Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

... 1 ., -····q·J11• 7 .. 1· \ i . •, ·-- · ;.i: r ·--iiQ:7'ffl ·iit ,,,,r •i•• ,·➔~ • , ,~,:tiiaiar:trnri atr l:trtb ei,:im;â§fH1,iirl>' a t. ' . • ,! : . "'. •- .....:.i 1.••-• illlil•- Cf- "• S&ti ..... ~■ DW::f5i?i&zA7ariiJf• - --- -~------------ - - ..... -- ------------,...;.....,...._, ____ ,,. _____ , _______________ ~- ------------ -------'- ....... - :PAGINA. . [)0 GALO BRANCO Augusto F,rederica Schmidt '(Copyrig)l.t E. ·s. I, coJn exclusividade paJ'a a FOLHA DO NORTE, rie,ste 'Estado). •. · As ág]las caem. S6 distingo ê,sse '1'\UOO d e .águas ·caindo. A noi te 1·e,ina sobre a .,peque. .na cidade, uma noite- nua, flria , povoada de v~~os fan..:· b smas. D.epois de d ormir al· ,..__ gumas ltol'as, .acordo ainda "~o escuro, ai nda no mundo 'il.õft.Jrilo; e ouç<> um ruido de ~mbor, l onge. um ruído abafado de tambor-. S erá ·uma .con:vooaçã~ dos mortos. o fníclo de Un1 sa'bl>at,,. o-q uma éfisfraída maneira de brincar ·com as long_a$ ·fiora·s g ro$s4. e l entas? Em· vao tenro Ju.. 'gir pel<> sono <Jêste rn.ueypo,. desta noHie, dest,a cidade -tã0, li~diferente à rpinh-a _ opres– sao. CRÔNICA Bu·c olicct 1 . 1 Lucia Miguel Pereira 1 • (Copyright E. S. I ., .com exclusividade para ---- - - - --------~ ------------------- -------- .._ a FOLHA 50 NORTE, NUM. 77 neste Estado), Sábado, 1.• de mo.lo , d e 1948 PARA...BELÉM RIO - Sol> o olho d e (Olf& ~ DAI DE' COMER AOS GATOS sol tudo aqut e~ ba.ixo pa.reée p roc11ra.t <1e.11oans o, São lontoà oa µiov!JnootA>s .do ca.mamda qu~ 1nt1.neJa a. 'foice; n b p à~ os bols ee d eitam e 0/1 cavalos N ~o vos f ala1·ei da bom– ba atômica 11em ~e ou– t t.OJJ eventos do dia. A escal_a Jl\U_ndial e?'cede as ltl'º· CARLOS ·DRUMMOND DE .ANDRADE (Espj!cial -pa~a .a FOLHA.. DO NORTE► porcoes aesta mlSerâ c.rõn1ca. nou-os: encontraram um jar– Prefiro os m.iriitpos, os ím• dim e passaram a c.ult.i,vá-lo, .pc;1ide1·áyefs. E voú pr ocurar à manen:a dos ·gatos, pará meu assu:utô onde iunguém o <1:úem a contemplàção ê uma botoll: en~·e as folhas de rel• foNna de ação. va de Q4'li pequeno j ~tdi~ . en... Estão comendo_: Obsen'.ai o. ins.talado na ,grama, e d eglU• tit).d9 sua çarn.ezinlia à som• bra dos arranha-céus, enq,uan• to na ·çidade q.eclina a bata• lha da con'dução, movem a.J>l)n~ as caUdl.\s p tla'a j ~~-dim. Há outros em. local est>aóta.r as moscas: dormi m os próximo. A senhora que vos ct.óborr.os , ·num abandono fiua.. anonta lá i r á ter co1n eles na ee human&, e a. ca.tm, rta dá aos hora justa; iuanto uso, VE\g-elMs un1a tmqt,,iltdà.lle mlne4 atende aos da por uma rat. . questão de orde • e p<>rque 0.11 cttll:di.nos que 'bu.9ea.m na, ·não ,hã j~l·din;i qUEl caiba to- roça. men,o.s ufua. t!Íti(a 11.0 calo11 doli os gat os e todos os cães do <íUo uma. t cetue. nou ;,eus serii této. · t11abJ1,lll08 e preocupações, em'be. Notai que a b oa dama não bem-'se d a paz dos camposJ la. faz publicidade. Não estã vam 11, o,lma na. doi;ui;a da. n a.t il. anuncia ndo, n~a. n em mes- r eza. As -boce }a.d.as _paJavl'a.s ' q~ mo o setJ pendor generoso. t rocam de , qua:ndo em qua1140 - Aci>,~ou de jant:;u, - M pres• lil.el 'l revemm a serena ~I)at la sas,. porque os b ichos não ec,.. dos e.l!Pirltoa, cravado ne centro d~ta ca.- que contém cada embrulho. :Masr essa carne velo do céu? rio.lia éida'êle qu€ é no:ssa e. que Nã~ é aperias o miserável, àr- ,-- perguntareis. E vossa inda– se cbam,a o Rio I de .Janeiro. roz, . o co"Qsuetudinário feijão: gação ser á t'espondida. N'ão, . 1'1!~u .~!l$Unjó é. ttm i!m?tU• é também à preciosa J!,ar1\é~ veio .de a~ougueil e foi COm• fhi, ,d e, ~MQi'd.â. ~.e o at:,r irlrt_os, ,presente d~ deus.es( ~onh,o . pr,ada J>Ot · esta •'senhora que v~e~~ q~e E:ao ·a~tes, quá- da~ dona$' fe casa, al1Jcinação ai vedes, ;curvada sobre a gra• ;~ rze emtirul~ê!.!J ~ qi:tel'l'.os_,, .(ias c9z:í1:1he~. . Eis ai_ c~rne ma, abrindo ·os pacotes e dís• Ul)l ';le;les·re,l~ti~a-m,,e'1te ~ _a1or ,de, yaca, ~lyez co.m o~<>r não p'ondo•os a espaços t·egul ares. 0 lírio do vfl& pa.1·ece uma .Q'lje PJ de~a!s. Jlt1 s~ti~e,t!:l ·a ê_possiyel-enxergar ~m, Poi;I Ela os pr eparou a toctoo, São branca mulher morta ,:to seu J>"fJn:féH'a (:\ff,'l0~1dad~ _e !!XP!>S:- ~o ~te b~ras da noite, e a quatorze.· para outros tatifós verde ~taúde. Oh. o Ii'rio do tos ', O?·. v~um.:~ const!túídos 1 nassa de .vegetae~o derrama a;nln)als. Se hã um maior, é -vale., g,ue embalsa~a- esta sa.. em , pa1'êl· .de . }ºrn~l, 8;1s que sobre estas coisa$ qma som,• · porque se destina a um cão, a.a quie~a ~m qlJ_ . -esorev~ f de1es ~ - aP:I'O.;Ktma um. ga~ bra _prQfetora; em todo Cll$() taibhétn despGssuid(), e <1ue Pela_s Janelas a~rtas . veJ<> doJS .gatos,.'dep<>is mmtos .ga- caimê e- como cotne1n! Car.la f-4z ponto mais a(liante. Ne-m, áFvol'eS, flpr~~. Uffl-1\ ,esb~a$A ' tôs. l'ã(}. 1(ãi>' anim~i,s 'dl? boa. -g'ato -.~ u,m pequéno paChâ todos OS gatos iiesidem neste q ue se perde na manhã bru.. linhagem,• 'com prete'rísões 'à · ' dia:m esper ar -. organizou :e neaso -momento quo. s.e .ou.;. çeu fai·do Wc3pie,ílo e vei(.) v.o- um pf11,r wlll'tente, r~~tl<to, trazê-lo aos dol,1 ou três Ili• a.fl1-to e -~fll íi:v:o. e ~ogo se ~y ls-– giwes onde s~. Qeham seus t a., no terret,tó, um :,pas~to·-pr~. amigos -irracionais. Faz isso {o ~ vo, m11.s :lá ~luml\do 'fr todaa as uoites, E , nJo t rica. i\brtr desm~ul'ad'a-m~t~ .o pico, Vê.:-se pelà .modé'stia do ves- &al tlta.n~o a_tr~ ile ~ ,blcp.t~. t-uário que .é deéoroso sem co. o ·ttco-tico uma pol,re !ê. fantasia, ~ ~dica t:alvez a vi.U• mea i,ui-a: to4a. po _a.,gtt®, rn.lp úir. \l'a do oficial do Teso.uro ou _ oula e $1~~1eit.àda, 1)-té encon.– a cot)tra~~ra ~ ca{!a de t r ar wn i:'•r.~(). um blchi-nho, um rnod~ (Qbser:v.at de :'Pas~a€ al~tó i11.Ja,Tqu~r: então, !\'os mosa. Uma. gta'.-ride a.wbição -~.,_ .,, ~ ló · · ·' · t de confi's!tões ousád~ ,briné.a cirVo.-e _gen~á . •gícca e ou r.~~ • gem, ~ 1uz dêiite pqste ~e._es• pul)nllof . mal' eq,u,!llbJ, a.d.os \lª" qui:na, co~o são -Hnot os: seú .. ·pennihh!lf. •s!é,~, volta.. pO!l'!l. ·jun. ~belos ,grisalhos, delicadas ·à$ t'ó <lo ~l',Íla.ro-pref.<►-, •üóe • s uas mã9s). . . -~!ICOO<I' JcIP.ra lhe _alc~n~r-o &r.._ m-_ .pon-tà de min''"â p.e"a, ,i tn granflliisn'.l'o.s broaga n t i n 0/1, • ·•" •~· .., Hum.ilâes, gatos de rua, na,, õ e.sejo !le e!íérev.,er algo de máiorja p i;:etos, atgu':n$ malha- . ' .ver dad;eir.o, ~ara al ém do "' .t · t--· #,;-d · r_or.n;ia,hsrno_ 1iterãr~o. uma es.. ...os, por.,_m ga ','\> .....,, amen • .Se ·lfie ne:rgtUltardes t)O;rQU~ oo e nele d:eposlta o a.cblúlo.' fáz ,assiro,_,•. J.14as~ não lfíe ?,:C'lt · e;ngor~. _potém 1 o 011tr() so pm-1.!-Un{eis nad«. S érá precíso -pl>e de n ~vO' ~ plar. e a cena t e~ explical' por :que S!! dá.._4,e éo- c~me~a. uin'II/, duas, t rês v.ez ~ , p;ie-r a ~m f;J1Qh<>! Po.r q t,1e .se .11õ cessan'do qua.ndo a1t um rui~ sai d,!! ~~ :~ ·bpite, c~1·14égan- M~sta o~ J~I.\Sea.rln.hós e eleJ1 do u,m :em1iriilho <1e jorzfu.l'-,de .:,t~am ~'f>ó p ara , o ·a-t'i>usto onde ntap.êjo inc&inedo, quaiid·o sé têm ó ninho o tlco-tlco bl\ço •o po~ia' ir ao cin ema ou :i!ical'. sur-a s~ 1npre•. segutdo ,peJ,ó lus . no quarto .escutando no vádio -tr eao pássa.ro ~-preto que lb:~ a m,ús}ca boa. ou .má, de' nos- med~ pelo 111enos o dobr () dó ta_ Sá dileçãot Há for ças que nos manl}O. Como duvtd\\rÍru dê' que 1>rendem aos bichos, e. quem era $eu filho se chocara o ovo n ão sentir em si essas forças. de on<le salri{. que outro. ~flmea. não compreend~á jama!s; in&tlntfv:i,mente boêmia 1lµStú-l'\l. q uem as sentu:, d ispensa ex- r~ a;;s se'us? Talvez a té se ta,n– plicações. Imaginemos, a pe- tas ldéil!s cabem em ' t ão pe– nas. que ao amor aos bichos quene. ça.beça, 1,11~ oi:tu).hagge da.– se· j unte o desencan-to dos ho- quele fl!h.o tão grande d& ne~ .mens 1 não r ar o. beln menos gra.3 penas brilh~.ntes . ' As ve– s ensivei_;, · do que cães e gatos: zes o cor~jo se fecha co1X1. um e veremos nessa distribuição :l'ill).ote de tico.tt ◊-(), só .diçeren. n ot urna de r ações aos nos'sos te da mãe p'or pos!l'úir cauda, ,irmãos de cauda, não apena·s mas quem gáb.hn , prime l.t'o_ os ~ a-to. co,r dial e úm ato peé. boca-dos' é sempre o-pãssa.-ro-pre. talmeõte gatos, no estilo cau~ per ança de .enc.ontiar-em mint fe 1 oso com que s.a aviµnham algo de novo ln.e -1i:lqu.i~ta úro · d 'h montenLo, raz-me :Pªll)itar qe na sertêdade os .o, oS" ,uma breve espera·n,ea. Mas, mêléa de mikl e.t d' aiate, ' fógo, . olh-ando,me bem. V('-jo. como dízia ·o iPOeta -, na, ele- .,,· r!!! a ' N me ~o va:ti() como !ie;rtlpi:e, g~t).~.i,â. Pàt~al ~ 111 <iue· · ~.i,. .. (E$p~al par-a a FO.ldÍA DO. .. O.D.TE} sell.'). ,ne11hum fruto novo, setn P.t>rtam, inspecionar.o o. i,.m• ,, • , Jlàda a dizer e &ferecér dcé bien~ ·e ·.se qeêi<lem a comer . -No poiso das-·-tormentas '· gr..mde e forte. , ~tãl)' comendo. As plantas. . " !lo jardim. que é moderno .e cher arei ainda que tarde ~ ' Releio, por ac!l!IO, meus ivers<l\S d e adolescente. Sur– preendD-me da imaginàção que me sei•vja; enterneço~me diante d a triinµ a própria candur-a. "Não quero mais o Brasil, ri~m geogra,.µa" - es· crevia eu 'no "Confó Brasi. dl :éi.ro ' ' , tn.e\l _.p ri~ -elro. pí()em11, · l'o ;iu.blica.do . ~ i~conh,eç-o. n 12SS1.-"l itiici-a1 tentativa poetica, di'S. íf-01'ri'íé, é sem b ·e l ~ z· a , .ú:m fundo. de imagtnaçã.o, ·· lllin.a mo.vimenta.ção, uma co 4 l-. ~ a-agem, um ~bandono, uma fo_ ·me "de verdad·e. l.':'SO ine -ror · na me)$.nc6Uco, porque hoje 1 (ÇóJ:1tinu.a na 2." pág.) º Não se ; ode ignorai:, nés– 'tes· últimos '.tempos. • o ,i,nter~s, se·- ~ntep.so pr ovocad0- no Jnún– d'o int'eíi:o pela poesia lírica alemã. O r oma nce não é, co– mo se sabe, o lado m_?i~ for– te da lite1·atura alema; tam– pouco •q t.é~tro. quase. il;~eíra– ,nente 1nsp1riido em ideias e r ealizado em estilõ <lo s!ieulo p assado. Restarrt;,a novela cur– ta e a poe,sía lírica. tlois gê- . ' . ,. .;. , neros alins da muslca. que e, esta sim, a e:rj:lressão tipi cá da alma alemã. Aí. o intei:ês– se é geral e: just'ificado. Na França. os poétas líricos Go2- tb.e e Hei ne e o novelista Hof– :rmann sen1pre !oram trata– dos como de casa. Na Françp saira11), nós últ imo~ 2? ano~, .!ls melhores monografias so– . b r ~ poetas e ,escritoi-es ale- mães, m·elhores de que na !}'.)rópriâ Aiemahha. Mas agora bá mais. O magnífico· livro· de '.Albert Bfgui.n sobte o papel do sonho na criação lite1·;írla– -,:evelou a()s franéeses o ver– dadeiro romantisn10 a1em?.o, e d e Nov:aHs e Bretano, ·de ta,nta ~f:µ;i:-idade íntíma C011t a mo~ derníssima poesia fi-ancesa ( dai, Nerval <;1cupa hoje n,ui• lo mais â ' critica viv;;i. do qW– Victor Hugo). Depois, Jou_vet t raduziu as "poesias de lou– cu.ra" de Roeldel'lin - e ill o fenômeno revela sua n-a'lq– reza uuiversal. A poesia (}e Hoeldétlin. atê -bá pouco dé"s-·· COJ1$iderá'.da pelos própriQ,s q.– !emãé$, existe hoje e'fu. tra– d uções espinhola (po;r Cer– ni.leia> , itália-na (por Bianch'i) e ·russ;.1 (por Bori's .Pa,ster• !llak). :OuFítnte é';s ànos·de guer- não compôrta :l;lo.res, 1-nas ape- . ' ·. , ~!IS folh~gens . e:'~ çlem o.e sol.uçando n·cm jorro de lu'..': vinte vezes, 'no maxiino, a es• . • d t · _. · tatura tios felinos. Mcsrao as~ COffiO tncan escen e imagem sim, hã? de considen-Ias ár- do fundo marítimo ao branco vor es gigantescas, à · s ombra · , das quais se_ acolhem e se p ~O• livor, pintà1.gando o aztll tegem das incertezas d a v ida · f. • i f " • 1 civilizada. Porque êstes gat~s -Sem . lffi;- fl. lUltO azu , COD'.,l estão na. selva. embora ·ª selv:a a minha sombr a t.un astrolábio se local:u:e na Esplan;lda d.o . • , CastelQ. ;Não pertencem· a n~- na mão a inserir-me aci:rna nhum dono. e ,foram (os prr- •' , . • mit~IIOS ,incorpor adores do do eqrunoc10, eu em mim, ban<io pelo menos) E:X_pulsos no teto das coisas não <:!Onh:tdas-, d e alguma casa das v12anhan- ~ • I ças. Não perderam de todo a domest icidade, mas de1·am um salto par a trás. .no ca1ninho da . . , FERNANDO FERREIRA DE LOANDA '\ 1',ico, mas inclusive um protes- to. Para que ernprest:i.r àt1 aves ' to irônico e frànciscano con- sentimentos buma-:t1os1 C~~a-, tra a linha habitual d e condu- ni.etite o outr:i sa.i. menos e me– ta dêsse pretensioso anímal nos come Pi>r se:r ma'1s f;;aco, sem rabo, q ue é o homem, (Continua. 11a 2.~ pág;) selvageria:, 0 homem abando- -------- - ---------------------- .----------- - - - - --- - - --- - """'-·--- ra. e - depois sairai:n -nadá me• Goethe, a maior par-te quase. a forismo de Nietzsehe; l~m-- nos do. que 7 traduções in- sªo assim. Pouco. antes de b ra'ndo os perigos emociona.is glesas· das poesias de Hoel. A p •· D v • d qoetpe, o infatigável rimador qué se escon_dem na , efusão derlin; e ntre os tradutores . oes1a 0$ enci OS Matthias Cla11dius, poeta m.e- musical; ma's a .afinidade in- aparecem nomes como Ste- · . . . díocre, deveu àquela forma dissolúvél entre a p-oesja li· plien Spender e I>avid Gas- 1 ,algumas rat'3$ inspirações de i.,ica e a música d'os alen1ães coyne. As t1·adµ.ções de RiH~e. valor goethiano, como por é um fato . ent ão, inglesas e outras, sao OTTO MARIA CARPEAUX e~empJo o pequeníssimo e Contu-do, existe a outra qµase inutne:i:;:tveis. J.VIas o in- pr.ofundíssimo diálogo lírico tradição, a dos clássicistas terêsse elo m,.undo pelo as'sU).'l.- (Copy1·ight E .S ,I . com oxclnsividade· para- "A :rvtorte e a , Mo~a", que for- que· cónstroern os seui, poe• to não se limi-ta a êste oü 0 11~ 11, FOLHA DO NORTE, neste Estado). neceu a letra ,::,ara o conheci- -más de maneita rigorosatfiel'l.• tro gênio. O jng~ês A. Closs do "lie(l" de Sqhubett (.e este te arquitetônica. A1 apí:irece1n escreveu um excelente livro pobrece.ria de ;maneira insu- "lieds'( de FJ:eine e Len-au; e lie_d-, pót sua vez, o , temà pa- os grandes artistas, c:i G~the sobre "0 genro da poesia lí- portável se não ,houvesse .a é ;preciso dizer que êstes úl-- rà o segundo rnovh:nento do das elegias, H;oelcleriin. o ·.su– rica alemã, seus valores to.e- música alemã; e a poe'>i.a ti.mos são os melhores do que quarteto met;1fisico> ''Morte içó Co'n'rad Fel1din~nd M'é.Y• mais e metafísicos" . Relem alemã. A Eul'opa não pode no· original nas .traduções na::; e Moça") . Esta, poesia trans- er, Geor,ge. Rilke. Em gerál, M. Mu:stard estudou em liví:o vivet sem. ·os alemães nein quais se ainenizam as ' trivia- foi:mou-se, tõdll,, em n 'túsí.ca são ppetás de .inspir.ai; ão V-lo– recerite um assunto tão espe- com ele;;. ?-{o texreno da poe- lidades da etnoção i-omãnticn tdir-se-ia em música nern,é- ~ófica. Mas a'í, ~m:bém, ·o cá/JS c.ial corno os ciclos d e poe- sia começà1n as tentativas de e desaparecem as falhas (às tica) nos . versos ao. 'pôéta ro- emocional esconde-se. ,no fun– sias th-icas, 1iga'das por úm reíntegi:-á-los . vêzes g1:qsseiras) da língua- mã.ntioo B.r.entano. No f im cto d~me.nto das <1r1.tuit"eturas 110• fundo hart_ativo - gênero Se a póesia alen1ã. fôsse a- getn 'poéti:cà. Doutro ládo, século XcU,t. ós it,rancte~ poé'.. éticas. liõeJ'.de.rlin uão c-011- mui·to pa1·ticµlar da poesia quilo qµe se acpresenta corno co11hece.m-se. recentemente, tas Lilienét·o:n e D.eb (nel coti~ seguiti cQnju.rá-lo. aÍi/i!sar da ale1nã. No "P-oetcy quavtér• tal tios manuais, mal va- Roelderlin, R.Uke e um póuco. t inua1;{lm: a t:radí~sº i. Bi:aqms p.afurez_a ~.eg'ii da -s,1a ar.te. ly'', uma das mais nobres ' ré- 1ei:ia a pená. Eles são os de (!¾-~orge. Mas isso já b,as~à !;! _ Rícard Strau~s puseram- ~ilke fugiu do -perigo. ll-m..i~ vistas i og1esas, enco1ftFa-se responsáveis por certas e- :para se estabelecer un1;1 dis~ lfles er:n músicas as poesias. 1;tn<lo--sé pelas.. foz-rnas inctts:. com. ftequ~ncia o norne · do nis,sões; a poesia lírica_ de tinç~o pr~liminar: Heine e Hoje e1n dia, H~r.man:rr J·fe.sse· $Dlúveis do s(>net o, e ctu poeta <i!USt.Placo 'I'rakl, ainda Goethe, que é a parte central Lenau, de um lado: do outro. ~-. como p()ê,ta Lít'ico, o últi~10 "Dinggerli,chf'. :P p;;óprio Go– náo devidameilte apreciado da sua Obra, s-emJ?re foi me• lado, Iioeld.erliii e RUke. Sãó epígono daqueles grándes. ethe nunca élissj1tntlóu a p.te– na Alemanha. E agora. Closs nos conh,ecida e estudada do d-0is e~Lilos poéticos inteir-a- ).'ll'as epígono.s da mesma tta- s-ença do Demônio até na e JM'.áinland d,edica:ram run vo- que as pbras c;iue dão opor.- mente opostós, irreconc.Hiá- diçã o 1á ic,j-am Héine e "Le- parte. ollro:picaurei'l-te _sa1;en~ lume de. tril'êluções ao hort o tunidade para, comeiltâi:ios de veis. A di$tinção dêsses doj.s ,nat1, . ma.is :f:u:.iln1ente t-ràduz:i- da, sua 0bta. :\\>Ia$ •1~\'loS> ~~.t maj.s. misterioso e· ~enos ;I'l.atúi-eza õiôgi:áfica e filos6- estilos é o filo dec,''.A:tiana pelo vew do ·-que os · ôíitJ'OS, íaw- "é:Iassicps'' paiip:,1in · pela all! acessísvel da poesm lb:i'ca: a fica; e quem já sabe que· labí.1:into -de.~conh~iâó, dàc po• b~m. mai~ fàcjlme:\'[te, eon;ip,o- _qa.,it~tq,ra Jrerd~ndo' a música barroca do· século XVII. -Niet.z$i)Jle,, o g11an~issin1ó l;)rO• esja Iít·icí!, alewã. . ·ntve,s; ()$ , seus versos quase .iP-J~tiôr; l~~i"fh,U:n de-lés ~n- o fenôn-,eno· nãQ d'"eixà de- saão1· de ''âuro)·a" e . '~Gaya As dua's - ten cfências'· apre~ não se pot:U:?in. leml;i.rar sem C'Pll~rou com1'.fOSl'tor-elf. Goe- surpreender. Seria a famosa Scjenzia" e detestável 1,;-psa- sentam-se .muito· l'naréá~às. A oco.rter à g~n~e, ,ao m~$mo the, que p-ertetiet, tí.niv el'S(l l– "v' i.11.ga \lGª dos Vef\Cicios'', in.i- dor pseu:do-lú-iéo do "Zara- pv.ir: _neira é a do ")ied", ini- teri)po, as melodias de Scb'.l.- meJ1.te, às ,duas tra.t,li,ções ~ pondo sua lei (pero menos a thustra", foi um grande póe- cíalmente de í1.1.s.pú :aC?O fol• bert e . :S~huma,tfri. o lugar p,ostas da po.e~ia lírica ale– e~irituál) aos venee.dores'l ~a lírico~ Da poesia bartoca, clóriea, D}aS depois cfíegando que Heihe e · Lenau ocupam mã, ner-,.1 entendé-11 r1e .músi– Ou então, seria mais um as • objeto de rl:livac internacional ;i condensar o maximum de n'a literatura univ,ersal, cabe- ca. peeto do "p roblema aler; rt.ão" , dos - p,rofessores, l'lem se fa'1a. f#ltotã,o poétieJl mo · é~J?ª/;? ria ~om xnais l·a.zão· aos seLts A consciência cl,,ar.a e lú– d:a presença na ~º12ª d.e Mas piores do (llte as om'i.s• í.'úmimo <'las (lµas, 'l?Ú t r ês é§'- , \)l"e_Ç'ursoxes: E~c1iéPdorff, tã,o i:id.a dessas sifun:;;õe.s dem;er– uma àltnà Cápaz de untr às sões sij.p as n :reietên.ci.as ; A· tr ofe~ de que s~ compõe o 1ntupántente 11ga:-do li_ musi- tóu em Nietzsche, ,pe,rs<ma!i– emoc'ões e idéias m.ii) / PJ"O• filru.j:l, o que .se c;o;n\lece, no "1ied' ca:nt~vel, elevandQ-)e êa . (!e Schttniann, !.) ~oerí}<e, adade colo~da na fyo,ntei1•a i'unàas o t1L.ilitari,smo m-.w; éí- mundo. da l)OCSiá lírica ~le~ dêste 1nodo a simpJ,es Jorma a_goi;_~ jã ,i'qte1·nac~E1rialtnÉ!l'lte. p~rigos~ entre as· d&~s raiz~ nico e ;i })ru;ta:lidad@ I.Yli\is m_ã? Dê. utn la<ld, além de p9-pular ~ d.iJtb.ili~<te d;i graa- conhecido pe,la música de ela ciiilização alem~; entre é etuoI? Mnal, o lnl+UdO cms poUcaiS poesias de G-oethe, o:, de peesi'a, Mitíta"$ poesias de Hug~ ·W◊ll. E' eofil\ecido o (cContj.nu,a- ~ 2.à pá$,)

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