Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948
• ' ... ...,_- 1 2.ª Páginà·, . FOLHA DO NORTE· Domi~go, ,4: ile marçó d~ ·-t~48: >; ~ ~ ·-:------------------------.....:.-....;.;__,~----'-------,---r--- :------~,- - ------------..._ .. , -'------'--...S.C.--,----'----=--·-~ ~:. ~ . '. • j .\ • ' • 1 ' ~+mu1u:u::n:ui11u::::11i:1:u::uu1::uiu:uuu111:uuuuu· · • ,. ,~'" ,, • . JJ DIRETOR PÃií'i:ó MARANHÃO '· ,.,_. ~- . (rL TIMOS LIVB.OS ,:, . . ' • t.,. l -AR- · TE_I SUPI-EMFNTO J ~ITERATURA 1 • . O romance social, ora, de , <los elE!ll),eritos, cede sem r«. • , . sir,nples pintura de UnY/l. rea.. SERGIO.MILLIET \1'olta, sem. sequer um d_eriva.. lida-de triste, ora de tese ré- tiv-0, uma ~:\lPlim:açãq. ~ . volucionária, màis ou menos •~opytight E.S.I. - Exclusi~dalle pará ;iossível, entréta,-nto; qÚ~ ~~ paseada em .~orias maneis- a FOLHA DO NORTE, De$Ú\ Estado). · d d " · t tas' a ;n•d'a .-.onti·nua vivo no sa Sl}:ta a ·v-er- a e cr1s e, e ô.- " -cc · • resto literatura. Ainda' as.. Brasil. apesar da reação do des; romancistas do norte em e-steve· no Rio e em Belém ê sim nã:d percebe~os no •li\>ra ' • • COL.tfllOl.tADORES :~ Alvaro Lins, AIOnso Ro- oha:, Almeida Fischer, Alpbonsus de Guimaraens• FI• - lho, Augusto Frederico Schmidt Auretlo Buarque ele llolanila, Benedito Nunes, Bruno de Menezes, Carlos llriunmond dei\ndrade; Cauby Cruz, Cecília Meireles, Cc-cll Meira. Cleo Bernardo., Cyro dos ~jos, Cai:los fidurdp, O~blel Coêlho de Sousa. f. Pznlo Mendes, Gàribaldl Brasil, Haroldo Maranhão, João Condé, LflT}' Hall de ·Moµra. .Lêdo Ivo, José ~ins d,o Rêgo, João Mendes, Marques , Rebelo, Marfo. Faustino, Ma• noel Bandeira, Max l\lartins. Ma.ria Julie~ Murilo ~Je-ndes, Orl.i,ndo Bitar, Otto Ma.ria Carpeaux. Pa1do Plinio Abreu, R. de Sousa Moura, Roger Bastide, Ri• bamar de Moura, Rny .Coutinho. Ruy Guillierme Ba• -ata. Sergio Milliet: Sultana Levy e Wilson Marlins. . . - MARIA Conclussão da l ª. pag. romance . psicológico, que .ge!a1. _ ,. .• 'f at-é vaga~ente grâ.nfino, jo- a presença do humano ter– deu. nos últimos tempos, al_ . Ma;raJó é m_a.is preten_ gando ten1s quando- apa,rece •ror. Se sentim-os a tQ•ra. e · a gumas obras importantes. O s:~ na.; . suas ,1~tenÇ,?es . e al,gum campeão estratigei- água, a lama ·e a nuvem em romàrrce social continua vi- mais real!z.aão l1teràr1amel'I;- ro.•• Sua tentativa de '.ex_ ,fus.ã-0, não vemos O hoanem V" e sem dúvida continuará te: O tema. vasto, mal ~el!- plo.ração agrária é inveressi- nem proprlamen•te O drama durante muitó tempo ainda, mitado, ~ o da ~ida na ~lha, mil, m!l,S sua fuga, cofu Alai- dele. É que O drama seria, do produto que. é de Urna situ- .do ~araJó, da. y1~ll do PC!V:º de ~ª'is f-0rçàd•il, àinda. So. 1>ra-nc-0 a,filndado ali num.ai açã-0 eêonôr,n~ca . tendente a · ·me~hço de índio; na sua rn1. mos grl)tos ao autor, porém, nus.ão .de conquista, e O bran~ pértlurar no norte (inclusive S~!1a, ~a . sua lam~ 1 na sua por não ter feito dele. um co O ,au,toi' <;lesconhece. Quain.. a., lSal:1!_a) e no nordeste ao f811na mgi·a.~:. Ev1aentemen•• marx·is'.ta ortodox-0 p,;egando ~ ~o. fndio,., como já O ob• país. Ali~, é d.e lá <i~e v,em te, em oposiçao a essa des. a luta; ·ae· classes. Bastam- ser-vamos, tôda a sua ação esse romance. Lá surgiu, com · graça úmida das gentes das n:Os M côres :negras éôm. que Q9nsiste em se iguala-r c 9 m Ama,rid,-0 Fontes José A- selvas, tem-se o branco feli:i;, pintou sistemàtica.ment'e .f- os ·os eleinen~s. em se confün., mérico, Lins do Rêgo, Jor- tirânico, estúpido, senhor brancos. dir c-om O cb~o. 0 riq, 'a p1àn– ge Amado d.e lá se espalhou sem entranhas, i-nstal-ado •CO· As personagens secundárias ta. l!:le d~lisa peÍó, i:n?.1'0 pela ·Amazônia: ·onde encon- mo um régulo para explor~ di> romance em geral con- sem realce,. p;issivo .~A:·,_ ãps~~ tr-0u em .Dalcidio Jurandir a vaca e o .y_aqueiro,:. .. Ape. vencionais, ' não interessam, co. atentó ,à• cllaq_a,, 'Êlês . '(to– úín mestre telúrico. E lá r_e. s~r de5:Sa r.reocu_p~ 1 çao algo Nem mes;m.o o velho. coronel l~iros e à ÔP.9<rltJifid~? ·~«1(0 ponta ainda, volta e meia, simplório, M;araJ? .é ~m• pareee viver uma· v.ida real. µma alim~rí~ç~pr -g'i~. túl.ta é . sempre · rico de valor hum.a- .belo romance. pots ~i!lguem A imag!illação fogpsa do ro_ m~lh9r ao qu~bJ:af~ase, ~ , 'b.o;. llo, de informações melancó- melh_or do que D1!,lcid10 Ju_ · mancista cri~u um mascate ·V.ilho · na ma.r~a:_çâ-0~ " • ~ · • licas e de inovações li&guís_ ran:9u· nos comunica a sen- sírio nefelibata ,e uns irn,ãos A tragéq.ia güe Dalei4io ticas. · saçao d,o ,deserto de lodo, -do cearenses fascinorosos, dig- Jur-andiir' a~enta. -a, seus Acabam agora de ser publi- ~aTor de1iq!,I~cen~ daquela nos do bando de Lampeão. leitores é :~~ tragédi.a s~m. cadas ma.is duas obras carac_ µn_ensa · s.oiida-0 . de nuve,ns Pooe-.se di~r que enquanto .sa-ngµe, se~ rasgos ('.l~~he)'.-0is. M~r!,a~Madalena. Mas era dos. A. I_1otícia clrculou.• en_ teristicas dissa tendência, baixas e v~rdes m.olhatl~ descreve e analisa. os ' !-ndios mo romãntic.o,•e·. por isso, sem apenas Maria. Maria de que; tre as crianças e amas-secas. "Noit·e Grande" (Perrnínio 9,ue. é, MaraJó. Nessa pega- tr d, id ~ ·t "'"'- ~d S M · ó" 'd fi o autor rev.ela uma pene a. uv · a, ll,em esse ni o :res.co · .u.: n .. ª· · ou ar1a, s . To a a praça cou pensan- Asfora - Ed. 1\-Unervii,, Rio Josa .. .atm-0sfera evoluem pe.r_ · À,_., · · h, "" Fol. ass· ·rn u 1 d b' ·,· . "ã-O psicológica prp.,u,"1-la, • que se en·con. .. -a 11-0 r'<lT. Q.an~ e 1 q · e e a respon eu do no n,enern e no seu um 1- 194") e "MaraJ·6" . (Dalcidio sonage~s igual·m~n,te . 1 ·:nfor- " à · · " ·• B -. · ·"'· "'' · · dº • " ~ mas quando ..,passa •popuJa,. do norde$.t.e 'OU .él'a• .. ª•~la, · n. n.o pnme1r◊ ia. go. Juranéli-r - José Ollrnpi-0, ed. mes, homens que se amoldam -"o m·a•~ ou menos civiliza.- trag~cii,a: sót.urna de --~M"'"a:ió A dona da casa andava tão Pouco a pouco, o nenem Rio 1947). o pr.imtliro e de à paisagé.m, homens cujo ca. = '-"' ,.., nervosa! "Maria de hada!" sumiu jã de olhos aber.tos, urxi. quase estreante que te- . rãter reflete um mimetismo ~ sei$__ 'c0$iliec~ntos dâ .é quase lmpenetrã~~i:•~~' Ora vejam só qq.e cozinheira! fazendo gracinhas. E Maria v.e ·com '·'Sapé''. seu -primei,ro tmpressi·onan•·. Eles. se· ·ad~ alma fiumana t.r1Ihà.m ime.. so ententl.i-mento.~N,t~!l,e ·m · .. . M · d N d · 'f · · · to irih. • .,. • "" - di-a-tamenté 'ilrna bi+~la éS,- do em formação E)m:-',llnllê · .4 ar1a e .a. a saiu, e 01 fritava o uc o, assava- os livro um êxito de critica no_ ptdm à 1 ~ma·,. ao charco, -v 1·. · · ~ h M " .i.:.,. l g 1 b·-- 1· I;..,. • - treita e que não leva multo ornem nao conta, , ~- ,o- ' P99~ · -0n e, onge, =Car um 1- bolos, a.rrumava as sa ~as, tãvel. o tema, ora de*nvol- ..,em nele, nel·e se amam ·e 1 h · · t ;.,,, ,, ,. ·t -- mão. "Aonde v-0cê foi'?." completa normalidade 'd é d • -1 - do • ·onge. a;ver requm es =1lv~w.,n al'1" em · v1 o, o a as~am 1 açao procriam, e . nascem alí umas o estilo empolga, com suas M1ssunga, o egmpi~o - do.a "Naquela quitanda de S. ,Chegou tarde, outra vez. i=igrante, su. a luta pelo pra- flores exo't.1·cas estr~•,~has · · 1· ,. d · é · · · · C l t b ? ..-,_......,,, V h .,., M · .,. ~.. Jtsperezas; ~us regiona 1s- personagens, auJ. . a. · .um.$\m'" . ernen e, s:a e. .i.,v,..,... º- "Que foi que ouv>e. ar1a .gresso econômico e pelo "sta_ fl-0res, a.n1•m' a.1·s' C"rn1'vor' as 1 M oét· l .. ..,. íd - ~ ... - . i "'•~tá · t 1 p A " · h ..., m-OS suas so uçoes p 1cas p ~. um ~nuI'V'. . uo,., 9-~- ~-l!"" i....,, rio$,_ en rBa P_be.a · as,,saA- tornou a explicar. viz1n a -tus" .social no novo meio. co·m-o Orrntºnda ' ou Ala"'.,,e', d • • .,., • · · h ;!. • • rt ,. ::.t' ' · •" · · ~V • · d d b · 1u · ,e uni pr1m1ú~1~_mo expres_ 11:~n- a ~ 1n3:r,;,:e~"' º°-·, ,piu::11.1!~• ger:n., ~1 na arn .1na... que ·saíra fantasia a e a1- Eis um sírio ·que- se trans- q·ue sugam gitei·n se encosta ê d lf rism c n "~· • ·-''<- J;: , li d d - t d d d- s1_vo, ·sua aus _nc1a e ma .• . o, _o sian=.1,.uen,YE :. :;iog·· · ona a casa · n!l<i en en eu ana. dança.n o num c-0r ao, planta pa•ra o, nordei,te, ~os- a· ela·s , .e mostram ~- mes· ·ma A pó to d " tad P"l , ~~.,,.,,,,, .:i, ., · da "T. d · · · ~ eia_. . p_ro s1 . . . e seu ,Prl- :.-1 o " a - "'!--ê'"'""·º ,');';"# .u , .,. na · • · u O 1-ss-0 por causa tampém tev.e um nenem. pera · à custa de rude traba. nat'u-ralidade ' D-O -a.mor como meiro 1 1 vi:,o, . diz 1 -a. Alva-ro vo:Ita ao cáos, de sul'i'. • te'rl'9f· die lUn limão? E o .telefone, Quàse, embaixo da · árvore . lho. enriCI,Uece, casa com bra~ --nó abandono. ,· fatalistas p· os- L' "U fô .. d ·b" natal Ffá nel · um forte 00 l t a.ta . que é?" "É. mes,mo" .. • Maria correu. Maria gorda, sileira, m.ete-se em nuestões si·v·~, "' º"te. º;~ples dAma1·s i,ns: ,ma . rça a1n a. ..,r_ . ' . . e . . ~•; - b h ..,.,. u.1-s,.,. ~....... .~ bara e caótica mas que po.d.e- plex•o d.e auto-an1q1.J11'amen:t<1.- ao ~ lem rav.a , E sor.riu. eno'rn1e,. co.r,renao. e aman_ de terras, nas tremendas provàv!':mente,. ,;rã um dia apreS"'...l)tar . resul- em fun~ão do qual l!ge como 0utra vêz 'tentou na-rrar a do ó ""àrdà-, peà:indo eu4'a,, questões de terras do sertã,o, o . "eªº·· .n º·olvi·mento do =n_ t " Os d I · 'u · 'd 'M · .,,~ T bé · "' ~- v v tado.s sui"preenden: es . P~!ª isso ver_se nos a~, • . sua Vf a. • eu marido. pri• vez O ambulância. " am m · com capangas . e ti.rõtei-OS, rêd~ ~ 1e· nto e to.rtu~s.0 co- odre ., gra d ~ · ·• · "'- "' to " " -v resti1tados pareceram_me_ sur . - v10'es p. . . s -uo !1 ~ r.1. m~1ro fo1 um naval. .(ovr,ria não teni pai-?" p,ergun u a nerde seus have.r-es e reco. m~ sd os heró·.·s ~·nda::sem' por i E r 1 d d 1·a · · · p ..,., "' u v ~ ~ preend'entes desde o 1n c10 na · ea 1 a e .o aruqu1 . . "i como no . ,temJ?!1 . em gu 7. <1, patroa já entastiada. " ai• mec!a a vida, pois "a espe- -um cipoal, enroscando-se porém, a fôrça permanece me.rito, ª· degener-escênci11- fô--; eonhece~~).. Morr.e~,-- Disp,o!s, ;Figo\!. i;le bôca ·,bert~, ''.:N!o·. r.ança.,é á última qu~ ~O,fre''. aquí e• alí, 0 :QUe' cóntribui bárpara ·e caótica.; r~ seu ~ naiuraL M!tll. _. o; eu casei outra·' ve~ ;.. , ~iCôU -~~nliora'', _ Mar,1~ erlt tao Escrito. com . . símphc1dade · para, , tornar· niais denso ai-ri~ Um aspecto importa-nte do autor quis assinalar a força >e<t1:vergonhada, . ab~1.xoµ 9.s . s1rnplf!IS, tão natural. ••_ Fa.- e imed1atez êsse i;:oma~ce .da. :> clima pesado do cená:- livro qu~ 0 autor trata ape- condic,l,ónante do ro~io so.: <>lhos 6:. conf~sou: •~u_fT d1- lou do nenem urna porçao ~e procura. aIJ~s de ma.is a-iada rio.. G:ótr1 isso, estranham os nas de · raspãQ. poderia 'ter cial,,_ da ela!!$~. é fê--lo res--j z,er, , nós Juntem~, <?~~-' tempo. '.tste ,er1;1 um _caboc~i. ~ma obJet1V1g.a4~, de . ..n~rra- . olhos; mais· civilizados -do sUl sido ·desenvolvido com ,enor- surgir burguês, senhor feu.. m;,slno, foi só com o primei- nh_o gordo, boíüJ~ m,esmo. 'A ção que obvia a9 . perigo da os .idíUos ,nos · 1 :g~ra.pés. .o.s me interêsse: 0 das lendas dal, conformista, e resoivid0: ro :. . · rnae .estav:a ·~uito contente novela <le av.,e..nt\iras • q he. ·ehc•óntros à noite na ' florei;- caractéristica·s da Amazônia, a continuar a tra:ru:~ão dQISI Diante daquela sinéerida- com êle. Só na-o gosta-ra mu!M rói, uin pou~ en,d~usado, ta bravia, ÇOmo se neiisa ter_ nascidas da luta do homem br.an ~os, embora at0:rment1a,.. 1 (\e, a dona_ da_ e~~ sentou-se. to que nascesse logo _em no1_ sup~ta a,. análise critica, o ra hostil não houvesse [ for.mi- contra a água e a mata, _e do por um ~a.go repioi'~o. :: !! ~la conb,l)Uou: _ O rn.e.u ma. te de ~a,rn!iyal. Ma~;ª• . P~· mesmo. nao ac?ntecendo com gas, aranhas,; serpeniei;, bi- t -a m b é m a faun11-. A Essa a m1por concessa,o à ; r1~•0. ,se,gundo . el'.ll !llus1c-0. Eu· rém, . Just1,cava: ~01tad1- seu a;m1,1~0. o Dr. Nelson, n:;ial chos de tôda espécie e mui. contínua d e f e s· a do te·oria que proçura de'fender.:l sempre g~t~1 mui.to de ía!- nho; êle nao sabui... _ caracterizado na ~ua bQnda- to ' pouco -afrodisíacos. Índivíd~o á_os -~a_J.tós ge por descargo çe co,ns'ciênclàtrJ _da. ~orreu ta.mbém ~ . rm_ E ~uh·a ve~ rocambole, pao de e no ll·eu altr.u1si:no. Taro• Misstin<ga, filho do ,fazen,- uma na~reza inimiga nao .m~ que ~~. v½"f, u.qe da . pr~--'t nha fi1!1;t _é .do pr.l'melro, de minuto, pato .recheado, es- pouco me parece viva a h~- deito, anda 'pela;; selvas co. foi suficientemente re!!.193,da.. pr 1 ~ in:s~ficiencia •_:Olo,~gt 1 <?a -, 4 e .o meu :filho . é . do se- ca.lopes... roína-, mulher de Jorge, ~P~- mo um fndio e se apraz . na. De . "M:;trajó" sal.se com a soc1ológ1~ do autóf rnrd che.õt gtlnd-0. Eu f1q.ue1 . tra- A dona _da ~fª . comentou ga.da , sem nenhum relevo, existência dura daq_uelas so:. impressão de que o ho~ ga .a preJud.icar o valor U:J balhando pa\l'a criar as cri- c_om a amiga. Criatura fe- como ocorre de resto quase Iidões. No entant o viajou cede sem ce,ssar à pressao tísi;ico _ila obra. anças. Eu trabalh.o pa1:a as l1z. Daquele tamanho e acre_ sempre com as mulheres dos ' · , " ffiQnças. Visto, dou carç.allo, 'dit-a e.m par-tenogênese••." E romances nordes.tinos. As · " - · · • " '«':'. - · ' tomida e escola. A pegU:ena bebeu um gole de chá. histórias da -região são dra- . e . . N' R . ,; F. ' ·;' . . . '-~. está _aprendendo, a escr~:vê na Pouco a pouc.o a dona da mas masculinos:· de, tal in_ . ::· .·.ri se· ·. '.O . . ·o·m· o ld't_,, ce- . ·:r·. n_· .. .,n_ ...:, ·.c.~:.P$..:,: ··.·.. máquina''. Parou de · encher casa foi sendo tomada de uma tensidade e ação, qUe. não 1-; 1 U 1-:; t· '4-f . • formi.nha e rev.elou:, ' '0 pe_ gi;.ande tristeza. ~ra meio há lug:a<I' neles para fi,gw;as ·• . . . . quen? q\fer sê. músico, como granfin~, m~io rilal~ca, mas fem!ni~as: Talvez a partici- WILSON MARTIN. g ges váéuos que ~erio'dl:Càm~;ri:, o' pa1". E sorl'lu. Sorr1u com profundamente _sent1rnent>al. .pa~ao -1nfima da mulher na te dominam os gêneros lite-. ta;ntã felicidade como se -0 "Por qUé .não .poss,o gostar vida do sertanejo, a ~•ã-0 ásr tái'.ios de que, no campo d.d meniQO já es.tiv~se· sop.ran- dela?", .pensava. Não sabia como companhei,ra de , cama {Qopyright E. S. I .. com exclusiviclade para á. FOLHA romaince, também . ,A ~rasilí· do um .saxofone de ouro. re• vive.,r com indiferença. E e criá.da, jUstifique essa in- · DO NORTE, neste Estado} 1 está .. s~'lltindo ·atu'àlmeritS::- Õá~ eos•-...,o numa coos. tela"ã,o. p''rocurava as razões. "Será éompreensão da ,sua _psicolo_ · efeitos· " ~.- ' .. " " · !' O~ava_se Maria ..• " por que é tão gorda? Por que _gia, própria, e complexa, ob- PARIS - Tenhb a surpre. geraçãÓ que somente-:, agora Outr~ i:esposia . pJiti~ula~\ Só em ·casos e-xcepcionais, é tão ignorante?·..." E tra_ servável ·em todos Q~ gran- sa de encontrar .discutid.o nos se apossa dos primeiros lU- ment~ inter.essante,, .f.P.Ortll\9;'. a .dona da casa falava com balhava - se interiormente: cíféulos. literários de Pa-ris o gaxes 1 na literatura :ffancesa. toca num ponto de; im:pórtân-../, ela. E <>a'fa sempre uma ti.is. "M. as• é uma rapa_r.iga ~oa, renda e urna carreira, !le bo- mesmo· te-ma q.ue ; no campo No m:omen,to em que André eia vital pa:ra O éfn"'i"'O · ao; tór!a fabulosa. séria, limpa, cozinha bem... tões até O,S pés... Ele{ante dê 'nossa, literatura, abordei Gide, 'seµi dúvid~ o maior romà,nce ,e não só' :;;;~ o; ' '10'i "l'ór qu.e ébegou ta,r(le?... Por que não posso gostair de. com a sineta. da mesa pen_ não faz muito tm1pô: have. escritor vivo da França; ob- rqman,ce francês,_ ê'' a Jiê. Jaç.;;l A que hóra~ vai dar o almô- Ia?" durad& ao pescoço, fazendo rá uma crise no iromance tém a, consa,g.ração universal ques 1,emarchand. Autor da; ço?" "Fiquei t~a a noite fez .todos os esforços para dlen, dlen, majestosamente. francês? Isso faz pensar ilne- d,o ·Prêmio ~-Obel, t!llviez não do1s roman-ç.es que ainda nã;;l acór'daüa. V·im de lá ·de casa simpatizar. DetLlhe v~ti- Na m~ do chá; os amores- diatamen,te núll)>a ctis.e do seja ·<lestituido de i•nterêl,se conheço e· conhecido críticõ'l ,a,té à délegacia.•." "Houve dos, brilhantina. Mandou perfeitos eram .do canteiro de roman.cé 00.i ,vers.al, pois o conhecer o pensamento dos ~ramático, Jacques . ~mar ,;i a'lguma co~a'l" "Foi· a vizi- coisas pa.ra a:s crianças. Tu- Marla. Um elefante cuidando romance e ti,-equenbsm_ente o novos a. propósito de um gê- chand pr-ocura 11 .-a,b 1 lits.r ~ ~a qu,e té:ve nenê esta .noite. do sem ef-&ito. d.e amores-perfeitos, Rega.n. boin romance, constitui uma qe;o, que .:fiez a gl6r.ia ,,.· e ,a romance psicológico - 0 <tua.\' '.Eu ·!ui cnam,ar a ambulân- - "Que flores são éstas?" do as flores com a tromba... espécie de sinal definidor da repu~ção da litétatur,a fran- ;dgniifica, em oútra_s pa,}aVl'a 9 .{ eia, ••" · "E o ma·rido dela?" Sorriu, aôai~ando os olhos: A dona da casá encontrou- ·literatura fra.ncesa. J.Yiais do c.e,sp. que, a seu ver, é_ o a·b'.1ndoni:, 4 "Não tem marido não se- "De lá de· casa. Trouxe pra a parada olha•ndo pará o~céu, que um povo de po,,,tas (e· a J-uÚen Graéq, resporuável do romance ps1col6g1co, ~ - nbora". · · ' _· senh,ora''. Tinha trazido v-io- "Que é ·isso?''. "Es,tou botan_ França sempre contou com por :um,a das ·dua!i respostas m-0tivG da' sitll,!lção em' deba~ . Estaiva mwto consterna,i'l.a. let!ul, all}arrada,s çom . l!nhi\. do sa'tl@e i;,elo nariz". E '· Õ$ màís. d.estacado's do ' mun- ma~, .i.l)teligente$ , é agudas te: "O que caracteriza: o iro.;: Deixou ,a, beiçoJa cair. Que_ branca. Quis explicar: "Eu son-t_u: "P.onha ã'gua :fria., dó), êste é wn pov-0• de ro_ até ag@ra,foi:'!lJ.,Cidas,.ao ques_ man,cista fr.anc.ês de hoj·e, beiçola grande, a sua,' qµà:n_ ·podiii. morar num lugar mais não abaixe a cabesa. P-ar~ ~ncistas e não' é destituído tioná'rio de "Les Nóµvelles que êle n&o $>~ considera .. ~ do 'ficava triste! Ent_ão, a l:iarato. Mas estou ali por com essa limpeza .•.•:' · de si.gni1il:ação· o .ta-to de que Uttér-ài,re.s", acreditá que a "amuseui:" (não sei, no mo.;'• mãe do nenem não tinha ma- causa das flores . .." :As cri. Saiu preocupada. O ele• a. lite1,at ura roma,!JJ;,sca. uni_ atuaí' crise ' se deve a.o •inte_ men~. como traduzir u;;;o>~ rid-o? A patroa quis investi· an9!!s, cont-Ou com . mais-~-. fantie com · e'pista:xis. Reco- versal tenha sempre . caroi- rêsse··.do público p"las lit~a• .. mas um apóst:>lo ou um m .– ~. Mas · quem era o pai da pansão: "A coisa que eu mais mendou à outra ci,ia<la: "Cha- nbado dentiio das •linfias da tu-ras -estran_geiras: • ".9 ,: J?Úbli- go. O ' _es•~citor vive opse~·,1,d~ criança ?Onde. estava? Maria gosto no mundo é flô". E as me alguém, se isso çonti- parãbola q~ conta num (los co é obscuramente sensível peta m1ssao que a>Cl'l<dlta J:103-– :não sabja. Nunca tinha p e,n_ cria,nças-. d:ivulgaratn os · sen- nuar ... " focos ' 'La Princesse de Cle- s:o fa.)A de que, no plano suir! preocupa,ção inwtraSi sado ni~sô, É mestt1'o, os ne- tim~n.to.s d.e Maria. No dia seguinte, ·a mesma. ves" é noutro, até o m.om -en. mundial, a Franç,a esteja pe_ mente -ausen~ num Balzac-.,;_i niru.; · c'oi,tuma'ril ter wi! Ma- .A dona da cà$a começou coisa. "P·recisa ir · a.o médi- . to, "La. recharo~~ d.u ,tem:ps sando cada vez wsnos. Dai · E.st.re -ant<:s d_e dezoi-to an~ 1'.ia é que cria,va os filhos: o por pensar na his tória do eô" . "Pra guê.?" Olhou pa·ra perpu", cuj-0 ínter~sse ~U- ser cop.-duzido a pénsar que a.credjtam gu,e o mund~j (11.aval, õ músico, tudo longe, elefante g:ue sonh9U seF bei. ô céu. RacíoC:inou: '\Deve ser menta,. ool:ll as ç0mem.oraç0çs .os pa1ses que atualmente ·.aguarda ~ sua ,mens'l.gom;. com suas fa,rdas e com ~ jaafJor e se desprendeu da fôr~a de sa-ngue<•. óu talvez do vig'êsi:mo,quinto-- aniversá- ''di,r;igem o mundo" têm, sem Mas ninguém -~esej·a, quand~~ b-anda de mús:ca .•. É tnésmo, montanha para voar sôore qtle éu estou fica ,n.do velha..,"- rio da , morte de •. M·a,reel dú:v~d~ , ta.mbém, "qll:alquer à rt~ite . ~,bre um livro panií\ os nenens nascem! um ja1:dim. Maria era o el~- Encheu un;i.a colher de man_ Proust. · coisa a dizer" qúe ~miea:çe, se d!.!l.trru,r, enoo,ntra,r, um edi.• ,. Tôda a semana, J.Yiaria an. fa-nte. Mapa ':nb' -meio d-as teiga. Disse aínda: "Só si Mas, agora-, os especialistas poss_ufr ·uma import, ãn.cm. par_ llori.al polít ico :qiais ou _ 1ne . d-ou plteocupada. · O nenem rosas. Maria a.marrando as ·é . .." A beiçola. descJlu,..lhe, -diagnosticam uma ,ori~? no ·. ti-culai"; diz. êle •no inicio <ie nos -1·01n,an-eead-0". Ja,cque era fraquinho, a mãe do ' ne- violêtas com llnha branca. : . meio triste. Dep,ois lembrou- -rom-a,nce_fr:i,n~ês. "Le~_N-0u. sua "'ntrevista-, começando ~maroha•nd refere-se, a · nem 'estava zanga.da , queria Tão Maria e. t~o elefainter se: "T<t';QUxe p~zinho de man. v.elles Litlera1res"; realJ.Za, a pelo que me parece ·· a,ntes guir,. ·jlo fato g~almente dá-lo e q'lJ_a.Iquer pessqa., . co. 1 Tornando chá sõzirha, e. g~ícão·. Aquilo ~ga· d.e ga.- prop6si:tõ, ~a. •~n~uete" en. WF.a. c.~ns~q~ência <lll;e . utna nheciclo e exato .de que . -mo quem dã · lln).. ga'tinho. E olhando as nuvens 'da, tarde, lho: E cheira . tanto•.." p;_r,. · tre os escr1tores da nova ge• . causa da eriSe, A crise en- romancistas q9ase $.e-mpre 'ela n ·ão ~uet-ia q_~e o gatinho a dona, da casa ia construin- _t,egal~ ~~ o,~hos _dt praze~:- rá~ã;o, e q)lll$~ t?qos · acrédi- oont_x,(.:se, • neêessàrfomente. CJ "ev.em ae1 1.1~ U-vros para, o fôs:;e d~ a mngµém.• . Ota do uma história: Ma.ria; ele. _As· cr1anc1.nh~ · andMam ~'?),~ érise_- ain.da que lhe no que. Juhe·n Gracq obse~va critiç~s, qu31-ndo n;io_ p_ ~ : lf)S$a! F.a !a.va no wnbigo · do ·!111nte ;mág,too, que fazia bi- étn l'iMlor dela, mu·ando_a. O a,tr1bwndo ca,tsas e conse. ai se~r-: "A outra causa de.s.. um ;l:letermmado critico; .rarotQ com uma ternura re.. t.es enrolados•• , Elefante· que me.norzinho perguntou: "Me.• quências diifenent.es. Entre .os s.a v~ga (das literaitú.rás es- t,erm:iha por obseFVar: •en. :. ligiosa. As crfa,nças já que.. acudia, a mãea d~samparadas l'i11> era º~ nome de Nossa _Se- primeiros interr~ga<los con_ trangeiras) é a medloci:ldade t'~to•. o adyogad9, o Jnf.l;· w!am ver o nenem com o e cuidava d,as criancinhas in• nhora, nao era-?" .Ela disse 1:1!,m-se nomes que jllltg,o- ge- dai literatur~ francesa atual". d1co, o 1nd'U.Striial culto m~ lbnbigo e iudo. Tão bonltl- ~fesas.•• Ele-fante de vesti. que sim com $ cabeçl,l. Esta. ralme11te dfsconheç~dos no Sign6 de decadêncilJi? C.er . .. , • . , IIÃÕl ;M;olibl!o,. ge oJhqs feoh!,- dQ dt :tlo,r~ f(m} peito 4ê ya !az~do b;olo d~ a.ipirn.• &aeH; ,pois fazem parte da tamente. ªãQ. ~W un;i. dês- C~onchi'e na ~-' pág.}, , -
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