Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

, -..----- FOLHA 00 NOltTE . • ' BELO .HORlZONTE - Enteiíd~..se. a lógica do pen.. sam~nto malrauxíano quando sé a~ri4 :i:iái:a-·a súa ·conêepâ. ção "do n oín'em. l.\1àlfaúx- 'não é. d eterminista, mas fatali~– ta. . ~ tudo o que é seu há un o· e - (] raux FRANCISCO IGLÉSIAS rvislu1nbre de_ dés tino. ,Sua v·ros çl~ Malraux, senão ro. ~oncepção do murido tem maiices de um revolucieí1ã'ti~ inuit-o de oriental, t anto místico, um místico da açãó. quanto é p_os~ível a um lio. do movim~nto? O · último li.. roem do ocide-nte ser orien- .vrQ, ~stã, ' poi~, pef;f~itâm:ente. ,tal. · Ele. só V:ê o homen,i.· su,. den'tr() 'de sua linha. (Copy right . E . S. I ; .a.. Exclusividade. para · a FOL-UA ~ó N,ORTE, neste Estado) . ., ~eito a forças invencíveis e _ Parece par~\ioxo 'falar erh. adiantá dar gritos nem lan.– :desconhecidas '. Clima de fa. mística ~a aÇ'_ão num a-µtor çar maldições: nenhum deus 'tàlicl.'ade, a tragéd1a atií1ge o al!resentaéio como fatiilista'. f!e dfver~e· com . o es!)etác'ij,lo imáxl.1no pela_ falta- de crén- Ê que a fàt;ilidád,e não é . a. t ão des.int;e,ressante. não há _ça cn1. Peus. Há o homem . 6eità, mas iecônheci_da. Pa., quem poS\98. -ser responsabi_ 5Ubihetido e não há i ei-s, não radoxàlmente, ó místico_ do lizado, Reiita. ao -hómem o há "o1,dem. Que fqrças acór. destino ~ também o mJstiço desespero na solidão irre_ !Z"enta1n Prometeµ_J .S~o foi:. <ia ~ção. Ele "ág~ como uiµ mêdiável QUe tein de fato ças ceir¾s, , é senhmei:ito de _ 1>,rotésto, emll> o.ra .. ci:enfie de . força e nãG se àcomódà, pro. conft~~ao que se d~sP.ree.nde .que·· o esf()_r.çó ~ i!'!t\-til. . . Os ,. cura vencer peJ;á afirmação d a vioa. de , seus._person.agens, 5,'e!ls, ,Mrçis, vor. .ll:lais.J:iue, se ex.ai' tadà de af mesmo. Se. o à. . ~-~1.p,a de U~a _lU?,, de - agit~m, aS!il;iam ~e.~ .a . Jn~.- hoµrj:!m é lím.jtado por sµa uma certeza;; O homem_~at-a- nor c,rteza. A un1c,a v1t9r1~ própria condição O unico ·pro_ itizado. se:n crença em â-1r1.!1- : para, .'~l~s é_ a i_g,éi~ de .fl'!é ~,~- f;êst~ possível !l_o~siâte ri~ · in. d~d~,.s- a.tira-se com . aluc1n~.., »,el~_ra,!n co,_ntra ,O.\>_ P!"OJ>ri~s. vestida a1ucina,qa .~ n tra os Ç.\G, t entand~ enco_ntr!'r - na -l1qi1tes,. , o -· lí.,,OP)tni. ., é ser ll- Iimltes q,ué. o tolhem. Só. 12é– ~ye1;1t_ura0 e risco_~ -- ~Ot\vo qu~ m1t~d?, de_teqn~ni1;\io· por sua lo d-~s~f10. à v_ida ele cons,e_ 11ust~1qtr_ a ex!stenc1a,.. )~:ai própria cond1çao; quanPo é gae v1tór1a. consegue af1r. p ~ss:a~en~. de b~;eza ,terr~v~L inecfi.ocre ele- .se . idapt~ _sa- mar.:_s~ · Hyre. Aí a origem :SClbr~,uq?- em , i'; . sondiçao tisfeítQ com o, qu,e é. Se a dá exalt.ação em todos '. os ih~~ar~á 0 d~"_destru1ça_o . d-~.s condição o rev,oJt~. o des-•.s. p ~rsónagens de l'y!alraux, à c ~enç3:-s 1'-~i.,rosa~.· ociéi.nt_a,s pera. d;eve proc-urar yence... vida, em pei;manente tensão: ou Qt:~nta1s; _ CJµJ i,u,as espe_ Ja. O pr.ô.t és,to,~d~. su., ii.çãc,. é em ·verilade-ira. f~bre ·que é · ;ran!!.aS e 1,'eC-Omper:is:a:s , ~ tantó. . mais dóloroso por. nã:q uma, ~spécje de loucura que ~o~_em 9-;a:ct,a. po.de :esperar se diliiglr a · nindtiétri. N~o c,'>'nduz aos he'l'otsmos. Desa_ ;porqíl_e e sozi nho, E a ·uma · - · afirm·ação exasperada do hu- • pareçe- o nomem comum, ó ser simples élá lugar à uma super. humanidade . ' em que tudo é ano:rmàl, é ,perigoso. Os heróis de Malrau:ic mui– tas v-ezes lembram pel'.sona._ gen s .de Dostoievski , sobretu_ do Kiri}ov. Afinal. a 0<:rté– z~ d~ i-qütílidad,e de_ tudo, .ao ct>ntrâr!fo de braço cpuza. do, _pode condU-zir à lUta_ os seres .g:ue não ~ confol'.niatp ném c·om as certezas neg.ati:. vás qli;4 t;êm. . . ~ mistica da fatalidade e a _místJ,ca da _aç'ã.o - •E:!11 M~r– raux uma só, como vimos - po'cleni -s·er evid;enciadas em três formas: ·o ·amo;: (ou me_ Ihor, o erotismo) a morte e _ a r e,volução. São três :formas e111 que o homem i;!(:!Cle fa7:er sentir o. seu ?JOtestQ, a,fir.~ mando-se ass~m como a1_ guérn. Vejamos como o ro_ • mancista faz a colocação das duas primeiras. . O amor tein em Maltaux u rna d.e _ suas conc?jtuç\ções mais justa,s e· belas: ft -a .únj.. c a f_orma po!lsível . de dois s e r e s. humanos, ·se comutifcarem- Sõ pelo amór se p éde realiz~t a forma -stipremà qo conheci. m~rito, g_ue é a que nos' per. mite salvar ó próximo, pro– po"têion ando-1he ó .enconµ-o <le sJvmesmo. O ampr é muL to ll),,~is do que a s.oHdariedâ– _de., t,ots é a c9n fusão i;le du~,s -vidas que . passa-m a se -sentir da mesma forma diap.te _go mundo: c0:mo uma r,ealiãade tó~ CuJX1plieiãade é~ o t,ermo ex.ato, empµgStdo no eas·o d e Kyo- e May.. . li: o a.mor com e~l tá:ção, n:fomenfo de. ple– nitúde . tens~o da . persona1l– dade t_oda ., Só esses instantes em que tod.o. , o se:r. vibra.,..j us– tifjca.m a vi-9a . . Trata~~!! da âmor sem . qualquer e;:ih,av,:e ,, ~eni as nQrm_as <:onv,e 1 t,i(!\otraia, 'e'll+ .• sua r ,~hzaça.(I plena _'. ô.e possê. A incapaéidatle af. é. ' 3 ª P" • - -, · • agma o maior s_1na1 ae morte, a mater ele totlas as éiépr-essôea par~ ,o ~g~~-~- L emb~e-;,e d'a . pa~agem .. A , est~a4a -real''., onõ~ ~e vê- o caso, d,e PerR;en, o ·homem 1"-?dUzido as foTmas ·mais ;;obscuras e p,ri– mitivas, o-U as próprias pa. lavras de 'Malraux em uma conversa com Jµlien Green, .narr_ada por este em seu •~Jou1aíal" (1.11 volume, pg-, 23, . , '.É interes,sante que M,aJ.xaux te.n'lia . muitô a dat.,-de suges,_ tão· nilm- ~studo sobre o a. mor; e raramente coloque o amor em suas "páginas-. Na · verdade só em ''A condição humana 1 ' e _"O ten:1po do de~. pre-z_o" o ai:nor aparece; a p aili;ão de Kyo e ,May, tan_ tástiéa e n1ór biéijl•· - uma das .crr½ões- mâximá$· do;,, r-omán– cista - e o 'fdí1io eufórico e dQfQróso de Kassner , e Ana, No mais, ~~ó hã amor pro_ priatriente, m~ s~nsaçôe~ e_ r óticas. Não há nunca - Ut:na oot11ega, um momento de · pa_z: - ti,.do é désejo de. sensaçõE"s, -0~ .delírjos. • Os.- próprio!õ c_asolt citado,; não fogeui de todo à re.gra. - J> , m-ano; çl'o terren__o . .Nada _de divfnda;des; - o~ hom~m- é só ê ele .me:.mo se bast a. Se não b as&ar, t~,nt 0 'Qior.: "é pr.ecise> que , o sii.ngue cara sobre os 1 h9mens .e ·gu· 2 fiq:ue· n ~Jes" . 9s â ~safios fão grito~ de de~ sesp,ez:o e· vem do -tµ_ais pro. • POÊMAS EM PROSA DE · BAUDELAIRE , Ma-lri\ux está entre os au~ tores de clima erôUco m~,: s intenso. Foi o -s'ensualis.ráo or.ieh.W, _pol' certo, . i,> que mais o atraiu no oi;1ente nu: ma te.ntativa tle ap:roxiniaçüo ma~ot de novas formas -de v.i_ talidade . E!1n todos cís se.1.1.s escritas- - ro.ma, nces ou en– s aios - essa ·é a nota m~is evidente . .Entre os . poueoir fuhq_o . A faltá de cre;nças d:i Um pot to é ~a a ne>ta máxima de dram,tici:. estância encant_adora P');t:ª d-àd·é aos s r re's que exclamam a ,almi'li, faiig.ada _pel11-s lu~a• como Tchên que, "quando se da vida, A an:i,pl1lude d~ c~u, v iv~ coin.o nós; é p1·ec:iso ter a m-0,bil arqutte~~n:a da_~ .i:i-u.. uma certe&a 1 '. N,ão há a cer_ vens, llS .çolota_ç{?es :. ç_a._pb1an– lteza. é o l;tow•iri não tem a t~s do mar, a çint1laçao_ dos . cip'l'agem ·dê prO"cuziat a paz- fa.rôis. conslituem, vro pr-1sma ~ .morte-. F <Jlta_llíe, como d uadn a d.iz KY<>. _ o _senso do "hata- singul.artneJJte .. a, ~-q • · r • . recrea•r os ..olhos, ~em nunca k iri". O sui<:idio. aliás,, é te_ os· -erite<,iiar . . A 'i!- ,formi3S e~- n1a bastant" frequente i? sem_ . • · d compll ;pf e cerc~db de res,peitp na beltas dos nav19s_. e . - obra de ~alr'àux. Para fie a . cá-das en:kárcias, aos g~a 1~ 3 -vida é absurda, de sentido maret~ - impi·ime osc;laçoes harmoni-osas. servem de en– Ui.ni:-::leligível. "Não ·há confie- tret~r na alma . 0 gosto, p.o -~inte nto· dos se1 1 es", diz Gi_ ri t,m .. 0 _ e d.a beleza. _E, sobt_e- 11ors, -r, velho ·pr.ofessôr de é ,,. 1a ·:tito;;ofia de "A c(?nd:,lcão htl. tudo, há Ulll:à\ esp c_ 1 e _'sle,_J_:>_ .-.-– ' m .a~il'"'_ :A ess,e rê sµE>ito ·as zer -mister,ióso e a);'1st~'?r«h9_,.o. - · 1 • · • têm· par a aqu~l~ a que!? Ja .n~o con,;i ,pçoes" ma rauxianas, -resta cur .. iosi.dade_. nem " ·m_Q._ 1. ::t.r·a'/:~ C:otntrns CO'!Yl as ee'fen- •,-e,<; cfid-sct p, fos e-:xistene.ialistas; çãó -em conternP,l-ar,· 0 esqu~c 1- . d dament;; reclinado no mµ-a - Tradução de ·.Au:rélio Buarque de Hollanda (Copyright-E. S . I ._ ~ Excl,usividade para a FOLHA DO N·ORTE, n es!e Estado). ainda além . da. yida, se .é possível;" v;imos viver no po– lo . t'á, o Sol 11-penas ro,ca .d.e tr,avE:s a T.e.rr.a, e as .l:_entall alté1.;nàtiv:_as ({a Iuz _e da_noi_ te supr.huern. a vaT,i~dade e aum'.en.fani a .r,n9,notolli$\, ~ -– sa m etad'e' do n~âa, La,.,.. po– deret:p.os tqmar longos ba-nhps ~ e trevas. enquanto. para nos_ div~rtir, !1,S _ aur(>'ras bo_ reats n os e riv1arao de quan_ do e1ri quando os seua fei– xes róseos, cómo . re'tl'exos. de U'!R togo de' ãrtificio · dó ln.. ferno! · ~ Por fitn, minhà- alma expande, e i;àbiame,nte grlt!f: - "S.efa onde for! • se me -ouVINDO ALBE'RT CAMUS muJ<,as idéias encontra · as a·,o·u·ro. ou de.bru,;à<l,o soq,re., o 1110s s!>.Us r omances ·ser.iá1n _,_ (Conclusão dà últ. página ) · · · · · quebra-mar. todos QS , ,.9vi- ~- , · · ,psf?rn1!tdas ~a:s _ lar.de em tnõ·nto~. ,dos q\,le'• p.artem e_ dos • . -.. • · li\; · nde ~ d bl" o d "'" • ., - "D 1 ar um movi que n-o Brasil tudo .rar1am, os ·. -_ir,, e ex1 ,a e e:.- 0- \te · vol_ta-, dos'' que a1'ri:d.a evemos apo ., ~ - t .,. .Ci>la fll_osófica. A.í ·Está Ull'.l '" - m ,flJ.te , não p◊r u_m governo por 1he dar e~sa opo~ uniull,- dos . :motivos, e-i1tre muitos têm a,. força d,e quei:er , · º ' ª~- ir.undial ·mas· p· o_r un1 "p·a.rla. de, Quando ia - . reti~aJ-me, · s·e·1·0 ' de viag_ens e de fique- 1 d' "F L 1·- lh 1 vre e outro.E-, que f~zem ·a atuaiiqa_ .meiito mundial", única·, ins- e e \sse: a e - · e 1 . de ce 1',I!\lrau:x e o seu pres - zas · tituição capa.z de vencer o desprieocupa-dàinente, e O m tígw .én1r.é as corren t~s mais ANN WHER)i: OU'!' OF iocqlis·mo nacional e ~riar tôda a frl!nq\ieza. Veja dai rmoâern- s d.é lit<i'ra tura é;ia TllE \VQltLD i:.s bi-ses de um Fe:dera_lismo o que p.ode aproveit•ar" • Fril'nç~. . inundial que será a ' ma_i,s PC,,- - A fdéi-a "dé fa talidac)~ p·ode fora- déi•osâ antítese aos governos ,ll'es\l..mir o m:un<?õ de ~at_ lraux: (Onae qudeo:r· mquu~a!l)·a - oú a i.Jm govérno único to. ~ssinaJe.,se• o· seu M1 eresse· . . . talitár~o". Quase ao terminar o nosso J:)ermanente pelo 'htunano. encontro o n ouié de M~lraux Tal intei:ess~ le-va à procura Esta y,ida é um ho.s.P,ital F j·el. à sua teo1·ia . de r eun'ir surge. Contei-lhe, então, o <fe ,norinas de compoí-tan:ientb. ond 0 cada do.énte vive ansi~~ ' os hómens capazes de opô- qúe aquêle· •me havia dito e T · • 1 1 .- bl so p_or · mudar de leito. E~te r em "valores exü nj>lares" a · im:pressão qüe tiv_e_ra. ....ns,a a-s.~ ogo O pro · ema Aes.e 1 ·ar:..,, ~oerer dia11•e- da aos "valo·re·s de• "'ote' ncia", à " ·-~tieo- co1no ·o de- malól\ iin- ~ •~ ~ ' • "' Qua,ndo me referi · conv1cç.,_o -õoitâ'licia; E ntretanto, .n-ão se lareira: aquele pensa_ oue se êle me repete sua. analogi,a de Malraux. ele que "on. v a .po-de d~z.e'r d.e. ,ivra1raus'C , co_ éurari-a sentado à jan~la. hiatorica éo1n o mundo 11nti_ se ·batt're", ·Camus observou: mo. ' de irt"l'.imeros tomanc isías Tenho ·a impressão de ,q_ue ·g o. , "Houvé n~ antig:t!id;ide "Il . aime ç.a". E depois €xpli- ~anc·ese'!:t, que suà- 'ebra ·e d.e es-ta·ria, sempre bem lá onâe classica um · movim'én·to se_ ca: ' '.Maltaux nutre por · De iro;ol.'alista;, _'A. · pr_·-çicupaÇ,ã~ não -estó~. ~ este oroblema .d~ m eihante ao qué -proponho e Gaulle profunda adínir.ação étiéa 'levo~- º à po.h~ica e fo1 ·mu.danç a é um. dos q,u-e • eu qtú( s_ervlu ·rnesmo de '_'\;ei~u- e crê· que O G eneTal di;sem_ e. otigem de ' lutas· interiores, discuto · ilices.s«.nten1e11te com _ lo a passagem çl'a crv1l!za_ p ~nhará um gra-nde papel, éom 'o ,clioque forca.do entre minh~ alma. _ ção antiga ·á,o . mundo cris_ não someote na França co_ as ' tendências . í-nd1viduais e - Dize_me ó minha altn9.. _tão. São as . sociedad;~~ qos· mo na--Eaiiopait. - Biante d~ -es exigências d.a col~tivid.a- l)Obr-e-·álm,a ---'arrefecida. gos- ·estóíéos, agrupamentos de~ mirtha surprêsa, afir-ma: de. o choque tei:rfvel .e ine_ t arías de habitar· L isboa? · Lã carater int'éinácional tanto- "Êle está errado. Mas eu vitã::v%~s,eri.a a · f,õnt~ de· cQn- oeve .f.á_'?)er caior, e,,tu te _i-e- quanto !>()Ss-ív-el naqueles- copti.iluo a manter pot êle . ,\tiad[§o«:s., e_ busca i n_ce,'ssa?ite . f, estelar.ia :; como llrY)- la_!!arto. tempos, .mas constitu~dos tô.cí :a a .mfnria estima mo– -~e- eql\ib):)r~o- de seu~ heró1.s , É -um!\, ci dade . à _ beira. . d_a á- fora· dos qúad'ros. do · Esta- ral". Ao diz·t r-lhe de· minh.a ô.ando a, nota de t fn§ão e h.e- , :1t11J:; P!Zem s~r c,otj~tru.: d,-a .de do. Assim também; é urha. stJ.spe_ità d-e tod.~ movimento sitaçãó •às · págiilas' ~ •Os . ro:. _l\1a tm.ore, e qµe ss-1 p_oyo socied'ade de . ind_iviçluos, , por cons.titllfdo -em tor no d.e um :ma:ncês. ,Nã 9 se po'tlé dizer, odet~ tanto o vegetal ,_. que ci1na das ,,fronteiras, o que grande homen 1 _de um -~àn-ipouco, gue .à sua' obra sé.- ~~raii?a . t,c:,d_a~ as .· árv9r~~ . _l)ropo·nho. Esta : é a P,rimeira lider., retruca: ".if. que você ~a ·a de',uní político, ·coroo se Eis: 3-l· UJ;l\a_ p~µa_g~m. *~onfQr;,-_ das tarefas. :E.stamos' num é um de1noctata incorrigí_ d iz de romancis tas sov.:é.lico,s ,u"e• • o, t.~u 'Rosto; ~ p,ª1sagem " fourhane• . histórico, e ·o fi. vel, como eu". 'QU- , nór tê _americ,ánÓs. Em_ _i git~ $9~ ~ luz _e_ o #miper.al , n~f S:érá U~t- !)-óVa civi11za.. • • -•- • . .bQra. o przocupe -p:redominap- _e n J_1_Qu_1él,.o para_ Fefl~t!-\o.s!_ ç ao ou a -mor e .• . )fy.emê-1.<te o prpt>, lê.ma dá con- . !l-1:_tnh;~ itl;ma.• ~ª-º re.sppn.de' .~ A _pale$tfi esta.va finda. O _ ·,yjvênçiâ, _aete;dita~os ~er-- o _ ~ iv;i~.to. que es tao an;nKa .. e~_.,dire_tor Ô.-~ C!>m~~ - já J.11- Ao , transcrev€r para o p,i- !Pi·~J::il ema ine'tafÍ$1Co a sua. do r$lP01,1.$Q. C,0_11) o. esp~t,áçu,lo . tra{?~S.SOU O ca.mpo s~ , di1?- ' pel as suas palavras, a, i ilia_ : rnitis sérià. preÓGU.Pllç_ão e 'd?, IDO·V'1r,enl9. q__u~res vi r., _ha- CJ;l~~ªº a)?s~r~~a. Te,nüp d6fr_ gem. de Gide -e a de lvlalra,u~ ·ronstanie . ..Pode par~cer ,unra b 1tar _a. Ilol;,.n4a, iess11 terra ae n 1qo e ~ellmtpj<dO 2 . terre9,o_ me, aparecem, a ;:eu ,. _lade; s ingulal'içláde sua·· eni âuéríi. 'J>em- a,v entur.ança? Créi'o ,Que . e o.s !)bJ~tivo-s ~_a açao_ r~- _ como numa coinpa.ra ,ção. Se ' foi . n-íiiitaríte' de vários ~ tno_ . t~ d iv~rtir᧠ness.íl região , formad.ora. _ quê - .propU5""4. . em. Qide o artista é, .ao- fim v im e n t ,ó s revoluciónájios, çuj_a if12agem, ta.nt.is vezes ~r:p. P,.lano:s-., ~on◊retos -a ._r,ea__ do d~bate consigo • J;?róprio, m á~ !> _f,ató é' Qllf ele é muito _ _adrpu:a.ste. no~ m~,:.us . Que . hzar. ;,; O J:J,e~~tente : nac~!)tl~l guem vence, r.es.erv.ando, rna;1ii um hom,~m qqe se oc~- ,pensa,r)as . d~ Ro_t.er!lao, 6 tu...., , fra!'.}C~s amplia _ Ojl seus ho11- ciumentam(!i:ite, a su,a liber- . ;pa com ç; d.e~lilno, com /l or:1- que ,amp.s .as. flores.tas de ,zo11tes,. -~x;,a, J!-?J.l~f~f mar,:.se da,qe- él;e cr.iàr, Usanqo_a. :po.r 1 geip., -a: natµrez~ e 11, fin-ilid_a _ z;nas_tr os J; _os na:v1os . atraca_ n~ -~ ei iste11te- :: 1nte;-nac19_ si..- livrei:p~l!te, con;io em d.e :9a :vid~ q\l,~ c.om ·ª ·~d is.Po.- ~ªº"' _ao pé c:las casas?. ?al.- Fala~~ ef\Jao_ do pro- L'bnm,or.alisfê, l!m ?4a}I'íl.l\:ii; :si.çao, ~tet~-va das fotn1a/l /:i'e Wf1nha alma, permanece J~to !Ili~. tem 4.e_ .lançar ,U\Il é, ~ coptt:ário, o ar.tis.ta _q1}e c<1nv1venc1a,, da _ 9rg;in1zação muda. bo1e,tu:~ 1ntei:qac1onal _em, ta_ pet:de para.,o hon\em, .que-P.,O aoeial. . . das as llng-Ua-$ e em toda~ as :t'u\:ido qu. r viver , a .:vrça de Sabemos que ·esta idéia - Porventura a Ba,tá:yia. lie capitais. 'F ar a ,. arrema,tar, seu:s heróis. Em ,Albe.r~ (;,:a_ p r ,ovoca.va viol~ntas r ~açõês sorriria mais; Lá encontra_ diz: .•"Já tenho mesmo o títu.- mus, porém., o a_rtfs~ se re'" da . part.e de muitós de seu;, ·-ríajnos-· o e'sQ,íi:ito -da- Europa lo d·esse. jo:r.nal". Diante de trai mas pa~a _!ica.r ,harmo– iieitores,. e ·é bem possivel que ca~\\;i;!o _à-> ,eleza_h;ópical. minha in'ter:rogaçã-o muda .,e niosament e dentr9 ào· :ho– ele m esmo a, r epúta1J'~ !\tlte,s. NE,m. tt.rna pala,vra,, Minha d13 minha curiQsi(lade, êle. o mem, qUe s~ ined~, que_ l,lle– Hoje_ . Pa:rece_Tl_os qtié. n j.n,. alma , estària,. morta? _ · rey~l.a: ·La; R-ésistenoe Intér. -de o terreno . para a a~ao e 'gu~m duy.ida em aceitá-la, - Eí,.tã'o ch,egaste a um national_e. a deliíni.ta . D essa. J,oi,,ma, uma vez que éom "A llltà gra:u de en-toi!J?eci:meríto. em A _dispedida me infonna quando ent~a nela. .o :(az d'.en– ,com, o anJp'~ env~t~~da clara. que só te con1pr.azes côm,. o_ qq:e vitá ês (e ano à A,mêr.i. tr;o da disciplina. ·e da 1i6er_ miente por e$S<1; ca~inn:o. Não teu próprro ,ma:l'? Se. a ssim ·e, ca do Sul .e t_n .rrijssão cu~tu_ dade,. isto. é, c-Omó ..qu,em es. há- motivo pat:a ·que p,a.11e_,ça ~..íujamos P,âra, 9s pii,ís~s . que r.a-1 do go:v~rno, !l!'ão é l L5te> iá cr:iandó uma olira .de· ar- • tt1a_tar-s.e, çle outro ça.mi.n~o. são as analogias • dA -:fy!or,t'e. q11,e o . interessa; S:$.U dfls~jo ·te: Assim, a ação par.a, Ca. bs. liyr~ - anteí:i.ores furam .Já · seio ~ 'que desejas, yobre s e.t)a •pod,e,r-- ~lJ¼t', a:os , moços mus .é· tambem uma- ,-e.sp.ecr~ pr:~,par-açao pa,ra_-ele. "A lu- - :aJm%,! ., :vrepa1:ero<>s -~ a-.l;Iµas do ;B-rasi:1., hv.remente, e1n. , de. criação. - É . _que ;êle não ta . co,m. ,o, anj_o'.' é Iiy-co de .p,n:a Borl)'.éu ..- Vamos - áiud;â nopie pessoal_, so.bre , esfles. agi:!. como político nem como um- misttco: E que- são os. Li. além, ao ex tren10 do Báltico ; gi'é\Ves p'roble,mas, Prometi herói, m~s como s.ábio-, j-a ond~ , for! c9ntanto .. seja fora d;éste mundo! o J .. -- O RELóGIG que au\çii:cs que e~t-u~ou est-â úrlil/ L_aclos,- u in I.ía~ r-ence,. . um Gide .,. Nos seus rom.ances o erotismo -é a .fó.rrµa• .máxi.tnal présente em tud9. Em ";\, estr ada real" só ,há· s ~nsualts.,. mo: a-í está tnf.>.SIDO O IÍn_;r;o Os eh-1neses vêim a hqra in:teresse do" livro tão rep1e- no'!; olhos .,dos•-•gatçs. . t ·d, d f ·t · · t Certó dia um missioaá1'lO, O- e e ei os, m.as gu~. c.m n~s~_'ea'h_.. 0_ 'nó d-is(r_._ite . d e o 46.'m de ,, f_ascin~r pelo 'l;;S– .,., ,, 4 . ·tranhÇ). É tal o po4er de "A N~nquim. notou qui es11ue - est rada t .eal", sob esse !l,Specto cera o relógfo, e pergun tou as que ,a fil!ln:a-tiva n?& tra•n~por– h o,ràs ~ ;um. tap,a~ihho • t a, faz-enq,o,.:.nos víver o i.ell .A-1> p;:1m·eJro 1nsta.nte, 0 clima; 0 livro e fall:lo co1n<> ,gai:oto do Celeste Im~éfiQ he.- romance, mas a sua pró-Sa - s itou_; depois,, dií1Cidi.n-?,O-sel tem' 0 éi'om:dé criai afmosfêra respondeu: - "Vou dizer~• en.vofvente- e p·eni;t;rà-n te; a· D ecorridos alguns mome[l-;. . r iqueza a-as imagens sens!H– to.s, reaparec_eu, se_gµran?Ó . -vas, d~ v'âló:res plásticos e nó~ b,raço~ um ~ató ~uito n1usiêais, er,ia ú1n· clima ~.s– g0rdo, e _ fl~a~n~o o an:unal. p ecial _que, de-,_çerta maneri:a, como se usa q1ze.r, no '!}r-a,nco é a i;te1;fe.i.1Jão do estilo. (}_os ! )lb.os , · «ª~trmou _sem he. Podemos ' ap:U-car. .a Ma=t~aux s1taçª o.: - _a1n~a., nao é ex.a_ qua:s.e ·tudo que ele disse o.e t~er.tte me1,o-d1a . E era D . H. Lawrence r1o e.nsãio v~x_1ia,de,,._ ~.....,,.-, ::- -- - -lll~¼s}mo. qü~ élefilCQU.........âll' Pol'., mim; se__me tncl.lti◊ p a_ 'au~or ·ae · "o amanté- á-e Eaüt. r! a _bela Fehna, a de l'l.?me Cha.tterlev" (prefácio à ti-a - tao a1ustadQ, aquela que_e ·.a-0 duç_ão "francesa). Quaado rr. esmo tempo a honra â'o ~eu Malraux. diz que a obra de se:x?, 9 orgulho do m~u co_ Lawrence 'te_pousa sobre ó raçao e · o perfume d-o ~eil erotisn10, emite conceito que espírito, - q_ue.r de no~te, se aplica b~m a Ele pr.Qprio . quer ~-e dia. ero plena luz 0d1.-1 Em _sua obra também é P,élo na so.mbra opaca, no __ _ 'f~n ° erot1~mo que o homem toma dos ' se-us olhos a,doráy-eis ve- consciên'cia âe sua viéia ma-is j o semt_)re, nitidam:~te, . a profun!ia s2nd_o o se:xo a for,_ hor.a, sempre a mesma , -uma ça mais poderosa da reveta– ho~. V!\sta. solene, ~r~~d; c;jo; a se-nsqalidade pode a_ com-o o espaç_o, sem d tvisoe~ fastar po1· instantes a ao1,i_ de minutos.nero de. segu'!dos; dão, _fazer _que .~ ho·mem ~ão tµna hora imóvel que nao e se s1nta s6, seJa pelo am01:-. marcada nos r el6g_1os, ç .t 0 - seja p-, Io senfime.n~ de co– dav.i.a léve como um susp1ro, munhão com a natureza; n o ráÍ>ida ·cômo· um olhar. mundo malrauxiano também, ;E se.• al~m, _iml;)ortuno me quase . s ~rripre, ~, i;Púti1 b ~s– vi.esse ' interromper enquanto :(orço de eneonfrar :um outro o , i:,neu . 9J!ia,r repou~á SO?re sei;; dé p 9ssúi..J.o, - o• que é es~e d~h~1oso_ :rel6~10, s~ al_ _raro 7 pc:ii's o '-'outro" ~m ge.; gum·, ge1}10 d,escortes.e. 1nto- ral , na(_) co11ta, o confll to , ou -Ierante, algu1n De.monto d,o o acordo s6 se es tabelecendo contratempo me viesse d i- de fa to iintr~ o próprio s}r e zet:! - "Que é qU~ est.ás · a suas setr&aÇÕeS É OaTactetis_ mirar com tà,~anhá . a-tenção? tiêa de Malraux o i ;i.ué ele Que buscas ..n-os -olt1os . dessa <:ii set caracteristica a:e crialur.a? J\ca.sg_-y-ês, ah _a ho_ La,vr-snce: o es.to ):çó, )'>Qr· a• ra, , mortal pródigQ e va,g~- pre,enfar a face notur,n,a d_a punjo?'; . -:- eu , r.:espot1d_er,1a vida 1 po_r fazer :do erotisníó sem he,s1tar: :;-- ,' S1m.,,.veJo a um valor. · hora \ é !! Eternidade. ~alr-aux é _i~~~lme.nte - do- P,01s nao, é, ~enhora, . 9,ue minado pela 1de1a. da . mort·e, fiz ru:n .ma(l.rig!!:t ver_§;i.deir~.,. Ela aparece _sober.ana nas mente. r,n.eI'i~ór10, e tãp; ·çh~io pri in,,: ir.as tentativas l \ter~ de-.ênfas,~ ,qua~_tq vps ,m_esrq;i? rias - ''Lunês •-en papter'', N:a 'l!e•rdad_eL tive 4i,nto J?ra_ pU:Qlica.do· ·aos- vinte· anos, e .zer, ~m ,b~!'tl~,r. e.s_¼~prçc1osa. ,"EoyJlume_fa,r-fe'lu" . Co.nt1- gatanter1a, que na9. vq,s pe- n uar,a em todos os outros direi nácía em troca-; cr_i~Rdo · s9.q_re túdo atl,iÍ.,os6er.à. ,':\Sf/'X\j!l'fl•te de "A coticJição ·, hum>l na''-; É clima do mor.t-e --.-- ,,, , ; "' r · • · o ... · -,. ESTRANGEIRO ::> que se :.res1nra.• n a.s pag1n.as .de "A estra.njla real'', com.."o ,r ~gresso f o homém ao pri.mi_ •- A quem roais _a1n,p,s, .di. tivo. - numa. busca lo,U- ze ó, qom~rn ~rií gp:1,á tico: teu ca de sensações, çonfundindo_ pa:i; t~a~ mãe , tua ir.mã OU S ? com os anii'nais· e ~~ plan.. teu ir.dlaó? _ .t-as . A m oi:-t~ é tão ímportán_ - Não tenl}o pai nem ma~ t e con10 _a v,fda, o mistério nem i,ri:nã néí'n irmã o. pr,Esen.\,e nu,na coin o- nou tl'a:, - Teus a;gtigo,5;? . - - á mor.te . mais ürivi:>.11ta ,n.té taJ;.. - Eis tJma J;\alavra CUJO vez por , ser a I'i,bert~!)ão .de- senti!lo, p,ara _!l1im: .P.~niane- finltiva . Está e,_.tü "~ Espe,. ce obscuro nt~ q.oJe . • rança' ' q,ue .,"sornente umlii - Tua pátria? . . hora ?e~Qis d.a tnorte ié• gué - Igne>ro e-m que latitude da n1asca.ra dos •hom,ens co:. esta situada, -m·eça a aparecer §\la verd.a- - A !,l~le:i:a? dé.h'~ físi9rjçmia" . O.s . het;ois:. - Gostar,;a de ~p:i,á,- la, mos te1i:1ve-i;s q_ue,_ ab4rrds1m d eUSa ~ imó.rtal. ém, ~i.s livros são, d~t'ermi_ - O ouro!? nados por s.ei ;~s obsea'aclos - D e-testo_o como , detes- pela; n101:ci, Eles a el}.cávai:n ta is a D eus. • cqrri t.odâ a- n,a,_t;u ta1,t,érad,il,, - El:).tão} a . que ~ que tu p,rocurando-a · ~é's!!fo- muit~s am.a:s, exoentrtco . estrangeiro? v-ezes. A. fr~9;uen:e1a d-0 -,u1_ - Am,d ;..s n'µvens. . . às cíd,i9 é s ih'tamática n-0 ro_ 1:11,1V-ell!i gile pass,am... . lon.- màn_cista que, ~c.re: veu.: ge , ..,, mqitq ~ong-e-. .• as n'i~ "morrer é pa's~i vidade 1 ravitno'sa~ nuve_I}SI · matar-se é ação".

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0