Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

Foi numa ta,rãe ch-q.vos_a que l\;íon t eh·0 Lobato me le– >"ôi.l ~ -.1,~1t-at ai BibHo:t,eca. ln- . ' fantíl de São Pa,ulo. A:> ver- o grande prédio, ,bei;n pi:i,ntado -no meio de s.ua ehãcai a, t!l11;8, agulhada de inveja tr.e$pas– sou :a oar.íoea, lemb1•ada ·de.que nada de ·semeihante havia ein sua terra. Mas higo a a– colhida amável da '.'l i. ret ora Lenirá Fraca.rriJi - q ne· p ar~– ce· rn1dto mais dona da casa e 1"/\ãe rla criançada Cl l,e :1?l a s2 r,:~its do qu.e funci0r.{,riii - a-f trgenta r ecorõ,'lçõf's irl'.– P<•rt.i,n.;,!' e melancól ica s (.'Ón:– p.n.rq_ç.õés. N'ii o hsveria.,, de resto, ;e,')') - PO parr, pensar: nem o niais enearamu í ado int,rov ? itici o dei,:x,a.r.iP. de sair de si. de s 0 r todo blhos e otivido~. dia'l ~ da algazarra com que as <,ti– àriças t eceblam o séu au!,0r J>l'Cdileto. Mal os leitores q•1e UM- ESCRITOR~E SEU PUBLICO -caguele di.a de chuva, ;rnais cte ce1n assinatur-a,s, alguma;-s em pen os os garrahchos, se r eg_istrãvam no livt·o de pre– ·sença. Lembro-me do ar de com,rleta su.per iori4a de com qlÍe cóntê.mplou a hnpor tu- . . . ,na visita ur~ pretinho refes– t~lado n uma cadeira de lona.. _ na · vara.nda: o jeito c.orn q ue esboçou ut:n ligeiro cu i:npri– Xí'! e·nto, setn de todp desviar a v ista da volume cn1e tinh:il, ao colo. ei:a o de quem se r~– cusa à ba;!xà\r da? r ~-i::i~es tlo sonh·o às- do · quotidia nó, Ao vóltar ao principal s.à– lão de le-ftirr-a. vimos oue con- , t.inuava a conversa entre Monte-iro Lobato e seus -ami– ~os. P11:ra fazer ce.ssã-la, teve LUCIA MIGUEL PEREIRA (Cõyyrig-.l:t E. S. I . coin e:..:clusivida de 1J:1,,a a~FOLIL-\. .DO NORTE, neste. Estado). a diretorl),, receosa de que se. can-sas-se o es'6ritor, que -em– .prega, tôdà a sua autorlda.– de. DeiNara-,n-se sair os ·pe– ·(l uenos com o r r--sset!tido pro– -test-o elos q ue se vêem pri– :vado.s do us.o. de -legítima pro– p~i edade. Tive a impre.~s ão q_e que o coi::s(deJ·am c.ôisa sua. pàrticipande da nature– za 'dos bririquedos e d.as · á– võs conta.deira~ d n h\;1tó.ria s. Para ii°car:•lhe. drn t,ro e) os li– ,-ros, pode- s-e dizf.'r oue r e– f- l'l'- ,er.ta. par::1. se.us leit.ores. um misto de D. Benta e dos Qonecos hu1na.nl.2ados que criou - M·oiit e.il" O Loba.to escreveu - e esçreverá ainda por mui– tqs anos - 1nais para crian - ças do que para adult-0s. E, já não falrcndo dos bene'fíci- , - . os que con1 isso te!n prest.a– do a tant as geraçõ~s. mas . " en~ar ando ti\o. sõ.mei:ite a s~- tisfaç~i:o q ue lhf' traz sua o-· bra, não- resta dúvida de qt,e acertou na escolf1a do càmi – ,,h~. As ·s1~as melhores q u.a- 1.idadzs - ci.ualidad,,s q ue pa– r ece1n ser tanto do escritor quant o do homem - . a na– turàlidade. da linguagem, uma certa ma!icia .ri.sonha, mals próxima da es'pi égleÍ·ie (de .qúe não m.e ocorrê, nem séi se existe, .trâdução poz,tu– guesa) do qqe da ironia, o .. . dotn de misfura1' inv.epção e 1·ea-lidade, poesia e ·qttófidia– nisrno, a senisibílidade aos porinenores, se éxercem tôdas no sentido de fazer dele um perfeito escritor. Íú fantil. Mas também talvez s6 entre cri– anças encont rasse a. pe1ielta romu,nbãó com o P,l'.Íbllco que é nã9 só a roelhor r e.com - · pensá como o élen1ento in– dis pensável à totàl realiza– ção do fic.cionista. Foi, na visita à Bibl.iot.eca ., se espalhavam pela sala a- Estã~se divul!!:ando o abu- • f ' ªism~" . ..,:: no q•i~ _1;_am n-._· 1- 5 _ - ve_m a c,on up.d!r-se com o a- " '!--,...,,_ , ,..,. - sl\'O costt1me de chamar fo1- t • · ·· 1n E· · tara:=.Mdnt eir" L,obat". e •'''V .. -'.l mor a s·i rpes o. s,sa a . ra- ,,.,. ,, ,, v _ . clorista,s. , aos co_nta;dore• de m DO r O n C I O, -ao P,·· o·· ,. q•·e º e Q'to º .... . · d .. ezerias de, bra,.os-· o .emp,ur.t:-~- " z • ,t x,. c .n,,eci- rsa"' <>ára um s"ofã,- , cr·t1 7n-a1"1- piadas caipiras. N:essas co11- . . . . . n1ento da psicologia individt1• ,..., ,,.. ~ .. , " cU,.ões cabei:ia àpllc~c1: íol- .. nJ colet· a t · e se palavras de carinho e ·r'lC. "- .., • n e tv ª ua mac}am n◄ , . clore a essas anedotas .de I te com;> chav.e da como.reen- cla;;11.ações d~ alegria. Sentt\• gosto duvidoso, em que a ma- são. Bem fettas as ·contas, · a do\ q: ui.se à fôrça., foi O -escri- Iícia ·~ertaneja a p!!.,reçc dege- suprema :, a-mbiç-ão de- todo o toi: crivado de . pergnr.tas pe- nerada na maldade urbana, o o e o re t ..,. é . t t la miu,,a:lha oue o cer0ava. , . , es ª"º .P~ne rar, quan o " ~ tecida de pilliér.ias ele alcôva, · possível, o mistér10 da ahna Do a~.énto, do encost.o, dris 1nuitó pooulare•cas. nad,a mo- h b q ,., . uma.na. , ragqs do sofá. escorrtap.1 fl- pulates. O fo1clore não é na- Por fim.. a tl 'aõ.ic :ão, man- Infantil ·~ Si~ .Pauló, - -~ Monteiro L.obâto e seus ·m0it 1 ni-~os que.. pensei a;o ler, pau- . .. ~ . •- ' co tempo depois, estas pal]l• vras. do critico que talvez. ,te.. nha ido ·mais fundo )la anã.; Use dos rQmarices, do· inglês Percy Lubbock; "O leitor de um ron1ance - o leitor c,rí– tico - é êle próprio u n:i ;:o• · mancista; é o cri:ádor de 11m' livro qúe lli~ pqde agi,idar, ou desagradar, uma vêz aca– bado, mas no .qual não se fur- • tarµ assumir o seu ctninhão de ·responsabjl,idade. O au tor se desincúmoe dá. sua pa1·te não lh~ Sendo toda,;,ia r,0ssí.vel t11a,I)Sferir o livro ;para 9 cé,•· rebro do cvític0, t"er a cer,.– t eza de que este possuirá .in• teiramente a sua obra. O lei-· to1/ precisa, pois, tornari=se, por seu lado, úm novelist,a, · no.rica se dei:iptndo levà1: a SUr ' por que a criação do livro é ta.refa exclusiva do autor". ' . Esc,a íntimii, colaborarão, essa. crlad.ora repel'.rl!scsão, que poucos adúltos serão c~– pazes de foi-necer são guase ªr· r~gra ~;1t11e c1•ianc~:s. · A: vu:gtndade intelectual faz .es– _pontan.eas reações que. 1nais tarde. s6 aput~as qualtdades críticas conseg_ue1n :provocai.'-; a -emoção pr-eecde e supera nes-te caso c,pma em mutto1> outros, .a ipteligênci-a. guri,\s inia:11tls. vercta·deiros ela .disso. ' AIRES P.~ 11,JATA M AC:fiADO FILHO tendo a continuidade. liga · o ca.,,hos. de n1eninos. T.ão pouco se liinita. à co- pass.ado ao futui-o, q_uem O Tomando como eNemplo os Eq,iergindi, da onda dos lheit-a _de.. ele.:i'l entos pe;>ul â- •(Copyright E. S. !., 1;:orn '?xclusivi:lll.d~ !)ara .a FQLHA rliz é O .sempre citado mes- dois maiores f'Scrit.ores ' cn1e rosto~ jovens. mais· Marr.ad.a r es tradic1ona.is . o traoalho DO l'JORTE. nest e Esfa-dol tre francês: "_ .. a histó- já ·tivemos paJ.'.á ttm e ot1t.rci se fazia a fisi onomia de :rvron • de campo à cata de elemen- J:i~. ilurnina(la em :suas pr:ci- púo.l lco. veremos -que '.r.'larh!l/. t,eiro Lobato: ma s nos seus tos est á. na bas~ desta orclem forcar-te-.á por se elevar às matéria p1·im.a de que são fei- f undidã;des pelo folclore, pelo .do de Assi.s' não possui a k1da. vivos olhos de ave l}a v.fl \ o de e$t udps. Não bâ's'ta . p!)réni . :idé\as direto1·as e às condlu- tas algumas das mais belas senso da vi.da p.op.ular. pr1>.- entre os ~iéis do seu culto rnestl')o orilho d,O§ olh.os oui;? recolher mat erial. l'lem os sões ger ai& que. precisamen- coisas de que vive a n u.rnaúi'.. para os fii:hos da mesma pã- leitores tão· ·completos rom.o o mirava.m. e:ntre adn1ir.ati- coletoi;e:; hão d1' tr(l.balhar , a- te. fazi»n de t :do cstL1qo tuna c\aFte". .As litérat u;•as, ªs a,r- tt·ia para !tlelhor ~-e compreen - os. de 1\,Iónte!ro Lobato. 0om vo~ e foamiliares. E o seu ri- t.orto e a ·dfreito. E ' desej á- ciênci~". tfs, a:s .filosofia;s, pr j t1scipaf- d<"rem, para sentirem que ôs ·tÂda a ~úa vitalidS:de. C;:1-i,i– s~ ailquiria sónoridad•s· ·i°nes- vel que J;:ejam orientados por Ciência é, afinal, o folclo- meilte ,.as religiões, a.bastece- graits da: hieraig_uia •e íis dis- tú rião tem,. fans. compartívE-is pel, 'adamen.te frescas. A prih - questionários e . esquemas, r2. um des ramos tna .i,s i:m- ram-se e ainda se abastecem· t!ncões dà educação ..- po:r a-os de Emília. cípio, ·~:'6 'Os gatotos f9Java m:: certament,e plást.tcos. mas, pre - poi-t~nt~s ela soc_io1ogia cul- nesse t esouro do P0\10. onde n1a.is 1 ·eais que sejam, ._ não Na_da me deu nun~a. tão - Ç,omo é que ' se vai ao parados de acôrdo com os me- tural. segundo , a_ afirmação inume,r,áveJs gel'açiíes d" ho- !'uprimem O t>streito paren- níti~ a noção da iBflllêp.cia sít io de P. Benta? · ln.or es métodos . Folclorista de Saintyves. Refel"lndo-se :rnens at ir a.m. sen1 :f:az"r conta, tesco que. do mais humilde da literatura, como ver 1\-Ion... --:- Você já vi u m<'smo o não é um simoles coleciona- ju~ta~1ente às atividades dês - tr,diis . a<; riquezas da. imagi na- ao tn it.is ll'.raúdo, . l~ll'.3/ uns !/-'?S teiro Lobato empurrado, .pu- Sa.cl , Preso na e-arr-a.fa? dor de quaq.rinl.10s, prqvérbi- se g,nande mestre, ob.se :i:va rão, toda a t ernura do cora- n;,~.ros. i,odCI~ os ~1lh.os da P.a- xado, abr:açado, - quase ~uio- Para responder, êle fot ln- os. adi vinha.s, contos. lendas .e Sebastfão Charléty: "Bu~cava, çã.o. tódas as n1a·r a v.ilhas do tri.a comum' . cado pelos frequentadores da. v.ent anêlo. ali ll),esmo, ·p.ova., a- superstições, má.s ô estttdio- ..acima de t-udo, esorutar· .Q. ai- espírito e do· gênio. · I;'erigo d.e e-xaltado nacio-. Biblioteca Infantil, ' rie'tn séi Vê]lturas di- seus heróis. fa. so da· cultu1·a, .do ·povo t:tans-' ma humana.; adivinhitr-lhe as "Sél:lulo d0 povo" ~/Í se cha- nalismo., não p.otle ' ocorrer, que possà a$pirar um f'S"ri– iendo pilhérias, ·tendo nas mitida pela t;radiç_ão. mais tendê.nelas, os 1nóveis secre- m.ou ao nosso. Nã:o é.. muit,o sa1vo a hipóte~e de i~tencio- tor a maior . consagr-ação. ,.mãozinhas oue se lhe entre- p re.Çisame.nt-e a cult;.tra do tos. seguir, através d~s ma.is _sç uretenda atribuir soberai:to J1a~. de:;vi.o, através de conhe~- COT\Sagi;~ção aue nii,o mais é Jtavam, confiantç11, mar.avi- ma ior ni'.unero. isent a do po- i_ngênuas e mais pr1mitiva., su- relêvo ao estudo da psicolo- r.idas .d1>:f,ormaç&es deliber.a- _dó que up:i áto 'de jústtça. 1hos11~ e fu t uras· proezas; e, limento escolar- e do vern iz perstições. como a.tr.avés do gia -<lêsse mesmo rovo. cor.oa - das. o. folclore não se con- Co,in efeito, · antes dele. os . ('n'.l. bre\l'e, apenas a sua voz da sociedade. ·da qual coust i- mais elevado misticis1no. a mento natural da pesquisa t1>nta com a. ·l?recaricdade da·s ,meninos brasHéi: r.os se. viàm te ouv ia, um• pottco velada, tui ma t.éria aqueles elemen- ev"iur-ão cio. espírito humano". ·folclórica. •Assi1n, para ·o· p.o-· áre{l-s qµe. lhe ·.oferece a mu- copd.enados a só ler tradu– não ~ei se de· fadiga ot1 de tos e s~ç, i>_~poentes, !utentes Certo, há no folcíove o ino~ lítico de!lconhecedor ·da. rea·- táve1 · geogra~ia política. O ções, algumas ·de. · livres ad- emoçao. ou pi;op~ga-0ores, além do ho- r e1)ti- p.r.azer -de coleciÓnar a- !idade popular, ·democracia método· éompára.tivó am:plta mirávei~. ·m-as q.Úe ás faziam. . Dei-xatfdç Ó atl-tóf e §eu Pi1; mem ' r.ur, q,l; . os ,QPt rárlos, os. que.le "gôstco· das ~õisas lnú~ sera simplcsn1ei1te 'umÃ,, } >à.la .- 'íi. esl.er ,a. ·ae . .in,trestigacio.,;,a:os ~ . v.ei ..pel3.\ ...ítnag-1,n~ão -~l.'.a. blico entregues ·um ao outro, pequenos em.pre.ri :i:tdos, os pe- tels'' , :a ciue . !,\ludh1 mestr.-e ··vrà grega, como tantas ou- C!llatro carl~s do inundo. Vãs de s~u meio. Desde muito c~ào. ·levou~me a · justamente .orgu- quenos fttncio!'lários. os pró- ,l:oã.o Ribeiro. E · qual .o ver- tras. · não se mostram tais coniron- começava .o desenraizamento lhos"â ·diretora a visitar o, prio$. adventiciqs ,na localiJia- 'r11},qeiro cie1i tista. seja ct,e .que 1-fem se ,limita. o f?J~ \o.re a \ açõJs-•.bo?d\izem. ao ca90._ à cultural, inevitáveJ em pai– res~ ~e set\~ donii~ips, .-a •se- de. pelb fri~âl;l-té dos c:01itras- çiência •f~r. que ~elxa .:de. <--n- estudar o po·vo eiri dater,{):li- ma'is .t.ac11g1vel ae:m.o.l}strac~o $e's co1Y.10 o. p.~q;. m:s;s _gue, ção, ,de · e.inptésttmos de 'llv.rcis. tes. • .tregar a e.ssa -fruição de,s1nte- nijdo :niome·ntó da -Hist6'ria.. de qtie é u.b:o . o e.$pírit? hu 7 quando p1,e1Yl~turo,, pode tra– a s~la, .~é cin-en1a e ~teatro - , J',T.a empolgante ·ai;>ologla do re.ssada? , Menosprc-za, exatamente. o e• .n,aíio. Assim, outr,a . lição do ~er d~sastrosas. cops~uênci,:- ?nde também:,,às vezeS•$e-rea- folclore, que .vem,. à guisa pe Acresce o ~em .qpe ,·fa:r. ,ao fêmero· da moda , superf-ici_al. folclore. na qual o mei;mo pa- asANâo que .e taca~.h..b .nitcto- • ~iza;n conferênc}as - as es- pr.eíáclo no. l1eu clássioo l'Ia• espiritG llvresco · o . COI}ta.cto Mergulhando nQ passado, t,riotismo se magnifica, é a nálismo .seja dê*jável. senã!) t.antes ·de -liv.rós pa,1,a meni- -n,ual _de Foll:dore · (Librairie com a espo_ntaneidatl,e do po- inclui b tt'àdieio.nal ~ntre a:s .de fraterni~ade uni.ver $al, a portt,ue ·nl.nguem- 0 se liesenvol– no$· çegos'., a rê.da ,:-ão do jor- EmUe N.ourry:, 1.9.36. Parjs) vo. Depara poesia prirriigê~ caracte1:ístiqas dó próprio ob- do ·a,mçt à buµ1al1id~d~: ve · 1:re·m se hão se sentit: d.e nal tiifa.ntil, o lügar. desll- escreve P . Saintyves: "O íol- nia. arte em estado natur.al , . jeto· de suas pesquisas e cogí- Vasto é o domínio do fol.,. aéôrdo• coin ··o seti ambiente. nado aos que ,ainda. não sa- clore n~o é a ciência apena,s -a · fonte dás mais- perduráveis tações. Se ·é por , isso, o - fol- : rlor.e. ,Êss;e aspecto tjuan.tita.,. Facultar às érià-nçàs, CQm ·o bem ler, e O:uv,em nistóri:a.s da vida popular, mas do pen- criações; das mais ~emorá- clpre contribui -- para configu-' t,ivo, já .lhe acentuaria .a ip,,• prazer_da leitura, o senti.men,- - contadas .por p.r.Qfes~pres. ·Por sà.mento . ai,te , iií&Pira i ,d:iri- ve.i$ , atitudes. O i;>ensàtnentÕ , rà:r "íi, c:onsclência .nacjonal. PO;Xtânci.a..Bali te : consid~rar,-- f o das colsai; de sua t!lrl'tl; tôqa a parte onqe.. p~sáv.a- ge es,ta yida. O .folclo:d~,ta se,- popula,r, ;no .dizer _de Sa.int;v- - O lirrsmo in.diviàual etn .que f.uglndo aq enfaq~ .de .enua;ie- :to,f o que tez Q criador· dó Si- _m_· _o.s_._ e_n_c_on_tr_a_v_a_··m_o_s_. c_:J!.i_'_a_n_ç_a_s:_ _ r_á_s_e_·m_i_Pr_e_._u_m_,. c_o_l_e_to_r_._m_a_s_.e_s_-~_v_e_s_. _í_o_.r n_e_ce_t_i._s_e_m_c_e_s_s_a_r_· _"_a_se é61:Jebe o amor~la _Pátria. • · (Cc;inclusã'O na 2;a página.\ t,io. dór Pica,-páu- Amar~~o. :J\ 1 . 'EsqLJemo . Do Evolução Do Sociedade ' ' \ N,ão n.osresql,le.çam.o.s que li .J:roipério em' sÍ, w.as l,)ela grà,n- so prefácio à .obra de Janus. diziam â ,efender. 1 AchaiVam -. ·· Igreja, Gatólica- tolei:Qu e in- de pvopriedatle agricolá Ç(U(! X . Nã:a '.nos ésqueçamos,. t ,a,rnbém; e achavam. __ acertad1unen,~ - ~~ívé ln~vetn_entQ.U a ,escra: l!rés · pare.eia intrÍ!'!Seca ao sis- · :X , , :tos. pru~-i_dós anti-n1ilitari$tas- que , a . ap0J,tção ,•da ~scra:v.atl! ,l'.a , v-idão .. negra, entre n6s, . ,_ate tema im,pe'rial. A prova é · qu" - • ie RUi. - · , · se fi. ,1.er 11, ~uando e como'se 1'.i:· 1,1hl7; até ·q.~ando 111.e foi p.os- · quando a Igreja, per.é'.!eoeu, '.co~ LEVI ·llAL ·DE MOURA 'E' que fo,i., ~~ã.ta_ménte ª zei.;~, ·'u1ii;eame11te po~ , s~;i:ià' sjvel. , ., - ,, · • , mo o tinha percebido relativa- .· · · ' · rnent.alidàde m1htai-1sta que, ·à:os v.elhos. N~da-mais loguio, .· Más eta natui;al ,que a Ig1·e- I):lent.e à a,bolição da~esorava- - (Êspeci~l pal'a a FOLHA DO~NORTE nésie 'J::-5iado) ' ~o.mo jã:a'fü:m.amos, se ergueu~ g,u~ po!!~r~ os....v.elbos bacbi--- ·j3, , assim- procedesse. . O que tura, que a ctcueda.do Império, , . - . . e.entra e I>aéharelismq no Bra• :reis catol1co-roman-0s ~e: er- , ela tihha. em mii:a proteger. e por auem não morr1a de, amo- 9.U:tor das vefhissi:mas Cousas risco ecoriomico. Para o cl.é1:o. sil .e a sua filqsofia. ·E tr,oux;e guessem os jovens m1htare.s. ' q.é'fen<ler não . era • o escravo -tes: desde à chamada questão Novas se utili;zava ~os temws católico-r.omano qUànto mais uma fi.los'ofla. '- a positivJi,ta .positivlst.as. Mas é clai:o d.e' - af!Íicàno, o irmão preto, que, . religN>sa, podia não .determi- diréito ,natural, lei •natui:al, atrasado, 1nais embrutecido o - 'fJ_ue a · m~itps p,a_ri:~ia yir ver. que ~Ofi.<>s · eles,-,v.elhos :.e .afüiàI; .... erà o , ·iniiel, ·mas .á" •nar, també-m, a éxtinção da para -pô-Iós, unicamente, a pavot' mel~or. Povo assim .ig-- _.c~n:t_ra a pr9pr1a r~:\,ig~ao ca,t~- no~o~! .m1~1tares• .~. ,_tiachai 1 eis, élll§~e:-:,Ia-tifund,i~ia a ~ue seus •graa~e- propriedade , agr.i~ola,- ierviço .elo 1>oderio de sua :de~- norante e qu,e afum:Ia, cotn lica .romana,- que era a reli- posit1v~stas e cafohcos roma- - clét~J. e '. o~ baphareis., a ela qqan,do percebeu que Q sistê-• h1.11roana Igreja. Na própria_ mais facilidade, no obscuran- .gião do ,bachaPelis:me e des nos, n.o -fUndamental, ,esta,vam 1 ~ ii_g~~ Pêr,\epci~m e ser_vi~m. •'ma. republiça'1:o ' ta1;11bém- eon_i- enciclica, em defes.a do escra- tismo cler1cal;. que, abse1·vad.o• -vell:iosa,1atil'ílndtá:r-ios> Não foí de acôr.do :'.· queriam a .tweser- Só quandq o, clero bras1-lerro. poi:~ava o l~tif,\lThdlo, a . IgreJa vo negro. no Brasil, que Joa- em .sea conteú(lo, é o melhor outró o motiv.o do al)ll.1·eci- v.aç ~o dá grande -pr.~p:riedade .eln, t837, 4 se con-venceu que a aceitou, de igual modo. a .Re- .quim Nabuco foi, ~rranca1: a_o pr,ot etor da propriedade_ pri- rne!]:.to, a.qul, ·do positivlsmo. p.a .Iª-voura._foi assi?Jl - jã 'ti– a°boliç-ãg dà ~s·cravj diio -negt~a. · ..púplica. Que . im;port.ava a9 solertissimo Eont1f1ce (en,c1c!t- vada, ~ pr opriedade utilizada Mas ninguem, se .persuada que vemos ocasiao .-de. d izer - · c;ue. ootiàa me.diante alg u-ma in- Cléro católic.o a miséria . do ca que, sign:ificátivamente, só p~la Igreja, e por_ela defendi~ o njilitaf i$_mo, dando -combate se ,fez 3; Re_púôlic~ _no ~ r asiI. . suf.reição, P,Otlei;~lil pô~, em sé-· póvo. ot itlJÍda do,Jatifundio. pa a.pãreéeu depois 40 •13 de da, desde qu.e nasceu. E' po• ao bacharelismo, com a arma CIU!;( os .Jovens m1I~t~e;i ,µ.ro- • r io: perig? a gtande \'.>r~prie- g~·~nd,_e p1:op1·ied~de ~ati,up;d~á- 'maiõ: em 20 de junho ·de 1888, risso .que a -Igreja não supor• :filosófica do positivismo, com- cla1naram.,o regime republü:a– dade ~i\gl'{co1a (a pregaçao de l'a, .px:opri.edad~ lat1fundiaria, e iiã.o alytlia, u~a (i~ica ye~, ta, o comunismo: defensor. do batesse a classe latifundiária • no, no . qttal fM:. .de., conta que Itébouç_as não dei-xâvá dúvi- sim, µ.ma ve-z que- não .bayia ao -;prêto· catiyo) ne,ssa enc1ch- progresso, da cuittira, da cien• e a .sua relig~ão e:itólico-roma• a ~~nte está _y~vendo_até hoje, das qua-pt o a isso) ap:i:.essou-se ind:ítstiia pesad~ no •país. in- ca 'Leão S;lII, com as suas ,ma. eia, e da propxi:~ade-coletiva, 11a, o regime -sen11-feuaa1 e se- P.P. 1~, na , prati~a, nao : existe a °intérvir ,n.o sentido de apres- dústrJa de cujo não surgimen- niP,1:1laç.ões de dJreito natural, única propriooade,,coll),pativel mi~colonial,, ,em. q ne n.os ve- rei 1 me rep111:>:1ican0 C<>tn; à sa.i p.icificamtnte a abolição, to éssa gra!l:de prÔpriedade· la- lei •etérna, razão· ·hu~v-a~ nã_o com a et\onomia -e a dig,nida-de mo:; ,até. hoje , s~tbmerso.s 1 e ,o g::1n:éle prqpr.1edade-. ·la.~fun- A "pasto.1•at <le 29 de jul ho de tifundiá1·ia c'onstitui,a, por sêu fazia out:i:a cousa senao, -1n4;• do -h.omem, o crescimento ma- nosso atraso dai decorrente. à1ar-1:a na lavo:ura, O }atifu11• 1887. e~ qúe o arcebis·po da turno, fat'or? O Cléro ·católi- retá.ménte, defender ·o direito· tel·ial e mo.r al d~, ser :humano. Qual ·~ -que! O militarismo dio moná.r quic,9;· entrayaàor Bãhia pouve por, berr, e ocar al" · co tem sido e.m todos os tem- de p r,opriedade·privada, seria- · E'. signiticatiyo que na Re- _col"(lbafaa no ~acharelistnJ>. a- I~ ~osso proiresso. passou ,n- o .problema e -a c.onselhar a sua · pos. e em ~oda parte, o gran- mente a:balado pelo a-vanço do pública- seja · exatamen-te .,um penas, l:lquelas idéias e atitu- tetr-l.ÇO , 1nv10Javet, sagrndo, r esôlu:9ãq com a solução e- de l atifundiário, o gra):'lde pro- socialismo no mundo. Nunca Rui Bar.,bosa, representante des; que eqi. vez de for talece:: para a Repúbli~a, "Sem w er1~1 :ma.1i-e1pa<!(ora:, e s s a própria p1·letário, prot etor i-ncondicio- se negou,- com tanta· veemen• máximo do nosso ct>achãrelis- a c1assé latifundiária, da qúal o tr.àbalho escravo negro. E.is, past oràl _.lémbra:va que a es- nal da ;proprie.dade, em espe-- eia çris.tã. co.mo naque\a en-c;- ino;., que ·prossiga na pÓlitica os d~ter.tores _daquela1, id~ias pois, núas, .P.~tent.ead/1,~, . ex~ •c°ravf~o- .40 negi:o consUtuia. éíal da grande proprledade. cli ca, 'O direito" à tóda~ as li- g.e Alves Brar!.,cq, relatiyamen- e at!fudes .,faz1a,m. parte, con• . postas e pateticas, .as ra1zei, tlé. ·"gr an~e m:aI P,ara 'O Lm:pério•r Não fei, naturalmente. por ou- be1<dades. E' 'docum~nto en- ~e 1o d~se1~-vol'1imento dâ nós- corriam . l?ara ll9'uid~•la. Os nosso .atraso. _ . . , • ,e .1',êconhecia que- jã era tem- tra ra-zão, que L'eão X.Ilt de- triste.c~doramente. , -'teacionã,- sa }ndµstr1a, a:través de sua moçps ~1li4tres - filhos do;. Em :vao Rui B;¼t'bosa !alar1a, po d'e ' a , religião intervil\ na claro1.t'en). sua fa-iµosa_ "Rerum r io. · . . proteção, como nos •informa o bacncar.ei ,s sen,hores . de terras, nos começos da ~ep\lblica, -~ ,cam~a :q.ha abolicionista, sem Novarum.': qúe "a. proprieda- · 'Sabe-se que· a igreja- tin1'1 escritor· Abguar- Bastos; I'llas e eles próprios, triilitares por- àesenv.olvimento de nqssa Iiit• re~ro de COIIllPremet er a or- de pr-ivad.a ê conforme , à na- medo ·do n egre, como elemen- não nos es~ue'çamos ·aa men• tantp também senhores de dústria, tão em yão_ -e:~ Al• dem e a sociedade, pelo con- tureza''· Não se ignora com to mais civiliz_íldo do que o tali,dac;Ie c11-tõlico-: r.om ,ana, de terl'.<!S, achavam, - e achavam ves Branco fá!ara, ~ mes• ttãr io, no . set,itj40 · de a11segu- que habilidade de prefitimaúo, ú1dio. Ti,nn a medo do árabe que:Rui,Barbosa t!Unca se põ-, acertadamep~e. - que.os ve- :mo ~~seniyolJ~to, na mo• rar ,a uma; e fortificar a oµt11a. hatilidade para nós inteir a- no negro, do mussulmano no de 1nteira!fiente libertar, (in- }hos, ,bachare1s, seus pais, crun l)ar9.:u1a, tao lllút1lm":nt~; c~mo Esse -"gnande mal para o im- • :menté inlitil e , m:genu.a; mas á.fricano. · Temia a ljberdade fluencia, em patte, de sua ,ad• as sµas idébs. e .atitU.des arcai• fala, nesse desenivqlvu;net!,to. ~r.lo ~ é, que era o ,fu11id.amen- para a ,maforia dós bôbos (:tfu~ dess-a gente; aparente:inen.te, m:iração ·par Vü~ii;a>, não• obs.• .cas, ,estavam pondo en1 peri~o, h~je, em _dia, . q.ua~ quer econ,,o• tal :pa:ra eles, os ~o Gléro ca• merus stultor-uin e'S.t ihfinitu.s) . qúa"9-to. •ao . p,erig9 religii;>só, tan,~ a sua··clar~ visão·.d'a .cou- jlistamente, .a · grange ,propr.te ~ m.ista, se)a ele m1lttaii, baclia• , tólieo .-oman,o;. não :t>~ pel'Q'11 .prlit.u:nttamenie,, c0.ttvi,neente/ i>/> ~ ~na ,,e~~e'n,Ciit, 4~is~P4J); o ~ - <i:1,~ri~~•,fe.y,el~d~ ti'9 •~ : -. dattt agrj*~-~ ,nQ Br~~~h :,,.qu~ " r~~ t,rédicr~ o~ eng:ep~lto. , .•

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