Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

,IIUIUIUIIHIIHIIUUHIIIIIUIHUIISIIIIIHllllllllUUIIIIUHIIIUllftlllllftUUIUl!UhC' . . Das viagens passamos à t r adução de livros, é êle me pergun:.ta, sem que eu ·pudes– se da.r uma resposta convin– cente, se a tradução brasile.i. rp. do "Les Caves âu Vati– c.in " era, boa. Disse-lhe sim. plesménte que l').ão a, coQ,he– cia, pois preferi a ler suas ob1·as no original. A editora Ides et balendes e$tá agora publlci\ndo, em ~ição à parte, tôda a sua obra de t eatro. De repente, faça.lhe esta pe.rgunta: Qual a sua pe~ teatral que go.staria .de ver traduzidà em: português? l!Jle h~ita, e quer. ai;iW..s ~ • ber se é para ser montada ou só . tra,duzidà. Dependeria efi– tã-0 de conhecer' os ar tistas, as POS$ibilidàdes . do teatro · bra.sileiro, etc. Mas, a;fi])al, acaba Por me}lcionar o Pro. cesso de Káfka na versão teatral organizada. por êle é por Jean Louis Bai:rault. As· t sistí a. peça em Paris. Mos. tra..se in,téressado em saber da minha impressão. O pi'í– bJ.ico, comenta, s6 vê o lado estranho da peÇ&, o jôgo não natural. não realista dos ar– tl'.stas . Informa.me, satisfei– ~. qu_e a peça, vai ser repre. sentada em Londres e Nova Y-0rk, e gostaria- de vê-la num paloo do Rio. Timbra em s.alie_ntar o 1>.a– pel de Barrault não somen– te cómo ato.,r mas também como organiza-dor' da .adap– ta.ção à cena · i;Jo poderoso e estranho livro d!' Kàfl\'.a, a quem oonsideta: uma das fi. guras ma.is ·Qllfgii'{ais e f.asci– in,antea da lité'i:atura contem– porânea. Ressalta' o c.àráter 11,tual da obra de Kafka·. Ni0. tl!-se o eno~e in.t'erêsse • o ento.siàsmo mesmq, que 'em• presta à versão teàtral çlo Processo e ao seu.. êxit-0 no palc?, êxi;to q1,1e á tribui es– sei;icialment.& a l3arraUlt. É nesse momentó que se levanta e me -pede o nome por escrito, é. d'epois sai in.do procutacr não sei o que nós seus apo.sentos. Ao passar por minha caµeira. <ibserv.i que eu deixl!,ra cair do bólsi> qualquer coisa. dé JmportaU:– te. Olhç,, - é o meu bilhete de volta a La,1;1Sanne. E êle ~.ntra llé no.vo ~a . sa)a-, com um livro. va, mão,.· e pede a- ~ l.\ela coisa gue eu deixara · c~r. Cgrnpre.endend'-6, eri.t ãç, que é para corta,r as folhas <lo vol ume a.inda fe~hàdé;>. Casca\rio os bolsos e não en. contro a pas.sagem. roe ob– sei:vll: - Alors, ma,i,t1íenant, VQUS ne la trouvez plus. Eu púx·O, porém,. um máç'o de cart-õ~s do bolso, e lhe dou. · C.om isto. êle àbre as prl– :t(leh~s páginas .do volume. é escréve uína dêdicatói'ia·. Em seguida, me .entregà ·o liv,ro. .t o Proc~?. sua ver,sã.o pa,ra o t eatro. Eis a peça que me indica · para tradú.zh :. , Ani1'1).a;.:. ,me a vert,~-Ja parit o ,pott~– guês. confiando. que eu consL. ga lêvá•la ·no Rio. A.inda, ao ·sair, . augura:,,,me .ê;xito no· em. 1)J.;e.endimento. , _ . E me dá precisas inlorma.~ ~ões sôbre a, ·pessoas com quem d_evo iJitende1<me pa. ~li ~ . traduça,o. ll:le. · pessoal– menw, , ~ã_o :~.e ocupa ·. ma}s com. essas co,1sas,, • • • •• . O seu espírit o akrta . 'não re deixa· a,paíí;hâr ' des'preveri:i– lo. Retém.se ,deliberadafu,en-. te à borda dos )gràv'es prob1i: m~s . e dàs . gra!}des questões tr;>rment.osas, , Respond~ se~ ., J?.re d.e golpe, , pa:tta'.' '<íup nã,o haja ,seguime.nto.. no . deb'a~ . . . . ~ . . • · u1111um111uu11111111n11m: 11111111111111"11 t,éressant ce que V'OUS me di. tes-là. • • • Gide em casa é lépido. enérgico e creio que irrequi– eto .. Não pareceu-me homem de longos r epousos. Não . é da familia dos contemplati– vos preguiçosos. que 'pàssa,m, quando não estão escreven– do. recostadoo numa câ'1na MARIO PEDROSA (Conclusão) ou numa es pregu içadeir a a ler livr os ou a s.on11ar . De pa.ntuflas de lã, un1a blusa el).we·aberta, o p·escoço enro– lado num lenco de 1Jeda. sua vestii,nenta simples é quase austera. É extraor~inária a fideHÃade com que as foto. gn.!ioas r ecentes reproduiiem aquêle rosto severo, compr1- d,o, onde dois v incos p rofun. des emolduram os cantos da , , ... b ôca para tornar a face ain. da mais alongada. Os oll).os tirilh antes e alertas saltitam sob os óculos, de úma sali– ência el;).orme no conjqnto e dão vida à paisagem s.ul ca– cada do rosto. Quando ri, escancar.a, a cer rada fileira dos dentes. Ri franco. A ca. ib~a Se apruma, n um acen• tuado ângulo com o corl)O. Considerar, hoje em dii, a MARQUES REB:ffiLO e.t:a s~u de fato, embo~a não omúhica ~ómo liqguagem it_l,- soubesse bem ·O que era seu. ternacional é COJ,Sa: qu,e saiu (C • h E s 1 1 E ningué'm sabe falando do rol d,.;. chavões para se opyrig t · · · · com e:xe usi\sidade Pal'll verda.d .e, o q' ue é à m·ú•sica ..., a FOLHA DO NORTE, neste Estado). alinhar no rol dos dispara.- brasileira, ~ ainda menos c,o- tes. e felizmente j á há inui_ E não é por outra coisa nha. exist ência recen te . Não, m<? será. ~s influências que t~ gente .de importância no que Strawinski há tantos ]:\1:as porque a, sua oportuni• agir9,m para a sua f ormç1ção assunto que pensa assim. anos longe da sua Rússia dade só apareceu verdadeira- foram inumeráveis e há ain. André Coeu~o!,; por exem• continua .fazen!].o O poss{vei mente agora co·m o tádio, e ~a muitas recentes (o "jazz'', plo, no prefacio ·do seu "Pa,- ,para ~rsistir como l'USS-0 nas com o cinema sonoro . na.cio. para citàr uma delas) que no.ra, ma da Música Contem. suas aventuras sonoras. Não nal s6 tende a melhorar. continuam â se processa'r. porânea". se ' insurge confra. se afrancesou, nem tampouix> 0 rádio, tendo invadido Mário de .And,r~de frisa que êsse bolorento pteconceito c_onverteu os franceses à mií. ~d~ as casas. tinha. forçosa•- ,até 'O. éa,ri,to gregoriano, en- e fomece inte~oontfssimos mente que satisfazer os in- sinado pelos padres d_urante t d tr SJ,ca.. Tussa; como fizeram, e:rn • , • é 1 d 1 · - t ar.gumen o.s para emons ar s~culos precedentes. muitos ter~ses _da maioi:ia. !'fp pri~- os s cu os a co on1z~ao, e- .que a música é, e não pode italianos domiciliados ein cípio, ~ao se _sabia bem qui,ns v,e a sua contribuiçao não deixar de ser, u,ma manifes- eram esses 1nterêsses e as peql,lena.. E o agudo pesqui. tação nacionalíssi.r~a. S9 não Paris. O autor de "Petrus- ~taçõesinhas i n c i p 1 'e n te s "sadór relata que de uma se compreentlia isso no tem- ca" quis consei;,v,ar intacto O (cheias ãe amàdores) se es. feita, Ol!,viu,' em pleno Ama• P9 em que. no mundo civili. çaráter nacio11al. . porgue , :Qão fálfara,m po.r apresentar lon- zonas, uma ~puia cantar, zado, as classes chamadas ignora q,u~ é a única· manei:. gos ·progl'a:mas de solos de p;ira adormecer o filhinho, "cultas" estavlµ]). açan1bar- ra de interessar nos · presen. instrumentos · eleva'dos, de um de:rormadíssimo "Tantum ç11,da~ pela mHSica . iilemã .ou· tes dias. · é?n,junt'o$ de câmera: e, prin. Ergo". e em latim .•• it, Iianp.. . O a.rguriíento é iria· O brasileiro. em regra, faz c1palmente, de rnuitl! ópera. H p je é o cinema sonoro tacável e a. prova disso· é que questão de nascer sob o sig- Ma_s nem a ópera conseguiu quem -traz..maior cópia de assim que começaram a apa. no da música· O signo, no satisfazer a maioria. Foi contr ibuições·, e de tôdas elas rece.r nos salões das metr6- séc,tilq passado, foi ita1i-a.no. quando houve a descoberta vai-se aproveitándo o mor_ poles eur.opéias novas ex- Foi um pouco mªis nórdico do morro. Virgem. meio eles- ro, .lenta e inconscientemen..– pressqes independent~s. chei_ no comêço dê.,ste século, A- conhecido sem atavios sem te, par.J, , da_l,' a tudo, no fim, rando quase selvagem~nte à gora é fran.cameht9 no mor. di,s(a,r_cés, · ê}e. desceu p~r-a, os o jeito nacional. terr.a .de onde P,l'OV~nbam, ro, isto é. da. capital da ·mú· estud1os. Era O sa,ngue que Isso não implica num elo. começa.raro a se man1!esta,r sica, nacicínal. Já é um bom as estações precisavàm. Era g,io integral ou sistem.ático as inc.ompreen,sões. mais ou sinal par a que!ll ta,?)to viveu O san·gue que os ouvintes pe- da nossa música popular menos ruidooru; . Faz algum do que vinha de fora. (N,a, diam. Receptores. e emi.sso. atual. Mas é inegável qtie tempo tive uma prova disso; -~úsica, como no mais, más ra.s se multiplicaram. A de&· tem ela, urfi valor. inconte&t á– como um francês bem elas- aquí só se trata de música). cóberta valeu sob todos ós vel: o ritmo. :E: êsse ritmo se média; em a•migável cava,- Quer dizer que a nossa m_í:1s~- 111$pectos, principalmente por propa·gado ·pelo rádic;, numa queira, ridicul?,riz~ - nã,o ca vai rea11nente começar mostr~r que o' povo tinha insistêncía gue ainda deses– sem espírito, co,nv~hhamos, - agorà. Não que o morro te. necessidade de ouvir o que pera muita gente de , inteli.. a ' música espanhola, Classifi. __ •gência curta. é que vai cri– c~ndosa de "mú'.sica de C.3$• 1:--<•-•-•-•- 0 ~ •-. ---. _.;.., ando a consciência, musical tànho1a.s", vi• 'l()g,:> que só DE s N ! d,o nosso povo pre.paràndo co~hecià. a res_peito µifamér. lJ D o s conve:nientemen'.te o .terreno rimas zarzuelas e 1)asos drO· . , , ,para, as pro.duções" w:~iores bles; e fiz com 'que êle ou.vis- de amãnhã. , ' se tim disco - ."Y ida Brev~'.'. . O esfôrço dos nossos com- de Manuel de Fa,lla. O gau_ positores de rnúsrcà nacional lês, depois de esperar o t eq), Juan_ Ramcin JIMENE% séria ti.nha. sido, até ~m po todo !)elas castanholas, pouco t empo, um movimen. de sorridente, 'passou .a sizu. . A lua- era cinzenta e B.eethoven c!torava, to difícil de gente culta, so- do, e ~erminou por di~r. ilebaixo da mão branca do piano dela. . . frendo os mai ores embar aços muito dogmaticamente, que / por -parte do: público. O r á - nem' êle nem francês algum. Lá, na safa sem luz, n a, enquanto tocava, ~io, valorizando e difundin. poder iá sinceramente "sé~- morena de lua, era três vezes bela. , do o morro, veio façilitar ti.r'.' tal ,música, E ~ ,dePQl- enormemente êsse trabalho, mento, típico do hoII1em m.é• p reparando o audi:t6.r io, e . . ª dio do seu pais,' nãó tolda.do · Tinhamos ambos en$anguentadas as flores tal ponto, que os nossos rec1- por qualquer esnobismo cut. do coração, e, i,h, chGtavamo~ sem ver-nos,;~ talist as mesmo tendo estu- t ·ur' al · e d,•i' O' va.lor que }b,e . d d dado n'o estrangeiro, já sen:. , " Cada nota ab,ia· uma feri a é amores. . . · de i tâ • d elllpreste! . Aliá!!, êsse ésno- . . 0 tem a gran ll\POr ncia . e bism~ apesar de tudo, quan. . ...;. •• ; E o piano pri»::urava compr~nder-nos. 'incluir peçás brasile~ras no do ·ex'ige progra!Jl!l inte_r~a.~ repe.rtório: cfonàl' variado num coricer- . Mas o morro precisa cop.ti- to não qtier di:r,.er turismo Pela janE-1à aberta em brumas estreladQs, nuar por muito tempo ain- so~oro refestelado na poltro. vinha'· um vento ·t,ist·e de mundos invisiveis..; (ia n:a sua função educ~d,o,ra • na -do teatro. :t impossi:vel . Ela me ~,g· untav.a coisas ignoradas -E. pará isso, é pr-:,ciso_que_se âo esfor 9 a,do. esn_obe. , ':S.~- r•· mantenha puro, nao se deixe tir" na mesma noi,te musica e eu lhe respondia coisás impossíveis. '7": conta-miriar pelo . "falso árabe ·súe~ . havaiana ou morró 1 ' e' muito . principàf . b{rmâ'nicã.- i_ I?:i.:eciso ., fa_zer- • _ Tradu~ão de MARIO FAUS'TtNO - ,mente,' pelos nossos. críticos, lhe a devida 3 ust1ça. de Jl"tnda e julgaqores de músicas ·car- ter algumà per$onalidâde. _.;_.,_..,.,.....___.. ~•.,"" .. •,,."',., .. ,,;~"".,.•"" .._____,___..,,._..,.;;: nav_alescas..• ,~ ..,.-~~..,.-.~~ -P~~~AOC,OOCCC -. .. . ) . . . oc-o:~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE • · - ' . (Excluslvidad:e - c1a · FOLHA ,no ~OR.TE. • . _ 1 · neste E11tado ).. ou ·aprófitndamin~o _aos~ te_ - ,, S§t ' nroeu.rou .rrea]Jzar •µ~a ~rtto;o~i<!. .'~ll;ll_dl/ll , d;e p_oes!a que houve foi a seg.unda guerra' in;u:m!'i,a,1: ~ .. · • . . , 'contemporânea . Anoologi?! que . le.m!'>r9,~ ~rµ . ml!,Pa. '. .D'esí,à antõlogia 'que reúrlé poetàs' dos grupos ·anglo. .' O ·. m'.µp'af aôer,tô sôbre, a '1t1eS.J,'_e ·n!>,. q,g_~1:. ~ ~º-~ ~ deg_<> sax,ão: :latino, 'eslâ~o e germãniêo aos'. ~ Ja$ de. COmU•, · 1 nias i;uscit-idos. ,.L!lvanto , :à gu~stão d; 't oroance., na . súá obr a. j~,., que . êJ,e' · consiã~r:ã, i"L;es·. Jt)a-µ,_x ,. Monn,~xe.1:rs•~ cg– tp.9 seu. un1co ro.ro, à.hce. 11r,a.• ta..se . ,de :rqinha opinião pes. ooal sôbre- o gênéi:o, respó.n– d~. e s,eria longo deínaJs de– senvolv~.la aqui. . Menciório '"'Les C.avts du 'Vatican", ~- e ~1~ repl ica, gue não é ol;ira - :rri~ito s'êi,ia ;p~'rà aq'µela ,:Clà.sa :o;~i~Ç:ão; fê-lá pa:ttá · div.e.r. t1r-se. 'CF9i aquí tj"Ue me pê.: - .diu . 1(lP~í!)ia~ , íla ti:ãõuç~g pol,tuguesa). . Sabendo que eu éSfa.Ya lendo o ~.eu. T~e,é.e, . . :S viáje,i.~o;' o le.itôr..'' esqtieces~e . ~ tn~teza cot~tl~ana. OU• . ~niã;i,d8$. aifrieán.~ e di tt ibOS:-•iridígen:as, do 'sudoeste da . S . í rá àmJ:>is:ão maiQr era-:faz~r-dês~e_. ~q;lume lUX);, sfm~,Q1o. -Ain~rica - ex.tráimós, por tradüção indir~à, QS•.· tr~ , ·fi' dôs novos tempos, cog1 as poss1bil1d,l~es de ve~~ui~- r,oeroas. que se seguem: são de ·Sigbjoern Obstfelder , de e rnóvi'.mento a, f<>rmarem UIX).a_,grall;de oonsc1enci.é.l <Norµe-ga) , F;edrik Ny:gaard (Dinamar éa) . e Julie·n t.l intérriaéio~âl _:. "gr,açá,s -à. qu~l, ~e,1:tr!) em. po~co, as tu,V.:!n:i.:- (P,o.l'ônia') . - C•rtos D~IÍd de Andrade, S. literaturas naci!i!iais .serão. subshtu1d~s p~r uma arte Dil'iÀMARCA Eles levavam qualquer § . EU OLHO morada dos home~ , · (~redri~ Nygaardl ' , jcojsa ·~ià escadaria 'I ' (Sigbjoern: Ob"sUelder) • ' ,:' , Uma vaqµln.ha , negra , · · . -Olti~ 0 céti .b,rahco · Nuvens âcuniulam-se, - e wp:t." galinhâitMa pela escadaria .negra de • · as nuvens cinzentas 'i®l désapa~ece. um moinhozinho •· • lmad~u-á.. . ·o ln Ó sol s1H1graindo üm ]:loin~nztúbo E andaya, al)da~am. des- diante cl,e uma cbse rvaçãc, ou qualquer coisa que Ih.• chame a atenção. , Os acontecimen l0$ públt– cos contemporâneos/ o aba.' t.em , e uma referência à n1or,. '. te de Gandhi lhe anuvia • · f i1donom.ià geralment e · 'ale-- · gre. A propósito, indaga se eu lera, em ~ombat, uma de. claração sua sôbre o tr.ãgic<:t desenlace e a. 'transcr iç ãó. ainda a r espeito do Mahat- · ma, naquele mesmo· jornal parisiense, de uma <i'e stiasi últi.mas páginas de jornâl- ' E 1:1. havia li(lo sim, mas êl~ acrescentou, chei,o de· ·ang(is. ti,a,: Sua morte vai a,cen cl.eJ" uma nov.a- guerrà de reli.i gi~es. Não con.hecer i Gan.– dhi; ,conhecera Nhllru. aue. o ,visita~à por duas vezes: e ~ queii.l admira. · { A conversa' estava · finda,•., Ante~ de nQS . levantarmos_ ' os nomes de 1,fal:raux e Cai. m:u., vêm à tona; ·e por 'am.' b6s êle não esconde suas simpl!.tias. A inerição de G!ltfdhi intr,oduz um poúoo 9e J;)Olíti09; na conversação. e I~mbr3Atos en'tão que os co– munistas não o perdoam.J "Desde que vl,m dá Rússia; que êles me detestam, Mas só esci:evi a v'er.dade". Qua,n. to a.os ataques afuais.. a ·quê faço referência, êle me in.. terro_mpe, para. considerá -los como a coisa mais natural do mundo, pois diz, simp~es- :rnente. sém hesi-tação: - c~est , la gloire. . • •• Levanto-me, e ele me acompanha até o· saguão da saída em ,seini-,obscuridad'e.' De perto :ve-se que está maia énvelheeid;o do. que apar.e.' ce nas fotos. Falo-lhe un'i pouco de mipha viagem ~ Alemanha, a Berlim déstam- • paqo, ·Ele se recosta à pôrtal' do corrépor, e· afi rma: - C'est ·domage que je n 'aie' paspu vous retenir plusi lon-gtemp$. Je regre tte . de v·ous avoir reçu ·si mal. . A Ufll gesto meti, êle ill• · , si;,~ : Oh.! J e v:ous ai reçtl três mal. E acentua. pesando mesmo sôbre o "três mal". ~ ;a,crescenta que. J?Or i.nf &o Iic1dade. há ainda umà pes.· soa- muito doente na familia, ·"né$Se quarto aqui", e · apon:!1 t a par a uma por-ta em fren. te a ·ne)S. . Por f im. êle junto a · uma e eu día.nte · de oubra porta. quase. com a mão no trinco• indago.lhe dà s a ú d ê: Nãç,· está passando b em, i!f sobretudo s'e ~en tt.'· extra:. . ma,m-ente fatigado. E como uma última sondage·m. C(Ue~– ro saber se ~stá escrevendo muito e o quê. A resposta; , co1n l igeiro sorriso, é um· "!'Jáo" exclamativo. seguid<» a inda de um "muito cansa.• do". Com essas. palavras. ·de:.• aaparece·mos ambos · simu1. ;, tanea.m:etite, cada qual por sua porta . • . . ,, . De cansaço e fadiga é que se q j,téixa constantementé. ' o remédio pa,ra ca nsaço é ré. pouso. Mas n·ele · o r epous<» que pro.curá é, ·sohretudó; ~ ordem intelectual. - Sua 1.defe. sa cohtra· ·essa fadiga. perma.;. i nen te consiste· em Jgl!ai'd!ir ;,.i i::.otina dos. dias •é à ca)Ína ou· a . moderação d<llS perisani~n,:, tos. Q,uanto ao físico à i~' pressão que dá é · a · 'd.if es-ta~ s~pre .pe,rarnb:ula!!dÓ. por a.:· qUele .. enorine e:asafão. ~le ~ guar!,la como um ·Goethe; masi n,ad~ tem· de óli.mpico •rl'eru· d,tt'' subl1rnê .. Tem antes a at~" Wde de. um mand1i,r ini' ebi--~ nês•. -~a·s •.huni,â~Õ· 'ê d ~s.pa :!', cq.ido.-·P.r°'tElge,.se sob,t~tú~· Col)tra s i in~sroo, êÕn t rá '81' eterpá cu,riosid:ade o 'int&• ," s·êS!je qué :riutte 'i>elai coi.saà ,da vida. · Etn sua ,"P.oéti(io~1 :êle diz de V:içtor Hugo que ês,.' te ·~stá sem~re ."ein 'Í'épres,e~";j taçao". E o compata a Got>the·;. de' quem êlê mesmo j'á diss; , • . ~ • . . -., - ~ ~ • > no ~~je_to de Paris a. Swça. 1 indaga se ela não· é <te difí~ cil . acesso ~os · .estrangeiros• • • •' . '• • 4 po:s .q_µe a e,i,creveu num!I- Ii~- gtiagem intencionalmente ar- ~ cà'i$nte. Qbseriot -então que ~Vi.tas :ve.~~~ ·ei!/!as expr~sões ttrc~rgas 1,m);),.ram , -~ nosso ~Tho••Po:(tugu~. _Sua, ca.oe : ·~ ~ma. a . postura de p~á'- ll o O _ , ' Olho hom~ bem VCI$. • h - fciam, · :· ftidos. . e sua cas1n ·a . com seus ·gtiatl'o choupos·: murmUJ:9.;Vlhn qtfa lq u e·r Então é isto o. mund<>, e.· casa dos mundôs.1 M:ulheres sorritJ.dO,,; tua vista aba.rca looi~. fala.vam . ~ valos ,curvados. tôda à DiiiamarcaJ inclinavain ' S: cab'eça_ Vma góta· de ch'livá... A$ ~ tf;v,edns, cômo ?'t5e . ·o ENTER. no . . . . . · · , · peí.9a aa. _ . ·""' , sacudi~m a c.abl!ça, SI!~· ;;e queria•.e se !.'é-~tia. · sell).pre e.x11mplar. ' E G1de?,, N~~ se póde'rià a.firmar ·. 4êl~ QUé. se quer· e se · se"1 te séiri:. Pie viv.o? ·Quer . dizér ~Ôm Ó , , flaji?o normalmente· ·• expósto ' às c1rcunstâncías' mas. aõ mes'.:; mo _te~ po; se cuitlanqo. se i medindo, se. retificando? Ai altura da vlcla. q,ti~ .. a,tih,giú; 1 ..uma. tal atítudé te'nEle• na~ . tura.Jme.n'te, ll, 0 p,eud,ér par~ o lade da aúto..defesa. E ' no, , l'O qJte rsi::,11t:a. ~- êJe sorri', • ~!t~•_ pl>rqlJ·e gost.9.u - d& ~vas:ao: ~ - C'est ~res in,. , Olho as casas ,~1~ - , . (JuJ.ién Tuwim) andavam, andav.ain, des- . olho as .tnll janelM · • ., ' fçiam. , , ·; f •tôr.re distanté. Ol)lo ê otho sei;nJilrê. o. candieiro de petrgl!;o A neye_ wmbava, estava - •. · , ~ , . !Iludo é. tao, estranh,o, - /der.rama,va w:n cl~rao • Ju.m1do • · . .. · . ·Isto J '. ~i.ii , a. ~erra, . EFre.i, :pois, d~ _te~~~? . -, . P.áli~º·. . . , ; e e1e_s r~tprcl~m ·as .mãos. ~ ~~~~ < , • fll?do, f\'Z- ~o 1iela.' .com re:.· mo119i:; -~e certo: mas 'efeti.:." vatji~nl:e. r ' : Lausàn~~. 4 de fevereiro ...... tQ4Jl_ \ - _,, •

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