Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948
. 2.~Pigina - - DIRETOR PAULO MARANHÃO Jean 1 FOLHA DO NORTE - ------------ - Paul Sartr.e E r Domingo, 2~ de inarço de 1948 l . "' - ·--- .. A Crítica ·Literária dar. ainda qu·e .em parte, com '(Conclusão da 1." ~ina) 11ão n: 0 oampo filos•ófico, se.. a ehtusiástica admi-ração, com r ia impossível discutir mesmo o irreflet,ido compromiss.a , ~ilosóficos da Uter itura, se nos, vem falar d~~ romanc~, sup ~fícialmen.té 'à filosofia; gue o sr . J'ean~Paul $artre e que se pode cha.rnar de fi_ 0 leitor te.m o d1re1to de ex1_ ex'isténcialista no espaçq de assume com a citada frase. -sofia em todos os casos um gir que a di$cussão seja co- um ou de vários artigos die Ficamos. assim. fm que ela t.ipo de invéstigação que, com locada em t~rmos de r-oman - jornal, sem falar no. motiv_<> repre~ nla (co1no muita!! ou_ mais discr-eção e modést' a-, ce mesmo que idéias parale. fundamental dessa 1mpossi.. ~ras que poderíamos 1>scolher eu preferiria denominar de la~ - filosóficas. sociológL bilida-de que é O 'fato de eú fàc.i!n1enle) uma opinião pes- idéias g ?ra is. É em nome de cas políticas ou religiosas - me(llll<) não me se-ntir preP,a- 1 ARTE 1 ·suP·LEMENTO ,,--,,-.,.____ 1,oal de leitor - mas o críli_ idéias .gerais . evidentemente sejàm ''ou besoín". mo":'i- rado para fazê-lo. Mas a fal. · i LITERATURA co não é um leitor qu 0 dá orientadas no sen ti do dll mentadas. Por isso. acredito ta não será tão grande, p.ois -----~- · · .sJ,las opiniões: ·é um leit0i cor.te.nte .filosófica que ele que escap~ comp1et ame1:te O existencialismo ê, po.r con.. ORIENTACÃO ~ D! HAROLDO MARANHACJ • COLA~OR~DORES :- Alvaro Lins, Atonso Ro- ·, Jha, 1\.lme1da Fischer, AlphotísUS-· de Guimaraerur-fli·•· lho. 'Augusto Fr_e:derico Schmidt, AureJlo BÚarque, de lfolan.da. Ben.edlto Nunes, Bruno de 11-Ienezes. Carlos Drummond de Andrade, Cau.by Cruz, Cecília 'Meireles Ü"CU Melra. ()leo Bernardo. Cyro dos Anjos Carlos ~-duardo., llanie.l Coêlh.o de Sousa. F. Paulo Mendes l}a,ribaldl Brasil Barol<.lo !'.1àranliâo João Condé. 1,... y.y (-!ali de Moura. Lêdo [vo. losé t; ln...- do Rêgo·. ~oao M'\lndes. !\-largues Re'hef,o , Mario Fa,ustino, Ma– ove) Qan'd_ei'ra. l\,fa1e Martins. J\,lária .lulleta. MurÍlo \~~n~es. Orlando Bitnr. ()lto ~à.r:ia Carp~an;x. Paulo f' 1 n10. Al)reu. R. de Sousa Moura. Roger Bastide. Ri• ~ mar de. l\four:i.. Ruv qootin.ho: Ruy G.uilherme Ba– ·atª4 Ser.glo l\-Jilliet. S-ultana ·1,evy e- Wilsôn Martins Storni oue justifica as opiniões que r_~presenta, que o sr. Jean- ao que se espera e se e,nge seguinté, as idéias qo :3r '. · çlá. NESsa p~quena "nua·nce'' f 'a.ul Sartre aborda os pro_ dum crítico o estudo por Jean-Paul Sa.rtre tem sido escondem-se todos os pro- bleínas liiei·ários que os au_ é ertos aspectos in tftessantís_ ll,bundantem<ê'nt? expo.stos · e bl~n 1 as. todas as dificuldad.cs tores lhe ap1·t sent ain. e a s imos que O sr. Jea~-P~ul discutidos, desde l)'e}os que, d.a crítica - problemas e dL prova ('Stá na s1,1perioridade Sartre int itulou "E:x;pllcation co1no Benda, o encar am como ficuldadi>s que o sr. ,Jean- inegáv•l d·os iieus estudos so- de· l''.!.Etr:tnge r", t;>orque, o{e- um novo .rótulo aplicado a PaUl Sartre 1gnora. e que lhe bre M::iuri3:c e a liberdade, rec·endp uma interpretação idéi;i.s muito antigas, até P,e! aparecem resuroidas num sobre Bata1lle. sobre as pes- filos9fica da$ idéias cj:~sen- los que o recebe:ra'Ql corno !\specto muito pàrcial da quisas fi101'611icas d!?' Parain e volvidas por Camu:s em seu uma ESPéci1;1. de eván geJ.ho da qu , stão. ai.n.da que.. de impor- sobre a Hbe:rdado car_ romance não rios diz o que homem nJo_derno. tâ.ncia filosófica inegàve l: o tesia.na . por exemJ?lO, qU'l.rído esze Hvro repr,esentà como --É sõ.Iidam:ente en't~inchei. d.a necessidade da um n.ovo os comp.ar.a.mos com os e.n- 1 •omance, se é um bom ou raq_o n éss-a-s: ,~i;l.~as que o -~. "estilo" para o ensaio e no_ sa·ios de nature:r.a mais dire_ um msu ron1ance, e por qu: . J êan-PaUl Sà11tre faz a sua tada1rierrt~ -p~ra. a crít'c;r. tam~n t(, literã:ria. sobi"e Ju_ Pois. afinal, . .trat a-s:e: dum crí~ica líterárta ou a críti~a; de.sd· e qu, e1e acredi ta utili- l <s R~nard ou sobre Ca1nus ronüi.nce e não de uma teo- que, _gra~as à éo,murti res,is. zar um. "in,1,trum~uto. perimi_ para · não falar dos que se ria filo.sóf.jca. pdis ·esta terí. 'tência ·à precisão t ermin·oló. d!),. que a tra.diç~o universi_ ocupam dos ,rom.ancistàs nor- ainps d~- procur~la an.tes em gica., se recebe ·con10 !;iterá.. tar1a conser'vou até os nos- te-americános. "Le Mith ':l de Sisiphe", que ria: os livros. e os a,utores sã<> s,os dias"· Mas justa.mente o• Qualquer que seja · (1. nossâ ·,n,os dois romances até hoje apenijs uni. pret.exto pa.r:a, que s r - J ian..Paul Sart.re desfa_ atiJi.ld:e eotn . re.fc :lrêncla; " à fi_ publicados por Albert Ca,mus o dis,cutido autor de Les Tece aqu(. n'est(' d:iagn_óstico, losofia ' <.-m. nos,:,os d,i<1s en.caJ·'.. e dos quais O í1Jtimo. La Pes- ~IÓuqh:rs insista· .e , e,spJa1.\~!'.çà. •nQ uso da faculdade · filosófi- nada j)~lo sr. J -€ afl_'f>auT $ar_ t il. é uma verdadeira obra_ por 1?,0VOs e t•,iris.é(:ós, ~ngulQSI cda 9u 1 e npunca deveria aban_ tre, não podemos deixar de prima. .,...•, ó,s pr:it)cípios ftlo_só.úto·s qµe ona. o• o:s se de fato ex1s- reeonhecer a prO'fundezi e a É,· --port anto. principalmente ó n?.rteiam. Se um s:ste~,a. te uma cri,;,e da crítica. 1n·s- serieda d~ d-• SU'I. crí tica d.os ou unicamente p·l :i,s idéias filosófíco qevEr cq1npreel_'l:der 11'!º uma crise parcial repre- proble1nas filosóficos e guais'- que O sr .. Jean_Paul , Sartre n fléet s.Ê!_r tamept3 u ff!:a -~} téfi_ sentada pela perpetuâção de ouer que sejam as contradi_ sé intere,;,sa. e este estudo não ca. !f n<rla uma concepçao da nm estilo ultrap1ssad-o pelos tas gu~ lhe possamo.s opôr e:staría compléto se tais iàfias litera.tura: wri ér.ítico q,u~ fdatos ou ,pelas n ;'cessidàcie·s nunc·a no·s será per1n·ihido -ne_ não ,fosse ~ aqui apresentadas t~aliiJ, i.eil$ julgam~t os ti,.. o momento, essa crise sefá ga,-lh," s ··o qüe sêm 11esit.ação e d'is.cutidas. Ora: c_onfes,s'o te,rátJos ,;.'rn norp.'~' de$es prin– segll:ªU?,-e.nte de conceituaqão nego à sua crítica lit~rária: nf\o pod•er satisfâzer essa .-.xi- c'ipios ,esfêt;icos., e. na- esp'éc1é ~ riao ôe expr•ssão. desde po:·s ó sr. Jeàn_P.aul Sártre gênc:a . te.órlca qu~ a na:tureza mal e .i<neómpleta.rpe:nfe .def' _ g~té ª segµ nd a deriva ne.ces_ crítico de filosofia abre indi.Í;_ qo ·meu trabalho m'e propõe: nidç,:l .•. pÕssill ó mêsmb 'va:lq,r, sar/a e nà._tur;alme.nte d.a pri_ ciltivelmente inúmeras riovas p'rimeiro, porque seria 'U'ltra_ de outxo ,cgue o'.s t'Eallz~ e1;11. m~ 1 ra, o oue já Sàin&e-B~uve t · · T).ome de cor,rentes p"o. Htlcas S b . d. ... · por -as, ainda que a maior- passar -tat.almente .as inten- , . a ia ao izer c,11e . U!'le pen. parte delas con-tin.u.i ab '·r ta ções do. piesent? .artigo. de- ou religi9,s11_s · particular;es . =·==--==~- · s.~e ifer_me et v_ive em!)Órte ou s~ feche sobre ôs m~smos dicado à tigur ..a do sr . Jean_ Tr-ata::se. ··pois, de ·uma é'r.íti- iconcl 5 - d l" • • ) necrssa: rem~11t svec '<Jlle $On "'onzós ' em gu· e a·s colo· co-u P l S . . d ça sectária, e não devem-Os en. , u ao ª · pagina exor:!.ssion". 0 · a.u • -artre como .cr1t1co ·e g ~ P!l,ra· SÓ falar _dÓs ' n1otlernos' lÍter tttura; e depois porque, a-nar~n_os ' ~Pt)'l Q .aoaren,,e d e f'\)são profunda. '-'Ueoia . •!"l'\'1 vida · Seus ha.bitantes ocul~ Em nen)iu.m rnomé!,1!.◊ de 11m Hen~.1- B~rg' son, .P· 0 ,. 'e'-<',m'. _• é d d 1 - q_esin, t.~re .s.·"e. ,qu,e el) CO.hr , os .,. · s ·u livro · º" d' "J .., ~ , = s~ .. ve'.' . !li e, ·qU~.- ta, vez s~ ,._ " t " t- 1 ·f"1'J.o peito am<1nte JJe, -~·n tos. Como um outro pl~neta.: · . n, » · a O sr. ~an- plo. Mat, quando O crít:co justificasse e~sa minha inva_ pro.1!,u11c\ame1;1.,o~. · i.•a.r vr..-auos .f•,,.rma .bum:ana, jamais ,J:ad~- -eom .uin estremecimento h'u- fau} ·sarh:e um ex·emoto cori- sobre. por exeri'!nl9. a mo_ ra sa t isfazer . O'Úino, quasê e.píiil.~rmi:Co. E vJncenti: da bea crítica d;e -~~-~-'<:.':>-<::><~-ç::,-,::::y-:0'<::::,-<::::,...:;:::,,~'- d_ernà_li_terat~ra ,' nqi:J?-()mê'- ,fi: ;. e.sta.v;t. n.ecJssit1:da e s.uas· raízes no universo. · D.as lít, ratura: ~m priri:i.eito · Ju_ r1çana!-\ e ·que essa. li! l!i:a:tura, d p h · · · '·1· •J;(ar. porque na verdade não · V - ai_nda.' nue_ ''cgn ti nui _ ª· se íris. c&T.i:;a a . . on º-me a t el:>c r sc~lvas de si:1as melanco ias. é a ci·ítica l iterár{a aue o in_ •d L•t ~,- • -. M . . SE'US_ versos: t ão desejosos, :'.e da.<: <-e)vas d cimento di:is . . . · · 1 . a l e .. r-ar1.a - P.lrar d• .aupassanV', CÓ'll'- el C◊L't-1:0. d.e rep ,;-~_cussa- 0 .' · ;. a• ~d ·.. · ·· ' ·0. teressa, mas a crítica r ]e , , , · ·' fõr1ne observÔu o sr. Yvés · cic,a es ar-ma as em ego 1 sm · idéias; o oue e' ,_ urn· a c.oi 0 a _______ ____________ GandAn. ·vem' 'tra'zo~ a.o ' sr. :::.;,1'.,cera pàra !, tnais sr•.-,., ·e 1h "lfons· a p·ar·a e~s be.r & " - " ""' • · 0 ª "" in " e - basia".tt! diçeren_t?. 0 , em ..e- Jean-Pau, s ·art•·e um 'm·o··s·.· ll-1<'.i~ irresistível d-os lft,tl> .•s·. d e·a·- oa ' ' ' ' • -~ ~ e-ar-se. Que é 1:1m veroo r-t..r: ço e esp ' ,.,,. · ,gundp l'ygar, porqµe a n.a!ll- trú.ário i:omanescõ ·do hoiné'm. t ....... ' . ... .. ..... ... ..... ... l(l:'.eza-d.: seu ·esoirito S 0 rec1.u;a E Ab ·1 o p ', . fn,istP.oétalista m.a:s nof· OÚ• o, i,l'.re;g'4Jar. e sé ironica_ ·"O ar mão tem pêso; ~ ~ü· · ' . m r1 . . m , .. ,. . ' . , ~ r 't.t'te r effex,ív,o.·_.,. · t b 1.- . );1ildade de tz[li. o.ficld gue · · ri . e1·ro t1:o.s_ motivos que· os é~ qtie. ,~ as ·por as a ançam...s? co·nsí,,.st1 ."'·m _como_r ..eender ,,a_ . · • · · . _ . , .acre.tlita ou :pa1,_~c"- aci:ed _i.t.ar • ~o vazj.o·; ),~• ae·o· o.is · "1sc·u.t•r .·- o "'sr. · · ' "' - • -~-- ,. •'ll " , o autor de S1tuá.tions, Entra_ Procura Alfe-nsina - o ctes~t- de.sfazem-se em pv de oµro; J e°?11-Pa·ut· Sartre é desd.e . os ' r~amqs aqui na discussão de ~() de seu vel'b()b . . e ~m . (•:' r-s J,tll?,t arn_s(', s.ep ·la·rain-se; prtm<;iros l)aS;SOS domínadu :'·Nu'-mºrO D-. ve ·''Enc:o. n·~_ro'' \lm t~ma,_ fl!r)ça.Jn-entál p~ra , a as tEintatiV'.as so re si 11 ' · E~n::- b p.ii ,:,am 'a sepu cr os ]:lela d i,sCUõs~ão de ,idéias e.o. _ 1, 1, e?Cata c9mpr'eê nsãb das idéias t r: ~fementc- rec~i. Êxo't r lin- de a1ga_s; - . mo. um ~roloni!anie-nto d ~ sua ,lit~.rárias do·· sr. J ean_Pául ~~ d e amor se.mpre in út~is, e sobem carr~gadas . d ? corais. atlviiJ-,..de de 'filósofo. e por :Sartre: o cie uma defeituósa· ~ pre f:> •rdoadl:u; . . É e.e,~-~ Círculos, · isso , l!ie falta .em mu: toff e Primeir,1mente anunciada para janeiro t\ pos te- ass:m'ilação da m,odér na 1itie- cr:e um -çlia ló·e atra "')l' 3 -'ª há círculos d·e. coludn(ls; i1nP.9rtan tes lugares -aquela r iorm.ente. 'pa ra _março, !- revista do~ novos do P~r ~. r atura d os E stados Unidos f3 íábios uin P.Oemá de :'. 0 · as portas se escQn ein d~s1ntere·ssada •e inoce-nte ' ''Encoiltro" sob a direça 0 de Benedi to Nanes, Mar10 que o leva a mal intl>rpretàl' E,·evec instante de <lese~., i -;:o, det-r-ás. dos parapeit os azuls; .simpa tia que a palavrà com- F austino e' Haroldo l'viaranhã·o soment? pode rá saLr suas car a_cterísticas e tenden_ ov.e !,e.fio 'se aquie ta •;::, "oc,n_ a · á!!U'l · b r".ta em c·ampos de ·preensã-o: no sentido em ciu,:i ii._ púbÍico, por r.:io t:vos de forçà maior, em ab t·il pró_ cia,s . É u in tEma, 0 esse, d1c d'ade. Que ódeia. enf:in, !ss:i. ]nüos·(}t is: · . . a emprego. ~ignifica. Em conceção sar treana da Iit€r a_ 1:.&.nirfza. de amor? A fri ~z.,._ abre de!'>: i·t os de cris tat.S resu1no: ·p , ru;_o -não t xagez-ar xnuS ,·gundo .· nos inf-0rmou a dii:etÓri!!I da r evista. . sua tura t de sµas opiniõ~s a à âureiã o egoismQ. -t :nc't- lrcixos; · ·· ao conclúlr que o sr . Jeãn_ matéria constará ~~ poemas de Ruí Gui therme Bara~ .. respeito do romance norte. 1)éé;dàqe ~ QUe; ·noS' .ou~'l'OS <?- incuba ·grandes v ermes de Paul Sartre não é um crítico ta. Paulo Plí n.ió Abreu, Cauby Cruz, Benedi to Nu_ • american:o contemporâneo qu~ contra, nao..apena.s l)ai:a _ama- , les n1eralda;. · , .. ·de literatura; desde que ele, · nes, Max · Martins, Al()nso Rocl):a e Jura ndir B·<zerra, m·elhor se colocará . di 9nte rein. mas para ~erem amadop. ti;ança os braços inumerá:~~j11- a ·· exrmpl,Q daClueles a qu9m o -€nsaios 'de F:'. PaUlo Mendes e Ce'cil M,eira, um 'conto · d esse· Qutro livro. - QÚ 'est.co Pois não a .agita. apenas uin ~ .sr. J.acques de Lacretelle se de l\:Iário F austino, .um trecho de uma peça de ·Már io que la lit:tér1,1ture?, onde o sr. eslr emecim·into eróti<:ó; s).:a Chuva d ~ asas. refei-ia num dos últimos nú_ couto. um capítulo de · "Mab',1'', novel a ·de Sultana J ean..:Paul Sartre nos · desven- natureza é mais pr o~und:i: e agora; mPros de "Les Nouv-ell-, s Lit- Levy. além da t radução, da "Primeira Elegia d•e D.ui_ da toda a fragilidade· de seu o que lhe doí. com-0 em todos anjos .rosados téi·a ires". r'à ramente· "abre ~o", de. R-1 iner Mai·ia Rilke_, por Paulo Plinio. de universo literário e de slla. os Verdadeiros. amorosos. é cravam-se como flechas U:n1a porta"· nem.·os· · pe•·mite, 'Ab d 1 d d F atividáde co_mo· cr,ít1·.co 0 Ma.!l. · · b • · r eu, e u_ma pe_qu 0 na anto ogia e po~mas · . e _er_ . a· incansável · busca ' do so r.e- no ms.r. éom as suas luzes: que as nand-o ·Pessôa cóm introdt\cã,o de F. Pauló ·Miendes; a esse .r espeito · tudo já Joi• humano: •:1a condición d ivi- Pod, ria caminhar._sohre eles áb·ramos · nós. nt'ts,m,os. · e uma secção' de document áí:jo, . com artigós sobre O ' dito: reml:to -0 leitor ao ex..: na én e'l pecho de un fu e1:le, sem .~fundar. · , O sr. Jean-Paul ;Sartre não niotn, nto atual d;i p(){.'sia brasileira,. traordinário ensaJo puJ;>lic~·éi.o el hoi:nb:re en cuya llama qui_ Caminho d·e algarismos é um •c'ríticó líte,rário:- será; ~ • · · p ela Sra. Rachel Bespa lo.ff sie 1 ras dde 1 slia?"rtte 1 comçi 1 .ai p-àra n1eus P.é,s; quando, muito, urn homen1 ~~<::::-. • na r e:vbist a d ''.Fontaine" .de -.~o pe . ·e, v1en o as co. tun_ e-0lunas · de nutrteros ínteressado 'ªpelos prôBlem.as , novem ro e 1947. 11;1s· d0:l bu1no". Por ma:s,_qu_e p.ara e-ada pas.s<> - • • s ; ja um amor t erreno, o q,1e submarino". foge, e 'desaparece - pis.ta ___ . • ·etá _nadá qµer dizer, é ser busca é ,mís.tica. · íl b'ússotá cl~ f\Otui·na, sein' 'faróis e s err, • , u m puro poeta que importa ..•" ~eu • cQl'áçãp . Não procur a Lá vai · Alfonsi na el\tre rádiQ, perdendo-se na brlL ' Leio- o livro de D rummond', m~díocre. ins~ante de pra~er curiosi dad-es; par esse mar ina da cidade,' indife rente a:o I e o NG R E ·s s o . releio poemas que conh eço quem silsi;>ira por "La mano " que à recebe. · drama do avião soLitário . · · ·· i de outros livr.os seus .. -E é que - posa.rse; g,r_ave;_ sobre .. ,tu - . -- - · Ym'á · 01:t · o.utra--ve± ' cons.~guirá· · ·- ·· · _· · · · . · ·. · . assim qµe a po~sia ainda à,s espaldà haga nopl.~ ·tu· -p~cho, "Torho;.me Iev~ ·você . captái, em i:'.idio · de on~ . . vezes desce sobr.e mim: nos generosa tu faldà, y :má$· hón- a 'carna cai ·de ' meus 9ssos. das . ctirtíssi.ínas, um:a re-sso- ~ livros dos poetas-. Ela •não dos los $1.Íl'COS' creadores .. de Agora.; ., . -ri'.â,h'çia qüas·e~' ,a}iaga'd·a que ,. DE p o· E' S IA vem nas asa~ , flain.ejánt~s. c:(e tl.ls si seis"-. · E assim vai a pa_ 0 mâr -sob.e, p ~t o· canal ' vem de""'ol1tro planela e de · · . ·. "· ' .. u1n· anjo nem se anuncia no ciente Alfonsinà por selvas de minhas vértebras. óuti'a cfdadé '•,•;;?n ,•·' ,nguagem - t :·<'1\l d• trombetas h•ei'óiv.à~ .intrincadas. - e tão tris te A<tora . . . / de "di'fícil•' tl:eçifr~~ão: Você nem é seguer ,'insinuad.a, em que tant'o J'i ê&mo chora.- pois ·oºc€li roda pe\o l'eito f.'screverá ·essa mensagem e ., , ,. _ _ , . di,ce sussurro, ,pelo telefone . tudo sm seu mun.do j á . é uma 'd ? 1ninhas veias. " · p·ensará tel' ·f eito 'un1" po-:ma. . - - , - - ..,. - - - · Ela me chegá .,por intéiimédjo única e a troz contradição. Agora . ' Guarde-o, na .gjlv.eta . Não . · (Conclusão da 1.ª 'pág:ina) a-0 cartéiro, ..m volumes re. ·Pouco· lhe r!,lsta a fazer:· ·o sol! O ·sol! procure ser ama<lor nessa : ~ · •glstrados. Seria, co1n.. grati- Se o amor é então .impossiv,el seus últim'os fios · ' técriicá sÚUlíssiina e ·difícil da como grande àssunto po_ e'xiste nos poetas . ®o que eu haveria de escre.: - ela, que •~como al gi.uis in_ me envolyern. 1t1e é• a: ··artê poetica . N-ão se ético.a caot leira loura d:i. A- De u :ma pedra no me io do - ver aqui os nomes tle todos secto p erezpso y b,?ll'o" _nas- me 'i:7,_pe-t<·m: • · t· ·· ransfotm'e ,;m ""bissexto". ; mada? Agóra, -pergunto eu: e caminho dê umá rosa,:, d:e um os poetas - :velho,s amigo_s c , ü -para os, a·mot, - · aprende_ soh un1 fuso: ·• 'ffi.t,poosia é incomunicável. · se a Amada ·tiv~r oi.. cabelo~- ·retra~o na parede - ·o poeta · ' ou d esconhecidos - qu~ n1~ 1:á- :: despoj ar.:s1;- de sua · coil - • •giro. · gi:ro; gir_o, g_iro! . · ,...,, . • · "F-ique: ·quieto no seu canto, castanhos? E se os tiver en:; extrai ·poesia . E isso m~ le_ tem pt>ssibHitado. ,essas bre. dt~ao: aprtonde11a· a morl'e.r. Assim s~ an teve >Alfo-f!sina,. · " carapi.nha·dos -e ~gr:;,s.? 'E va •a. pénsar--naturalmente em· v ~s e·xcursoes a0,,.país da Po.- ··cada tei:itati<va de amor ·não E as sim se cump1•e_. ,. Ha c.s "N'ão ànie", se a Amàda ·for calva? Carl-os Drunimortd de quer.1 esia. Não é póssi-vel, serial fo.i, já, na verdade, um i:n- -q_ué :·m·orrên1 na:tural~ent~. " - àéôn'sellíoú •o grande nJ_ Rec~ip també~ que se .. p_er: acabo tle reC'eber o volume uma li;;ta gi'.aude dem.ais para. saio· d.e morte? ·Mas é prec; so E 'desses devê se.I'( o •re,no °eº , êta •quê é Carlos -Drummon·d. . cam os- congressistas num ·ln- •~Po, sia até ·agora" ,· cole\'ão u1n artigo que não é .·de cr.i.. 'insis tirJ "que el art.e de m-orir céu. ·l'vI:as os mars sensiv:, 1 s · de A'.nârade. E ' é- por julgar ter.minável e insólúvel deba.i d-e todos ·os seus poemas es. tica - literária , Aind~ agora, ês cosa dura: se ens'aya tnu. uab moi:tem: "são 'mortos. _E •· qu~ •êl.e•· tein rázão -- ' a pCr!:.. · te sobre •a -párticipação dos · critos af é à dil.ta - da publica.· quas~ 'j.unto .com o . livro de cho .Y Jl~ se .a'I,>p~nde 1-Hen" . oi.: que 92rr:em, .a~n;i.s; ·- '.:>s~a: é ,i.~c~m1.p~ícá_vel ~ que-, poetas na política. a e~pfora~ ção do livro. Temas . tão a- D vummónd, recel:)9 o de ou. - . La , vai A_lforts:na•,po_!" s.ua ,s r.oortos füca_m . E Eleus ,. se · fico meio. 1ri'qweto s01:>re - o ção de -temas po1i~ic0s a. tal pa.ren~~inente, .i,nsignificàntes tro poeta de Minas, mais jo-. s ~l~as · de õ;efa'e:ng~no, tao e~; ,;:r,1npi1:,9.-eç.i: d-e}es. Ma.s os ptó:i..'},~o, · ~~ng-ress~.-- So~r<? discussão -eterna sobre arte e humildes sabem inspivar vem: Bueno de Rivera . ..'-'Luz pe_r1ente ~ res1gvl'ada que Ja ,que sao mo-rt-õs - pela •me. ·qu& "'d1-stut1r'ao· o.s ·congress1S-" pui;a con:tl'a arte inter.es: sada, ao gi,,and 2 poeta notáveis · do- pantan-0". confirma as. a_l:.:. n ém ama as ci 'iat uras rio que lari.colia:. . ·p elo ·egoismo, "-·por, tas? Sobre' ,a conveniência ou arte dirigida, arte social, se- versos, dos mais puros , que tas . qualidades maiaift\Sta.das1 ·são. mas em seu : sohho; ·que não se t~rem podido dar - a iriconve'tl.iência ae'. c~r.tos ciaJiz·ànte, socialista, ou ·que j'á 'Se escreveram ,em língua em "Mundo .Submerso", s~u·. é ;mes-r.qo capaz d-e · arr,á:.las •dessés é o reino da ·:terra. temas? Determínarão, -· após melhor nome adotarem. ·portugu~sa. Dos mais putos. volumé de estréia. E'ffi ôut.t'as que elas am-em - · Esses serão leinbra'dos até o longas . e acaloradas discus:.. Or,á, a poesia é inconinnl. O qUe me lembra ândré Gi- â Poesia - dona esqaivai tão humilde se ' faz o · ·amor, fim dos· séculos. até os- · J-\O- sões, que Deus é' l'a·zoável as_ cável e inde pende certa_ de, . -naquele' trecho de carta . - está em todas . a,s páginas ;i_a; · de~i:~de~ra · te'r:\tàMva . • ~a-- mens apr-ênder. ,m com.o fo- ,._sttnto;-q~o~a.s u de ll,l'e~'te ·dos congr~ssístas., Nã<? d,e Alissa, -em "La porte é- desse pequeno Livro. Mas. sobr ev1vencia. Ve'rb'ó di;f1c1l; i·am l'J)or-tos· é ~ -· arrepende_• mQda qu.. nao é aeo lhá- creio que ela e:k1sta em D e,us troHe'i: . , ... ao t erminar s ua Ieituta, ela/ â _ar-s~ . Dí~ciJ. 'i:ealizar, 4ífí_- ' '·ren1 d'!!: morte inj'usta . ·•que · vel ÀJ.11.r.~no,9 olb~ g ucos nêm na misér-ia do protetá- ·"Vou ta1'vez t e in,djgnar: .eu me esca,pa. Onde a eneontra- cll. ,renuneiar. ·-- " · · -• " lhe'.S fo1 ca·usaq-a.- Que tod·os - de Jósef1na e qllé -e hi.- . rio nem na éôr- do·s olhos dâ dari'a gua.se tod9 ,·SheHey, to~ ·r ei novamente? Pode ' ser. na · O '' téi:n,po vai passando. · os diàs p,~,'a,lg.ttéri:I va;í • 's irido póte&e. nenh'uma, ,ti ve-rá musa.. -Não. está nas -igrejas do ,Byron, ,pelas , quatro. 'ôdes e$trela Aldebaran, ou na sala. I~al _ao ten1por só .o ma r, • causada: ' en1 toda -- a par-te. "El-ógiai:- Em versom-~ c11-·" rtenr- nos cat:hpos de bat;i:lha. ··de Keats que líamos jttntos de espera· de •um cinema,. ou ~m ,seu ':fl.uir i~~t'lllináv1:;'l. Para àj'lidái los/' serv!'!m '~ ·os .. beléira da Allíâdíí.1 OU ;e, n•em na, crise econômlca, 11em no verão. passado; da m·i;sràa. pode 1,er ·apenas .::llí n a esqui– Ao •alcance. da mao 7 E --ta.o · monunrentos ;, Como · o ., que · pelo contrãrlo se · o ttas -ruas qes:ertas" de ·madru_ ,forma qúe daria to.do· H-qi o na. ou.- tal vez até mesm o_ - pôd-eroso-. --•Env.qlvente,. ,Se.; •· a~ora·, S& "lévahtoU" a Alafotl:sí• ' que•'ftear decidido na 3 ses- ' g. ,1.da , . .t\. poesia não mora no •pur alguns , sonetos d~ Bautle- quem sa_bet - .,no próxun.o ereto. Vida e motte; mort-e e ·na.. .. - · '· -~ ,-<: • • são pleniiria, for l''~IÍI ndá.: oal'. A poesia simplesmente •.lá.ire. â .pàlavra: grande 1 po. Congresso de Poesia . , •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0