de 'um tndivl– duo no .U~verso. 'O artista éonsegulu do- · minli.r essa visão apenas ao preço de per• .. der 'a vidà . Essa Franca vis.lonária, al11• . c_lnada, · foi para· .V:~m · Gogh o. que foi Pa:· ris para · 'Rilke - citando-se dest& · vez · a ' y. Elegia: - ' "Praças, ó praças eni' Par-Is, teatro Imenso impele; todos, ª ceder ami.ú– Em qt:e a chapeleira madàme Lamor.t de ·e entregar à adulação de Dobra _e entrelaça os ca'm.lnhos do· II).uni:lo, uma critica displicente ou de Fitas lntermináv.efs . . ;· . um público ignorante à obra Para ós blaratos chapéus . de -inverno do ralhada de nossa autoria . O • · · • · . (destino~. orgulho, ao contrário; des- 11rezando a critica e o pú- · Para Van Gogh'.'. nunca chegou ·o dia blico, s6 permite à .exposição em ·que os caminho. s'.'., do· mundo, estendidos · da.quilo que O artlS t a sabe .ser bom·. • · · no espaço como paralelas ,lrreconciliãveis, Alguém lembrou, a propó-– se _encontrasse?n, terminassem. A sua .vi- sito de Rot.:ault, que ele· bem são_ de· -sintese nãq ·se teallzou; ·o - que Sé podia ter simplê&mente ras:. . rea,Hzou foi a loucura é o suicldio, pado as telas ... .E' não com- Depois de · Van Gogh, a nova · "Esco- preendér que o pintor neces. Ia de Paris", Picasso; Braque e os outros, sitava '·não 'só destruir - a obra, reconstruiu o mundo · que o impresiJionis- · mas também purificâr-se pelo mo lhes legara com~ . 'ttio~tão_ de· pedaços fogo . Era preciso -' o simbol<» Luminosos. MM "construção'', "reconstru- ao lado do -.fato material,' e ção" não matarlarq 'á- sêd.e dé síntese do ainda a · punição pública, a · patriclo de Reqrbr-andt: O · holànd& Van penitência, o ·g~to de -humil– ~ogh não oci.:,pa : posi~ão intermedlãria dade· q4e ferisse o. orgulho. entre o impression.ismo e a no.va "Escola Rouault, profl:hdainente reli– "de Paris" . Nlão : pertence,-· ti.o flun.do , à gioso, sentia . necessidade 'da frança nem à Hol~n'd.a e si~ a um ,Vni-· expiar sei.Is êrros, comj:)reên– verso mais vasto, sem fins, . talvez aJnda dia; entretanto, que o seu or• Pí1~ª criar. Já teri~ çp:egado sua hora?, Os gulho, pecafio capital; somén:.. seus patrtclos tiolande!i~ não o esq1:1ecJl- te seria perdoado com o cas– . .i,mi.: em. Nuenen - erlgiram-lhe pequeno ttgo exemplar e público , Se– lt)Ônumento; uma -~ra · na ·qt:al esoulpl- gula · a licio de . Jesus, e11 rani . um sol grande~ · resplandescente, o mesire, ·que quís a crucifica~ sol que se levantárá:· na:'. sua '. ar~ para. se ção entre ,os ladrões, para ·se pôr em 'sua vida . E ainda os pãssaros pre- · redimir de ·se ter ·afinnado toa sobrevoam os ;cámpos d~ti.rados. Deus·. Orgulhos~mente . '

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0