Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

1· r : ,, ---- ~ :..-.:----~ •c:m,,.-.~~lfí-·•--cfZaabi-~o• • -dtil>~if9!',~ ,.;õ.:-•- .. -~---.1ê; MJ 'u l ::'111 liii • r:,jiif' .lt!fliili!,iiliiiicGêãiêíiiiiãifiiil &&A e m -~ • ---------------=--------------,--,----------~------e------------ ·--------------:-,e--•- )_ o:.F.odo rn1.q1cto conhece o 'de· Contudo. êsse. diálogo ãç veu- !irio c\e Braz .Cuba~; num de• . dedor de almanaques éncon- ~erro delirãnte ·:enéo~tra-se · tra-s_e tTaduzido no ·últim9 li- em -!ace de uÍl). 'y-t1lto imenso, vro de J,ean Pàulhan, ·que foi figura de mul-l1er", de im:r,>:as- editor das "Édi:t ions de Mi- çi~J!idade egoista, de eterna nuit" e um dos c-hefes -intelec• · ;rufdez; reconhece-a com.o a , tuais· da Resistência Francesai ~at tireza, s1.,ta mãe e ini!'niga; exen:J;plo de utn comporta. ela 1he explica a lei cruel''que. 1nento ativo apesar- dos moti- ·rege ó Uni:versq ("A ónça vos mais fortes do desespero ~at? _o novilho potque _- o r,~~ --• , definitivo "com ânimo forte ClOCl,1110 é que ela de:ve vi.: , - e ' se,re:no". ~- a única ma~1eira ;vêr"); mas ·afinal o :pesadelo _ . -- ---:-- -------------~------'--"--------------------~==:--::--=:::-- .possível de úm pessimista ~e?e, ~ o mqnstro que tr:ov~~ Do,n1n;z0. 16 de Maio, de 1948 PARA.BELÉM NUM. '79" ,achar (como Machado na a– -Braz Cupas para aqu~le 'd-e~ .----- - ----------------------------------------------~ gonia) que "a v.ida é boa". serto trans_forma-se, sempre LJ MA F C) N T E DA F: 1 Lo so E I A Peio :nenos co.n10 filóso.fl } dii>,1inuin'<lo, na figura fàmi- - · · , L opardi ã.o ,foi ele g.í:;ico. Da í iiiir do seu gato. - Agor<!, - , ' ·· a di,ferença já observada J?,<:>t · ·nl$m· outro d.,o,cu:mento liter;i- · ,. . · · . · · _,ijl. ' · _. ;à_ -· - De Sanotis. entre o poeta ita• rio. menos famos.o entre -itós, lial)o e Schopenh_auer, qtte ' • • 1.ei- o de U·m. sujeitá quê enco'.n~ - DE M A ·e· HAD~ ·o o· ' E .fA· ss I s. também foi ateu, mas espiri- ,trou no desérto "um vulto · - . , ' · _· , tualis:ta: d'á testemu.nho dis.s<:> g;t·and{ssimo, figura d,,és1nesu- a meta-física, "inulticólo.r co• ' r~t!a de l'l1-'lllher", ãe im,l,)assi- · ,ano a p'éle de 1,1rna qpça", 4 0 inlfdade cruel ("Acreditaste morali", q-qe são O documen• OTTO MARIA CARPEAUX Ogni creata' cosa :filósofo ale- 1 nãó. T~a elegia _que êste mundo tenha sjdo to principàl da -filosofía lê~ -.s ln te, morte. si posa é por ffidole e~pirituaµ;ta, criacto para ti?"), mãe mas pa rd ina. (Copyright E. S. I. com exclusividade 1>ara a FOLHA DO Nostra igriuda natura; Mas a filosofia de Leqpal·di inimiga de tôdas as criattu•as; São diálogos (e em parte • .. NORTE, neste E~taciÕ). , t.iêta no, ma sicura - a. furiçl;íd-e ' fil9só,fi,ca da ·sU;a el;l lhe exnliea atei cruel que monólogos) de uma estupen- DalP antico dolor..." b .á . . d 1 «:ege o Uiiiverso ("que é um <Ja variedade, apésar da 1n·o- condensam a filosofja leopar- "Solo nel .m.ondo eterna, , A personagem principal de ·o r_a 3 f?d1 demonstra_ a 1 pe ,os . cí1' culo f>tl.r=tuó de p:rodução notonia do ·pensamento e do diana; à c-t,ti si volve . todos os diálogos é ó "islan: mais ag:lli ..os critJ.<;ps tta lanos : .F~ r'·1,,or -'a'ssl,co do est-'1•1·0· re'sul dês" · a cri·at•·-a hum-ana pe•·· - é o ·.materiahsmo. ·· e dest.ruiçãó") ;_ai tam-bé.m a- b . "" ' • • • ...... " • • tados das lel·turas enormes· de F ,.-, - "e·....,,;,.~ p·elo Fado, ate· re"""'U• No '11'.ram.men-to ·apócrifo .dt. . (Par_·e,;em_ :i:n0.nstros, dois le. õ __és, .. · · · · • p 'd ., 0 -"' .,,, St t d ' L · " L - que te_ riam devora:do o il'Jfeliz, un1 espírito enciciopédico. - - t sar, c,onto mú1nia, n_o. m'üseu - ra ol,le i ampsaco .• . ·eo- se nao um v.en' 'o de a.r~1·a o .Duii:na fonte hebráica surge o . a I sao· ro eo o • anatômico. Reiná neste livro, pardi tjfa. fala da eter.nidade '' ~ " • t· " d · ·t 1· ó " "g l T da ma .er1a. Apenas êsse mat;;- teria encoberto e mumificado· cau 1co o m~ o _g1co a - assim como no diálogo do _as- rialismo iião s.e baseia tío éi- mais tarde, via,_J·antes enco•i ~ lo süvestre", dewertando os so é.óm i.o i;;eu gênio familiar, . ,.. tif. . . f b • t traram a múmia, trazendó'-a homens para ac,Qrdarem do <Especial para ·a FOLHA DO NORTE, neste Estado) "unà notte -e,scurissimá, ii_enza en 1c1smo f sico e . iologico 1 • il)ara a Europa, colocando-a sono das "imagens v~s". O )una né stelle". Màs qua]ldo ?-º séculô XJ~., .q_ue Leopàrdi. . lho, i:nuseu níió se,i de que cj_. , "Frammento a_p§crif-o di Stra.- QUEM TROUXE O FAISÃO PRATEADO o home,m. despe1'tando do "so- x_gnorava, e_ sim nos $eus ~s- . < la.de '' ·- ,n,ão im_porta nor. too.e di La-mps3:co" é uma , . . no '.das ima~ens vãs",· r,ec?nhe- tudos dde. fil_9sofía. grega; E 'o~ C!ttc todos_ os museus se p~re• pequ~na falsificaçã.9 ' !iterá- PARA Á SOMBi:lA PE .MEUS RAMOS ? ee o terror e a ob.seur1dade vd~: 1 SOS" · ºctêe,oro dos· mo:r...os, .no- t - Cê,n1 .- as.sim como confonne i·ia, pondo ·na _bõ,ea ~o · fi- NA-O É 'MEU NA~O S..,.. D-MORA da vidà, então se lhe apróxi- · 1,a (' 1 ,gt{. ,es c5>n 1 · 0 ~nato• ; . !Machado de · Ass1·s todos os l6sofo grego a_s' idéias leo• · · - · • .e, L • mám as imagens da arte -as- rnis ª uys~b, .n .ão q,eixoú d.ú- , . . _ · . : - · v,idil, quai:lt,ô ã :fonte dessa fi- ce1n it érios- se parece$. par4,ianas sôbre o u~iver- _ E ESTAO MEUS OLHOS CHORANDO; sim NietZ$che explica as ·ori• lpsófiba, m_áterialisnio cuja il!:!.'Se out1:o docun1ento, que o so. O diálogo de I-Iércu- gens do teatro grego - trans- finalidade ét~ca é apenas a aut or ' das ....,,_em6rias póstu- les com Atlas, ao qual a de- TEM LON·GAS PLU·MAS DE ADEUSES, fol.\l'llando o terror eII). suoli.- · • · d d~ .,.. d m·1daae· e o absurdo em comi-• ausencia ª or: mas de Braz Cubas" deve ter cadênc;ia do mundo torna ca a , , . "N t · 1 f ' TEM ASAS 'tt S ~ida,çle. l?••bli'm,_e, ~ poesiB. de os ra ignuda natura conhecido, é o "Diálogo della vez m~ eve o ar,ap cosmo- NtJE DE CINZA ' ... ... "' L' •· - ' · N "' · l l' · b 1 i. · · · • Leo· =. •·d1' é, e·tra•,_,,~·ca· . Na sua· te,a no, _nia_sicura • atu1:a e Ul un 1s· andese'!, og1co nos .om r.QS , . em.,..r~" os • , ..,_ ,., D'A!l' - -,. i quc f~z parte . do .volume ·i.nie.nsos estudos mitológicos TEM 'Uf4A vo~ DE LO.NJU'RA prosa, na mitologia fantá:sij- . .. a~tico ,dpl:or ... " "•ÜtJ'"1'<ltt e , !riorali", de teo- de Lç-opardi, enquànto aquêle · · ea_dos $1iálogos; .:êJe pr.9=.~va t: 0 materiaiis.m.õ de Epi• IJla,·rli · · diálogó dó isJand,É)s com a DILATADA NA PUBILA; "ulrt grande estilo cômico". fui~Q:;;_~!~ um~ que anda ca• As poesias .de Giacomo L~o- N'atureza 1he revela os inte- • T'asso .e Ruy.:;ch , são persona- unia...,o:~<?s s'ecúlos. Ep_icur-0, par di nãg se ignoravam no rêsses- · geográficos.' O poeta AH, O FAISÃO PRATEADO! ,. gens de "féeries"; Ruysch as- emp9l;a. !P,atér.i;rlista, não- toi Br asil. na época ao romantis• vol ta para ó solo italiano, no- • • · susta-se de maneira cômica um "epicureu"~ ape;nas ~chou. mo-; até • hoje, o maior poeta tallldo a conversa de Toi:q.ua • C""M SEUS ~o os qa vivl!'cidaüe )TIUSícal (ias que "a \<Í~:l'- é boa''. Leopar.4;~. q ue a It ália prodw:iu de,Pois to Tasso, preso no manicõ- -~ . . ~..i. · D . D:ç SAFIRA, suas n1umias. be.1n e,onserva- ~bQra t~'ist.e, não foi um- ~- 4<1~ Dant e, é considerado l"..O mio, com o seu ",g_ênio fami_• EM' FINOS CORAIS POUSADO das; e . ao. T~sso, imp1ora~do lieg!aco. Mac~~Jlo de .:Assis, -:B:vasi! como um -româ-i1tico lla:c''.. ("Como vai, Tasso? - · . - .. -~ , as co;isçJaçQes do .Espír:i_to, emboi:_a . ~px.r~tuos~! np.,o _fioi ·ime1anc6lico, um poeta ele• Corno pode, num:a J.?rili~o'') .' VAI FUGINDO E VAI CORTANUO . seu gênio .familiar · aconselha um ~eptico; êle t an1:b.e-111 - ~iã.:,Q_ .,;fa.lvez wrqÜ~-~~~~ ó'ut~o~ ~moso ~4~¼-~~~ MEU eoMr :i o CQ'MQ•"fff\,fF'A':A'ffCtt:' - ~::~,~~~~!~;Jº o~Y!:;1~ -b~~~~ ~:f.:~ -:--.-:~~-~~~tifl- co,nhe!:J.~m os seus · di.á'lo-gos P~•i:u, al1\ p~Ia, l>~a ã~ 1f,E;,.o- - -·. , , . 1 ~ ' - '..f''ª - ~ ... ~;y.~.&;(,, · - ,. _,,.,._ _ -~-~ tr 1 ·st"'. liu.i:np~ 1· 8 .,,, 0 . 'e"- Eht_. Leo1»rd1_ também $e em prosa aqu~las "Operette pard1 d~ vaidade .ua _gl9r1a e 1 ·, , ·' • ...,.,. . .. .. .,,. • tr .. morall" 'gue . s~'ó - ~ das ·· d~ in~xoràliili<la,d:; ~ós de~ti.: NAO TE QUERO.! NÃO TE OV:SRO! !Pardiano é. o "Diálogo .ae 1lm enco 1 1; a ,o 1!1ºhvo q~e. s_11ge- . gi:anid-es obras da liter.atura n~.s_lilumanos - .mas é. i;;xe- '" . , . _- . .. . , - - . ven(jedor de ' a'lm,anaques 'e de :re a 1mptessao de cept1elsmo .univer.sal. E 'Machado d. e .As- CISO acatar, Q n.9sso fai?, ,por Só rERGUNTO QUEM TE ".(B.OUXE.l wn ) >~ssànte" na 1íoitê ' -<le ao leitor de_~. d~ A$sis , · - -A n t g c ""' n1:mo ~ ·Ano· "T_ovp•, ao .ve,._....e.dor..---q·u.e· C.onio _ma te_ v1al_rs_ta epicureu."., :sis o~ teria _conhecido~ ,Devo 0 t•cue os . ra,,a, .º'". ª ·. .• TRISTEZAS ·DE NUNCA E SEMnRE ,, ·•·~ dit " 130 m~u- a~)t_go _Eugêm_0- Go- fO.rte e sere1_1~ , o_,que. l ~b.ra ~ . . . , . _ , . .t;' . promete dias ;felic~simos para D ft:U_ o grec1stà Le.Qpa'r,4i .e " 1 taníto os esto}.C,OS da Ant1guj. NÃO SE ""OMPA'bAM ~:s o fQturo: o outro_ , dem-onstra o ,;._,r;ntdito_ ' ~gr'rgo" M;:u:,li.'a_g_~ - ~ 1 ª suges--.ao, va i.osa a ' " ' -. .,, • ~ · · · · ~ · n · · A DE HQJEI ,de __mane1:ra_r,igo_ro,sam_ente , l_ó• s'ér.iam. _paga?5 ~: .mas 1,1_a. \rer-: res.P.eit o: Maeha'<io foi leitor da,4e como O • amor fat,1 , de • · . • · • • IDca que i+ao ha motivo ;iara da?,e nao êx:'i stem pagaos de• ~~ídtro de $chot;>enhauer, . e ~ietz~~he. Ep.f1m/ os ~s~udo? AH o· FAJC! -:-o p· RAT'I!" •no mi · acred1'tar em d1'a•s n' 1a;s ~e"~es .... OlS d.Q. advento do C-n·s_tc·aru·s- .ieste- po,r sua vez f9i grande <!lent1f1c,os de ~.eowird1 1n~p~- . , ,;JA •. "'-'~~ •• • , ,. i.u. P . ai:lm:irador de Leopardi Vol• raram-lhe o dialogo de cele• . · no futuro do · que fÓram os ll2'◊· Fica, ~'t.é nos · .i.n.ti -cr~- , · - · b · · · to · ' t h · 1 d. · do pas'sa·do - e êstes teriam taos, o estvm'Ulo da ip.qUi,eta'- Jtâi·ei ª ,êsse po.n.to. Eli 1 .. togo :r,e ana .m1.s !". . • 0 ,ª 11 ~· BEM QUE CANTO "NÃO ,TE QUERO". sido. -felizes? Mas - àctn 1 .ite .ao · !.)~o, espkitµal, do . f'ce'pticis- c aso, o. ,auto r ,do, ~ elir10 de Ruysch com li-$ ,mumias. do SElU, . - . . · • ·, . · - .. ( • ' ' • · · , ...., , r · - • tJJl.'a!l Cu_bas. re_conh~cera em -n,1;1.is_e'u anat'~é-ó ~s riua_ is_· êle COMO 'Ã_ .LGTJEM QU_ E ,_NADA SOF. ºE 1 oti.µrista i~gênuo;· gue' sê clJas '"? pasca iano.. Mai:l\~d!) foi 11L d,i d , - -. ... ~ ~turos. s~o felizes, ,porque le,itor, de . P.as_ça1. ,r;e~i>: !r.di Í, epp.ar . m~1~ , o · 9,U.e um sabia conS<!r'{at 1~ a ',!res• DF.,US SABE ".'1-Til'ANTO 'll.ll' 'r:'1 CUS!l'IA ' lllao. ex1st~m. n,.a. realidade·, .. e tamb_-frp. :fo,iI, · l.e1_t,or . dc_,_? ..~i:aI: 1!l )eeta ,m .el~ ncolrco qm ~~" cura de col\pos vlv:<>s; certa "" '"'"' . _ ,. .l".U::. ;.1· • o f p , i ~:, .., - t<tt.r poé4ço ~.~ .quáJ; o ligava~ n.o.ite, .os irl._õi-tos ac.ordarant•_.o, DEUS SABE E NA~ ·o. ~ SOCO·RRE l O .yend ~or c~~r~, a-pr.egoari40 • ªJA-oso ..,.•~r,!_ . 11 :J.R. 1.r?ll~!_he. f: ,profunid.as afi.n1dades. . O deli• sabi'o. canitando o ,coi:.o (sao · · ·• .. .1.•.u:. , • ~Qm .convicçao · fortalecida ª~- emous.tr.Jçqe:s f9gica3 d4t · ' · · , · , seus almanaques ·' dralQgo do -vendedor üe· àl_; i rio de B:az Cubas é da , m~s• os . ú11-tcos versos no. volume CECILIA MEIRELES ._ " Ori, pod·e-s'e viver com uma manaques, sôbre O valór do ', ma luci_dez dos "Oper~tte da~ "Ope;r,ette mo1'.ali 1 ') ,que - ___ filosõfíà assim . ~Q .. ' cói-.aç~ô? (ContiI).ua na 2 _a ' pãginá:) ' No gu-e. diz ' respeito aos atingido to.dQi; os fihs visa- o s N o· tor.nar lógi_co o absu.,do. o , r livros de co.nt?s , como aos de dos, mas devemos estimá_-lo V · o s 1 ·t . . ,. expressão · que · ,encont.ro cita• 1PO.en1as, o mais comum é ,.que-, e ' àdmirá-1~• .: antes de -tudo, · · · · •· _ei,,or fi<;a, então, perfeita- dá, em ensai<> ,-do. si. · Cà:rl/?s • . • t nã._o tenha.m· uniêl:ade substan." .P<>~ - essa .. circunstân:eiá de :ter . · ·· , . .:. , . . . . ,. , . _ · ,·~· · :mt,nt~ fi;ro_ ~ irt1','jfe1:en.t~ di;in. Burla~aq!;li ... ~qP,kê. ,Mil!> , 1!,~ · ,fciijl, ,-sobre.tudo - qµando de lev.antado para sí próprio um . -te d!; cint<?~_ço~o. "O e-X7lná- alguns contGStde- ,<>. .e~-mi,gic.e eul~or,ei j?".etns. ~almend~. til;:Po _partict~~ri,!,l!imdo .d~ reha• • .I.I :fg~ ..· ouº..j~ºbta ~rc.na·• !coda··~~cr~: ,q;cou!~t::,~lfdtoãso e·' ::i.:e;~eI1~zEl_a\i'dfeo!11~ ote ;., ~s Silo. -.1.êL os em epocas 1- 1zaçao ar 1s,1ca e · e se a• • . . , . .. _ · ,,,,, ~ ":'" " . • ,,,., ~,.. : . "; ~ · . "' ' " • il'Versas. e êsse in'tetvã1o ,iica ver· mantido conscientement~ - m~it\!l,~~a · ~lul~res . -~ dois mo peças . l1t~rai;ias, ~ sem ,.,(e- ; iassin;:üado, em ca9'a um dêles, dentro de1il, alí·ás, com lias- ALVARO LINS P!,'~meir~os sao epge~oso~, cu- .v~mos e~ c,onta, pai:a -aferí• j!-?~ diferentes es_!~dos ~e ess tante originalidade e talento. ' . . rios_Qs, mas ~~m. 111tens1da,de Ç~S, --um tipo especi;il ·de fic- ~11;1to; ,preocupaçoes v.ar1ad~;;, me · não procúrou uma fácil (Es!)ecial P,ata a FOLHA DO--NORTE nêste Estado) psicológica,, en 11 uanto o últiqlo ~~º- Úll} . dele:;, pQr e;xem,Plo, ,nfluências de· momento. Os forma de ..expressão, nE:,m fi. . , , é apertas pitoresco e de Ullll ·.e A noiva da ,~ <-a%ql; -outro ,co~t~s se diferencía,m /ilSSi-111, eou- a lidar. com· elementoi; já cep.ç~q artisti<;a, que lhe .é transfiguração, ~. 1,lsa transp,o- .pito.resé<l d~ ~u. ~ê>stJ, ~• .!) ,da mesma, ooalld'a:d~- 'é',"~~ ,Ull.S d.os outrGS, .pela orienta- vistos e -~xplotados; Busc6u corre:sP,ondet1te. • E' verdaãe sição de pl~nos, .n.em conse• .périgó ,do t~po d.é; ~u:~çao .a,~o- ;, ttfs n9me,s- d~ (;Qdofr~'.. ;ç,ão.. e . tratamento d~dos a9s um, caminho'· novo e soluções .que sob muitos aspec_tos ,os gue na, turalmeti.te "Íap..car · neJa ta,do _pelo, sr.-•-~ _ur1l~ _Rub1a_o: Sa,_o contos êsfes, c,~~1_0 vai;top;_ . ,assuntos, ai:n-0a mais -pela própriàs'. Se ·não, estj, dotado contos do sr.- Mui:ilo Rul>ião ·,; leitor: E' comó .se. dis.sésse• que ~- aluchi~ça~ poet1ca, -~o _lr.e~bos _4e QUtros, ~u.e c~:r~p.. ~omposição e pela . técnica .. de uma origil)aHgade absolu• nada tmn• a ver co1n os de' - mos .q:ué o escritor. min'eiro s~UK:lo .. comnletà, t ràns-n;ata terizam o s1\ ~JJr.~o Rl\tj1a,o Pêste modo, êles são mais ta no sentido universal, o li• Kafka. . mas . será ilazoável construiu o seu múndo estra• · como· resultado ª-'Penas o p.1,- cpmo uma pe'1·sonalidade 4e i:oletâneas do que . pro1;>ria- vro do sr. Murilo Rubião re- apx:oximar o autor brasileiro nho de ficção, mas sem con• totês~o• .o gra-cioso, a. _mãg1ca . eséritor. a.inda ein bus.ca .. ~e roente livros, no. que êstes; present a,. no -Brasil peio mé• .do autor, universal no s~guin- seguir . aJliniá-lo de- tôda a desc.o.berta !P'êlo -leitor. Usemos cer1;os, recursos :de col).eel>Qa<í como -obras, deye.m significar nos, mna .novidade, com um te ponto de ,parti~a: o trata• atmosfera extra-comum que uma coiµ,paràção sugerida e realizasã,o, mas j,á c9ns.ci ~n– em un,ià_a4e substancial e for- tratamento da matéria ficcio• mento conío que objetivo e lhe .é própria e caracterjstica, pelo ,próprio titulo d·o livro te e apa1·elhado na. sua ar.t~ . anal. _E• r11ro um livro de con- nista que não me fôra . dado e;;Cato' do ,im~r:inário; ·a cria• Entre os dois mundos,. o , rea1 ao sr,. Murilo Rub,ião. Sab~- com assuntos _nada . , convet;,- 11.os - em. .-g.ue .tôdas as,,pegas se• ·.ainda encontrar em q1,1alqU"..r ,çao de um mundo que, embo• e o. sll:pra-i:;~a~. fJçoµ, ~~tl!'J?re~ mos. que ~ ·uma ''ilusão'.' _a cióna:~ ,e «ma _form~ "'erbal, Jà,n con'lergentes, ligadas no dos nossos autores. N-ão va, ra co.m as mesmas coisas o em. o ex-ma.g1c~, alguma coi• réal1dadé, c'riadá · pelos mai1- que, sendo n1t11to sm.ples e . lfin;i:J,, por efeito de uma con• mos cometer .o exagero _de · pessôas ,do nosso mu11do, di- sa perturban,do o e;,tado -~o- - •cos, m.as · não n9s le'.l;l1'bram,os. discreta, · não d_eixa de 'têr . ceP,ção ,unifQrme do.. autor, proclamar que o sr. Murilo fere dêste quanto às sitµações cional da · fiç;Ção, de modo ~essa. circunstânéia quando o· sen~o estét_iéo .e })om gôsto. 1 que signifi<2ue ao. mesn)o tem• Rµ'pião é o npsso Kafka, mas de movimento, tempo e cau- que permanecemos i-nsatlsfei• seu tr.:ilialho tem· in;tegridade Autêntic? estréante, ''Coro' i po uma.maneira única de t ra• indicar ,que êsse tipo de fi-c• salidade; a apresentação dês- tos -quanto aos resultados, e ·perfeição: Temos a idéí"' uma:. fisionomia de - per{é\\a l tar QS seus t em·as ._e uma for- ção, dentro do, qual êle se te outro m_undo de fpr-ma a que no caso, não devem ser p.e todo um mtmdo que desa• juventude, é o sr. Dalton Ti;e~ r,ma d.e const11u9ao lançada colocou, está rei;>reíientad.o no· colocar o leitor em estado de àpe_nas lit ~rários, m~s psico• l)a, POf.é~• . quando d_esc?l?,r!• yisan.. que . vem 9:gita~o ' seri}pre com as m~smas bases plano universal;_ e .da m!lneira vertigem. . ao ponto de levá- 16gu?os e humanoi. -de 1nodo mos o segredo. o,u o ar.trf1cg, ruagntficameIJ;te o.s meios 1~– ' e ópjetivos..,Esia é .sem dúyi- mais perfei ta, pela obra de lo a sentfy que aquela· ei'iação geral; · - • dai transfor-mações mágicas,. .rário.s .ao Paraná co.m" o· seí.l , da . a primeira qµ,illdade de Kafka. Já áfirmou o sr. _Mu~ supra-real é q,ue tem verossi• Depois da l_eitura de_ dois Séndo thuiw inteligente, -cé• grup9 9.a revista , J~;m~bn,. -i ~ - ~x-mâg-ico,. liv.rô de ~ontos rilo }lubião, ,qUe ~ão sentiu milhanta e mesmo verda,de, ou três contos do sr. Murilo tioo. raciona.listá e lúcido, o I.nteligenti.ssim:o, ~l~ teµ\ ~m~ 1~0 .sr. , Murilo Rubião, e;;ct:i.tor nenihwna influên.cia dir.eta d('. . eng_uan(o o nosso ambiente :a,ubião é' t,ossível que atgu,ns sr." Alfurilo Rubi:ão como qU!! béin u:m ~li,me1itq de r~~i:,..~iro {5J. ,'~'rata-;,e de uma Fran?J Kafka, pois -só veio_ a visi.vel e -~ensível tjc•:1 . sendo le1.tores im.a-güem: rirão hayerá -desdobra . todo o· seu jôgo · ao incó'n<ferm-ista e ' r ev:o}U~ioná– , o})ra de estre1a, mas. na qual ter o tchecoslovaco gerual aos. seus olhos, -tra,nsfi~ados nestas. , páginas, . ao . lado do . -óíhâr do leitor, diixandQ-o às .rio nó pl.@,Ô d~ literatura. o autor, se-gund'o fui infor- d,enois .de. }iaver escrito O ex• · pela ficção, uina realidade delírio poético perfeitamente vezes desencan~do. Isto de• Desdenn• .ô, que -~ cÇ>.nvenx:io– :mado, .trabalhou durante v.á• mágico, e não t-emós motivo inverossímel e mesmo falsa. legitimó e ex,plicáyel, ,!mi corre também da circunst~n- nal, · estabelecido e consagi,a~ r ias anQs, fl!zendo e refazen• pa~ duvidar da sua d~clara• Ení. sintese: é o , "absurdo" pouco de mistificação ? Não, eia .de ooo · ser ba'Sta_nte,, forte do em busca de ui:n -0.ã:mitilh.~ do os contos, que tê.tn l 'l.ãó ção. Pouco im,porta: nã~ ·· es• que o aútor constrói e impõe n~huma. mistificação 'por· e t)Gdei:osa a capaéiqade d:e 1>essoal,de ex.pr ~ssãó. ImagÚ\.~ só unida'<l'e, mas um ca11áí er tamos definj,ndo uma infiuên• como o "lógico". E nes.te úl~ parte de um autor que sen• inte:r,1Qr1za~ão-.do aut.or , ,Q que a~ qUe -está um·.po:u:co qesljl-.. -1Pesso11l e incônfwidível. Não eia, mas suierindo àpenas timo ~fito, o mais' impor'tan~ tunos · sempre consc.ien:te· e seria . de· todo ~,s:es_r;ário ao cado 1,;os dias 9,e h'Qje}'a~"hova ~é, ;Parece que o sr•. Mur..ilQ• utnà. à'proximáção no que . di'z te e decisivó, é que tné pare• honie-sto dentro ·48- sua arte. s~u· t l!>(). de ficção. Falta-lhe ·g_eFaç;to~ <1,entro <!a quàl\ ~fã• ·ttu\)iâo -tenha rea.Iizádo plt• r,~speito a uma det_etmmada ce ·ainda . falho e 'inc~leto A.pen~s, em., vários contos, , o tust,a,mente •aquela •<fh,isti~ ttta · à Y;9ntade se1:1a ~. ~e 1:9~, ~am~nte .~ _ manfira. d~ ficçã~ co1icei;>ção· do m,'lif!;l'do,. ge(aqo. o sr. Murilo 'Ru.b1ão; "neni êle sr-:. M:Ur,ilo • lll,ihião . q:ão o'On• sem, .D~us•: , que c~racteri~, a Mª's Ja terá •t!O):\vei:i~a : en~ ~que ,1~eijl,i.z9q,... ne?J\ <i,u.e1te~a; . . 1,a -Wll &na, Vt ?{ de ;wna,,eo.n-,, ·consei~e,- ~e.oxp.j>•, aut9r. essa, • ve<nee q~ap.,tó ,iq, pr-oble~ -~ 19!>~-' 4,_e-~,K~ilí:q, ,;s~~µl:l:tlo . m,na·; " (©o'jípbiua ' n~' 2~" •paig11l,J,

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