Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

__ rítico • • ste·nc • ·Ü· " Atrás de tod11_ uma parle da 1 DIRETOR prodµção 'literár'ia francesa â.e '"'AUlO MARANHÃO três anos p; i.ra cá, quer se DANIEL ROPS ..- trate da obra d<!' Jean Paul (Especia l para a FOLHA DO NORTE} SUPLEMENTO Sartre ou dos romaqces _ e ' • ARTE 1 - j LlTERA"TtrlU õas peçàs de Albert Can1us; ·.Adquirindo esse conheci- ciso ir, s1mpttsmente, at~ ao · . · ,: . . _ . _____ _ distingue-se, explicita ou mei"to an1argo e t-õuico, a.. fim dos instintos? Não há ne_ ·------ ~ubentendida_, mas se.mpr,e P:.e- firrr.a<lo esse homem, para cessidade de fi,:losoiia . para ORl'EN·TAÇÃO .-· ·sente, úma filosqfia infintt(l.- onct.e i.-r? A divisa fundan1én- chegar' a uin resultado, para O! ~nte ma-is p'rofúnda, n1aJs tal qa escola é a qu~ Sartre· o qua1 a nátureza l).umana já · · ÃO ~m,ntaf · qU'e aquela, da assim formulou: "r'az« r. e toda ela se pr-1:c~pita. Apli_ HAROLOO MARANH ~..iàl_ o existe'ncialismo e.xpõe fazendo, · fazer..,se, e nada e.ada ao pé da ·1etra, a fitoso- •-------- ' ás teor iàs: a filosofia do ab_ mais ser do que o que se fez" fia do absurdo nega a nec.-.s_ ,urdo. · - tal a lei do ' hom;;rrr. Mas, sidade e a possibiJidade ,da • GOLAB'ORAl.)Olt'ES :.- Alvaro· Lins. Atons·o l<,o• Jn.s. Alméidà . Fischêr, AIP.honsus de Guima raens Fi· lho "Augusto Fiecferi ê'o ·scbmidt, Aurell.o Ruarque~·de r-ioianda · Ben eàito ~Nunes, ·sruno,,de Meilez.es. Carto~ . .' . ·• . ' Or ummoníl 'dé Kndràde ' C11uby Cruz. Cecília Meireles ~ ♦ ... ... ' S.-iia vão negar que ela então, que sentido dar a tal escolha. ~6gicá consigo mes_ ~xer_ce (m toda utna p_.;1rt'e _ciã esforço? Por ' que fazer i!ito mo. elá d.év- e exaItàr a de– a:i.ôc1dade da ' França (e fora _em Jugirr daquilo? E se, fa_ sõrd· ..m ··ao mundo e essa. a,_ da França) urn;1 espééié de zendo-Se o hom.~m•. se revela riarguia . oue constitui a for-_ faseinação. A que1n ri~:O ~e- a si mesmo, por que. escolhe. , mulacão h istórica (lo absur– !!ha sabido ou quer ido ·anco- _r á éle de si :uma imag~m em do . E auanto . ao homem. de- - -- rar sortqament~ · sua •bàtl::ã. - 1-uga-r- de ·s>titra:? - v_é ela 4eixar_lh.e ·o .caµ1p" li- numa doutrJl)a explicativa, do Para ' um cristão a •ação tem vr.e Ra.ra toiws os "absurdos" mundo;· a fi-~osofiá d·o ' a6sur: um - s~iltido bem défiõiéiõ. · mQi:a-is•, ou ne ou alquei: outra do surge ·com?> uma ej~écte Deve tender, no, plàn-o p~s- es'pécie . . I(ierkegaard, que . de •justificação irris6rfá, eom SQ!U, a aproximar..s~ de um paryiri!, de itro.ii cQnsid-~.ração um a·cent.o •de ironia, estoica· mod~Iõ' que ele éori.hece côm s«-roe,lha11te do de1SPspero. mas e epicureâ nos se\is ~lement.<>s prec:são, .segundo' os cariones a ~ta não se rriantiv:era fi-el, constitutivos " desfrut.an1o que lhe foram revela"dos. E bavia perfeitam,nh• denuncia- ('·.-cJI M·elra. Cleo ·Bernard.o. . ,Cyro dos Anj os. Cario~ t duardli • Daniel Coêlho ~ de •Sousa, F. l'11uto Mendes· ·:– t}aril>aliÚ. "Brasil, Aaroldo Maranhão J oão Condé Lt<\.'.Y IÍ.!'(Í .de MÔ.q r:{ ·.4 d.o- Ivo'.· 'Jôs_é Llru, .~o- Re·ito.. .. J!)ão Me"1d~s. Marques .Rebelo. Mar lo Faushno. ~~IJUel . Bandeira .. !\Ia}(.. Martl ~ l'tl a ria ·.Julle~a. M.n_rilo '.\fendes, .Orlapdo Bitar. Otto Marla Ca l'l;)f'aux. PauJo Plinio Abreu. R~ dt> Sonsa . Môura.. R.oge~ ~ astlde. . Ri· :>amar Ae Moura.. Ruv CoJJtinb o. Ruy Gu il herme Ra• ·atá. Ser:rl~ l\filliet. 8u!tana l , t!'"fV " Wllso11 Mart~ns. , . singular prestígio. no plano . univ-ersat. deve es_ dn esse· perigo . "No fi'trl. di- • Conféssá_lo-ei? Por. distag_ forçar-se para aproximar a zia ·ele, o oossive<l -engloba te que esteja de suas af(r. sociedad~ dos homens dQ tudo, tn'Ss é oue então o . a_ ------•---•••·,..-~-.....,---··"'••--:... ,,..,.. , ____ ;. ,, ,_ ~ações , sinto pl e11.imente· ·a · inac·e~si-1,el - modelo, ·o reino hi$rno c·onsnmin o eu. O gl"andeza das mesma,s é sua de Deus. próot-io in.di, vínuo tornou_se Duma Ini:erpretaçij,o . De ·ceonclu$ão da lA.. Emily Bronf-9 .di!açep~.nte . te_ntação. ~ssa .. Se .un1 crente adquire cons- a. simi;51~ 11 orissih;lídad'e de to~ uá~ina} dputri:na ·!)ada tem de ignóbil. . ciência do. seu des :'spero e do dos os possív 0 is!' . . · ·· 1o con~rário, e.Ia . refU}tl!- ce ar,surdo do ?1undo, s.abt tam_ • • • . algo senEmental? Como ~n– t ão explicar a.. e:,:lraordinária ) ;figura, de Eeatheliff, esse mes- . mo· perseinagém a 't.espeHo de , q Ue!l'1 Cha'rlotte' escrev~ria · .! «whether . it is right. or ad_ vís,able tp éreate Be-iiigs •lik:e H~a-thcUff. I do not ltnow: I ·scarce-ly think -it , i!<''. tão revelador seria ele de uma sit-q_aQSo que a todo custo se devia pres~rvar dá curiosicla– d:e alh.-ia.? O tcechQ imedia_ tamente s·eguirite ,évide.ncia o ititeress~ em çiis.farç:9 r Unlllc in_ dis~reçã_o de ,tal sort:o p,rtnr– b ç{dór~ e eloquPnt~, '!But this I know: the · writi.>r ,1fh.o p:çossessfS th<\' craatív~ gift o,vns. something of whL êh ·he i~ not ::,tways 11'.)flStPt - sométhin &! that, at ti1nes. strar> itf.'ly wiJls an-d ,vork-; fo-r itsi>lf." De oualqu~r monn r>ii:O é rever.endo B.ronte •tal ÇOIJl.9 µma- cr;se de conscrênc1a e bem que exis_tem solu~oes no • É .preciso .acr.eãitlr que os este poderia ser nas veste~ e. por aI si liga ao qti; há de · aôsurdo ·e que. ele se tealiza tróricos - do. absurdo -tenham f.unções do. irnpertinente cria_ ~9.is eterpo ern nosso ·cora- · IJ.·a mfdida em que <'.S .~dota. a consciência desse . perigo, do, ·1.lm pouco -de Bra_nw;ell em -Ça(). • · Pa'ra um marxi,ta, .os p,ois o que .lhes conhec :mos H'indley Eatnshaw. 0$ de_ E~ face de um n:i.\lp.d_q, _ º!1- .J?,í:inajpi<;>s da_ a,ção s~9 dife- das reações ,e.sc.apam àq . cr-ít.i_ · 1 r ps :ie nada· encontra expl!caça,o r en •e~. mas n-em menos sa- cas o,ue s;e 1-hes •poderiam fa_ mais, tipos pouco s~ngu ª - · aceitâvel _pela .. ràzão, -um pen_ tisfzo.r,irios nem menos · I!S~i- ~.,r da doutrina se eia passa-s– fâceil; de ser repr o.d,uzidos• ou sarnento. que (1s tàbelece o êos Se~ uni.lo a fraii de En- se n~rn o terreno dos fatos,. s;ugeri..dos d~ velhos modelos absurdo có1no o. úhi:có prin- g~Í is ·n·ão basta "comentar o Alguns dentre: el~s sé erope_ de ficçãó .ou realidad~ · cípio válido, tem to'das. as mund0 é preciso tr-ansformá_ ;nharam politicamente 1'a a_ Como expljcar em !"'ut~~- 'p·ossibílidades de com_· u:nic·a_r_ lo'' o' co.m· unistà a-", p3ra - O · · · ring Beigllts .. a sua ma1or s1n- ·. N _ •"'- _ d çao. .ra. que pr·nc1p1os re- gul aridade.. 0 s.orti!égio de se conosco: · ova encarnaçao realiz'n uma· certa visao o clamam? D.. , mo..~í5'~s morais . do rbm_á:nt1smo e quei a des_ mundo e assim· fazendo, pen_ perféitam<>nte válidas em si: um. -amor que sobrepa~a a pe_i_to de. un1a ·orr;uestra_ção s·a que' os prob'emas de ot- . .., ,. d · t· · toclas a~ m· .didas em té1:.rn,os i f ~ t t , f '-! , 1,, t a 11,eia e lUS 1c:-a, a preocu_ ·de flc,.ão? I mca,ginação ou .~x- .. 1 ~r 1: e, ,re on1a com re- -, _clen, p · s.soal que S<! .g•e ili.º~- pação d a v'erdade. o desej o .,. quencia os ternas de· Lamar_ lham serão r·,s·olvidos. (SeJa de defend·r a pessoa humana periênc;a? Criação - que. im- tine oil de Cha·teaubri11nd, ele isso ·ve~dadéir-o: ou' falso, ).:>ou:.. con.tr ;a todo;: os · monstros plica em ·ambas .as coisas.. Co- nos envolve eo1n esse mesmo co imnorta aqui) . Tamb,.m o que a ameal"am. Vá que es_ mo exprimir · 0 êxtase amor,o_ encantamento ct,e· desespero que comun:sta possui uin Harne t~jamos ,.inteirament.~ · de, ª""t– so tal como -acontf'ce vor 10 - ·no tê.rnpo d ó "Lac" e de "Re_ lógico·. · concordan do , sua do com esses nrincipios. Mas d~ romance. sem têrlo e?'.- né" e:i,:.altava a alma dos nos- doutrina com sua maneira não comol'eendem-0s con10 e- perimentado ou na carn~, ou sos; avós. As palavras ·mudam. cie aªgir. ' I • c; s.e li garri a um~ concen_ •nos s 2 ntidos. ou ái nd a itos ·a- m'ás o eco reflete sons sempre Confes,o que. n'.l filosofia c:-<>o do mundo. E>."'.!· g\1° .-não hismos inl!)eJ:$crutáveis . do sernelha·ntes. do absurdo. esse liam·? me t.-m nenhum sent.ido. Odi!lr a . 10 1s.mo do que um bruto sanguiná.. rio: as duas postulações exis. tem· na. natureza humana;. Tudo se passa como se. na ação, pensadores como Ca. mus. e-s~w, àmigos encontras– sem _ imperativos absolutos. superiores a todo absurdo e element.os de esl?erança para, lá do seu de!>'espero. , · E é niss-o que · a obra deles: adqu'ir-e ·um verdadeiro valor de testemunho. Essa filosofia,– ~m. de certo. uma originali!. dadé, sob:i;etudo. ,na formula. ção literária·. mas- .como sin– toma: . resulta nµtií,a tendência/ que '.já btm c.õnhec~mos e nii:o data de .optem. a q_ue o R., Pa,Jire d<i Lubac. nuru notã.. vel livro. d,rsignou CQ!110 O do "hµmanisrno ateu" . Pa1'8/ Psses doutrinários <lo . absur~o. DeUs nffi0 existe. N~o ...:-;::ste, nem mesmo como pr,oblem.a,• "Essa presenc.a .ou <S:~~ au~' sêncja no fundo ~o ciu r.ãoo ' concern-e ao hQmem" - es– êreve Simone a~ ·Be?ln'oir. Na ~poca nletzsch_ean~ da;' ''Morte d~ Deus" . a novii es– cola· julg·a, ir mais longe a... inda do o,ue outror a. Pa,rs• um R,imbaud, para um Ni~tz~che, Deus ,;xisliria. aind<> .como adversário. 'ftoje, ní-n é a; 1·ecusa . ou? se precç,~,; z:;. é a, prrt· rição. Mas . de várias m9nei ::.as. essa· 0 d9utrina. d_o ábsurd_o tem um valor de test.e;nunho: t.e.s– temunha as 1\,alida·ae<s d:a, m~trll,lln o.nt? ó'posta,s . às que afirma. Em qúem lê o cqn_ junt('_ dessa. t?i:oduç!io : im;- \ -pressao que ~~ . 1mpo" e a d , uma fo:lha mcrta, GU se a u e r e m. a, de!.' oe'ito de um gr~nd., t a– l~nto. o de umà espécie d.e "olatitude." . o termo torr;,.ado '"} séu ·séntído mais ·concr~to. Os p ~rs-0n,a!(',; ns ·slio nint:.>.'~"!J cqm verdad-é, m,às ess" ,1'}ró– pria · verr1ane é de:f'ci.,,;t~. Ante Cáligula · _ chea1..,ijo Camus a tornar-nos sinínáti– co tsse psicopata coroad" - tPm_s, o d"?5ejo rie ~ri tar: "Ma~ será isso a vida_? S 0 rá ela. pois . essa ineoerêncía, -esse ne~locarnent 0 radical die tudo?" 'E só mes'J'.l'lo tem-no. , ti.ossíve:l ne.ga.r ,am Wutherin~ Hejg,bt!i o traeo 11.utobiogrMi_ co,. emôoí:a. não bem se d's– criíníne a mem6ria; do con_ t e_údo ro•man.eseo-. .poFC!'.~ r-~u– nidos na mesm~ - profundeza trái: 1i.éa. Bi-anwell esfá sem– J;ll'e nres"'llte i:loi: todas .as pá.g-inas do liVJt-Q. · ndmirá,•?l, al·~·farc"·d,('l hc- ~~i;u.- ,. na almq, de' He,.~hcliff . Quan·do pori&m ·o inf,ortunado amante de Mrs. R.objnsl'n . se .i>v;ltn no â1cool e rio n1)i0. n' louco apai.~onado º" Catb 0 ri r> e ,;.,e deliNida no ódio. ,iq amr,;,-;;o e na vinganca·. Nó r.i 0 r íodci inconscierte? Certamente 9.or O qu~ ~-sse néo~r-omantismo e~cao a Se o mundo não tem vio1ênci:\ e atuar a justiça ter ' lido Sh 9 kçspear-e e By_ acreso,entou ao s~u- primo_ n"énnum sen.tido. por qtie op- está c ff to. JiPas não ê forco– ··ron, por observar a j rmâ, (t~- Jtênito foi o próprio. ace1_1to te, r por uma déc isiío de p:r~~ sam-:nte 4"ea1izar o. homen~ r;a m ir-ec_ido ·sl!'mslhante 1°1}- do no~so tPmpo, e ntsso a1n- ferência a outra? Pa.ra -r<i'31t- <"'o s~.ntidó da dotit;rina\ . . fi-dênC:ia?) tom ada ele amM'_ da o t·alento dos ,seus aut.ores :,ar o homem "fa;zer faz'!n- Nnma persuectiva · a.bsu•·da nos •ressentlinos da explica_ ~ 'cão . como ·d• uma· ne.ce- ssida~ ,. ' ~-. - . . _em. si..ue ~º _- iym;io oadeo~a a!1 • r 'l;):l',uore,;. crises r.e febr.e ar,,n_ .r osa. rl.e$re:<1rarn 1 e.n'to e mísé– r i_a _física. Í!;milj. alhPia aei.s seus necados. se desvel1va pó,r ele. amp-ar""'l-o. nunca o abàndon:íva. "Et da1,s cei'_ to . nhun~ohere , de rl•>arn{'. d'e.J<al tatil'n · nPrveu1Se "'"' rlé_ - . . . ' . sesooir. eJl~ P,CrÍ\•~ '.t Wuthl':– :rln e: ~ i j;'bt~~ (Robe·rt · doe Tr az)'. O n1odrlo elo herói e~ta-va bem à 'mã": alguroz!'i -õinceT!\_ das e o retrato resUlt_arí? fii>1 em sua natute1.a ess~ncial . O r,..sto era t'ii reJ~ da i m 1.gi r> a_ ~ão ' e dá arte: o -i?:enia1 ádo- - . . ... . lesceht,e. · óin tor;· -p1f1ta. - tr.it_- dutor de HoráciQ. se· t"at1!<-for.:. r1ar ia rio ..péauenn <Íe)ri~nio "que. para sua ruin.a. um·. h<;>– mem de b em T9COtl<iéra ppr _ didó numâ rua d~ .Li v-erpool".: ~r(ll).sfotmnrla tamhém o dé,s_ 1tracado moc:-o. roido de vÍ– cios; naquel'! de~",'.Pt)t ur3<lo amanl., _con~tant_~ente d_e_ btncac:Jo n·0s: abi!üno~ i '"'ti€r– nais . da avid~z, da b.,.11tªltd..a– ·rle e do desespero. Qu;li1 to à Cfth<>r~ne. a au.ti :ra.. a e,:x:t.raí_ r1à das· suas,_ P)'oprias, (lptra_ nl:ías. da 1:s~enc1a me·swa d-e sua aJm.a an·gu~tiadi!, c'!a su'1 inflexível enei;gi;:1 moral. do seu coratão at'>e,·to aos rudes ventris das p aixõ3,s -enqull.ut :O qu,, trl'•1ca<l·o ·à con1iseraçãl' e A h11n1ilda<:}e. A segundà Ca– therin_e é . como que o des_ dobramento da primeira<: a m~ma J)redisposta set1.Sil'.>i1'i_ 'd41d~. a mesr;na iotensid~e interior. o ·mesmo desco:ntro_ la.dó f)r,gulho, pprém i:edimidá dos fla;gelos. que haviam de ·ceinsumir a -exi;fência dac ou_ tr:a. daQuela tão mais evqca_ do_r-a da natureza que a con– cebeu e :a, animo•\ . co-m o só_ i>rei imortal do gênio. Os ou_ troS1- compars.as do rdn1;ance são figuras 'ma's · ou 1neuos reais que re1etnbxam totcos ts.:tratos fa,nHlia~es: Tàbby e L~~lly Dean (n~sta. quero sa– be! talvez .alê remtniscências da fl.a B'ranwiéll), Joseph ·e o res PO.r lliI. Héger ou O Í!!X!ã.o é evidente. pois el~s soúb~- do"? ll,'fas ó que é válido pa_ não há absolutamente nenhu_ à ~;;va1rado por Mrs · Rof:ül'!- ram p·erfeítarnente captá-lo. ra mim não o é, forçosamen_ ma rn.zão para aue' 11m •ho- ele in~lutáwl. son. oor i.<to somente. E 1111 - A certez:a de viver ·Uma é- t ~ para outr-rm. Será pre- men1 bom e justo seja · mais ly não seria cal)-az. de. _se poca ameaçada,, ~.m gui todo " · verdati"lramente um hórrr,,m expressar desta 1nane 1ra i;,es_ 0 edífíci& âa ,s.o.cie.c;!açl~ p.Q(i.e . ---------- - ---~-----=-- ----- - - per-aâa:e pro.funda:"· · : I'I 'b.ve r'omper_se; a subi:n,is.são · a W ILl)E RECONSIDERA.DO Ai::,-im oara realizar "Mou.. "hes", Sar.tre recorreu a Zeus. como a um "'flêús cx– ináquina". É o m'€smo senti. (Conelus ãC1 dn hhn; and that, nnt because um ritmo de existência rá– he's handsome. Nel!y, but pido. brutal, e.m que o de$e.s– becaúse he's rnór~ mysE'lf J?ero, e1n Jug_ar ·de e,-:,pand ir_ than ·1 am:'' "MJ loire for - 1 na-· ,.. b vez. peio m!"nos, Wilde r~- H 0. atbcl1'ff · t".sse·mbles the · se em P ª .,en~ 1 ª 5 :v.r.onea_ _nuncio" de propósit. o e de .nas, tem qualquer coisa d e · '"' eternal ro~ks ~e!leath: a fulminante: 0 conhecimento. ant~mão, ao grande êxito, di– ê?\trce of . llttl~ vi:s:ble ,cJe_ , cada vez niai_s sensív,el. do . r igi ndo_se apenas aos "pou. hght. tÍlut - ne:essarv. N~l~y àne Rimhaud ch~ml'ya a c:-os". aos cômpanh.~iros legi– I__ am · HeathclrffW_E o ep1~0. "feérie sctentifiqi\fe". de as- t iro.os do ·seu credo: no volu_ <Ho da mort~ de Cat1!-"r111e éectos terrive-Iment~ bát:ba_ me In tentions; é a menos a_ nos_ qraços de H,eat)1t:;hff. E ros. ei.s todos ôs elementos 'tual das sua,_:; obras, m-a·s · a mfnS_ o trecho .cm qu.. Heath- com gue· os mantene-d-◊res do mellrçr. Analisando -a cj_uali– ~l!ff nar~a a Nel!y D~~n <?ª absurdo soub, ram integr ar a dade dominant.e desse livro, seus · s~frimento~ . e d_eiva~o iespec,tiva obra. c,omo s<1-t1~ encontra1nos a raiz da o ~r– pela ·morte d~ Catherine, e · m<stres americanos. os I-I'e- · son~lidad.. nrtística d!'I Wilde. co!:10 ·a d_~sen~ei·r~u. e con:io min.gw .?y e· os F aül~cner. · A sua poe-sia "já não· pode fer1d~ e 1ns1t1sf~1to sentiu Tudo isso seria aindá.· pnu- mais ajudar_nos" ·porque. es– aipda · uma vez a · presênça co se, dessas consta-taeõ.rs . tá fora das tri>;dições rioéti_ qu.,.r.ida . úãó s~. tirass» uma doutrina cas inglesas.. .Nó Psteticismo J;: '."<f rt.o que não será po_s- do homem que · os transc~n- dos Intentions. sobrevive. ón– !õÍV--eJ· a 'hínguém' :·n~r ,consci _ de. · · ' · rém. uma grande trad·icão êgcia 'do arrior · pela r azão e , Si.m · 0 mundo é absurdo: it;i_gL,sa: a combinaçãn s:n_ pela· ' int~lf~ênqia. e tão sô- sim. tudo é vão no esforco de · I!Ul:-i.r de estudos erndi to" e mente peJ_a s-?.n:S[bpi'dade . e jµstif:car a vida; .mas nã"o é I~ostó ' poético. " "e•teticis_ pelo c<>raçao. Por1sso, quando uma razão pata renunc:ar a .ir\o" tradicional das - Univer– Catli': rine ·exciama " i;f · I viver. · sidaêl~ de Oixford e Cam_ ,v-~re in' Heaven. Nelly., I o "ta,,dium vitae" ~om o br}d!?~ · -:- Wilc!<1- '"ceheJ-a_o sh~úl);l be ~,etren1elY.'. Il).isera;- aµ~ - tem de êomvla~ante. _es_ diretamente das "l'lãos do seu ,l:)le.' . ,o que loero J),OS ' vem, a tá mliito longe dessa c'oncep- mes.t.r~ Walter fat i r , _talvez m-~rtlc~ é .à Próoria Etn~J~v ~- - ri'í~ ã_ura-, dec~sivã.; her~rca: o maior daqueles "monge!! t-or•ll?-~nt~da pe!a ~onscie_nci_a '.'f_as~19.n d.ech1rante", como u._niver.sít.ários" -ingl,es-es que do_oe~do. ac~1tando_ ~ ~xpi- diz Albert C~,111us, _o ab~ur_do mantêm n a célula · de c.on– aç"'> como uma be.nçao. exalta o homem na $Ua d\~- vent(Í a chama sàgráda . Er_ • Com.o poréM d_izer se ho.uve hidad~ d? ser conscien.te . Sa_ gu~ndo..se, con:tra a · sociPd1- ;na ·. vida d<:'. Er:rql:<:_. como . na })e ~ ho!llem due .- 11,~da tein "°. aca·n2,l!1a~a·; c~n90 , esteta. de S?Us, dois 1rmaos. um a_ ::;~ntldo, · mas é- possuir o sen,. Wilde nao se sacr1f1c-0u a um 1:101' f:erreno angustiado . e tido supremg. s;ib ' r isso. . É • C~J?richo: . -,. antes c~i:iti~nou 1.mposs1vel . .ou _se, como af1r_ pr?ctso ir l)ara além dessa uma trad1çao pre_v1clor1at:1a mou um· c!o:s s~íts c1' ít-ic.os . certeza. "A vi:da ·h'úmana co_· pre-bufgueia. por isso anti _ e1a- esteve tíJo s.ômen-tp "i n Jniça do•- ou~ro- lado do- ãeses_ :bui;gries9,, Mas havia. n1ais l0v-e wlth the . Absoluté:.?_ pero" .- exclamá um pérs9- ' outros. motíyos d aqu~la atL Tudo n~te oariJcular nao J:iagen1 de S<1.rtre.- QU·'n1 nao t:ude. secr-rtos. A vida çon_ pás$'!\, çle conjecturas. Char- sente a nobr:ezà , e nutri sen- ventual da,s velhas Uníve'rsi- les M6rgan nada afirma. · tido a verdade- desse griió? dades inglesas costuma ser "~recido de provas. sebã.o ql,le E' depois. é preciso d izê.lo , ,resnonsabilizada pela fre_ "Emily ,vrote p0ems. of lo_ se quis-ern'los comoreenâer. o quêncir:i do homo.ssexualisino ve, thãt many tines in those poder . d~ atração dessas ofm é!ertas camadas. •intelec– poems hav-e the ·quality · of idéias. elas participam de -qm t11ai.&. Como quer qQe _seja, supreme genius. and that ,sV,- outro lado .que o ho.me.rri. .sem_ Wüde era homosse:x:1.Jal, isto é, preml:; genius ·do2s nQ.t· • áp- pré teve a . tE.ndên.cia de trâ_ um homem· g_ue' ti!'lha de ,es~ pea,r 1n love poems w1,1tte_11 z.er 'fm si, o lado - .Prom.e~u conder !il~uma coisa .. Da-i a, by those ,vho are .. withou t - · ou Iucife·rino. se o prefe_ necrssidade de sê disfarçar, txperience of love.'' rem de sua "iiátu'reza. En- e o disfarce que ele escolheu Apenas mais um €'sforço cont~amos · entre' os melhor.es foi ·o es.t eticísmo aristocrático: na interpretação desa-e extra_ doutrinador.-s do àbsurdo es_ disfarce e arnta ao mesm.o otdjnário romanç,e de amor, s~ · sentido patético da _liber._ tempo. Mas qú!m se disfa,:_ amor atormentado, paixão dade humana. que no fím~do ça n_ão se deixa iludir pelos cegsi e d~nfl'Eada que a século passado afogueav..i, os djsfarces dos outros. Wilde posse não aplacaria, nem .a, jovens leitor-es de Nietzsche. descobriu o d_isfarce da. so– !Uorte, por9-u:e nalicida do F;ste l}omen1, .~ob um .céJ!. c~eda_d~ do sru temcpo~ o ca_ 1mplJ.lso m1.S·bco, do anseio am~aça(lor, . queren do vrv•,r pitahsm.o burgues at~a~ do ideàl 01· iund.os da sol~dão até áo fin:t uma vidi.i aue sa- ;esnobismo aristocrático. a interipr ~-ntés gt?,e dâs e:&:~€!"- be t~o fugitiva e. tão ·1;mita_ c2ntradiç_ã? en~r·e a ci\dliza,_ nas ,man:festaç_oe~ de. Ia:.sc1v1á da, e bem uma, 1m.age-m .de .çao trad1c1ona)lsta e o ma– àmorc,"'ª· Um · 'li-vro descon- ant~:n.tíca nobreza. que u-,n teria1ismo cínico dâC(Uela so_ cer.tan te. um livro aue. setn olhar <'le v~ílte ahos não con_ -ciedade, "A gente d ? hoje dúvida, teve ao s··r .-.laborado • si derai-á S-Ero a1úo-r. ' conhece o preço de f,odas as a "colaboração do cremônio." · • • . , coisas e o valor de nenhu1na", mento ·qu~ exp~rimentan,os l endo. ·embora escritas num: • .:iutr-0 r egistro. as narra tivas dizia Wilde. os valor.•s es_ misteriosas d~ Kafka : aí tavarri em periito- _ e quem também a explicação i,;11ore– teria de defendê-los senão O tna reside numa- aus•ência, F • n um ,!(,ande vàzio, set 'iti.do no artista? 01 o tetnoo em qu,e própt·lo funqo do à,ç:a'brun\:i~- o gr-ande pin~or Whh;tér, ª- ttl'~nto "um · olv.ido catastrqfi:. cusade perante um juri ín_ . . • • . g lês de ter publicado d~s~- co", <'"mo muito b~m disse Je<>n Carríe. nhci's oo.scenos, e. p;;i'gµntado Ivias é precis o ver também pelo. presidente -<!ó t rib 1 1nsl oui,ro 'áso'cto desse test-;,mu– se não podia expl_icar sua ar_ nho no f ato 'de. Jogo que se te aos jurados, olhou longa_ tornam romancistas ou dra– mente seus juiz, s. di-zendo maturiros. os doutrin'adóres de-pois _resignado; "Não, ::e- <lo absurdo testemunham _nhor" . t,. defesa virou ata_ uma prti'ferência constante gu.ê. -A vítima da luta gene_ pelos estados ambíguos da; raHzada elia Wilâ,, , . consciê.nci'a e atjt1eles em qlJ.e Q .disfarce estetic:-i!,ta, in- h · â d · , . . e, ornem se · ·egra a.. · o me_ compatível co1n. o êxito. pr e_ do, a c :o.va rdia, a:· loucurà. A.!· judicou_lhe a obra. O dis(ar- graridéza .dêsse home·m liv,r,ei ce p$eudo_aristocrático pre- e d.es~ sper.o. que eles . postu._ ju(lir-nn_o "'l l11ta. D , c_;,rto. 1am. ·ond·~ se encontra? Esta- o ·tator "fingimrnto" existe rã em "La Mausée" ou nas em. toda qrte e .em todo ar- págin·as oifase escatol61ticas tista. criador de mundos ima_ de "Le Mur'', 011 nos "Che.;. . ginários; . mas ·tem ·ae s : wir mins de la Liberté!'.? Os: · a esta criação, à' realidade i,ránd~s valores humanos, o - artísti ca. e não à r-~ alidij.de dev.ota-in.en.to . a · cora,e:em..; 31 "re~f'.•, à rl:atidade c:vn qt!e honrá. a vi.r.tude. onde ts~ão? o a:lis~a cria, como_ to,do ~1~ · E eis aqui a contra_prova de– qadao. ,em t,orno da S);la ·Pes- cisiva: quando Albext Camus,. , sol!. A1 esta a fro1:lte1ra _en _ · na . "P~ste", as põ2 em jogo,. tre .a .ar.te e a roenttra; _Wdd_e encontra o hom~m numa: a ultrapassou. E -a~onteceu_ ple)litudé ·-que nenh?m do!? lhe o mesmo na v1dg , CQJJ'lO seu.~ perso1i-agens anteriores na· arte; às vez.es . .o disfarce conhecera. -· · ' se ; r~sgou . rev.~lando-se • a '.!'es~rnunhp <{ljnda p: d~ .verdade. -Na art.e. ,quando ele Jtrand~ imoortância;· a lttera,:. se tornou ''outspokelY'.': · · ln., tura do absurdo demonstr ai t'ention e a Balada. são aua.s $obejamente qµe. desliga.d(} obras mai_s __ sinceras, mais de . certos princípios - esse.i. <lurâv,zis. Ná _ vida, qu_ando princípios dos quais um· cris-: Wilde, -acusag,o peranté • os · tão sab? onde encpntrar o · jui:a<;tos e QJiihantemente de_ a.rque_típo - o -hom.€:m n.ãó , ··fendido, de . repent.e se exce- se. encontra a si mesmo se..'. déu, confessando a culpa. Os não na obj e§ão. , : 1nesmos jurados dos' quais A essa filosofia .cujo pres..· , ·Whistler pudera iqipuneme-!-1- tígío leva. elJ} - definitivo, a;. . te zombar, c.ondênára·m WJ!_ Ull\ :im-passe, o escritor q11EJ 1 d~, ·. . . . . _ opiq_riam9~ com ~aior satis.,.!.. F.01 111Just1-f1cado . Nao a - fa·çao ser.1.a . Dosto1e,vsky. E– dianta, porém., reclamar. A le tatnbér;n, o autor da "Vo:i( 1lOCiedade de que aqueles ju_ Su1iter,rân1ea", partiu da con..; rados eram os reJ?resentan. , siderll,Ção .da nossa miséria\,' tes, já não e;idste. ,Mas- a .no- do nosso desespero e do eni:, '· va socieda.de não ·ê m-enos J)e_ itma que nos .p,ropõe o mundo-,./ r.igosa aos valores e ao artis_ Mas não se fuanteve aí, ef;..1 ta :- Daí a atualidad,e -p!rma- p'ansando eru tai.tos her6ist nente do "caso Wilde". Con- incompleJós, tantas . almas ir~'. tud9, essa nova soaiedad.e já í,eme-diavíelment.e ausentes <fl;'.: se "nos apresenta sem disfarce si ~esnías, vem-nos o desei~– alg.um, <tgI plena_ nudez , de d,e repetir a fras~ ,de. um ,P:er~' sua barbaria. ' E mesn10 - ,so.riagem de "Os . Dem .ôru.os. .:; "outspol.cen" . U·m Wilde · não ,.Eles ignoram que tambérâf. ·tf;_i-ia a-l'lnas ?º'n ~~a ela. J~.,1 encer1-am. um grand!Ll)_ensll',,r.. nao pode mais aJudar;.nos . / mento eterno. •

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