Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1949

Jãneiro !i t9Q.\ - . . ~-a voz çonsegue emitir, , ·uma ' &érlo 0 melódl.ca sons. O ouvido pode per– bpr várias. E poderá tam~ lQ. o nosso ouvido, de· ac&r• MÚSI~A- üu 111111111111111111111 li i 111111111 ..... •• t'OLHA DO NOltff ' ·. .,. . .. 1 o _com certas convenções e gi:as, perceber em detalhe os tos diversos emitidos ao .esmo tempo 'l ELÓGIO DAMÚSICA DE CÂMARA Sonhamos ,'!oro u que vemos. O mesmo ocorre com a au– dição, O que primeiro q08 desperta · a atenção, o que constitue a: mensagem essen· cial, o canto principal na. mú– sica,- como · dizem os colegiais, não é, provàvelmente, o q u.e atinge o mais recôndito do nosso sêr. O fenômeno mais subtil, o menos definível, ou ~ Diz a Çltôniaa _que César, ossuidor de inteligência cet• mente polifônica, era capaz , e ditar, ao mesmo tempo, li - GEORGES DUHAMEL {Copyrig-ht E. S. 1., com e» clusividade p,ara a FOLHA DO NORTE, neste Estado) • te cartas a sete secretários.·· - no dizer de Claudel - "ses •Que se nos permita comen- centaines de visages blancs", · h~ a crônica. . Não podemos e àdmiramos o sentido da vis• !'imaginar César provido de ta que _nos facuJ.ta, simulta• !Éete_ vozes independentes, mas neamente, um reconhecimen• kim dirigindo, ordenando, com to tão ràpido . e tão ·crunplex<J. !i:ma palavra, um pensamento, Depois de álg.uns instantes ~ tra.l:>a1ho de sete escribas, dessa estonteante revelação, 'ue maneira aparentemente si• verificamos que todos os ele• 'tnu1tânea, porém · sucessiva, mentos desse espetáculo não Consi'dera.ndo a estrut"- melhor, o inefáwl, passa-se nas margens, na penumbra. porém, de que, mesmo no o que escutamos po(le ser su– mais. notável gênio muai.cal, blime, 'pennanece quase sem· iexiste Ufm& hierarquia · •nas pre natural. O que ouvimos percepções e que ao indivi• é fàcilmente mágico e sobre~ duo, as três vozes de '!Wla fu• natural, o grande mistério da ga, por exempo, não podem música realiza-se independen– nem devem apre~entar-se ao te da atenção direta, nos li· . mesmo ~mpo. Nao devem e mites do nosso conhecimento. ao explicar essas palavras te- rei chegado à 'proPQSiçáo mais - Eis por que -a polifonia re– importante. presenta uma . surpreendente bto é, passando ràpidame11te são descortinados com a -mes• ..... ~ ~e um negóc'io a outro, de ma intensidade. Há na retina anatômica do ôlho, sempre suprimos essa deficiência. das no.ssas possibilidades, por um desvio- d:a nossa atenção ? Ta.l desvio, a.liás, é menos rápi– do que o da atenção vist.:al. Seja como for, o homem nor• rna:l não parece feito para a polifonia, pois não pode per– ceber com a mesma intensi• dade todos os contôrnos me• lódicos, que unia. · verdadeira polifonia encerra. conquista pois satisfaz todos nossos anseios, se me é per-• mitido falar assim; oferece à nossa sensibilidade e à noss~ inteligência um suntuoso fes – tim. Devoramos algum.as pa• lavras, provamos apenas ou– tras, respiramos somente al– gumas e, outras de que nem conhecimento tomamos, s."ia no entanto necmsárias à ar– quitetura do conjunto: se ai não estivessem, teriamos a im– pressão do incompleto e do desequilíbrio. Somente essa prodigalidade nos traz a per– feita satisfação . Assim.>'. é, para nós, homens do Oétden– te, · poderosa a arte que nos esconde parte de suas bele• zas. Os frisos e a~ metopas do Partenon era,m apenas vi• siveis, mas sua presença adi· vinhada, pressentida. contri– buía para a opulência do con; junto. Uma · ~rdadelra obra _ de arte é composta de bele– zas evidentes e de bele~s ocultas, E o recafo dessas úl– timas não as torna menos comovedoras. l a idéia a outra. •Não . há, uma . membrana que cobre o juJ.guei p~vel compreender ra a inteligência possibili· fundo do ôlho. ponto ·extre- o que distingue a observação d~ de efetuar operações da mamente sensivel, que os ana- da contemplação. Nos obser• sma· natureza e perfeita- tomistas chamam de "man• vamos com uma pequena par• nte simultâneas .' A inteli- cha amarela" . Uma visão par- te da retina, com aquilo que ncia dá a impressão de si- ticularmente intensa corres- acabo de chamar "mandha lj;aneidade, passando nitii- ponde a esse ponto tão sensi• amarela". Com o resto a con• . !àpidamente de t::ma ope- vel. E' nele que se forma a . templamos. Em outros têr· .raçao a outra ..· • imagem qi;e escolhemos no IÍlos, contemplanos o que não Já vos disse: fitamos 11'rn rosto e vemos os outros, es; ou.te.mos u,m canto e ouvimos os outros. · Como falei em hieral'quia, parece, à primei– ra vista, que o objeto sobre o qual concentramos .forçosa– mente a atenção, é o mais importante de todos os que nos são a1H"esentados. E' o que vamos comentar. ' ,: O mesmo não acontece com l)s fenômenos da sensibilida• de. Podemos recel:>er, ao mes– mo - tempo, várias impressões .5ensoriais; mas não podemos 'aplicar a todas idêntica acui– 'tiade de percepção. A .fim de ~ornar mais claro o meu pen- 1,amento, tomarei como exem• plo, não o ouvido, mas o ôlho, gue .melhor se presta a qual– !luer estudo demonstrativo. panorama como a _mais dig- vemos, ou mesmo, o que ve– na de merecer a nossa aten- mos mal, e- é por isso que os ção. Direi, portanto, em ou- contempladores são. aparenlie- _ tras palavras, que podemos mente; pessoas distraídas. ver muna cousa de uma só Tudo o que disse a respeito vez, mas que não fitamos se- do sentido da vista é igual· não uma, durante determina• mente aplicável no sentido do tempo. Compensamos es• auditivo, ainda que os apare• sa limitação do nosso olhar lhos sensoriais sejam profun· · por meio de mudanças muito damente -:iisseme1hantes, É rápidas . O ôlho, aparelho ma• evidente que, se podemos per– ravilhosamente móvel, ·percor- ceber, ao mesmo tempo, um re o espetáculo e apreende grande número de sons e rui• uma • infinidade de detalhe~ dos, e, por meio da audição que a int.eligência utiliza pa• abranger um vasto ·panorama ra reconstruir um conjunto sonoro, não ta_rdaremos em ·Pois bem, é precisamente porque a polifonia excede, em aparência., os limites da nos• sa natureza, ou melhor, os ll• E' ev,idente que o objeto fi• tado, o som escutado, precisa– mente por estarem submeti• dos com mais intensidade à ação córrosivi,. da nossa inte– ligência, sejam conhecidos, analisados, classificados e simplifioados oom maior ra– pidez. Os objetos, porém, que permanecem no campo d.a nossa percepção. sem serem iln.:minados pelo projetor da nossa atenção, esses contri– buem, de forma mais mist:.e· riosa, mais secreta; e menos friamente lúcida, para a com– posição dos nossos sentimen- · mites de wma natureza co– mum, que ela representa mais do que uma, grande conquis• ta, um exercício admiráv.el . . Quando alcançamos o cimo íie uma montanha temos a · }lnpressão de abarcar, dentro tio nosso campo visu.al , um número considerável de olb· letois q1•e descortinamo& de µma só vez. O mesmo se dá .9-uando, do palco de um tea· ,çro consideramos a sala, COIIl . perfeito. A. lei fisiológica. concent-rar a nossa facu1'dadE porém, é ·a seguinte: . se, . ao de atenção' em ~a par!;e· di– clarão de um relâmpago; des• rqinuta des!f(¼ panorama. N~ cobrir umà multidão, vislu~- escutamos uma voz e ouiV't• brarei mil rostos e verei um mos o resto, Dar-se_.á o caso só... de que, como para a visão, As criaturas verdadeiramen– te musicais têm uma aptidão natural para perceber diver• sos cantos ao mesmo tempo. Essas pessoas conseguem. pe– lo estudo e exer'cicio, desen• volver sua faculdade de aten– ção como se desenvolve a li• berdade de movimento dos . múso1:los, e, nos organistas; a independência das mãos e dos pé.;. Est;ou . convencido, tos. - Pensamos no que fitamos. (Continu,a) ~squema Da Da SocieOaéle Evolucõ.Ó .:> ÚLTIMOS LIVROS Paraense· AINDA OS POETAS . {Conclusão ela 2a. pagina)' cessou. A ordem direta ê pri– /reocratic~. ~ntre nós, impor- vilegio do· idioma de nações ~ava O idioma do bárbaro da economicamente mais adianta– ~rica, · modelado natural- das• lrnente à feiçã~ de se 115_ éle• A superação de ambas- as \figos. , . 1>rdens, o des;lparecimento t ; A ' língua portuguesa, fala- delas, constituiu, no passado, ! a em Portugal e no Brasil,· patrímoniô das linguas de co– ofreu, ~omo era de .·prever; letividades, q1re atingiram i-_ influencia ~G pêc·o desen- · marcantes ciclos históricos. ~lvimento económico ·· dos Lembremo-nos do grego e "do Aiois· países, não tem sido se:. latim, alcançando essa a.fi – mão reflexo de nossas condi· nação, na fase progressis• ~. - iil. mat. eria.~. . ta do regiJ!lle escrava,gista Ui- para se desagregar na de• jlÍ , Cr~moi que não há já nin- :;;agregação e morte d e S• guétn de bom senso que ain- se regime. S<i teremos· - 1 da acredite nt:m propalado é claro - Untuas tão sim- ~ 'pex:i_odo aureo" de Portugal ples e tão belas (ou melhor, século XV), relativamente a com mecanismo ainda mais ua · estrutura economica e as simples . e mais belo), no es• · uas· sul}é.i-estruturas artística uigiC> cientifico dà proprie<– literáúà. . , . . dade coletiva, ou seja, no re• 1, Diferentemente da língua do gime comunista; .A tendencia \aborlgena - ccimo era de à uniformidade é índice do -1,rever - atingimos à expres- de~.envolvimento das línguas. aão do pensamento abstrato. Veja-se -a nossa atual tenden• Mas se por ~m lado tivemos eia à uniformid•ade ortogra– 'a idéia do · abstrato - repu- fica, vitoriosa. setenta por ~amõ~lO' desde logo de sobre• ,cento . · )iatllfal, ·e, _por outro lado, atiramo-nos ao afan de t0!'- 1 'llar àefinidas ,as cousas va– \gas, ~e fomos às mais . violen• .tas ··torma's tônicas. Chegamos 'ao ijonto. de, ao cot1~ârio do !índio, colocar o arti~, inclu– "ive junto do possessivo! , Daqui se· explica por que j francês, sendo Ungua irmã fº português, se tornot:: lin• \gua mais facil, mais elegan– ;te, adotou · s, orpem ~ireta, a IJ>rócLise, não utilizou o ab- 'surdo in.finitõ pessoal. E' cla– ro que isso aconteceu não por caso fortuito, não . por \ outros . motivos, mas por causa do lll&is rápido desenvolvimento éconpmico da França. !•• ! A ordem indireta, enfáli- Di.oleticamente, a linguagem hu,mana, em geral, e, em par– ticular, a ·Ungua de cada con• glomerado, tem sua história, evolue através do processo chamado de analogia, que é exatamente essa tendencia à uniformidade. Sabe-se que . das linguas néo-latinas é a francesa que apr:esenta maior uniformida~· de, conquanto ·naturalmente ainda não o atinja de todo. Essa vocação para a unifor• midade não representou; se– não o reflexo da modificação e desenvolvimento dos mo- ·ca, (a ênfase é forma sono• ra primária) é caracterlstica das línguas de países econo– micameµte atrasados. Lem– bremo-nos de que nos fomos libertando da ordem indireta à medida que . nos adiantava– mos em nossas condições ma– teriais . Não foi, como se costuma dizer, pela simples influência da língua france– sa, por influxo ·da decadência clássica, ~ o mé ro predomi– nio - da c-ultura cientifica que esse desenvolvimento se pro~ dos de produção, na quei-idá e grande Patria de Anatole France, Barbusse,. . Romain Rolland . Representou reflexo de sua expansão capitalista. Não se · diga que o- romance francês a.pareceu no séeulo IX - anterior s,o portt.:guês, com a Cantile'Il.a ou Legenda de Santa Eulalia, e daí o seti maior desenvolv imento. "Nos textos do romance do sécu– lo rx; em Portugal, já en– contramos uma_ ou outra pa– lavra de feição espe.cialmen• te portuguesa "informa-nos• o professor- e escritor• paraense . Ceei! Meira. O próp-rio itaUa· no, nQ seculo X, já era lin• _-·.. ... .. - . SÉRGIO MILLIET (Cofyrlght. IE , S. 1., com exclusividade pan a I?OLBA DO · NORTE, neste Esta.do) gu,a escrita, consoante noo prova aquela inscriçae na ca• t:.edral de Ferrara, a que Díez se refere, Conquanto o ita.. liano - e o próprio esp -· nhol (este em muito menos ·grau), se aproximem daquela. uniformidade do francês, no, caso da col.ooação dos obli• quos, por exemplo, (ninguém Lêdo Ivo ê sem dúvida, en- · 11ue mais queres? Te dou mi- que a gente ..proCll.tt'a para des- ignora ·a desuniformidade que tre os novos, o mais integral· nha existência, e ficas olhan- canso, · é · que faz bem: vai por esse setor no portu- mente poeta. Poeta nas cr~- do os cardumes de sonhos im· .·.. Dai-me a triste:ra gufs !) . daquela unifcirmida- n.i 'c.as , poetas nos romances, possiveis qlle bordam seus dos bondes passando vazioa de se distanciam em muitos poeta e únicamente poeta• •vinte anos incompletos. Mu· [de madrug:Mta. Eis um· ~ritor que se reali, lih.er , beleza que passa, en• A.Iiás, ele próprio aspira ·1, outros pontos. E' que Itália e za na poesia com ~a ex!lbe• contro com a morte, fanfa rra que sua poesia seja: Hespanha tainbém são paises rância e um desperdício es- de outono .. , Fala, sôpro do riso e não lágrimas. atrasados economicamente, e pantosos, & . fraqueza do ar· -vento, pedra. Canta, visita, Nunca a11S321 louva.da ,· as suas · lingúas Dão podem tista t que prejudica a obra forma junto à . janela, lem• que ela este.ia sempn senão refletir esse atraso, Na do sr. · Lêdo Ivo. Sua ausên- brança de luz que a poesia .. a. .serviço da. vida Itália até há bem pouco exis• eia de auto-critica, sua inca• .inunda". ·sem trair os homens . tiu a monarquia e _ note-se pa.cidade de sacrifício. · Se uma das características Poesia e cálcio. que foi berço do fascismo, E Seu Dovo livro "Ode ao do poeta é dai: às palavras ;E>or certo não há como cen- crepúscúlo (Pongetti, ed. Rio, valores· inéditos e associá-las surar essa naturalidade de não é sintomatico ,que, sendo 948) é mais · t::Ina comprova- de modo a despí-las de sua quem, sendo jovem e feltz, ela ª terra do latim, a pro- i;ãó do que a.firmo. o deli- ganga lógica, Lêdo Ivo é um deseja . ~ poesia !1e risos, nuncia latina se observe mui- rio emotivo e veri>al O pos- poeta de verdade. Ele sabe uma poesia . de saude . . . e to mais no português do que sui. O segundo poema do li• animar o inanimado, ressus· cálcio. E' possível tão somen° no italiano?' Quanto a Hes• v.ro_ é uma litania das. horas. ' citar mortos 'e tornar milio- te estranhar que uma época panha, ela se pàrece muito que eu veria. atribuir-se mui• nárias as vestes do mendigo, tão dura e hostil a tudo conosco e com Portugal. ,..Es- to na.turalment.é Cacrescentan. Ele cria ·um mundo, mediante quanto v<em do espin to. a capou da desgraça. monarquis- do-lhe uma certa dose de mis• passos de mágica (por vezes tudo quanto se prende ao ta para se ver · estrang1.:Iada ticismo) a esse outro grandf de prestidigitação também humano, uma época de de- retórico que foi Charles Pe- quando impelido pela sua fa• silusões, de ceticismo, e, i~ ml– com ª façanha• fascista do fa• guy. Como _Peguy, Lêdo I'Vo ciUdade) e esse mundo noo mente de feroz sectansi:no natico -~rancó. · O próprio exprime-se, nessa litania pela . encanta, .se temos a sorte de não atue sobre o poeta, e a 1 n – "periodo de ouro" · hespanhol insistência na imagem,' pela ,entrar .nele atràvés do véii de da lh~ permita ex_pandk-se do_ séeulo . XV, .o ·"capitalis- repetição infindável de um hermetIB~o que o recobre.. em ba_llados e cançoes_. Pro• mo" espanhol e "português de •pensamento desenvolvido sob ~pressiona,- c?mo confi~- va ~v1dente de que o mundo Strieder, foi inteiramente de todas as formas ela lú ia maçao da ausência de so~n- por ele .criado e_ de.ntro do fachada, artificiàl, não resis- dos contrastes ~ltre :ºvcf!:á- ment~ _Profundo · ~esse poeta · qual se ·1Solou é mcnl.'.e;men· tiu, não podia resistir _ aos bulo raro e a linguagem po- a fe!1cidade das imagens de te. estanque e aut_g-sufu;1ente . testes do desenvol'Vimento ca- pular, a simplicidade e _ 0 re- ~ufona e_m_ contraste com. a Eis ~~ expressa? bem ca- quinte, a subtileza e O anau mexpressiv1dade das de tr1s•_ ·racte~1sttca de n(){J o tempo ~ pi-talista em torno de si, ti• gosto. A enorme riqueza ver- teza e desespero. Para ace.n Se_nao se tra.t~sse de ~im co. nha que ser pasto desse de• bal do poeta está entretant t.uar um mo~ento de angus- me?tário poet~co s~1·1a. ate senvolvimento. Mas não foi a serviço de emoções pouc~ ti:!- o. poeta ?ª~ encontra se• .mtais {ecomendavel dizer: a u– a Igreja Católica quem tm- am. adt.:{ecidas. Dir-se-ia que nao um preciosismo sem sen- árqu co.•• Pediu a - ·t 1· t Lêd · ,.-;.. - - tldo: x x x ex.pansao cap1 a 1s a o vo ª1:llUldl nao passou Ao criticar "Menino de I,J .. de Portugal e Hespanha, co- por u;m so~_uneI?,to marcante, ''hora de culflvar os cognme• to", de Marcos Konder Re· :, mo parece pensar o professor .que amda n~o _dilacerou !'- al• [los da dúvida" disse que não teríamos decci:i.. José Honorio Rodrigues, dis- ~a na anguSha,_ que ainda. ção- com esse poeta puro, ave.:- cipulo de Weber, _entre nós, nao esqueceu ª htera_tura pa- . Mas para exprimir a ale- so à grandiloquênciij e con~- ra c.horar, se rev?ltar, amar gria da posse, a comunhão na ciente · de sua pesquisa fo r– e sim C>f;i,atift.:!lldismo portu- e odiar. Seus senhmen~~ .P~~ vida, a participação no mun- mal. . Nlão me enganei. Stu ~s. ligado ao capitalismo ~ecem um _Pou.co artificiais, do em dança ele acumula ex- novo livro "O ~mplo da es– estrangeiro sem religião, que t.:m pou~o. liyrescos,. e no en- . pressões de muita beleza: trela" (Pcmgetti. Rio. f948>, impediu essa 8'Xpansão, por tanto nm.guem ~al~ do que "hora da fu~a pelos campo~ revela as mesmas.- qualidades, meio - é claro - do podero- .ele te1:11. ª poos.ibil.li.dade de [em flor já agora a par de um íl,ma- _so clero católico romano, in- ~rat~!Il 1 tir os fatos vu:lgare~ e .• , • . . . . . . . . . . . . , . • . durecimento maior. amadure- teressado também u.o lati- 0 '1. ie.nos e~ J?ura poesia·. hora das abelhas galgarem a cimento · que se traduz pela fundio em todo o mundo, A· Assim essa l~tarua d~s h~ras, [corola descoberta de um ri tmo i>ró· inda . hoJ·e, se· pode ver cl"ra- dque .merecer ia ser smtet1zad• . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . prio e pelo acréscimo ao tom .. 3: ~m . uns pouc~ versos a · .• . alegria voadora. dos pássa- ele,gíaco, aó "clamor de lírios .mente, no Brasil, o clero ca• miraveis CO,!llO aquele em que -. · [ros derrotados", de um sentimen- tólico fazendo o jogo do pro- fala . da · mao que aperta. na ... ••. • • . . . to religioso de seren idade e testante am:aricano do nor-- carn!; "um_ pouco ?e prima• de plenitude . A forma ou- te, efltre nós, não natural• vrra. · _Assun t~~m ª po~- trora cQnstituida de preferên- mente vendo nele · o protes- sia . 1 1;; 1 tulada Fe;ta de _St• E quandi, . porventura a eia com medidas ímpares ago- tante. mas O iin.per_.ialista, ga• lêncio · e na qual. 0 trecho em Imagem é de melancolia, não- ra utiliza o versículo de acen- .prosa. ~ realmente uma _gran- · ;e trata de uma sensação tos naturais ou o verso for- rantidor do Ia,tifundio • de" pagina: : · . triste tnas de uma amável so- mado de alexandI:inos. e de- . Mu .lh.er, cl'mtura '· .doce · e Udão ·mor:néritânea, boêmia, cassilabos aos quais se acre. agressiva, fonte de orgulhos quase' gostosa, essa solidão Continua ae ~.• paglDII (ConUnúa)

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