Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1949

2â. Pàafnà FOLHA .DO NORTE 'Dominao.'.24. da Abril tliÁ 194A ~ ir-· !Dlba ···dn:~; __·. ·lf:"A, ·· · .. ·.·_,~:-------'· ·· 1·.t·.!l . Noti:c~,as ·o·e Charles Pf.1Snler ~•· Qua-Iquer página- 'de jornal, . OTTO. MARIA.CARP .. EÀ.Ulr · à altura .aas· ,idéias• e Ídeail ' cheia de mil noticias, sem· re;. que prete~dem : encarnar · ou lação uma cóm' à ·outra, iií• pelo· menos representar:-· m-:. - . terrompidâs n<> meió e taltan-- na.zlBtas . para salvar uai ' ca:. ' Entre 1939 e 19'11 n1n: pôérislà ê ' inêoerênda :nãõ s"ã'l,· " • 1 'DIIUTOR PAULO MARANHÃO ]_'-RT_• ISUPLEMENJOI :ITeRATURA l do às vezes a contin~ção· tn~ marada pérsegl.iido; e ·do · fim guém · tomou nem ·podi& ·to- privilégios de ' class·e, niats· sinl · dicada - é espelho da ato- de um "herético" ·que nos mar conhecimento - · Plisnler pro.motores da .deslntegraçic, · mlzação . da vida desconexa· processos de Moscou "contes- publi_cou um "roman fleuve" moral. Por falta do "conteú• destes· tempos. Sobretudo sa" •pàra ·não deixar deson- em cinco volumes: "Meurtres•~. do" alegado os ediflcios '(d~ quando :. se trata ·de. ·noticias rado aos olhos do mundo, o E' a histqrla.da ascensão soei- ·partido ·'da ·faníllia), vii'am' . nada espetaculares-.:de aconte• espirito revoluclon~io. Plis~. al e decadencla , moral dos meras fachadas, ·. atrás · · dú cimentos da vldà. cultural· _ nier, que Ie\>ara vida de per- .Annequins, familia. grande- guals só há O vazio~ Simboloa seria atitude donquijotesea, de • ionagem koestleriano, antecl- burguesa que subiu por to- desses · vazios são .. os "fa.'ti.11:: nossa parte, esperar a contl- póu a obra de Koestler; A ·dos . os mei~s, afastando (aa• pa.ssepc,rts _ e os'grands ap• nuação nem sequer prometi- ;ensaç~ política· do mo1!1ento' . sasaina~do) ine~ci:uputosa.men- pels · honneur, .argent, puis:. da: .um escritor recebe gra.n- D escnto _deveu. sem duvida, te ~s filtiqs prodigos ·que po- se.nce". Moralmente os "·fau'íc OIUINTAÇÃO ... OI HAROLDO MARANHÃO COLABORADORES DE BELEM; ~ A.l~.IJIO .~cJia: BeneditÕ Nunes, Bnmo de Uenezes, CaubJ Cniz, Cécil Melra, ·c1éo Benaardo, Daniel Coelho de· Sousa, F. Paulo Men– des, GaribaldJ -Srà,ul, . Bàroldo Ma.ranhão, Lev1 . Hall de Moura, Mario .Oou&o, Marie Faustino, M&K . Mar .tl.ns , ,Nunes P41~ir~, Orlando· Ditar, Otavlo Men- . donva, Paulo Plinlo Abreu. &. de Sousa 'Moura, Ribamar de Moura, Rui G.uilherme Barata, Rui Coutiliho e Sultana ·LeVJ Rosemblatt.. . DO RIO: - Alvaro Llna, Aúgusto Fredenoo Sch• mld&, A8"ellO Buarque de Holanda, Carlos D.rUJD– mond de Andrade. · Cassiano Ricardo, Cecllla Mel• reles, Cyro dos Anjos, Fernando Sablno, Fernando Ferreira de Loanda, "Gilberto Freyre, los~ Ll.ns do Rego, Jorre de Lima, Lêdo Ivo, Lucla Miguel Pe- · reira, Maria da Saudade Cortesão, , ·Marques Rebelo, Manuel Bandeira, Maria Julieta Dr:.ummond, M'!rl• lo Mendes, Otto Maria Ca'rpeaux. Paulo · R6na1 e · Rachel de Queiroz.- . DE S . PAULO: - Domingos Carvalho da· Sil– va, Edgar. Cavaiheiro, Roger Bastide, Serglo• Buar- que de Bol~nda e Sér(lo Milllet. . · .- ' DE BELO HORIZONTE: ..,. Alphonsus de Gul- . maraens Filhó 'e' Bueno de Rivera . DE CURITIBA: · - · Dalton Trevisan e Wilson Hartins. . . DE PORTO ALEGRE: - Wilson Chagas. DE · FORTALEZA: - Antonio· Girão Barroso, Aluisio Medeiros, Braga Montenegro, João Climaco Bezerra. e José Ste;nio ·.Lopés.. · de prêmio literário·: ·sensação- :> Prêmio Goncourt: .º prime~- der1am: per.turbar a stibid!': ..P.!\SSeports" : e ' 08 . .'mortiferóí . · de uma hora; nuncà ma.ui va=- -- ro --belga-~_ .-ql_;!al- ·fot-conft?n- --~&rbln~- e · Noel,--a 'ftlha· "dis.; ''grands ·appels" sãó ••. sinôni.. · mos ouvir .dele: Não ha'Veiid:> ela_ ~a distmçao. Mas deP.ois, .. s~dente ', e o vagabundo idea- IlJ.OS. Até qs· títulos _ ·''FaÍ.lX publicidade dirigida, é imp0~- . Phsme!' des!lpareceu. S~ o- . lista que lutou · nas filelra.s -Pa.sseparts;• e "Meurtres" ... • slvel acompanhar a carreira bra, tão_ in~imamente li;g!'-da .com.unistas . e acaba em La são "inte'rchangéables": enfim, literária dos noss?,S c~ntempo~ · aos acontecimentos pohtic~s . T!aJJpe. O. espirito revolucio- ' nô espaço · vazio os ·próprios râneos a.té se revelarem os d!l' época, foi BUP,~~ad~.e .ech• .n.~i!> de Phsnler revela-se no- homens viram: "interchange&• traços do retrato.· Dai ·o de- psada pela precipitaçao .des- vamente em ataques contr& a bles" como objetos·ºdé ··uso _ ver ,·do ' cronista de ·chamar ses acontecimentos (lue deüca.- hi~ocrisia ·burguçsa ("ou l'.oh dáí ·a ' iridife'rença·ooin ·respeito · · &. atenção para o romancista raro · milagrosamente sobrevi- prie .. teu ~es levres en véne- à "vidã do maividi.to ; 'a ·quan- . . belga Charles Pllsnier depois -ver ·o reporter Koestler ... En- rant les 1doles") e a força ' tidade de .vitima.l sacrificadu do êxi.to sensacionàl de ''Faux tretanto 'mJlita. gente morreu, . !;J,iPn.ótlca · d os ntor~-~eros a ··orgia· de ·sãngue e mórté · Passeports", Prêmio Goncourt sem · ninguem to~&r conheci- grands appels: honneur; ar- desta· épo.ca. Els · a m;ensagem • 1936, . · desapareceu • de nossa mento -: a quantida.de ~e san- gent, puissance". Mas a quem negativa de Charles Plisiliér~ , vista. · .Teria sido vitima des- gue vertido ger~ a indiferen- ~~u "Faux :t;assepor~s•~ esae A . decl,ração . fgrmAl .' da sa· Europa. de ·passaportes •~al- ça - nesse contme~te ~o qual ges~ des Anneqwn" nao :po- Pllsmer ·nao permite ·procurar ·· · sos, de conspirações· e Diatàn- James Ensor, o soht~rio pro- · de •deucar de decepcionar: JUs- sua mensagem· positiva · nos · · ças 7 · · · fétlc_o ·de Ostende, · pintara o tamente em Plisnier não ·devia seus poemas :religiosos., 'Lll Charles Plisnler, nascido em destino: as massas aglomera• ac~ar como cronista, à ma- Trappe também é apenas uma. Móns em · 1694,' foi um dos das em tomo ·das catedrais neira ·dos Mann e·Duhamel, da solu!)ão individual: 'Assim naa fundadores do Partido Comu- que ruem: e_ a· morte que as decadência ·burguesa. Serla gravuras de Eli.$0r a "Mortr nista Belga . Embora burguê~ persegue impiedosMD.ente. Pa- "Meurtres" a c~ncl:usão, ·algo perseguindo a humanidade"• 4 de 'origem e intelectual de for- tricio do bel~a _Ensor também tri~l 1 ·do panfleto anti-revo-· representação · dum fato real! mação, lutou como .líder pro- é Charles Plismer. Aonde te- luc1ónário "Faux Passeports" ? mas a aglomeração . das ·mas• ,- !etário na- Bulgária, Rum1.nia, ria ele desaparecido? Mas a força de Plisnier, 1\ sas .em .torno ·da e&tedral ~ . , Alemanha. A Rússia, onde ~• dificil informar-se .sob:e ~sua superioridade em relação---apenas • uma recordação, se . esteve em 1927, o decepciorlou: P1Isnl1:r. Nenhuma ~stóri~ a um KoesUer, reside justa- · bein de sentido profundo:, · é ·"Elle n'a. fait que changer de literária ainda Ih.e menciona o mente no fato de ele não ser preciso encher aquele vazio tsar'.'. No agitadissimo Con- nome. . Os franceses conside· panfletário e sim escritor no atrás da fachada· que .· rui: ~resso de Antuérpia, em 1926, ram•no como belga; ·os b'7lgas, sentido alto da palavra: in- criar uma alma aos homens . foi denunciado como trotzkis- como francês; os comunistas, térprete de almas humanas - e conft!rir um sentido ao com• ta, sendo expulso do partido . eomo renegado; os burgueses, mas sem perder-se em "sen- portamento humano. Este Acabara a fase das viagens como revolucionário. Há, em timentos oceânicos", nunca sentido, a. capacidade de sa• ·?érigosas ,com passaporte •fal- tôrno de Plisnier, uma co~- perdendo d,e vista os motivos crificar.:.se pelo · ideal - jj ;o. Mas agora escreveu "Faux _piração de silencio (a ·mais "reais", sociais se quiserem as- aparece em "Faux Pàsseports": Passeports" .f infame de todas) que torna sim. do comportamento dos afinal, os portadores dos pas.:. ·v· •·d.a. . . .. • Essa obra de Pllsliier é mui- mais urgente o dever do cro• seUil'person-a.gens; Pllsnier, pa• saportes falsos sabem fazer o Ll •t· era~r1.a· to conhecida. A rigor, não é nista, o de infor~ar. . Num tricio• de Ensor, também é sacrifício, assim como Martine . romance e .sim cinco novelas, catãlogo de editor su1ço de patrlcio do gravador Frans sacrifica sua vida e' assim co- . · - magistrais aliás, tratando das 1945, encontra-se anun<~ia;do Masereel que fixou magistral- mo Noel sacrifica tudo. · Este anarquismo ibérico, do herois- ·convicções católioas de sua todos, com passaportes falsos. de altnas perdidas no "jun- G ?l###o###[-.TH[##·#ll# --o"''---~ HUM· OA' :::~t~:;a~~l;~filei~~t~~ ~º~ ~~ 1 U::~J:r,v::J1~a1~t~; : ~~~: á'iat~~ :i:t~iaja:oa:. . ~~s~:r~n~ ?nté~ref:~;!f; mo de uma comunista búlga- mã.e, das quais o aUtor afir- Existe paralelismo subtil entre gle" de passaportés falsos e ra qu~ se sà.criflca pelos seus ma, porém, não participar. Te- "Faux Passeports" e "Meur- assasstnios ·. honrados.- O seu ideais, da dureza de uma éo- ria elt também se afogado tre.s". No grupo revoluclonã- motivo. é e fica a revoluç·ão: munlsta italiana que sacrifica no "sentimento .oceânicoº dos rio assim como na familia · o seu fim, & fé. Por isso vale • 1 ao partido a irmã e ·o aman• revolucionários fracassados? burguesa os horriens 1 - e são a pena e é o dever do cronis.. [ , A- s A' N ["' D o TA s te, da abnegação de um deser- Quais 9s motivos de Charles estes o objeto primordial da ta dar noticia da mensagem ' • tor francês, entregando-se aos Plisnier ? criação literãria - não estão de Charles Plisnier. . · , As adivinhas ou perguntas FOLQUELORE ~lvez mais do que nunca IJ · 111 · enigmáticas constituem uma alimento do paraense. Em It ' . • · "=- das manifestações ou gêner-0s :e. eonceituação do fumo estã folquelórlcos dos mais comtu16 ._#.P#_____.,,,,,,,,,,,,,,,,,_,,,,,,,.,.. perfeita. nos versos finais . E.rn e encontradiços nos ·saraus e A D . 1 V I N.. H A. s ,,._ III, transparece claro o pro-· pútiruns do nosso interior. cesso de esmagamento da se- - JOSÉ LINS DO REGO Em conviersa com Muller, !Goethe toca no humor, para dizer a o amigo: Só aquele .que não tem consciência · ou não possue sentimiento de respon– sabilidade, ·,pode olhar as coi– sas .- só pelo lado do . humor. Masaeus gostava de se mo~– trar sempre alegre e, no en~ . lanto, dirigia pesl',imament.e . a sua eseola e não sabia cuidar il:e coisa algu,ma. Não nego que pode o homem ter os seus. ,xi.omentos .Ae humor, mas vi.-. er. no. humor, é viver .num tstado .. de espírito de . cons- tante divertimento . · . Willaud tinha o espírito hu– tnorístico, porq-µ.e er a , -µrit,, ç~_: _ tico, i>orqu,e- não levava nada a serio. Willaud nunca i.e set)– tlu r~ponsavel por .nada des– ta vida. ·Nem ' a família nem D seu príncipe; nem a sua pró– pria vida, lhe mereciam um olhar , mais. serio. • Mas.,. \o~o homem que sente as nespon– ~~búlida.des .do mundo, .não pode .ser . u.m. )J.uniorista , Entre os grandes · homens de Esta.a O caboclo amazônico não mente do carrapato para dar do, só· 0 duque l'Ossuna: fof ·do- possui, como o sertanejo do "clareza" ao mundo. O café tado • de espírito. E 1sto pelo Nordeste a veia poética, que é conceituado na quadra em muito desprezo que ele guar- dá ensejo aos desa~ios em vier- J. COUTINHO DE OLIVEIRA ilobo, na sua · totalidade : . dava pelos homens. Allãs, eu sos, tão do sabôr do norde.s- A nossa pimenta malague- nãó vos digo, isfo com o intui- tino. . . . . ta também se acha. esplendi- to de ofender ·os humoristas .' Nas festanças .da roça, aqui iE;special para a FOLH.A DO NORTE) da'mente definida na. fórmula: Coino homem :que põe .o sério na . Amazônia, o passa-~ m.po eiµ tudo, Iião me apraz ·o es- é a ·dansa, após a "ladainha", para dar clareza ao .mundo "Verde foi meu nasciml!n- pírito; á propósito de tudo· e o inten-alo se preenche com tanto tol'.mellto passei to "indica a · origem vegetal · E MÜller lhe diz então: as anedotas e as adivinhas. . do cone-eito; a fórmula "de Houve quem dissesse ·que O Apresentam esfas, entre os IV luto mie cobri" - a •côr da humor é O espírito ~do cora- diferentes espécimes folqueló- matéria transformada; os dois ;ão - · · ricos, um aspecto todo espe- Meu nascimento foi vercn:, versos finais nas três primei- Que b<ibager;n, lhe responde ci l el elho" do que vi divinh é if 3oethé, Atribuir espírito · ao a , que rev a, m .._ · amarelo o meu ver, ras a as que d eren- - 1 . • outra qualquer fórma das ma- eu me cobri de luto éliam os conceitos, definlndo- coraçao. Frases como esta, aifestações da alma popular, para · acabar de morrer os especlficadamente. Na qua- soam aos meus ouvidos como . 1 indole filosófica dos póvos. dra I, o locativo Brasil em bolhas de a~ que estalam. E Nas lendas e mitos, surpre- Os concei,tos- são: I, açal; vez de Pará aparece por exi- Goe~he_ Pª!!~~u_ª ·se.Irritar co_m ende-se ' a criação fantas~ta, rr,. fumo; III, carrapato (se- gência dJe rima ou consonân– as msis~ncias de Mlillei:, El irtunda· do sentimento religio- mente}• IV •café .. eia. O aca.í é, de fato, hoje voltandQ-se ·l)ara o a.ltl.lg -o : ml nas canções e modinhas --•--•--------~---------- ~its~~:e f~d~sge q~ifiJ~ manifesta-se a t radi ção das . O FOLCLORE PERTENCE· A LITERATURA? escuto semelhantes sandices. r!lças e• os · seus .pendores sen- Nesse dia de junho de 1624, tunentais; nos eru.;a~fAOS e re- (Couotusio da 1 ·ª p/i~lll•> Muller arrependeu-se amar- zas, as crénças religiosas re- . . A mãe é verde, a filha encarnadi,, a mãe é mansa, a filha é danada. Há, c~rtamente, grande. nú.. · merq de frutas .verrp.ellJ,as e~ árvores verdes, tal qual a ma• lagueta. Há, . m(smó,.. outras variedades .de plmentas, . tam– bém viermelhas, mas- a mala~ gueta é a mais "braba" 1,1, mais "danada". Com ·m,alaguetas se faz sina.plsmo e ."pollticamen~ te" usa.ao o clister . de mala• · gueta contra · adversários i:I:';. re<tutívels. . · · Admiremos o formidável po– der de sínteses descritiva · ·na conceituação ·do ,lngá : - .. gani.ente de ter.contado a :Goe- · .vestlda.s .. de gr<i~eiras super~- dt;-vista, a própria litera;ura .os homens qu~ proçur~mo.s: ·the 'alguina.s ·anedoias. sobre O -tições. e crendices nas adi- naq passar~ de ~ capitul~ ·"Tratemos, antes de tudo, ..à.e Klrchner de Francfort". vinhas é que a alma popular_ da socIQJogia. E~i~_~m motl- .observar seriamente; pacien•· Caixão verde, ..,. O velho .deus .de Weinar es-· . deixa transparecer, de m~o vos, . co1:1tudo,. swic,1~,nteJ;I1.1:n· temente, os costumes, ritos· e . mortalha branc1 . ' ta.ya nQs seus azeites. claro e incisivo; o fun!lo- fi- te debati~os para q~e me dis- usan.ças do ~o:vo,· st í.a ' linguà- defunto preto. · losófico da sua concepçao das pense de voltar a êles, que gem, sua musica, a vida dos · ,_._._,.,,.· eousas..·Nas adivinhas é que nos impedem de rejeitar um m1cleos populosos urb,?-nos e Haverá expressão mais con« A:U.GUSTO .ME; .. ·Mo·_., ,·.. , LIVROS INGLESES. _ vamos encontra-r •o mecanis- excesso para cair .noutro. . rurais , e das populaçoes e~- cisa 8 . mais profunda., ·mais r<!• , MEYP - mo da formação .das idéias e De resto, e neste ponto o J;larsas, ~oletando com O maI_S presenta.Uva · da. cousa ;def\• .' R!,ALl~TA · ·..· ,. •. ... . " .t\G~ é . representante d~ dos . conceitos fórmulados por amador que só pode estar . rigoro,so -~~dado as . exp_re~~ nida, sobretudo quando a da-- Até agora;· o. público ,conhe- ,, gran <l.es . casas .edttoras ~lj: · analogia, ~pti,nom,ir,, i;,-q.. assimi- errado, parece que ess¾.con• s?eii . \rad;cipn;: 1.is. .._e .c.olpt}. v.as finição •deye, do mesmo .passo.· ,..., ... Ci!,' em ..Augusto •Meyer,i,poe- .:tviACM,ILLAN COMI'~. e lação, .evtaenclando .o forml- fusão entre ,folclore e utera- . ligadas.a t~1S .costwp.~s, .ri~~. envolver um problema? ~ , critico e, .ensajsta. ,de -, rara :sH.EED_ ~ _WARDi dispondo dável .poder' de descrição. ou lura só existe n!) BrasU. Na usanças, etc.. ~arque~;s~ es- A vageIIl, .dQ ing{l trouxe à suiileza e elegância .· Cpm O . ~e. va,sbss 1!'l},o ·· sort~ment() de definição que possui o nos- Alemanha, de onde nos· veio r.rupulosamente as regioes, os mente a: Idéia' do caixão e logot ·recente lançamento· ·de ·.· l•-se- 1_1vros em lmgua .inglesa, eu7 so povo. . , .. . inicialmente.·o gõs!O por tai:J lugat·es, ~s épocas em qu~ f~ por analogia; ·.acudiu a. idéia gredos da· Infancia", a •Bãitô•:- ·JÇ>S· .~atãJogos se~o erivlados . Note-se ainda, na preocupa- estudos, ·a produçao· folclóri- ram ~olh1dos ,ê1js~s matei;-ials, <J,e' mortàlha/ représe tada pe- · ra , Globo apl'escnta Augusto · gri,.t.µ 1ta.mente .a,0/l lnterei,sa- ção de Insular . o . objeto de- ca só entrou na literatura, respe\te-se-lhes a •forma ·· tal · lá polpa· branca, · envolvt-nd<> Meyer . como · auJ;or. de. memó-- '.vdp_s., . . · ,. ,, trnido na conc;. eituaçli.o.da fór,- conforme obseI'Vava Tobias.• · qu.il ela se .ofei;e.~. _CO!I} ,~~s, o caroço .deitado, que,' por ê&ie rias, .numa au~blografia. em .. . . . . • . mú).a •enigmática, a arte re- . Barreto, através. da recriação . v:ariantes; . ajuntem - se· m~.s ·motivo, foi assimilado ao de- . ~ue. o. en~o e · a poesia,· an- O AMANUENSE ~ELMlltO finada, sutil, aguçada, C?t.n depoetas· e músicos eruditos, quantó ·:possi~el :as . idéias, funto. ' .·. ... , · ... dam ·de maos dadas. o autor Esse t?urocrata, .pers~mll,gl!~n que .11e entre!;ece a idéia obJe- como Goethe, Reine, .Weber cre1;1ças. e prátt~f},que OIJ•·mo.~ O mesmo-· poder- de sint.ese se narra a. sua infancia com rea- de Ciro dos Anjos, ficou · na · tiva 1 . ; , . . e Schubert, ·ou seja; depois tivaram, que os acompanham nota na adivinha •do quiabo: lismo, ·.em páginas ·· ·onde '·· o·•,•. galerla •das : mais . nítidas e .. ,Tomemos, por exe·mplo, as de· perder seu •' carãter fole!<>- e " os ~xpllcam".· J!l'. U~ pr°; - · P.lântei chumbó; - nasceu passad9 . revive transfigurado"•lembradas .fig.uras da flcç~o adivinhaB: - .. ,_. . rico; nos demais paises, •o gramadetfociologia!Nao:E . prego.••''·"•.·. ----- .,,,,...,. pela saud11de..,.. ·-.'. ,' ,.,, .no ara11U. E'.. realmente ~O..,.·· -, - - .. folclore tem sido estudado 'ou um programa de I pesqu~a~ •· ¾la do guarda-chuva•; - . . , * ,., .... . ..,., ... Amanuer;ise .Bel~o". u,~ ..~ -:. · ·• ~: í' . como uma provfncia. autôno- .folclóricas, estabelecido por Muitos caibros e um só es• OS Ncrs .. E. os .M0RT-Q.S .. mance.. que p,.aroou .º lugar. do ma do conhecimento ou como. Amadeu Amaral. (ob. clt., teio. ~· · , .· .~ . . , •, ,, . Um dos .maiores "bestsel- autor na h~tatura ,. naclon:~l. ·Verde fol ,meu r,asclmento ·· subsidio para o levantamen• pg. 9) . . .. · As adivinhas são, pois,. um& . lers" dos E9tad.os Unidos . nos . nlo ,tendo sido d.esbancad_o e ·de luto ~e 'c9br1,·. _ to sociológico e pslcológico Slm, .pode-se responder afi• poderosa .má.nifestação do. que • •· últimos tempos é o· _livro i'iie · pelo ·su·cessor "Abdlas", tam~ ,.para servir de a.l.\mento · . :los povos. · · nal de conta11. E' um progr:a- se· p0derià. chamar o instint(i Norman Mailer "The ·Naked bém um belo e agradavel li- a.o ·povo do Brasil;·•·" e , · ma de sociologia. Pois ·nao filosófico · do povo, •o seu po.:. .and the Dead",1 · considerado- vro •para se .ler. .. . . . .. Existem, certamente, suni• poderá ser jamais um pro- der de síntese objelilva, -· · eomo o melhor..e mais pro- •.·., A .. hlstória, . al-tistica.:mente . ,. , ,. .. . I[ · 1 :.. ~ • larldades ou transmig.cações .grama de literatura. . . Em opúsculo qu,e pu):>lica- fundo .livro ,que surgiu da .II , narrada,..!lesse :hur.Oct.'!1,ta .. as-.. V~r!le tol., meu-. D,Mclmenw . •- q~~- fazem . d~ . cciaSQ!!S , fol- .., mos em 1943,- se ·acham com'- uerra Mundiâl. Foi com!XI,- . 11 4n. f~'!!Q~ecido pela fàma li~ . e de luto ~e ~b~; . cl<$rtcas -al.glJ.IDíl, có,isa de unt~ (1) - ,Amadeµ Amaral - pendlad\l,S e a.notados .mais -de ado à "Guerra e . Paz" -de , te.rãnta, acaba C,.e sair em .3a ,, para dar gostos·ao.mundo .versai, de .pouco nacl ~p.al , de _ • _TradjçõesJ>.opula.-;es .-:- uma centena de adivinhas . Hi · .lstoi e signlfi.ca wra a. se- edição na ·· Coleção Saraiva, pelos . ares· me · perdi · D1,enos rrociológico que filo~ó- · Com . um ·.estudo de muito mais. Seria interessan- da conflagração lrl.ündial ·o' -.afir'roiindo a sua vitalidade a · ,.. •"..... • tico: Ainda pót' êsse · lado, es• Paulo Duarte .....:. Ins- te colecioná-las em sua · tota-' · ue significou,..para a primeí- · & contínua simpatla •.que .lht: • _ . :... IJ! : . . ,caparia o folclore aos domí• tituto P.rogresso Edi-. lldade :.pàra reg~lo dos aman:. • .. o • N.ade. , -de N-0v0Jkl.a ·Fren'.- :ioso.xaumw :o:>nqt;td · .wn eio,\°; Vet:de-, foi meu. ~scim.ento · ~1os ,d,a,litep~tura, e mais uma · ,torial S. ··A.- - São tes do nosso folquelore e doa -~, · 0cidental'!~de Remarque... .-. creseente... , . ·e de i~ to.me J:,otei,; ·.\...'.. · •• ;vez, através do Homem, são •·PaulG, -1948. estudiosos . de nossa •etnología. ·,,. ,.,

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