Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

/ Oüintã.feira, 1. 0 de janeiró de 1948 ,,/ 1 FOLHA DO _r - · ,. , .. ,.., • • J (Conclusão da ult.· página) ticas da profissão. Tomou ·a: ca.uda tod-a, nos braços, e num -impulso lançou- a d e uma. vez só, espalhanp.o-a no solo. Mas que pena! esquecera os sapa· tos. Não se conformava . De· viam ser de ce-tim. Ela conso• tava-o; não fa.zi '<I. mal, nem apá.recia, eram brancos, - e pronto. Ele mesmo calçou• ille as luvas, e coloco.u-lhe o "bouquet" nas mãos, juntas, em con.cha, quase à altura do busto. Linda! Sem tira,r nem pôr, era o manequim da vi• trina. Pareéeu de repente aflito, olhou em volta·, veri. f (cou se as duas .por.tas ·.esta– vam bem fecha-d.as . Voltou tiai:a ela. tirou-lhe o ramo das mão.s, a,perlou-a ao pei– to. beijou-a sofrep:amente. ''.A.fastou dei;>ois o véu e se– gredou-lhe ao ouvido alguma coisa, que só da segunda vez el,a c·om:preende•u: "Vamos fugi:r? ..." lno.cé11cil riu-se do c.ónvile. inesperado, mas o '.J-0ca e~tava sério. Não seria capaz de faz'e-r isso por ele? Queda-a s6 para si, assi•m, com aquela rou,pa que ele ta:nto desejou ver vestida po-r ela. Noite e dia era aquela ,tentação, ttão dormia, r.ão cÓ;rnia, pensando em abr-açá• t a com aquele vesti.do . Era -pai-a, ele, somente paira ele, n ã-, qu<?-ria que os outros a vi.ssem assim. Más a ·gente oue estava lá fora. enchen– do a- casa, o que ia dizer! Que fttaça tinha a.go' ia se vestir tão ri,:arnente e fugir. Ele fa– 'lava tão serio. tão convin– cente, que ela não pôde con– ter a<J I á g rim as, e en– tão. mordendo· os l.abios, j á sem prazer; já desgostoso, o 'Joca ajertou nova.mente o ra- · mo entre as .mãos, passou– the umia pluma · de pó no ros– to, abriu a porta, deu-lhe o bra·ço. e. sairam a passos len. t os, por que á. cauda era mui– ito pesada e di-ficil de arras• tat sobre o assoa:lh.o tosco. bo:rdavà camisinhas. · Q di. nhe1rfnho que · t:rou'1Cera, já se fora. Um dia, ao se· cal· ça.r, ele mostir.ou -lhe · com um soTrisÔ encabulado. - Olhe aqui - e movia ó dedo pelo· burac9 da. meia. Ela foi _pro– curar' outra; e · viu que todas estavam nas m.ésrnas condi.,. ções. Então arriscou, a me· do: - "Quan:(lo você vol~ para o serviço. ·~. "-Ele othou paTa o lado, e respondeu .na· turalmente. - Nuiv,:a mais ..• e sem resultado compensador:– D. Inacia passou a resroun• , gar. _Não ti1;ha IDfliS ~a criaçao no quintal. Machacao dentr-o de casa, trazia pane• ma. Ih! na cozinha delá que ele não viesse sentar. Atôa tanta farofa; agora até os ci– gat'-L'OS era a fUha quem, com• pr ,a.va . Inocencia voltou a bordar para fóra, se n:i,atava pa,ra s:ustenta,r os dois. Só podia se·r pajelança: tã,o di– reHo que o rapaz era, e de• pois veio aquel•a. p~eguiça. qu.e era réde e cadetra, cadeira e rede. - Credo! pa:rece que o homem es.tá c1imprind.o si– na. - Ela. tambem pa51l!ou a. trabalhar m~is-, e n\ªl a m~– dr~ada vinha, enfiava os pes 'I"<,. ~"- ~d'i'õisoo, m~ deseon,fiioU. E veiJtando a vela a,f.é o finzl- foi espiar. - Mas genites, nho. pois não é que o caipeta vol• So la,rgou o bastild-Olf, quan.- tou à m-ania'! E . Iç.ooenci~ se do a cr i-a,nçá. n'asceu. Era me~ pr,estando, tamaill!ha: mãe de nina. Tinha os olhos negros filho, desaveo.,gonhad,a. - Ju. da. mãe, ma!; a boquinha sem. rava que isso não ficava -8.S• labios do pa.i. D. Inacia não sim, hawám de ver. _ gosmva de gente d•e beiço fi. E o vestido desa,pareceu. n-o, por.iisso enjeitou logo a Estatelados, Joca e Inocencia neta. Mas , Jooa ,cu~dava. bem conitem~l,a.vam a ca,~'l{8. vazia; da filha'. Ele mesmo al.1l'atljóu :sacud ixag:n-na com a. es.pe – as varinhas para conservar a rariça de tMn fqndo falso, 'rede dela abexts,, banh'a-va-a,, nada. Plrocut·a.ratn pel-OS pre. mutdava-Lhe as fratd.inha-s. gós atrás d06 portas, no ·adonrnecia • a ca.n,tarolando. guarda-l'ou,pa, nas malas, na◄ Até com. isso D. Inaeia .em. da. Conta,ram a D. lnacia-, ela b irrava. - Ago1,a. mesmo que disse - que p,ein11, - e con• o homem cria fl11,to. Pregui- tinuou fritando pas;teis. Pro– çoso é do1do por emba,1'ar cura•ram no quintal, no po– criarrça.. Cada vez ela hos• rão, em toda Pl\OC1te. Quem tHisava mais o gen,ro e cr-es• sabe aigu,jn bi..chô levou. Nem. eia no seu peito o desejo de vestugio. Ino•Ç€nJcila. pô,s-se a vin,gar-se, pregar-lhe uma cho.rar, e o Joca, não res.ts– peça, fo$.$e COll'.\O foos.e. Um titulo m.ais, teve ta,mbem dra, o Joc<a, sem jei<l.o, hu.mil- urna crise de lágiimas, abra.– demen.te, pergootou à mu- çacto à mulh&-. n.· Inácia, lher ~ Tu já podes usa1· o com um pastel es,petado na vestido? --:-- Ela respondeu a ponita do gaJrfo, pinga,ndo conhragosto, so para :obedecer, azeite, e v,ermelha pelo ca,- · que sim. D. Ittacia não viu~ lor ~o fogão, v eio ver o que Outra vez, ele batendo na pal,ma da mão a boca de um vid·ro embO!rcado, tornou a– dizer, como uma queixa - Nã-0 tenho mais nem,... loção. Mas não voLtava para o em· prego, nem arranj~va outro. Deixava-se ficar. macambu• zio, fumando, bocejando, dan• do uma soneca, espreguiçan. do-se. saia pa,ra dar um . giro, ou fica,va por vezes horas com a cabeça entre as mã•os, pen– sativo. Começava a achar tudo di.ficil, tudo coJn,plicado, nos chinelos, saía do quarto j á ama;rrando a Sília, f! ru:t, para arranjar o qúe havia de melhor no mer-cado e reven– der. Inocenéia. .é que ouvia, mas não dizia nada. Entra.• va. pela nóite a dentro, ver– gada S-OJ:>re -0 bordado, apr_o- LJrês Poemas . ----♦ _,, . .. De - . Jsmael •.Nery:– - -~ Na sala'," o assombro para• llisou a todos. Os dois para– ram. descontrolados corri a. acolhida muda, e o talhe de linocencia mais se de&tacou, e sbelto, imponente. os seus olhos negrf>s brilhan do, a sua iboça. d-e la-b ios túmidos tre– mula de emoção; e o Joca ao <lado dela, pequéno, apert~do na ~ratíota branca, grava-tinba negra borb.oleteando •ne pes– coço apertado pelo cola.rinho alto. e.ra bem o caL"Ce iro gen– •til . . apresentando o último rnal).e_quim. Aos poucqs, as amigas fizeram roda., fª'Iàndo baixo. cerimon,iosas, sorrindo apenas pata Inocencia. como se lhe pedissem p'ermissão pa. ra olhá;la. D. Inacia nem lf;eve coragem de beijar a fi– lha> O proprio juiz ficou per– Jtu,rbado e en.goliu varias ve– zes em seco, antes de falàr . 'Está aí. . . ele gos.tava da pe– ,qu·eila. mas não tinha co.r.a.– gem· d.e apr esentá-la à fami– •1ia e ago,ra. via que a roupa podia faze.t' de u~na c11ipira, lifrande dama... I noce'l'lcia no– tou ·a ·perturbação do doutor, e s.ó .então ficou s en'hora de si. Bem· feito,_ele só queria b eij.á•la, mas falar em casa– me-n.to . nada . Respon-deu ·um sim bem fo.rte, e vingativo. assinou o nome com a letra mais graudà I>OSSivel. e r iu-se dele quando o viu pelas cos– tas. saindo humiJhado; corri– do. um I)Ottco penso, sobra– çan-êlo o J.ivro. !'{~o sabia como agrade<:eir ao Joca as vLtorias aJcança– d as nesse , dia, de.rrotando ain.igas invejosas e namorados t:n<l ecisos. E por muito tempo o vésti– 'clo teve sau sucesso. mas só entre os dois . As portas fe• chadas, o Joca vestia-a, olhà– va..:.a, rodava em volta dela, corr:gia pregas aqui e ali, e afinal, tomado de emoçãó, en- – volvia-a pelª , cintura, e di · . "V á "B'º ,<!:ta: , .em c . . . e1J ava-a, beijava-a. Não foram para a cida:de, como esta.va co-mbi• -oado, po1'que disque ele con· regi.lira ·férias . O hvme.m, ,d-entro de casa, só queria es· itax per to da muthe r . Leva– ·vam o dia como dois gat:. ·nhos; e de repente, quando ô.ava na veneta, pux ando-a iµela mão, tran-cavam-se no quarw. D. Inacia não supor• tOl\.t uma vez a curio.sidiade. [nda ró.ais. tamanho sol quen– te. Espiou. I nocencia es,t.ava vest,í,d.a de noiva e o .Toca ·rronda,ndo em volta dela ... E o;; dias passa,n<lo, e os rneses.-Gentes, o ho1ne1n es- , tá enfeitiçado pelo vestido, nã.o cuida, em trab_alha_r. Fe– [iZ1.nemJe que l no<:encia co– meçou a des;envolver e o ves– tidó não lhe entrou mais. Mas o J ocs. pegou de entristecer-. i'icava casmur.ro, sen,tado ao lado da mulher, &nqu,anto ela - 1 ' f . ,... IS:t'J[A~L NERY, u.m nome i.nteira,mente <fesooinheeido no P ará. 1 ~ u1n dos poet.;,,s mais signlfi.ca ,tiv-0s que têm su-rgidó em nossas il.etra~. • r Nascido em Belém a 9 de outubro de 1900, failooeu no Rio em ' 6 de abril de ltl34: - . 1 Cultivou d:e preferê'ncia, a pin-tu't".a., tendo realizado·' várias ex• 1 po.siç.ões, unia das quais em n-ossa capi,ta,l. 1 S~e.nte a,pós sua morte viemos a ~aber qUe êle i-ambém erai 'I p oeta, e i~so por i..n:i.cia.tiva de Mu,riló :M:endes, seu grande .amigG, q ue pü.bLt-éou umi' "S'êrie de po.omas de Ismael na revista "A 0.-:dem"• Í ·,.em 1935. , Desse a,<l:rnirãvel poeta, -completamente esquecido em seu E.s- 1 tado, publ) ,ça1!}0S h?-je ttês :poe1nas, extr'.}fdos da: "Aqtologia de ·: , ~oetas br,asid.e1ros b1sse:x:tos co.n,te!lll)o_:â.neos \ tl~ _Manu:_~_ Bande1!'a,•_ j • • \' - A VlRG'EM INúTIL- - - E:11 não lhe pertenci por:que não q~ Nã-o fui de ninguém, ne:m s.ou min'ha. ; Nasci uo dia 9 cJe julho ile 1089 ·-• E não sei quando moi;reréi. ., Fui criança que não brincou E moça que não namorou. Sou m_ulhér que .não tem de.sejos• ...a ~erei velha sem passa.do, Só gosto de estar deitada Olbando não sei prá. onde. iPasso horas sem pen~r, Passo dias sem comer, \ Passo anos sem mexer, No quarto azul quê me il,eram. . 1'1asoí nele, vivo ·nele e nele talvez Se não aparecer aquele morrerei, '. Que sempre esperarei sem cansaço, Que me fará levantar, andar e pensar, \ . " Que me ensinará o nome de meus pais e das pa r tes do meu corpe. Eu espero alguém que talvez Dáo venha ,M;ls sei que existe, rorque sei que existo. . . PRIMEIRA PARTE DO MEU POEMA '. ' - Os gemidos das nossas mã-es S't. rnis turaram n a ! -- A tua, te punha na vh:la ya:ra, mhn / !}. minna me lançava no mwndo para todas. , L Ês porém a minha grande fa:vo-ri-ta- ! J Tu<lo que ten:ho tem um pou.co de ti. Os meus f.il: hos, por exemplo, J Que aliás são teus. • • \ O·R AÇÃO ' ' 1 Men Deu$, para que pµseste tantas almas num só corpo 1 · Neste col'PO neutro que não representa nada do(tue · !;OU, ?,feste co~po que não me 11ermite ser anjo nem d€:mónio, · Neste córpo que gasta todas as minhas forças :.J Para tentar vi'ver sem ridiculo tudo que sou. ·1 1 -- Já estou cansado de tantas transformações inuteis. · 1 ! Não tenho sido na vi11a senão um grande ator sem ~ocaçá«>, . noite, ' A tor deseonl1ecido, sem palco, sem cenários e sem palmas. ; . Não vêde, meu Deus, que assim me tomo às ve:.tes itreconhecível 1 A minha _própria mulher e meus filhos, A me·us raros a.n:iigos e a mim mesmo ? . .; 1-- ó Deus estranho e misterioso' que só agora, compree:ndo ! ' Dai-me, con10 vós tendes, o poder de criar corpos pa1,a, as m,inhas almas J ' Ou levai-me deste mundo, ~ue ji estou exa_usto, · :l Eu que fui f~ito à yossa ~gem .!l S:e.,me~pça Arnemt · .. ~ - ✓ • • • • • • ~ra aqui,lo. linda. ma.is ! Ho– mem chorando, h'l,lm. • • Que fosse à policia, pa~a, q,u.e -ha~ via policeia. O Posto erai bem alí, · ~ praçà, defironte da estaçã9, era s,o ir se quei– :iq1r. :ij:&vi:a 'l.lll:tta ponta d-e tronia e u,m e'X'tenso prazer na sua voz. Elà, quexta q)le lhe · dessem a caixa para gua.rdalr s,eus troços. O J oca não foi apresentar queixa, mas o roubo mexew- lh-e com os nervos. Gritava. se ou.via o choro da filha., grita.va se a · co-rdia da rêde roncava no -aa·mador, grita.vai se a,l!guém assobiasse, me®n10 na rttà, joga.va pau no gaí-0 se cantava 1•e,petidas vezes, a:té o · tic,tic d.a: a,gulha oo ded-al: d•e lnoc-encia enf-eza va-O e ún1ia v•ez arrebatou-lhe d,us mãos o bastidor, at1rou lon- ge. Ah! essa, D. Inacia não s1.14>0-rtou. Avan~ou-1he na cara, e só não o !'.Sbofeteou, po,que ele se enicolheu todo. Es, ta.va n etvoso, sen'1:ia:-se do- ente. ·Pois entã-0, que fosse se tratai:' n-o infe1:no! A presen- ça dêle, movendo-se, enco– modava à velha como se lhe de$$em alfinetadais; quieto, da:v:a-lhe a ín'l:pres,são de uma ave a.gourei-ra pousad,a no se1t telhado. Credo, gentes, o que havia de a,pareceir. Aquilo dava até c~ípora. Já falava alto, dir•etanrenite. Depois en·• tão que. sul)preendeu a f ilh:t choxanâ-o porque o Joca, a Tepeli,ra qua,ndo pretendia a-bra~ã-lo, o ódio est-ourou. Afinal o que ele queri-a?! nem pra m'a.rido prec,tava, vóte! Ela também a,n<lava. n,eu-rastên.i,ça, já n-ão ti,nha pa– cien•cia de se pentea,r, já safa: de qualqué'.r jeit o. Um d~a não amànheceu em ca1Sa. Veto de- – pois um· pe.queno trazer "u,m recado de boca" info rmando qú-e D. rnacia fôra à cidade pel-0 trem da madr-ugada. • Rodou, rod.ou, mas en,con·- tr.o,u o magazine i.ndiqa<lo no anuncio da caixa. Quando ex.pl :icou ao que vin-ha e mos- trou -0 que tr11•zi•a, · estatele· ceu-se verdadeira confusão no esta,beleciment.o. Pá,trÕ?s e empregados cetca.ram-na! in- . te-r'rógàratn-na. Quem lhe dera -aquêle ·vesHd o? Onde est,ava o Joca? Arlim.ada pelo suces• so que e,.<,ta,va fazendo, falou, den,un,ciou, prestou todas as iruorn1a~ões, . desaba.J'ou até nada mais ter a dizer. Sou.be • que v,aJ.i,a uma fortuna o v e:s. ti.do. Eill. COCtkl:oU o t·,a,b~ih:n__ - que tivera, durarite 1:roites. para remover as manchas d~ suor, e passa-r b..om a ferro, deixanidO"O como novo. l\lles- nto àss-im, não podia mais ser vendi1do. A ·casá qu-e-x:,~a indenização. E_n,tão... Deu de onibros. Isso e'ra com o Jo,ea. Ele esíaiv-a lã, duas ho,ra,s de '1,ia.gem de t nem, era so ir-ero– buscã-lo. ·.• Amar,rcnt a grartificação 11a pon,ta do. l enço, ·guardou t.!º l:>o1so da saia, es-te-ndeu a m~-0 ~~1-mMa &e utn por um, despeditião-se, e voltou para. casa co.1 ,ten:te, esperando · o resultad,o. ' "' · 1 Pias depo~s. os h(!;mens vie.– ·ra.m. O Joca. ao ve-los, a~- . -· nas em,pa1ideceu, mas nao protestou. ·VesHu-se, e p,a,re– cia ·até aliviado, encolJ.;trando so}ução pa:ra aquilo. Ino,oert– cià !)ão ~ez ~igu,n.tas, nã-o deu túna palav'ra pa·ra ·reter o rn.a.rid.o; trouxe a filfia p,;i.– ra que ele beijasse, e beijou– o t;un-b€'1Jl. Demorou em pé na porta, ven,do-o pat:ti:r ~n– tre os homens. e se ad,m1,ra– va de nã;o · ch,or-ar. de não sen-ti.:c o çora~ão deScpedaçacto por lhe l evarem o es.poso, D. Io,a-cia não aip'a:r,e>ce,u, f,i,cou a ,cua.da lá por denitro. . Mas q1 ,1.an ,do o trem · api:to4, ve~Q de vassoura e--n pu.nho. abriu portas e janelas, meteu com força a p,ia.;sa,.va n ª.!i fre~-bç1.s, nos cantos, arare.dou cade1ràs, a Carmencita caiu, quebrou a cara e ·foi na vairi·ição; con, wn pa,no velho sacudiu o pó dos moveis e das p3.r-edes; tto,uxe de,pois áitLt1- fervida . ~om folhas aotomá~lcas, e la- v9u toda a cp sa. esfregando– ª com o escovão: termino-1.1. ·cor 'l'eo,do de.rumação em to. dQ:$ os' aposentos. E-st a. va es– falfada. So de can1isa como blusa, e saia arregaçada, d>es· calça, v-iriha com a lata., a vassoura, o· esc-0vãc-. a espon– ja. Pairou junto a Inocerrçia qu,e amamentava a filha. F,esp:lrava a .t''Ctu~jant-e; remo– veu com o in<l,rcador o suor da testa e sa•él~d iu-o longe, estala,n,d·o o de(\o sob re · os ou• tros. Con•~em,n,lou o seu ser– viço. Tudo lim1>0, tui'l" =– pur;ga,do. Fa .l.ta ,ri.a algurr.ti coisa? Pen.sou torcen<l:ó · a. boca, .e, vi~·ando-se de rep,en– ,te par.a I tiocencia,' p;et"gun:tQ.u, co:m a vo<Z, o n•a.riz fr::.n:ti-00, o, b.éiço descaido, tudo cnei() de rep'l:lgnanccia: -Escu,ta. porque tu não • ~a p,aquena •••

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