Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948
• ' l)omingo .... 16 de Maio -de 1943 FOLHA no NORTE • , a á - .3. P gina ____ ...:.,_, ___ ~ -------------·---:------------------------ PC.. .., ' rr .., ·. ..i • I I Dizia.mos no axtig& anteriQr ' :.igidez <le ,lil}has. A .sobrieda- onça, -que• põe o I>artido mut- que São Paulo é por •excelên- ~Ql~ ,aos Cori~tios. se acha>n eia o apóst.olo dos tempos JAO- 1nhmainen~ l1g1H10s, con1ple. ,rlernos. Sim: porque el-> e o .·tando-se. Vol.l tentar resumi– ap~stolo gue, como os homens ~os para .º homem -comum. M1.: RJ.LO MENDES , ' (C.opyright E. S. 1. eom exclusividade para a FOLHA DO de · hoje, "não conheceu a. Je- :No cap1tUJ.o 11 descreve o sus Cristo em pe$sôa. Porq11e apóstolo algumas cenas da sua NORTE, neste Est.ado}. ;:le e austeridai!ie d o apóstólo to a-cilrta ao Evangelho, •. > - fa.zerii ,r-tlssallat ind'a mais seu · São Paul& nã.o , J)re~a »em dinamis1:no. Entretanto, longe eultiva o ódio. Fóra do amo.r ::le se gloriar da sua fortaleza, - e do amo.r levado· até às da sua ~pacidade çombativa, su~ e:s:treroas consequências, do seu i.nigualável "élan!! <!e at(l à- obediência ao carrasco, miútante, é da sua fraqueza até o má:<lmo des!)-Ojamento e que ele .se gloria. Será possi- rr.iorte pela cr.uz , - íora do vel enco'l:trar um 'homem n1ais ·atnor 1).áo existe para ele so– humai;io? "quem se enfra- lúção, nem justifica.tiva pa:ra q,uec.. que e1,1 não me enfia : p.~ ~n.um -plano de._salvaeão in– queÇII. ... " Na. 1.ª. Epístola dos .d1v1âua1 ou .coletr11,a. O mi-. ·CJ>rínti0$ - cap. ~ - 22/3, elê litante moderno admite e a!irma: ''T.ornel-m~ fr;iêo i}1espio prega mJitas vezes o com os fracos, para ganhar .os odio como soluç:;t,o para ques– fracos. Diz-me tudo para to- tões polít.icas. .se tliri.ge a un-1 mundo afunda- vida de mi~~an~. Dep_o~. de • . , • do. na de.screnç;., -na sabota• nar1·ai.- e~eriencias terriveis e . bén1, eu; são m1nistr.os de gloria,-se, naquilo que é da gen1 da justiça, na prostitui- e11:pa11tasas por que ·passou, Cristo :..... falo co,no menos sã- :ininha fraé,;ueza é que eu me ,çã1>, na corrupção, n-o·. ódio en:- deêl_ara ~al~a7!1en~ -qu~ tu~? bio - Jnais o -sou eu: ~m. mui- · -gloria.rei. Deus é Pai,,, de N,os– tre OS' h'<nnens, no, culto a aqwlo sa-0 colS.as ex.teriore~ , tíssimos trabalhos, ·em prisões so Senhor J(::SUS Cr•isto,. que •é ~r)atura e aos falsos l~(!le•·:, na e_ que •~s sua~ preocup_açoes muito ~ais, ·em açoites sem bendito nos i;é_culos, sabe, que ifnt}u1d~e, na mahcc1<1, na sao mu1t_o .m.a1ores: o cmdado conta, :em perigos de _rll.orte não minvi) . Em Damasco, •O mc1!l ·ciencia, _na detraçao, na co.m_ as 1g1 eJa.S .e. com as ne- frequentemente. Dos Judeus governador do pai,s pelo rei lnSe;1sa_tez, n a. soberba, na ar- cess1dades dos f1é1s. O que U~e recebí cin.co quarentenas ~e Aretas fazia guardar a cid·ade :roganc1a, na maldade - o aco11te,e": :pessoal!_!!e".}t.e .nas açoite:"> menos wn; três vezes dos -damascenos, para me 11nu11do que ele descreve1,1;mais .tem.~1;uta 1mpor,tãnc1a. EIS.a ~ti a:çoJ;tado cOnJ. -varas; uma prender. E num cesto rn.e des– <le t~a ve~ nas suas cartas, e t1-.ad1çao do esquema famoso, v:ez fui ape<l1'ejado, três ve- cer.am por uina janela da mu- 47pec1i;lmente no capítulo 1. 0 tr~ça~.o para todos, os séculos: z.es naufl'aguei, u' 111 a noite e ralha abaixo; .e •a.5sim escapei <1a Epist~ia aos R~manos. Visto que muitos se glo- wn dia estive no fu,ndo do às suas 1nãos"., 2,ª Aos .C9rin- Mas nao só por 1Sto, é que riam segundo a ca1·ne, tam- . • , tios XI ~ 18/'.-!3 poucos terã-o tido uma vida oém eu me gloria.l'eL Porque 1 uar • em Jo_rnadas niuitas ve• • , • tão h1tensa, tão r,i{:a' em acon- de bon1 ânimo sofreis os, in- zes,. eru perigos_ de r 1 os,_.!m * * • !te-cimentos marcantes, que ro- sensatos, send:o vós sábios: perig?s de_ ladroes, _em peii.,os ~am pelo rocambolesco e pe- Pois SQ:freis que vos penhan1. ~?S oa minha naçao, ~nl pe– lo extrav-agante, mas nunca de en1 escravidão, que vos devo- 11 g~s da par~e dos gen,tíos,. em :fato se apresentam como tal, rem, que se apoderem de vos- perigos na cidade, em_ perigos -devido à simplicidade e · m_e- sos_ bens, que se v~s, t~·a-te com no _deserto, _em perigos no dicl~ com que ele os narra. Não alt1vez, que vos :fl;:am ':º ro_s• )nar,: ~m perigo~ ent re_ f.aisos creio que nem inesmo a vida to. C-om V~lêgonha o ~hgo co- 1rmaos,. em tril;b_alho e fad ga, ôe tun Lenine _ talvez a mo se nos fraqueJ~~semos. em·.mu1tas vigih'as, com. ~orne maior fisUl'a p~" ' ::~ de todos nesta parte. J.\llas naq,nlo e~ e sed~: em frequen.te ~ JeJuns.. os ~eznpos _ po.$sa emparelhar .que .qualtru_er _t~m. ousa<ha em fr10 .e n~de~ Ale1n . ~es– com a de São Paulo e.n 1 rique- (falo coil".I 1r>.sip1ei:,cia),, tam- tas ~01Bas, q~e sao .,exter1?r~s. :za de episódios, em forte dra- bém ~u a tenho. ~ao heo;eus, a mmha. preocupaçao cot1d1a– ,1natici.dade - inclusive no seu tan1b~n.1 eu (d'aq.u1 em (i1ante !1ª~ .o cu1dad.o de t odll.S as fina). )<'>rqu:i um morre na o apesJoJo se refere ª?-,; seus 1greJas. Qu_em e~raquece., can1a, e o outro decápitado. aJv~rsarJ.~S e con~.ractito1:e~_): que eu .nao ~úaqueça . No.te-se que São Paulo- fun- sao 1Sl'.ae11tas, \ambem~eu; sao Q"ue..'!l se e!can~aliza'; que~_eu ooú própPiamepte a técnica {:a deseellidentes de Ab:raa.o,. tam- nao me abtaze. . Se e pre~1so .conspiração, sem. possui? nem <le longe os 1·ecurscs de cons– p.irador Ela n.,ossa ,época. h ,e poderia ser mesmo o padroei– iro ·dos conspiradores e dos sa– botadores da iniq:uidatle. l!: vfsto princi.palmente deste ãn~ t{ulo qu~ São Paulo de~ ,atrair aos J\Ülitantes moderi;iQs Não farei as excusas ha):li– tuais pela lenga transcrição: .porque os que não conhecem este texto subli.me · :folgarão certa.mente em desco~Fi-lo e quanto aos seus familiarés, es– tes saben1 que é seinpre ú.til SU'a\: ré-leitura. Mesmo se consi– derami.1os esta passagElm .·da Epístola no seu e,i;clusivq as– pecto l,lUJnano. .Cl'eio que difi. cilwente se lhe poderá opor um. ou.,tro quadi:o tão rico de expe.riê-ncia e de fmça de âni~ mo, ao mesmo tempo exp.osto c,om tão grande -la'conism.o e • - e não á).'.lenas aos cristãos. ReleJ\do "I,es Gre.tesques" PenS"a &er desnecessário' xes- de Th:.éophUe Ga.utie1\ imagi– salt.ar que p.ara nós, católicos, no um livio es.crito no mesmo ó após.tolo é mo:viElo pela~S vir- espírito da<!Ui a ceni. ou du– ctudes te.ologais, que o sobl'.ê· zentos -anos. "Hã es.critflrcs, SÉRGIO MlLl.lET (C')pyrlg:ht E. S. I . . eom exclusividade para. a FOLHA DO NO·RTE, neste Estado). natural é sua zona familiar e diz Gautier, que alc·ançam acepção habitual da palavra, que não o encaramos apena,s exfraordinái·ía voga entre os é preciso dirigir-se ã grande sob este ângulo físic·o, politi- con.tem1'orâneos, '\l.O~a tempo- massa, atuar sõbre ela; so– co. Mas queremos frisar o r.ftria gue dificilmente se ex~ mente as idéias gerais pode.m out ro aspecto ~als ace,ssivel- plica anos lnais tarde, sen<lo ill).}?ressionar a ·multidão; to– da su:1.. pei:soualida<l◊ ;::-- essa ··mesmo a xeaçaQ CQTltta • files O do~ &:ostam de des<:obril: ~eu cate!or1? que todoo ho3e· com- mais das vezes in.jus~'!. No l?:r,oprlo pensamento :1º b1no ~ree..:det ão se a chnmarll}Os e_ntantq, al~m (la oiiginalida- Qo poe_ia: •O que e~lica_ p_ol'- • Qe h;11nana. . . de, ·têm essas obi-as. menores· r1u~, o tea~o-. s.e m.osh-a . r.eb ~l~ _obser':8-se díart~ment~ um O ro-él'ito de espelhar O clima ª."? ,.as cu1'1os1!1ades •da :fanta– lêir~. mutta CO!UWl.1-. e~r1tores, de sua época,. Se. não partici~ s~a_. Na tealidadf, essa op~– soc~oI?go.s, pS1canalístas, sem paro · do gênio, tra.n.sbor- siçao_~a l).ersonalicta_de à 1un– n).~1coi .ell:am.e, ~vara1n um dam. d.e talentp ·e O talento versalidade const.itut o pant() a _b11;nto entre , o nomem e o não ~ar(> ncts comove 'bem • crucial da oposi!;ão do ron,an~ tismo ao classicismo. E se, nos le1nbramos de que Théophile Gautier é o . homem das. · prí– merras batalhas românticas compl'eende.m;os de tn1ediato a sua l)l;edileç~o pelos poetàs .1nen9res, i,!i,<l.ivi<:tuali$ta~; ])e~~ soil:l, <tos sêcvlos. aílt~ríorés. Isso esclarece ig1,1alme ,n.te o. .nosso amar a e~~ mesma gente · aos românticos, e ao.~ simbolistas., e ·a nossa hostili- s.~~to, com.o se hC?uvesse opo- mais ~o. que O gênío. s1~au ~ll.tre os dois. Salvo al- . . · , : gun:s cas~ éomo os ~lois an<P' Sem,p1e sus.ten_!e1 que . e.ssa co1·etãs, en1 geral os santos ar~e m'.q_derna, -~º pert? de ~o as pcssoa;s ~ humanas r-,11m 1 tão fam.1har a nunha -que exis.tem. .EIEis não se ' e.o- sensibilidade própria e tão •loca1n na vida em atil>ude de mais querida .e.e meus olhos. •opositão ' ot1 hostilidade aos meus OU'llidos, meus sentidos homens, mesmq poi::que séu todos, não J>-'fSsa de unui a~te os NOVOS · amor a Deus está" int,ima~en- marginal, destinada a mor– te . li~ado, e- quase diríamos, rer ~e1'in.itivamen-te quando con4lcionado ao seu a111or aos a .ooc1eQade encontrar os no– seus irmãos. Os intelectuais á vos valores de que anda à , quem n1e referí te:ndem sem- prec:ura numa luta dolorosa. pre a. encarar o santo já c,íí- Nosso momento de tr-ansição c•ialmen,te, ~nto, imobilizado e decadênc,ia é tar.nbé-m um ino altal', transformaqa ~um momento de semeai;lura e se pedaço de pau ou de pe-dra, a semente vingar... ou em êxtase, pairando acima A arte dêsses periO(los é da$ necesSilfadés e <Ias con- sempre exfre1namente fecu:n– tmgências · humanas. Sã-o. in- da 'em sugestões senão r-eaú– tto•cáv:ets, definitiv.o~ •imate- zadora. E ' nela vão buscar, ~ais. J1! pena . <J;lle escritores e posterior.mente, OS . gênios, :c1enfüs~s in_terpi:etel'J) ,assim o materia.;prima •pa1:a suas o– santo, inier1óres nisto 3;0 lio- bras. 'Foi o que pel'cebeu Gau– ~em do povo, pois, ~te se di- tier ao reestudar os poetas 11:rge ao santo e cre que ele Júe:nores de diversas épocas, se interessa pela sua vidlnha princi~lmente os poetas e pelos seus casos pessoais - g:rotésços, desiguais na sua itanto assim que lhe :faz ~ro- p1·odução, cóm ·achados ines– me.ssas e lhe acende velas . perados, e pobrezas ·incríveis. Essa visão estática do !ianto úm Cyrano d'e Bergerac dá ôecorr.e de uma inc9mpreen..- a Moliére duas de suas me– :sã? dos pr~fpios :fu~dame'n- lhores cenas, outras o grande >tais da relfgiao cat§lica, que comedíogra!ó as colhe na pro– trepous~ na incarnaçao de Je- dução se<?undárj,a espiu,hola, ;sus Cr.isto. O desprezo que o Ronsard tira cte :Villon alguns santo ~em de como desprezo de seus· mais belos versos. E :Pe~as- r1g_uezas terres~res. pelas certos sentimentos, que nos 001Sas vas qtle atitaem o. 1:0- çlá~icos se definem por lu– ;mem :Qara a luta, a P!ll';t1çao, garês-comuns mais ou menos a guep-a e a morte. N.ao se sonoros, nesses poetas de ~oni;C;be um santo com de~- h'.~ição é _,que se expi:imem tre.§PeltQ, indiferença ou ódio de maneira mais penetrante. aos homens - como !ie obser- Por isso me~o eu não troc~– va na I\OSSa ép?Çlo\, em tantos ria Uma balada de Villon por l~deres e d~ub'inado~es poli- tôda a obra de Corn.eille: ~ tico~ e SOCiais, mwtos dos bá :mais ''me" neste, naq:ue– '{Ua1$ se arvoram em no.vos le descubro uma emoção poé– tredento~es, e, em~ora preguem tica que ~o vejo itltrapassa– ~bertamente . o ódio, J?ro_yo- da . em ~gu~m. ,ca.m o fana.tismo de m1]h.oes No inicio de seu com,entã- ~e ~evows. :r~o à ;poesia. de Villon, Gau- artittos aparecidos. em- 1844 e 194~: Também· da :província & que ,no.s vem ai~ 1.da um outro liv-ro de peqU.~iO.S estudoi; críticos: os K<;tu!'fos (12) do sr. SUvio de Macedo, Este jovem autor alagoa110 di'v'ide :!Is s.ua.s preocu_pàções en tre a filooofia e a lite1·atw;~, o que é ún1•sinal de que mais adian– te., c,9.m o progresso d.e st.as faculdades, póderemos contar taJvez co.n1 ~• novo~,crltico literário de base filosótica. · 'Ji}m totl,os êstes livros de crl tica sentimos o preJ:u120 das matérias de circunstân– cia, p:r.eparados com mais ou mooos pressa para os jornais. a.s revistas e as conferências. A condição d.essa crítica que assiro :fazemos, sob solicita– ções imediatas, é que apre– senta um valor mais de do– eumentá:rio d.O que -propri.a• n1ente de 111:'\e lilerárJa. )\;[o entanto, sempre que realiza– da com inteligência, bom gôsto e honestidade, tem uma influência con$id-eravel nos movimentos artísticos. Aliás, o .apressado, o inacabado, o incompleto não se vai t'ornan– do uma c;az,acteristica da nossa -produçãt> literária em geral? Escreivi há cêrca de um ano um artigo· sob o titulo Crise ou Decadência ?, em que a responsabilidade estava apena,s sugerida e não afirma- ' ~a. l!! certamente a responsa- tudo é -il'ldecisão, l,nse.guran,Ça, terror qµanto ao dià- de ama– nhã. Não há .mais fé, prine.i– palntente não 11i esperan~a. Faze-ndo exceçã9 para 9s tem,peran:teritos heróicos e as alímas solitár,ias, a verdade é que , l'lada se pode 1·ealizar de perfeito ou completo, nos do• m.ínios da imaginação e da arte, com um esta4o social tão imiJ:iróprio e decepcionan– te. J'á é uma g>:'an<le coi!;a q·ue os jovens se oecidam ideal~s– ti.camente a escrever litera– tura, quando' tudo em. torno s6 os conv1da a vive;-, a vi'ller com rapide1. e sofreguidão, dentro do efêmero. (5) - Mutilo R;ubião - O óx-migico - )l:ditôl'a. Univer– sal - Rio - 1947. (6) - Dalton T:revisan - Sqnata ao Iuàr - Cw:itiba - 1947. · (.7) Almeida Fischer - Horizontes noturnos - Ji:di– tôra A Noite - Rio· - 1947. .(8) - Garlos Buriamaqui Kopke -Fronteir.as estranhas - ,Liwaria Martlns ÉlditôPa - .São -Paulo - 1947· (9) - Aléântará Si'lv.eira - Gente de Fra~a - Edítõra Assu,nção Llm>itada - São Paulo - 1947, · 10) - Cassiano Nunes - O lusitanismo de ;Eç~ de Qtteirós - C. E. B. - Rio - l94'7, (11) - All),izio· Medai.ros - Crítica - Etlições Clã - For~ tàleza - 1947. .(12) - Sílvio de Macedo - J!:studos -. Maceió - 19'47. dos, para salv.ar a todos . E São Paulo ·dá como fim ao }11do faço por causa. do Ev,an- ho1nem _su~ tran~figlll'"',Ç_ão gel):io, i)ara .dele me to;rnar com o C::rl.Sto, no Cr1sto e pe– p-ai:ticipante". '10 Cristo; sua resstu·reição Q~al será enião a . di:!erença ·d~ntr~ o~ mo.rtos; wna _nov.a entre o militante São Paulo vida pessoal, a ECStíiuraçao ,dJ:l 'e os 1nilitantes . políticos n10- plenitüde da criatura, a par'.' der:nos, admitindo-se pol'. fii- tic}pa:ção num ~uturo e n-0-vo pót.ese que âlguns destes te- universo . assunudo ·pelo Se– l)ham atjngid.o a xi.quezà da nhor. lVIas essa transfigura• experiência paulina? Entre ção não é obtida por um gol– outras, parecem-n1e dignas de pe de mágica, e siin por uma nota as seguintes dife,:en~as: renúncia cotidiana do fiel aos São P.iulo ~ma os ho1n.en1,, instintos de egoísmo e C?Pi– ;go1ida1·iza-&e . éom seus casos; dez - J;)ara que, . El_esp_o}ado dá O ex~n1plo da fráternjdade · desse. fermento d~ _ 1n1~P10.ade, súpren:ia p.oisrque se coloca no esvas1ado da mal1c1a e d_? .or– iugàr dos out ros - mas tudo gu~o terrestre, possa o C:_rL'5to faz: p.el ;i glória do ~vangelhc, se instalar , ~o seu c~ra,ao e enquanto o militante .mJKler- no seu esp1r1to, .dominando o - no tudo faz pela gl.Sna do _pec~do e_ es1nag~ndo a morte. Partido. {Naturalmente não Esta su.oentend1do qu~ O:º di:-:oeútiremos com O amigo da q,uadro dos ele1nentos. n:egat1- vo.s d-O· mupdll qli,e se d.eve dade aos neoclassic,os., aos ,pacrnas.ianos, a to.dos os que na ,ânsia de uma forma, ~e.t– feita perderam. con~cto com o noss:O. coti:diano, · as nos.sas penas e as nossas alegrias. ·Bem sei que as artes dos n10- mentos de transição não du– ram e m-,lito l' àpidarp.en.te se .too-nam obscuras, h.ern1éµeas, q~é fÓ as, artes d.os perfodos· class1cos a~ravessam· os s~cu– los ai~a ,que muitas,, veze.s. em)?oeirado,s nas estantes. Poueo in)!port<!, na gangorra d&s· ações e 1·e~ções que mar– cam o. cursó do p~nsaménto ?_ da seusiçilidade, ap produ, ç9es n1enores voltam a, c11da novo surto. romântico criador e-, nes ÇOl)lQv,em profundamen– te. Q elassicism-0. é ,antes de mais nada consolidação, refle– xo de cultUJ'a,s maduras e sa– tis!eitas. nàs_ que pelas pró– P;~s le11!. b10I6'gieas e so<:,io– log1cas nao $e eternizam, Sãq p,icos. .1?sinal;ídos rai:os. zyiinu– tos ·na hora longa da vida· da bumatiiua~e. ,Os outros ins.:. t.antes, ma1s numel'Osos, são dJ desintegração e r.eintcgra– ça;o ·e nesse. o rom:ânti.smo do– mina. Dond e a conclusão, pa– ra, dox.al. de que se os grsll– des são os permaneutes, os g3:andes sã0c na realidade os menores. Os outros nã.o · 'Pas– sam de idei;i,s a q1te a.spira confusam<?nte. ' o nomern, por se c ·oiocare.ni êm futuro remo– ~º• ou. saudádes ~svaecidaii 1e epoeas que., -PQl' se s-ituarem no passado lonP.i.nquo, "de.. Vç.tn" ter sido felizes. combater figura tudo o. que .s.e ,opõe à conser-vaçã.o. ·da j.'t,lStiça e do. desenvólvimento dairq1:lli.– lidades positivas de. homeni - e é neste ponto do caminho que muitas ve2e's se encon– tram o militante cristão ~ os militantes sotialis.ta e comu- 1,1ista. Po11qt1e - como n, o.ta o próp1·io Papa, Pie Xl n;:i ·;!lua: e111 e~ e li c a "Quadr.,lg.éshç:o Ano", as dout.rmas soci;i.lista E! eom:unü,ta as.se ,mell;i.a,n'i .se às v e z e s . esp_~tosament.e. (" étonnam::1ent•~ - contoripe a traduçâo oficial fra,oces.a que te!ilio a n1eu lado) A !dou– trina cri:stã. Assemelham-se n'.este pontQ de r.eivindicaçáo da j.US ~iga social, qúe é o !ill'<\)).– de 'problema d-os .no.sso-<1 dias. lt p~iv,el qíJe al_glJéi)1 ~e eS"c.uxd';lli'ze ao· mé ver trªz.e1; à ce,nà, o milit.al \te políti~o l)}Ode.rno, núm,;1 · s.éxl~ de arti– gos sobre o ap.óstolo Sã.o Pa_uJ lo. Ao q1:1e · se el;eand.lcl'lilla'!' ·rewonderei, pois, o Jeguihte : inuit<>S oristli~ 1,e in'ípl'essio, nam hoie com Q f~to in'diseu– tíwel que se. rea9va todos !?S dias: o ' nTllnq() ~tá'• replet,q de,, homens c1ue a(i;ontam a tk<!-~ nia; a opressão, . que p3ssa~ diiicli.ld.ades e privac.pes de tó– da esuécie, • que afrontam. os– t,,ib•lnl),is de e~ceção, que sâQ– oonduâd:os aos oani-1,~os dê eoneentraeão, às prjsões o aos pe).ot-ões: de· fuzilamento. , 1\1:tilhàres, ll;l,Uhões q,e l'io. 1 m~ns \êm 1,iO'trido tudo ·í&to por u.,na catisa. Militantes po– liti,,c:os, errados ou çei:tos, ma& c1tentes que· obedec,en1 n. wn ideal. E, -=- mq11pâ a ver4.;l-do que se diga - não sàmente hom.en~ dá esqu~rda, O (}l"is– tão. podé e . deve te?' suas, pre– fe.rên:cias polít}cas · - o' que não pode é ser parcial na. sua cai:idade, EJ_ue poi· d,efi~ição é Jini,versal. Di:mté d~ um ho– mem ,que, sofre~ como E}tante de um morto, seu oora~9 se quebra. •~Dous nã,o faz ' acep- Imagino · êsse livto a -ser es- i;ão <te l>C$S0<1S". ' ~rito -daqui a cem 01.i duzen- O cr istianismo 6. n:i t,l, i t -o tos anos, ao se desintegrar a m,aior q-Q que em geral :ie ~:i:i– sociedade (social isJa?) .do tu~ sa, a igrej~ muito mM01· d.o turo, o novo ,clásslcü;m:o, ,µor ~ue em g~t~\ s.e l)~~a; ê :Oe'u's w:na espécie -dê !l'héo.phile é muito. r,n:u9r dt? fiµe em ge,– Gautiet. Nele se dii:á da be:. 1·.al · se l'J,ê'nsa. t:E te~bo que leza estranh;t e estonteante empríga;r >' ..;b~es p~Vràs hU• de "macunaima", :por e:x:em~ m an'a's, }ll't ~ sei.•q_UQ áizendQ 4e 1>lo, d'a sensibi:lidaêe doentia e ~us que é "ll).uito m<1,iór", apaixonante de Manuel Ban. l'j'(Sb;ipj,Q•O). deira, da nobreza .n11st.ica de Daí · a tremen.da resp(;)'rfs,à,b-i– MuJilo Mendes, de t6das e.s- lida~~ .. d-o ll1ilitante c~i,lltfl.o. sas so :tuçõ.es originais, excên- •(?v,s:o dize:ç, q,ue ele devei;•~ ,ser . · jtilgap.o ' êom :muito mais ·se- tric.as n:ãQ xaro, a~µdi(s', sutis; Vf.pídatie çii.te · · 0 _.~iliUi?1te w· ~êsses po~as de nosso tem,po, ltlíi~o não~eristão, pois que que tão ~em O refle~m 11,as eçnhece à pl'qp,ria, V~lldatle fü– ;;;uas lnq,uietàções, nos seus de- e.amada, . Dai 'à grle}ndeza de sânimoo, inas sua11 angústia,;, Sãô Pal).1o, que se dedicou não na si.ta - deliquescênoia, na $\la a. um par.tido <~ pl\l!t.e - ~– morbidez elvilizada. Nom.es gi:nefltto do todo. -) más, q-q.e, apenas l)len~onados •na hi$tá- na sqa un-'ive:rs.~l catiqape, ·as– ria da liter,atura., nomes est'ig- -sumiu ô mun~ .:re-n,ov,ado e matiza<l9s pelos Bi:)i:lel.ltJ. · ® trll,nsfígu,.,ado p ~.lo Crfst,Q, . futuro, l'a1·ão Jl - delicii,\ dos l;llàl'caitdo a:isµn mais uma 4!" n:evos c:riadores.. ]): é po,ssivel ferenta porn o inUipa.ntj) _poli• qu~ en~~ ~e des?Ubta taro- ti~o mode.tn 'O, que obedece aGI bém que um clá~c~ dE: nos- chefe transitório, que apela so tem'PO, tlJn gênio. -1nd1sout1- para a uniãó só enquanto o Sa,o PaUlo é o tipo exem- -t1er observa que é nas. obras. plar .do santo, ,porque ne:nhu111 dt>s poetas de "segunda or– subi.u n'lals alto nas asas da dem" (hoje Villon conçuis– contemplação, segu.'ldo ele tóu um lugar de maior real– mesmo declarou, e por qu e ce,) que se encontra maior o– nenhum assumiu uma t ã o vas- r igi,nalidade, maior excentri– ta e profunda carga de h uma- cidade. "Por isso aliás é que n;ic ')de. N:í.o é em vão qu e os sito. de se~unilot or{lem. Para çapítulos 11 e 12 õa 2,i> Ev_Ls- ser graad~\ ~elo pi,e-nof ªª bilidade por alguma crise ou declínio nas atividades li.terâ– rias neste mQmento in~o. é. dos autores e sim do ambiente, não é · d.os hõ:mens e sim da época. Por tôda a ~te, o que vemo.!\ é o do~nio da xnediocri-dade o~ õa brutali• dadé, e a ~e acaba se:iido sufocada dentro de t.,il atmos• féra. Qs pés não se sen~m mai$ gir~'º'~~ ~ ~.ltr~ JlP!§. vel, roubou a Mário ~e An- , paxtJdo não toma o :pooer; (tl1e dr ade t r echos de l'o,manoe-. ou rejeita todill co:noepção trarui, a Carlos ~ r,urp:mn11<1 iil'!Uns r,.'.,,;1,.,.,+.e d·o no:iso d~tlnQ.; e - de $eU~- mais 1:iel-ós vel:'SOS. d •.sn ~ "a na soeieda-de .OOÜ 'fim 'ij.U.mo~ · - - •
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