Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1949

ipõt.l{A nô NO'Rft Domln~õ. ~t dê ábril de 1949 \ at 1 aatar;éz . . 6H . ·. ) . -.. ... · , .. ,,. _:'.~.-,; ·· f~ 1 .AS .DU:AS-;PERSONALIDA'DES" DO- ESCRITOR: ·MODERNO; - ~a, . e .. Não sei se os .critico& jã -~e- . . . . '. 'BERNARDO GERSEN . de vergonha ~u arrependi~ · pararam nessa .coisa surpre• mento. O ideal se resumiri~ endente que ocorre no mUJ1dO . . . . . . num minimo de vida secreta, 1 ••. moderno . e se acentua. e~ ~- .; outras· ocasiões arbitrarias em soa . com foros tais de inde- na ausência de inescrutaveisa PAULO MARAHH.lO ------~ rece, tende a se acentul!-r ca- que se ele sente comovido di pe?,de. n_cia..com_o o . esoritor, recessos · para si mesmo, do$ DIRfTOlf 'sup , , r · 1f~, ~e~s~rt'f~~ !ºoi~:;:,:.: ~nÍe de uma manif ~staç.ão ~ super-indi'víduo, rebelde adis· ~r:tr-:~ !~: s~e:;:;~r~J:: LEMENTO LITERATURA t!e o artista e a sua persona- s~º• v1't::3eº oissuºcolisonJeia ª ciplinaós que. não venham da tara a sensação de viver des~ : hdade humana e extra-Uterá- se . t . nvem aos sua pr pria visão insterior, in• nudo diante da huma 'd d . . ----~ - ----- ria Entre o escritor que rea- us lll eresses. No resto é um 'classüioavel, .age num iien- ou em clma de um pal: ~n~ . li2la a, t•.1a obra e adquire co- humano normal, com as mes- ti~o de_ despersonalização, de d.e c:mstituisse alvo de rigoro.. ARTE ORIEH1AÇ.l0 . mo que unia segund11 perso• :fªs fr9:qu~zas, a mesma falta láicizaçao wr assim dizer. Mas sa fiscalização. E' claro que, D. nalidade através dela, quase e escrupu os, o mesmo .aml)r : e,ssa . nova modalidade da rar· im ·t sempre retocada lisonjeira.- .à facilidade e ao comodismo. 'trah1son des ·c1ercs", essa lai• ts os escr~ ores e artislia.51 HAROLDO MARANHÃO mente .e envolta' em auréolas, ~em de ~~ge i::e ~corre mal5 . ci~ação ?º apost~lado .de es- ~~:ma~~~~~~e f;i:;~!~ ------ e o homem que vive a sua ver a . e a o ra que . reali- critor- _na.o é senao uma face des e id l . . ' COLABORADORES vida particular ~dependente- ~~ li~t~!':p~ii~~-se/ .altura da 1"'Icizaç~ da yida em gerai: so deverã\~r~~u~1~op~ c~:, DE BEL&M: - Alonso Rocha., Benedito Nunes, Bruno de Menezes, CaubJ Cruz, Cécil Meira. Cléo Bernardo, Daniel Coelho de Sousa, F, Pauto' Men• des. Gariba.ldi Brasil. Haroldo Maranhão. Levi . Hall de Moura, Macio Couto, Mario Faustino, Max Martins, Nunes_Pereira, Orlando Bitar, Otavio Men– donça. Paulo Plínio Abreu, R. de Sousa Moura, Ribamar de Moura, .Rui · Guilherme Barata, Rui Coutinho e Sultana Levy RosemblaU. DO RIO: - Alvaro Llns, Augusto Frederico Sch• midt, Aurelio · Buarque de ·Belanda, Carlos Drum– mond de Andrade, Cassiano Ricardo,· Cecllla Mei– reles, Cyro dos Anjo~, · Fernando -Sá.bino, Fernando Ferreira de Loanda, Gilberto Freyre, J'osé Lins do Rego, .Jorge de Lima, Lêclo Ivo, Lucfa Miguel Pe– reira, Maria da Saudade Cortesão, Marques Rebeló, . Manuel Bandeira, Maria Julieta Drnmmond, Murl– lo Mendes, Otto Maria Càrpeaux, Paulo Rónai e Rachel de Queiroz. DE S. PAULO: - Domingos Carvalho da Sil– va, Edgar Cavalheiro, RÓger Bastlde, Ser'gio Buar• u ae Holanda e Serglo Milllet. DE BELO HORIZONTE: - Alphonsus de Gul– maraens Eilho e Bueno de Rivera , DE .CURITIBA: - Dalton Trevlsan e Wilson Ha.rtins. . DE PORTO ALEGRE: - Wilson Chagas. DE FORTALEZA: - Antonio Girão Barroso, Aluísio Medeiros, · Braga· Montenegro, J'oão Climaco Bezerra e .José Stenio Lopes. mente da ·arte, vida estranha t d b · . q e a re- - c_qm.o ~co1;1tece P. 0 r exemplo mo uma. especie de Idéia fa.,.1 à sua obra e por .vezes ao seu er ª vi':ia rv. enc~rxa, fazer da com ª propria Igr~Ja e os seus tônica, símbolo de erfef ãti~ pensamento, sem procurar sua ~m -~cessante es- s~~~dot~s que, ao imperio da junto ao u 1 P ç J harmonizar as duas existen.- forço artiStico . de auto-ap~r- c1v1hzaçao, gradual e crescen- seres rest~ ª as cois~s e_ <llilJ . cias, a_ntes pel~ éó~trário cul- f1:iço~men\C?di e . ª_uto-supera- temen_~e são obri~ados a }e- estado dle m~~ãop1!m~~~~ tivando a separaçao e disso ~ 0 • e co 1 ana ascese moral V-!1-r _quase a mesma existen- esboço, Em principio, todo ho-l fazendo um titulo de gloria; só realizar,. em suma, ª sua cia . que 0 ~ seculares. Se o mem. que cria está li ado l utilizando e revelando o seu obra, tambem em todos ~s escnto_r, pois, 11:ão pode mais esse imponderavel gcom ~~\ autênti ·co carater no trato co obscuros momen~Qs do seu vi- espalhar-se abrir em torno de . d P_ · 1 . - e Ra · · - h • .· -~· 1 ' , misso e procurar aprnxtmar-.- tidiano . com as pessoas. E' v r ··to rissimos saotl OJe os si uma clareira particular com .· se quanto mais dessa Ideia. da' verdade que . em çertos casos escn . res que •pr~ quem . a a niesma desenvoltura dos seus claridade e beleza . Na rãti- 1 excepcionais de g1·arides ar• forma.t de exis:nâia, implici• pred~qessores, r~sta-1,he a al- ca quanto maior .o irtistlii tistas que ·são também admi• ~en e aconse ª ª C?mo sa• terna.tiva e o dever de lutar tanto ma.is lrredutlvel o se ' ravets caracteres humanos dá- bia .e bela nos seus livros - contr~ ..esse estado de coisas; dever de estar à altura el~ se o inverso: a autêntica· fi- ao Jeito, po~ exemplo, de l.lir\ con~r~ essa us~rpação do 'seu· nobreza do seu cara.ter ~ Pela• sionomia psicológica, eles só ~o!taignegeq~e :eg~a ou pro- terpt~rio particular de ser · integridade dos seus atos : d~ a desmudam, veladamente, no . r _va s wr _ns~a os en- eminentem~n~~- móra~ pelas sua vida, da grande obra or. 1 conteudo das suas obras,. seja. sirui.~entos que fuc<>u nos corr~ntes ideias "leigas" e ele criada A bela obra ~ãoi por pudor de orienta-la no E~ios. Com? Walte~ Scott, práticas. de C?nveniencia, de deverá jamais constituir w? melo ambiente abaixo do seu :au raro ªtda seÍia nos mtere~se_ime:<fiato, de egoi~mo, salvação de uma vida perdi..' nivel, seja pelo háb!tC? em so- ·m!I~~!eprr:/! ª:lue ~ ~J:e .de desonest~daáe, ou desre- da mas a sua coroação e c,1 ciedade que superficialmente · _s .e ª ~ gr&II}.ento Prl\;ado. peve ater- seu acabamento. · · Nunca a.! os revestiu e travestlu de uma ~r~ pagar ~ivide.sis Esco se quanto mais obstinadamen- obra de um artista haverá' da ' sobressalente e protetora_per- t ed O ca ºd fª cur•. te à sua. arte e à_sua vida. _co• ter o sentido de uma descu1- ·= sonalidade que representa co- 0 e uma concor ª a com os mo fartista . . Nao quer 1Sso pa e o ·penhor de uma absol• ' mo que uma defesa e justi- credores. E . º nd e encontrar abSQlutamente dizer · que te- vição Baudelaire foi um des• 1 fica.tiva da verdadeira•. Mas entre os escritores contempo: ":ha como _obrigação iso}ar-se 1,es a~tislia.s chocados pelo con.;, 1 a ina.lor parte das vezes a es- raneos ~a . t~ •bela e dra do seu .meio e da sua. epo<:_a, traste entre a sua vida parti- 1 pontanea é que aflora no co- mátioa. eXlS tê nc!a como ª de negar.-:lhe a sua _contnl;>Uiçao cular e cotidiana, e o feérlêo i mércio com os semelhantes Tolstoi ? uma tão vasta alma pessoal ao esclarecimento ideo- d d nh . i • • sempre dilacerada. por confli- ló · f . mun o e so o que trazu.; , enquanto a outra, a ' conscien- tos de consciência torturada ..gico. ou urtar-se aos 11:1e- d.entro de· si e contemr,lav:r·i ida Llterária te, a voluntaria, a formada 1 d . . d • t· 1 vitaveLS compromissos politi• permanentemente · E emtxu·.,..J la . . , · b pe o eseJo e permanecer 1e cos o qúe significar·... · · · ... pe expenencia e a som ra. ai of d de 1 es .. , . . . 1--. por si encarasse como uma intangi- ' dos grandes autores, esta é . ao m s ·pr 1:1n ° · s m • só uma forma do egoísmo que vel quimera a identifica ã.1> · aproveitada na elaboração. dos ma, devi~on~lll~ e ldentlfica.t ele . c_ondena e pretende es- entre a sua conduta e os s~ll!J i,eus livros. E isso de tal ma- ª s1:1a - _li, :e ºl!lem. as suas- trangular no • re~esso de sl sentimentos de homem, e os '.. neira .que ao referirmo-nos a aspiraçdoes deó ªtorlt 15 ta e ºtseduo mesm_o. Mas referuno-nos an~ seus conceitos de ser atin- 1 - d t . _.,, it be amor e ap s o num o tes ·õo que o meio é . . ., e ermm..,..os escr ores ca. - . h 0 ., Q al . ~ . · e a poca gido pela graça de enxergar :1 :i ria perguntar: ao qual dos sincero e omogene · u O . têm de nocivo para a amplia• misteriosa face do inefavei · _; dois fulanos alude? ao autor escritor moderno que P~~! _ção espiritual · do artista, ma- mais se resignou ao antago'ii~-1 dos famosos livros .oll ao in• comparar-se a esse sacer o culap.tlo a pureza de sua visão mo, em ne~ momento se , dividuo de vida irregular e ao tá~ fa~tidam~n;f \ imfl~~ do _mundo. Deverá combater recusou a abandonar a luta J seu péssimo carater T • Pa- ve menFl ivotª? ore~~ndo a par11, .. conservar-se . "clérigo" O seu amargo .e pungentâ , rece que passou há mmto o como au er . . . t 1 nw;i .meio visceralmente W- diãrio, alguns dos seus ator- . tempo em que escrever belos sua vi~a _mora~Ü sent~;n- ª co e. empiris_ta: não só sentir, mentados poemas são teste• ' livros .::.. aqui preferimos res- pdor pa roesf'rt. Jºs•d';.! :~~; contemplar o· espetãculo do· munho dessa dilacerante con-; tringir-nos aos escritores .do O · ª s~a l)SO ª· ~ uµj.verso COIII: as suas facul- tra,dição. Desanimado ante :, · que aos artistas em geral, ~m- co1\ce~1d de art~~ie~!~ dades .de artista mas dese_m- intransponivel abismo que se.. j bora utilizando-no~ de amb_os· resd-~~á ! ª que exige . penhar. ??-esse universo um pa- parava as suas fraquezas ds.· os termos - implicava numa ª ,........ veis como essas m pel_ . militante de _artista. A homem, molde da sociedade-: ' especie de apostolado, de pro• algo mais .?-~ ~u~ a vxnta~e_ sua obr_a ele precisaria a1;1,tes e os seus vôos de artista, es! 1 fissão .de fé. Pouco a pouco e a v~caçao. m epen encia ..reali~á-la em . norm9:S éticas sen~ia. do genio, e desespe.;,;. a palavra escritor despoJou.-se economi~, por exemplo. A de. viver. para só depois trans- rado de fazer acompanhar uni de sua riobre e pura ·signifi• c:i;esoente complelvllildade ã tam~ por e, transf~gurar esse esfor• ao outro agarrou-os aos &eu~ câéio para ·reduzir-se a .w,ua bém da n<>ssa_ c . zac O lu: ço ~la fldel!-dade e pela _coe• versos como derradeiro refu~ nudez simplesmente, prof1SS10• bordina cada _vez mais O .J:} renc111,_em s1mbolos estéticos. glo, álibi -~ justificativa dian-! HESTERTON" Quando chegou da Europa, em 1923, Gilberto Frey- 1 nal, 0 assumir O sentido de mn divi~uo à sociedade ~ a • a A. _suir, obra. deverá ser ass~m te do que lhe parecia .umal re começou a falar de unr inglês estranho, que ers. ' . oficio como outro qualquer q"1,e coletiva tende a invadir,ª ane- . _um . prolongamento ·.da linha derrota.. A arte pauou a · re-i gordo como o velho ·:Johnson e de mente, fabulosa- , não· exige a pa~ticlpação to~ xar cada yez maior espa~o ida de _conduta Pfl:rtl_cul&r, a mes- presentar _uII).a_ penitencia e· mente luminosa, como um Thackeray. , tal da p&sonalldade. O es• vida. particular. ~~~ •tiran c~ ma 1uta c(?ntinuada em ter- uma CQII).pensação da__ P<>~r~ Era de G. K. Chesterton, o genio da sãtira, o ge- · 1 • critor somente tal se consi- s11jeição que a sociedade tnan .reno diverso, uma face dife- vida do homem. No nosso in..- nio de um;i, dialética 'que cortava como fio de navalha. , , · dera debruçado sobre a me• _tem sobre a pessoa, o.iesm~ rente de__idêntico proble_ma - cipiente rp,eic;> cuitural, oi:tde·Í; A novidade de G. K e; estava no vigor de um pen• , sa, de trabalho e em algumas quando se trata de uma pes . o aperfeiçoamento de si mes- não exi,st!l nem aind11, hou;v3 sarnento que se tra.nsmitia com o calor da luz e a. ve• • ..------------------------~-- mo através a obra ele arte _e tempo para que ·se formass locidade do som. , · 1 1 o~ aperfeiçoamento <!,a obra uma tradição .de _apurada, es , Agora publica um jornal frnncês alguns trechos de através o auto-aperfeiçoamen- crupulosa ·consciencia de "ar um ensaio inédito. de ·valéty Larbaud, sobre Chester- , 1 • tQ hum9:no e espirit~al. ,Assim tista'', ·oostuma.-se · justificai-:; ton, colhidos pelo critico Jean-Aubry. . , , ,.,., · · como utiliza a expenencia hu- _os deslizes e vilezas · de um · Larbaud, amigo de Coventry Potmore, vai encon- . e· -·--ANCAO CRUEL A O' . Q.UE ma_na e vital na elaboração ~scritor éqm ·ª frase, aconiI_>a-; trar O inglês .em sua, casa .. Chesterton falava com ra- , da_ obra da mesma forma e nllada cle um _sorriso.de indul~ pidez incrível, abafado de quap.do em vez pela gor- ., ,_ reciprocameµt~ _haverá de a- gencia, como se tem para :11 1 dura . E ri de tudo o que dii, mesmo quando não há ~ · -> · · . proveitar a Hçao colhi<_!a, no criança .nümilda que pratictff motivo para tal. E p~rece 'multo satt:sfeito de sí mes- , 1 esforço de auto-superaçao ar• travessuràs: "Oh, ele é µl' mo. As vezes; como acontece aos genios, nos dã a im- , ·tistica para um corresponde!i~ grande talento" ·- quando s pr,~ssão de um: idiota: Mas o brilh-0 das idéias nos ' SE DESPEDE DA VIDA te esforço de auto-superaçao deveria tristemente •dizer• af~ta logo ·desta impressão . O homem veste-se maL ética e hWJ'lana. Porque o ."Um.a pen,a,-_ é . um ·granei.e. ta-·, E ~ mo U:m ·merúno, não sabe' se comportar na mes:a; • _escritor, o_artista, o cria{ior só lento". Porq11e esse raro (!.om,.~' Os cabelos grandes ca-em sobre os óculos, •quando bal- se pode compreendê-lo ~omo esse inapreciavél privllegi.ó. xa a. cabeça, E em conversa comigo e com um padre , 1· . um aer moral p!Jr i;xcelencia. que lhe fo~ concedido pela na• anglicano, na sua sala de banho, procura nos conven- - em todas as acex>90E:S des- tureza i~plica em cedos ir-, cer de que tu.do o que até escrever não vale nada. J!AI PLUS DE SOJJVENIRS QUE SI sa palayra. O autêntico, o .. recusa.veis . compromissos de: Em fim, nos diz Larbaud, Chesterton pareceu-me-- . -1 J' AV Ais MILLE ANS. puro, o que foi realmente· fe.; · ·ordem··moral, em ·alguns ele• 1 um homem que se conservou na lnfancia,. como todos rido pela .consciencia do seu mentares deveres de ide&• ! os homens de g,enio, .e que s6 vive para os seus pen- BAUDELAIRE apos~lado, possui os mes~os lismo e de retidão. Transgre-.1 sarnentos. e para a ·expressão clestes pensamentos, igual ~crupulos e a mesma ri_~da dir esse. código de escrl,tor;] a um 'menino com os seus brinquedos. E é por isto que ,. d1Sclplina na vida pos1t1va vago, arbitrario e sem · duvi• j a sua expressão é tão ·bela. Os outros jornalistas _de ,- . daquela que lhe ~ege a vid~ d1., suscetível de bastante '. Londres que o _imitam e jijlga.m _exprimir:se melhor do Lernl:lra-te, .nes~a hora de grande lucidez. ·ç &rtistica. UJl!-& açao reprov9:• elasticidade, mas justamenta que ele, . agem como homer;is do mundo, através das que deixas a vida, que abandonas_ a vida vel, a infldehdade a um am1- por isso mais penoso e d.li e;racinhas do club. São .ridículos, enquanto Chesterton go, ·qualquer. ato de. má fé, a menos comodista interpreta• ·. é Chesterton ·Nunca, em minha vida, encontrei alguém Lembra-te que somente tu é que desaparece... mais comez1.n?a. insinceridade . ção, .deveria envolver num&' mais "naü" ·no sentido absoluto da palavra. • ', Olha 0 relógio que se _movimenta de segundo em segun~o. lhe rep_ugnarao, tanto_e lhe infidelidade, numa traição à i• :,..:;:::,,<::~:::::,...·ç::.~·,.,ç·>"I · ~- parecera.o tão anti-estéticos co• própria arte · de quem ele se do i mesmo .. duvidandB mo a . írase mal construida . a pretende um expoente. do no sss~ e'xito' . E' de· am· or . · .· . Flaubert, um adjetivo pouco = Lembra-te da sàúde _dos qampeões _olimplco_s; . evocador a Mallarroé, um odor O consagrado escritor fran- que a humanidade necessllia.". , Âesag.mdavel a. Baudelaire. O s Albert Camus, autor de "A ' da rapidez do vôo dos pássaros. universo ético é para ele sem- este", romance que obteve EDIÇAO DE ~ BIOGRA- Lembra-te dos grandes concertos sinfoi:úcos. pre reflexo e prolongament;> traordinário êxito na. Fran- FIA CRITICA Nã te esqueças d" lealdade dos amigos do estético. Trata-se pois de (Conclusão da 3,• pá"" . a o ano passado, concedeu há · 0 . .. . • viver éssà existência de ar- • ouco, em Paiµ, interessante Já é raro. entre nós ver-se tista, de "clérigo", guiada por severo rlgor. Nos gauches ntrevista ao prestigioso se- um estudo· biografico chegar uma invariavel norma quase mais-reqentes, .produzid0s este ! t:;~~ ecªfrºt~" d.err:iet~rp!i~~ à segunda edição; será poi!l Lembra-te da agitação _das grandes cldadei• , fe!fgiçisà, - ético-estética, - ano, o debate se acentu&. 1 provavelmente único o caso do também do amanhecer nas matas virgens, em todos os · a.nônimos mo- m~strando q1:'e a artista I!es-; 1• obre o problema cultural, exceleqte -Machado de Assis, mentos · da sua vida social e qu sa pe q isa e e isse Camus: - "A cultura de Lúcia Miguel Pereira, da ·da dôr e da alegria nas maternidades, privada. Uma luta constante, Pr~v~vel~e~te era fe;.fu~ié~i para empregar uma palavra qual o Circulo Llterãrlo do dos ieus poemas, do~ --po.mas dos teus poetas., signficarla isso, implacavel experimentar outras técnicas. ue não aprecio muito} não Brasil anuncia· agora 6 4a, auto-análise, severa vigilancia passandp-se, quem sabe. parlií ode ser nada mais que o en- •edição. A ~ocura desse livro dos seus próprios inais fuga- o mural. Ai, seu trabalho se- ; ~quec,i~ento da ca~cidade d~ é uma prova eloquente do in• . ··. . . zes pensamentos e sentimen- rã mais duro, pois as vaci- . patia de cada mdivi?u~ teresse cada vez maior do pú- Ficamos nós, e não há tar4e mais bela. itos, incessa·nte auto-macera- laç6es e retoqu,es não serão 1 o que faz_ lembrar ª mci- . blico brasileiro pela persona- Faze um apelo neste ti 1 omento e. tew sentidos·t ção. O ideal consistiria em mais permitidos. Esperamo.s, iva ~firmaçao de Be.e~ho- lid&de do seu maior roman- jamai!S praticar atos que não entretanto, que o sangue <le en: S~ r~conl).eço um smal cista . Não valeria a pena pu- lembra-te IIÓs ciroos7le cavalinhos, · pudessem ser ·presenciados pe- indio prevalecerá, e que · & e ~up~r!~i:1dade no home~: a . blicar finalmente uma edição lembra-te da ~úsi~a dos car~~éls; ; las ~ssoas que mais estimá 011 . pintora Djanira .consiga, .no nda°'e . Acrescentou o condigna de Macha.do de As· . admira, nem nunca sofrer futuro, mais uma vitória, pela ra: n.de romancista gaulês: "t ,· sis, limpa dos ,e,r,ros que se pensamentos que não pudes;. força de d°iscipiina. e tenacida- iso sal.var a _pa_z'. sal_v~r o tra.ru ;mitem de edicã.o. em.ed \-., ~ ·ODORICO TAV ABES - . · sem ser lidos pór essas pes- de que â · caractéizar:ri, tud() em da :,barJ:>a,rie . que ....o . çã.p, e ya_za.da·. em ,ortogr11fia · · • · · · .,.~. · ... ~. •. '--'--~ soas é 'Pi>r todó mundo sem Isto aliado ao ·seu grande ta- aça. Temos· que tentar tu- moderna? · que tivesse por isso de corar lento a~ttirâl. · ' · ., Djanir_a _ ;

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