Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

FOLHA ·DO NORTE 3.ª Página Domii\go. 30 de maio. de 1948 .=...:::==~~_:__:___,___--'-__~---------------------'----:---'----------:-- De certo não sabeis bem porque mas sentiroant:alme»te-– ~ apreendeis, e, homem ou mulher. os nagci,dos em nlaio caminham ao J;fêso-ãe uma car– ga. S\!~ve - •ttma a:n.dorinha nã o pesiaria menos -, que é o prtssentimento, a intu~ão àe participarem de -um segrêdo atmootérico, pois êle estâ gra– vado, em 'bieroglli'os. no ar, e no' vooto p er,pai;sa. "N~ , os ele maio..." _. tendes o di– J:eilo àe sublinhar, em face 'da ?Üserâvel- si!Wlção ·de noo outros, os do resto do ano (ex– éeto os >da -segunda· quinzena cl'e. dezembrQ, é claro!). -E ã'qui, ouso afin'.l)ar que vosso se.; ~edo é meio,.'J)agão meio• rfjH.gioso, de tal modo as col• ias se baralbam no mundo, e. ~ .,mistérios: se })rÓlóngam e se entrelá~am. Porq11e hà ~ em maio dois mfies: o mês .té, 'Maria, e o ínês de maio ,>roprlamente dito. Se l!<>is eristães r-0mamos, roa~ bat.e ISinOIJ na ·vossa inf~ia ou · na . ' vossa madure-ia, e aspirais o • incenso, entoais o Jan11a CoeH, 'l'arrla :Eburnea e :riio •sei que mais invocações encalliatórias, e vos- ,ajoelhàis, e assistis, à co- Em Maio Botes, O Natura I isto, Etc. A Lapidação De Santo Est.evõo (Especia.1 para a ·FOtHA l:>O NOBTE nute Esrado), . . . CONTEMPLA, AMADA, A LAP1DAÇ.i\O DO HOMEM: · SABES DIZER DE--ON.DE :v-$JM AS PEDRAS?. . 5ENTlM0$, PALPAMOS UMA Z-ONA HOSTIL VISITADA DE PA.S$AROS QUE A NOITE· ' . -.NOS BICAM EM SONHOS, POIS NINGUÉM REPOUSA., ~UAl"_lTAS PEDRAS MOWJA:0S DIA-RIAMENTE! O SALM.O DE LOUVOR SEC.~ .NOS LÁBIOS E, JA' O IN]E.RNú -ABERTO · À NOSSA, RO·DA, ,,. ,DANDO A MAO AOS :SSPiftITOS DO AR NóS TECEMOS O v:€tJ DA INIQUIDADE AO TEMPO 'IMED!ATO DEDlCAMOS 1 O FBRVQR QUE S<Y. DEUS MERECERIA .•• LAPlDAMO-NOS UNS AOS -OUTROS, SEM DESCANSO· ' . . . . . . ' "; . ' ·LAPIDANDO,. ESTEVAO, A NôS MESMOS LAPIDAMOS.' .,. . . - . ' MCJRILO ·MENDES • • . , • • • • " l (Canehulã&. tla 2.• pag.) ,mas. J)âgh1as· -uma :roi1Jteriosa }Jgação coro ó i!robletn~ · do tempo, se>bretudo no €l~p1Ju~o :Jinel "Os · fantasmas tte Boi!• 1on"; que é tip~ám_ente uma •' ' ~e.ç.a proustilil-ti;a, na sua a:'1'1ll• t~!l de ilimlta~o . e sobre:vJ.o vênefa pela _mem~rla. . (1) .A:ugusti) llfeyer .- A 11&mb,a ala esta.D,te - Livia:;. J:ia, José ()mn,pto Edit-oia - il.Uo - '194'Í. · · . - - Pa1·a remessa i'le Jiyros} • Pl·aia , de .Botafogo, 43, -------------- --------------------------·--------------·--------- . _. -- mento da cidade em v~ de ser uma chaga, como antes. Mi.. · múito fiem\PO, •• Um exoelente -vigário, _padre Ralm'\llldO San.. .nba velha estrada favorita, a avenida das mong1.1bas, tinha ches de Brito,' e um povó de moralidade e pw-e~". sldQ renovada e a ela vinham ter muitos outros camh)hf)S 'Em Ega (Tetfé atual>, onde ~ou o mais longo ~ríodO' Orlados de ál'vores que, em poucos ·l!-llos, tinham alcantaàÓ de .soo excursão, "le-vav.a vida tão re~r e tão tranquna. altura s1.1ficienw para dar sombra agradawl; uma delas, a cotno pQderia ia.zel' .\lnl na.t urali{lta em q~qie:r aldeia •da. estrada de, S. José, fôl'a pli\ntada de ~ueiros. Sessenta càr- Euro~". o que, p()(te resumir o melhor el0g10. _, :ruagens públicas, leves cabrlolés (alguns já construiuos no Na última página do U:vro, está a :mensagem etc de.spedi- Pàrâ)., percorriam.' agora ás ruas, aumentando· 1nuito a ani• Concl~são da lª. Pag. da. à Amazonla, pelo maior dos seus amigos dentre todos os macão das belas ;Praças, ruas e avenidas". sábios 4\li? a visitaram: "Na tarde .de 3 de junho ~ncei o Aeêroa do clima, observa com orJginlillilade e exatidão se obriga.dos a passar sem missa, por não haver padre. O ato derra.(1'1.iro olhar à flor.:.sl;Jl gloriosa; pela qual tive taiito a~ que num só dia se completa o ciclo de três estações: prima• consisth1 simnle$mente em ·1onga ladainha e alguns hinos. môr e a cuja exploraçã,1 devo.tara tanw.s anos. As horas mais vera, verão ~ outono, e conclúe que é "um dos mais agrada- Colocou-se nÔ altar ipequena imagem do Menino Deus, com br!,stes de que me lembro foram ~ que passei na uolte ~ veis da f~ da terra". longa fita a , tiracolo. úm negro velho, de cabelos brancos, guinte _q:uandb o p1R>to :mam~n:co Ma <lêixoµ 11vre d.os bai- Descrevendo os. costumes num lugarejo da bahia do Ma- puxaW\ ,a- lad1~.jnha, respondida por todos o.s ass,istentes. De.., xios e fóra da vista~ tetra, embora ainda ria foz do rtó e, .rsj6, comunidade de índios e ;negros, dá-nos a seguinte :nar.; Pois -da cerimonia vieram todós ao alt4\r, un1 a um, beijar a ll/llOOrad~ à. espera de venw, e eu -senti que s.e Wt~ .o 'Mti• rativa, que reflete. o senso de beleza e de ti.delidade ao huma. ponta; d~ fita. Era ~vel o respeito e devoi;áo demons- mo élo que me p.rendii\ à tetta-de ~tJ!,s tt-Ool'®,çoea am-a– no do.mmante na obra toda: ''Foi af que pa$Se1 o meu pri- tr;:1,dos. -Alguns binos eram mm.to singelos e chelo.s de bele- dáveis". melro natal em terra ~tra.nha. A festa foi celebrada. pelos ta, especialmente o que con1eçava ''Vil'g~m Soberana", cuja Ao decorrer o cen-tenário de sua viat;tem, Bates eontmim negros de maneira muito interessante, Havia pequena altar, melodia me vem sempre à lembrança quando _penso nessa vivo pam a ciência unive~l e para o eor$1gão dos x,a:ra~ xnuito be-m arranja.do. e magnífico ea.ndelabro de cobre. Ho- solitude de soilJlo do Carl.pi". ses. Co:p.tio que a sugestão do :prefaciador da edi~ão brasi".' >nml.5., mulheres e C11ança.s trabalhavam todo o dia 24 de de• Passande em Obidos, vê aí "uma da.s cidades mais agra- leira do seu livi'-Q', no 11enti.do -de se erguer utn mOílU;tnen:tó zembl'o, enfeitando o altar de :flôres e atapetando o chão de dáveis do rlo..• 0s habitantes a,mávels e saciáveis••. Quasi em sua 1nemóri-a na vellia eljtrada d&S M'.ongubê~s (aveni– fôllias de laxa11jeira. Convidaram alguns vizinhos para as não se via llma -pa;l-hoça, as casas tQQ.à..s cobért.a.$ de ~Ilias e da 41m.1rante Tama't'lda,r~), qtw :.tol o luga., de sUá i'es~noi~ oraçõ.1::$ da no-ite e, à. :meia 1,óilie, quando deram início à $in- gera.lmi:inte de sólida. eonstruçito..• A màtor ' c~.Q.ada tla po- em Belém, seja co1n btevfáade a,col'.!:.iid,a. pelo ·xovetlló eotn« gela ce:r1mônla, à stlla estava completamente eb.eia. Vimm.ª 11ulaç~ :fo1m-eAa de familia$ b-mnoas, c.i estabelecidas l1â -test~unho :ma.tel 'i.al da. no• ,gr~tlúão, •

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