Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

• •1:: ( ... ' ' . ., . ·, ·,· ,' ' •! ' . .. ' r , t • ' . . ' , . .. • . . . ., : . (Continua.çâ-0) ~ , Cumpre, de .it).ício, afastar toda oplnião' preoon,oobid-a, de 1-ouv<>r ou de ·censurai E • · lnd·l,eait, ol:>j etwa.mente, as vit>tudes e os ví– ,f-i-os do r,e.gime, ~ <:t~e P_?.\1Sa bcl,IV!r de uni· i,,ersal em sua shgnitiea,çao h:lst,ór1ca. CÔnsta-tando as · prlmeira.s, que virtude. ~trinseoa. _.'consolidou o regime, tãó precá– rie de inicio e que, no ep.'tanto, em duas .~ ·, .. . -~das, levan~u üf)la ,grande potência ~i5m1tá ·'~ -mUita-r, ~a~izando, -&lé-~ -d~:– eo, o SUI!Pre.endente milagre de s-ol:ldarie– ~de- d~ uma p&pulação de - muirtos" lll4ahões llle ha,bttantes, tão notoriaimente diferencia• -~os ? - 1:ssa. vfrtude ess,encial, ém que re- •aide al,go de- definitivo para o futuro do bomem. é a igul\ldade.. A xevol ução de.mo - ' erâtiea na Rrússia foi a própria revolução eoviética. a qual ,v(lio dar um _eleniento no– ~ à di!mo011l,,Cl,a,,· na . $\!à hosfilidade ao lt- l>e;rallsmo. · R:ADBRJUCH acentúa, com prQprie<fade, o visilv·el equivoco -que ~iste na eq_uipa– ,:ação do liberalismo à ciemoo:racla, :fazen– ~ notar que o: prJmeiro atomiza o indiví- ' ~uo• . ~rindo--lihe mna ll)lportâne~ -tal . ~ue .tom.a Dl1/PO~iv-el -toda. vida µ>cl.a,l orga– a,.lzadã e. acaba inspirando à ideologia anàr.:. . _quista, enquanto que a segunda, compM!en- tl,endo e definindo a pe:,sôa J1<0 ciilculo das .- ·.' , .. " ,, _, - • ... CONCEITO E. S-ENTIDO ,DEMOCRACIA D~iel Coêlho de Sousa e realida.des soei-a.is de qu,e ã indissociaivel, repousa nos c<>nceit<>s de coesão e solida..; rü:ed-ade. E ensina, oom lucidez, qu,e, "patra a democraA.:ia o conceito de igualdade sobre– p:u,ja o de liberdade; pa,i;a o liberalis-mo, in– versamente, é o .de 1:ilberdàde qu-e s-obreleva ao de ·ig_uaU:lade" ·.• (3) • A muitos -pa-reeerã e&tta<llha essa. m_anei· . ra de compreender a revolução sov-iét-i;C_!I, como um. simlpl-es acontecimento éj.e uma di,retl'iz histórica IIW!ls. importante, tal sefà 11 c»nquista p-rogtessi,va · da democra:cf.a, cada VitZ mais del)urada de êrros e fi.eçõe$, Mas, ai verda<le é 9ue nenhum antagonismo mste Q"® jtl8t1fique es.sa, estranhei.a. Di· fereótê$ embora,- o regime B'!Wiétlco e o 11,. beral tê-Ili, toda:vl-a, mui,tos pontos de con– ~ e uma .inõisfar{;ayel poss.i.bilidade d~ mútuo •entendiment;() e re-eiprooa, inRu~ncl". Tail. assert1va repou~a, 'não '6 Jl'ó -faito líjs– tórwo :-esult;mte do eon:rutó mundial, que colocou a U.R.S.$. ao lado das -grande de• mocràcí,as liberaíi, -oomo também. da pró– pri,a análise das id'éLas rurtd~mentats de , ambos, ~ qual n:os le'.varla à oonc-I-usãó, já formulada p.or EDUAiRDO -BIDNES. de que , . . "ambos os , slstem·as têm muitas concepções comµns e• muitos prJncflpios filos,6íícqs e morais em cóm·u,m, porque, reéonhecendQ__ a igualdade dos indivídu,os é 'd-os povos, s-ão . .univer.sa }i.stas, hium&nistas, 1,nterna<:fo,nais ~-pa,ci~s". (4) •.. lil e~ atinidade, é curloso obsei;:var, est:ã mesme n;a el!S~neia, d_a própria 'l'evolução soviética, no seu çern.e i.deoiógieo_; ha suá wirekiz hi$tórí~ .pted:oµúna-note, por{iuet . O barroco é uma arte '. do movim-ento tem- p o r: al ~n– qúaihto o é-l~cism-0 'é ~ma. arte da.· knobHidadé. ·o· ~– ·toêo a,n'ttgo apresenta'. <f:o$las em torsão, em ,m,ov.í-meq-t~, li~ que vos carr~gam. ~s suas siBU-OS-idades,..· ~e1:3- , ,u~ ja~a-is possais . d-ete:.r;cv~, que -co:m,em em -t<l'.das~·as ~i-r~ées da igreja CC>.m<Q i,nterfuín-â-yeli eb:trecruzamento de, H-nhu, Mas esse movJme·nto tempo:- · r-al e&tav.a de a-côrdo . eom a . ., oonc~pção de t~o ~!a épo– ca: um movimento t~l:nPo'ràl or.gânico, vital ou• psi,eofógi;– _co. A m4gúin.:a, o'.,:auíom.ófel, o aviã,o, trapS'i'o.rql 'a.ra ~ iíos– &a• noção de -~em-~o que- , se tõrnou mais meeâni-c!i, µão crescimento _e desenvolv.t– men-to, mas ·mudança rápida, .v-el-0ci<l-ade, cronometrágem. Ter-se-á, pois, que (31!,soobl~ as ~ormas das estações nias ao ritmo dos relógios ;de Jií,e– ci~ão, 0 · novo baini:oe-o se'rá, pofs, dif,ei,entê do' anti,i-0, ma;s prolongará .seu esp~rlf;o. Ai estA por que o pintor, o es– CllitM', o urquiteti, é:êVo..~ sar ber ouvir a ll~ão do· Brasr· ~1! outrora. .. coJri~ salie~ PO~TES NJ Ml.RA:ND~i "~ i:un-dg ~ômum tn,tr--e Grã-B:r;êtanha, Esta– dos Unidos da. Am é-ri.ca e ;R*-ssia co-t)siste éxa~en-te í_lo ~anço dos -três po~os· pa~a a il}U'àJ.d)de,.. (5) . ' · ,, IPor:tanik>, não hã como recúsar esSe tra– ço democrá,tioo ao t"Wme soylétito, Ó q~ há é que, embora democrá~ica, a revo– lução russa é de outro periódo históric<>, de outra ~poca. QuandQ. 'eclodiu, j"á os p·ovóll :e.,tárv:am . saciaiios: de libe~ismo() e, p~r· i$SÔ mesmo, deseren-tes . eia' ve~ democ:r-acia clássica, no estilo de . ROU'SSiE~U• .Er,à ,na:• •• , , ,'..' , ' ,f ,,"f.,. tú-ra.J, inevitátv~ mesmo, (lU-e a democraêia russa caminhass-e por novas estradas, so,b q sfg,no d.e n-ovos ideais_. E assim o,eonreu. .· A de:m,oora.cia que a França nos deu ~~. á d;em.;>eracia dá liber– dade, como a que, a Rússia inst-a· ur.ou. foi Ili ~ t _, ' .democracia, da i;u,1d-a4e~ Ali, .J·Qd.as ·MI !ranqu,ias, ~uçiio. tj;o, Estaâ.o ~ suas: ,nú• ·ni:mas d~m~i:lséres-,: ,p!ii'a q~ a llbe-.td-~~:JÍU• ....... , .f 1 .,., J ~esse a,ti>ngit a sua plenitude. Agílf. U>das as re&trições, e,XÍ.pan~ão do Estado àd! . s.uas 'mápcimas posstbllid-àaês ·para que ni-nguélll ,o~s·a~ ·i)e s,ob~ôr, l sonhada ~dl!-pe df tó<los o.s llom--ens. P-aa:a glór!J e em: saerf, fieio desse. lqea-1, a revo1ução J:wou, à Jnor– te ·,11iquêles que ja-ma~. lfe eontOl'iUJ.-1\'l.\Í~ ~ lCÔntiftlMI AO 2°. '" ,ginq)

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0