Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

y • ' ·, .. t SORVETE .CON·VERSA NO .BA.R- BALANÇO DE ·t1espes_as, e · que ficará $Oh a-- guarda do es,Sabelecime11to"; e .êsse ,. .dinheiro, ai de nós! ~nda era ~enor do que essas o.1es- quínhas despas.is . . . . Eu t•nh~ on·ze anos, J'~l treze, o que. além (te tama1ího, 'lhe b:1st$.va para s.e assegµtar definitiva autoriaade sõbt·e • min1. N·a realidade, Joel era m'"u comandante. Já• exerci1 o coroando·11a cidadezinha onde crescêramos amigos in.se ,parà_ _veis; diante do espetáculo d,a "cidade grande'', n1inha timi_ 'dez c]:luc,·a ap<>i~V.<)l-se na sua ca»,.acidade d; resolver, diri_ mi:r é providen,ciar; atri:hu,tos qtie se1:npre me falec(ira-n1. Quando m~u pai se ·decid1J,·a a lnternar..me naquel-ê- colégio distante, o pai d-e J oe-1 considerou que devia fazer o mesmo con1 o seu filho. · o · P,raz~· que ~ssó -m ~ causou não vinha somente dé que eu teria -a meu la,do o· amigo .11.1ais agradâ– vel e con1 que.m me entendia mell1oi·; era ainda co'm 0 se eu .vagamente considerasse J'oel um protetor, un1 gu,ia 'cômodo ~ pressentisse nele o eircudo cóntia os p.erigos ainda nebulo~ sos di vida no internato e na capital; e .porque n;b'ulosos, mai·o1·es. lllis_nos póis, eu e Joel, num don1ingo de marçQ, nosso mofitio dinhei,;o no bolso, à cata. Bé- ·sensa~õ:s a1náveis cuja re_coràaçã_o nos seniisse pa-ta povoar o terreno baldio da $e_ man_a seg:1:1in:te: porque, tanto quÂnto me ·.posso certificar do_ meü espí:t'.ito infantil de trin_ ruas arbor izadas q_ue paln1i_ ta anos atrás, e do meu com_ lháva."Uos, m,>s êsses ele.ineo..' paoheiro o ,gue buscávamos tos se insetiam au ton1atica:. ~e-a n:éno;, um p~a.z~r (·on- nJente em n.ó:s, e ,;io; sénf~a– cr.~to ao 9-ue a poss1b1hdade de mos capazes de fornecer aos arrnazena._Jo! de pi-endê-lo ca:legas unia descrição abun– DUfna espec.te d-e vaso trans- d~·nté de tudo,__ quanto passa_ p_31:eptj! ond.e se tornasse de_ 1·a desapercebtdo à nossa vi_ tin1h_va'!lente obje!o !le con- .são imediata; visto de perto, t~·mpl açao e referencia; era o gavião de penacho não ti– em i:tuna, ot;>mo afi.na1 p.ara nha- o po1·te real que lhe a– tan~- gente. de es-pf~i~o jn- ~buíamos, mas já: recuado fan~:~ ou a~ulto, mater1a pa_ 110 espaç.o e na percepção ra 1•ecorda~oes. qu= compen- CO,!l)Un1, 1·ecu~cl';l\la a sua :,~s~e as horas de ◊c:o. de_ majestade especifica; o aL za_punç> ou tr-0.ball10, quando n1õço. en1 casl, de tio Lucas · nao s1mpl~s~,:ente que se era talvez u1r1_ bom hllnôço. pqde.ss~ e:inb1.r a. colegas me.. mas por-que e:in estado de .nQs afortu~ados, porque pas- ,-emin:scêl)cia, se enchia de sa; a.qi przsos o dom.ir1go·: prato3 e terripéros que nele ''!i;u _fiz isto, l! você ·não; f~i não figuravam de fi1,to, e o ao cu·co, e você não; e até cinemá . . . ' - vantagem dramática - A caminho do -cinema a lll[lCh,!_lq;;eí un1a. perna, e vo_ d~i's passos dele, lla, rua p.:in– cé n.io! c1pal, está a. confeitaria, à M,-s a pr-ópria ave11tura cuj,a po1·ta é grato a ge.nte exige um roteii:Q, nós o liª- deter_se, ante as formas ca_ biamos ·_gor intuição; e o pr.íchosas e co'totidas que ali :{)·osso fôra pacientemente se dirigem simultanean:íente co,nceb.ido · nas · conversas de a vá;rios santfdos do 1iom<n1.. :recreio e através- de ·o'ilhêtes Cer.tos bolos e cremes, antes s1lenc:osos ~ as1-;rdos entre as de serem degustados peta carteiras. na sa-la de estuda. boca ávida, o são pelo ,ns1riz. Em gjntese, nosso doming:i e pelos olhos, e. Sli! no-lo se- con1.poria d r: ida a pé pa • pei;mitisssm, ,o s~riam pelas· 1·.i a cidade, a fim de acumn_ mãos. que arna-l'i?m . -ve1•ifL :lar recur-sos e fazer um. pou_• ca,r a maciez. a doçura e a CCF de exercício; passeio. . no delica.p.eza.- da pa~a.. Uoico parque, com inspeção d-Os bi::. senti;d,o não .beneficiado. 0 cbos ainda não conhecioo,; ouvi4o pern1aneceri:1. àlheio. e eX:ame mais minucioso <:te · a essa fruição, :geral. se não t1:m gav-ião d-i p en;,.chO: não Chfgassem até êl'e os ruipos suficientemente apr-eciado da nó1•q1ais a _uma casa onde s~ primeira ve~ . almõto em .ca. co9,1e,. chogue de _louç_a iro sa de meu tio; 'Jogos no marmore, de m.etais :n-a. Iou_ quintal com ()S primos; ça, pequenos r'umor~s · fami– ••m;i:tinée". õe cinema; do_ li-ares a que se ligam · im•e_ c es_ comprados a um docei- morial1nent.e as ~.nsações do ro de .rua' e con,.idos nmn pala,d;ar-, e que· tanto contri_ hanco , de jardim; pass~io,;pe_ buen1 para a composiçifo 1a cida:de, ·tal-vez uma ex_ . dêsse- e ,i.ti• aordínário- 1,razer <!U:rsão de bonde . a-o suõúr · de cemer. b'io; e volta. Éss~ progr-nzyia Estávamos a·bso•rtos na nãq era ~-úscetivel de variar c·onte.m:plação ri-tu;il, n1isto :rnú.ilto :oos domingos subse_ de atençã'o a forínas si.mbó– we.ntes; m.as pat'iceu_nós 'd13 li_,cas'. e âe sonh;o. en1 'tornó _ uma sublime oríginalidade. e de idéias comj;,lexas que elas / 1 enquai:ito batíamos a 1,>é · pe- suger1a111 - alí, diante da_ 1a rua planta.dá dé mangl'léi_ queles, puQ:ins e daqneies ro_ 1·as, fams,s prel.ibando o gô_ :icos, amal'élos, sulfeiinos,' ;zo que a sua e:,i:ecução nos verdei. e róseos monticulos. p1;0porciol:larla. . de a.çúcar. geléia, ovo, f r.u- tas pulverizadas " invisível Sj1n, n-enhun1a das opera- man~iga; quandq .um obje_ çõss de qu~ ·: se .compunha . ~ to vitlgar, mas insc,l~to no , p~_ogxam,a pa1·ec1.a: po1· s1 lugar' -Onde se a{:h,ava 'me ~esin;a e!lttrao.tµinária, l\lllS captou o interêsse-. E1{costa_ a medi-da_ que se iam. çonsu_ do a um-a das três portas áa. mstn~ f1ca,vam regist;adns confeitaria do lado .da; caL _ ~ !1~$ como outr~ tant~,s çaâa, um (lu!l'.dro n·egro pro- ep1s(!d1os m~;norâveis, cuJo .pUnha_nos os. s::!gU:intes dize_ esplendor atràvessaria as ¼10_ se-s. em g'is b::anc<Y. ra~ ~órnas projeta.nd ~-s~ Hoje · :para a-léin da mediocri~e Delicioso son>ete de 4~s. nQ§SOs ,destú1os. Não ABACA.Xl- . . d~ting1.u11mos b t os ele_ Especiali~ad;~ ãa casa :rnentos da patsa e:m, nas " ROJ-Er ' . - , tConelusão da. l.• p'àg. > , - N:ão vou. - Pó!' que ·? - Po,-gue sou an~ipática. - Já .disse qu-e você não ~ 1n:õprian1epte antipática. - Que é que eu sou então- ·r '·- Um .;-mo1·. - Você acha? .. - Acho. . . - E Tereza? · • - Teteia era engra.çada. - Você disse qJ-1é ela niío exJstia. - B.óm. . . q-µer dizer. . • não e:i..i.ste rt1<uz ••• - Você a esaueceu. • - Não. Tou lembrándo çle1a. _,. Saudad<' ? - Do nari.z. - Era muito fine>_. - ~ .ão gostava dó nariz del~ . .: - Não vejo por -9.uc razãó se "impress·:011ar com ':> nar,ia de uma mulher. - '/'f/s vezes; 1ÍJe irnpressiono pp,r menos. ' ~. ' - Po1· ex,mplo· . .. • - Cbm o lãl:'>io ínferior da bô.ca de Alaide 7 - Que q,ue . tinha.? .. - E.rà. goiadó. Dava vontade de !;,e1;ar. - Você é um indece1ite . . - Só por que tenho youtade de' beijar?. Pois agora .me&• m9... .. ~ - Não fala ! . .. - B 'Ôm, se você insiste, nã!) f.alo. ·. - - Você ·é impossível! - EnJão, eu falo. ' - Fala logo. - Tou co1n ventacte de beijar você. - Mas ~u soi'.i antipática. - Nem tlnto. - D2'S'<'lbusado. • - Só• por causa dilso? . ' - E'.t mal o cotiheç.o! .. . - ~- • • ..!... Que qu2 tem is•so ? 1 A's vêzes a gente tclfi vontad·e de 'peijar iflulheres qne vê pefa pr;me~l'& ve:&. - É'tl Antipáticol. .. - Tá con1 cin1nz., tá ? - Eu! Com cii:pne ! ó, rneu filho; vê se arranja outrs. ..:. Outra vontade? - Não-. Üt\_tra gracinha, - Está b:>m, S:1be qu<;1 é que· você parec.e? - Não me iti terez.sa. Sei que não é co,isa bo·a. - Po:s. se enganou. - Qtt~ qu? é então? - Não digo. - Está bem. Não diga. - Então v~mos ·mudar de assunto. O ai.sque está bon1 7 - Mais Oll meoos. - J\.doro uísque. - Eu não, .Não g-o.sto de hcber . - Por g:ue· não pediu Coea-Col... ? . (Con-e\ ~1sao da 1."' pág.) • ciOilC\ some11te cs livros qúe roe viei;am te1· às mãos, Muita. coisa estará faltando, mas isto não l um recenseamento· ri_ ' ' . gotoso, e sim mero a-panhado ·de algur:rs dos. volumes que pÚd? lêt·. Ainda no terreno da fic_çâo, te1nos., os contist:ts, ·realmente . pou~ em 47. ''1Iorizontes Noturnos", dl;? Alineida Fisilher, o ·•E,,-_Mágico'', de Murilo Rubião e ... 'nada n1ais. Tai;nb~m a literatura infantil esteve paréam~n·te representada. Antonio Bã1·ata c.om ''20 Contos In.fantís", prossegu e ua séde de ex– celent~s históri.as para crian~as, marcando maJs un1 tento. .Hildeb.rando Lün,i, pei'dido ent1;e os livros didáticos. r1s~ur– ge com um ófimo volume "Nosso Mundo". E temos ain-d,a a maravilhosa história de Jerô.ni.I;no Monteíro "Três Meses no Século ~I", que pode, sem fa.vor algUm, ser i1Ícluid'a entre o <;\Ue de 1uelhor S;e · escreveu no gênero, aqµi 9u en1. qt\alquer , .outra parte do glob.o. . Qua11to aos énsai.stas e críticos, é justo d~sta car "Inter_ J>r:tação do Brasil!', de G,ilberto . Frey:i·e; o q ,uin.to· vo– lu~e do "Jornal dé -Crítica'.'., d~ .Alvaro Lins, np qual êJe co11ti-núa i-eunindõ seus admiráveis~ lúci•dos rodapés; o qua::-_ to do "Diái·io Gritico", de".'Sérgio Milli;t, um ·critico eqµili – brado, escrevendo cada vez. melnor; o ensaio de Edisó,11 Car– neiro ' '.Trajefól'ia._de Ca.<;tro Alves"; . ó admh·ávet fivr;nho ó.a l.,aulo 'Ronai "Balzac é a Co_ vos?/: Não s'e pode f:í'la,r de média Humana" e, · comple_ i1ár-:o e<fll poucas palavr~. tando o gi;upo, dois. volumes O melhor é passa1·1nos às rc_ que nos chegam ao fi_ndar vis.ta ., literárias. Elas p.ulu_ Dezembro: "J~eques Mari- 1am. pbr todos os Esta-ctos. Al– tain e "A' .Sombra. da 'Estan_ gun1as d'e vkla tão curta que te". O prim.eu· o_ re1,1ne uma neD:l chegamos a vê_Ias. Ou_ sé'rie de ~nsaios sobre Mari_ tras resistem algum t,mpo.• tain e é dedi_cado aos Ma.ri- Entre estas "Joaquim". que tains - Jacques e Ra:sa -, Curitiba está-nos m.andando J!O _ quadragésin-:_? _a.niversár,io "há cerca de 1,1m ano; "Jo.,é". d e sua c9n':e·Eªº· Nomes que ve1n , do Ceará e "Edi~- – como o ,de_ rrista,o. de Athay_ cio" de Belo Horizonte. • Do de, Afraru:o Cou.tJnho, Cor_ Ri '. d · · çã0 e outros assinam traba- · ,o, e ,vez em quando um lhos de inte.rprztação · e de núm.ero de ''I:,eitura", e com l<>U:VO'l: ao gra!lde filósofo. E publicaç-ão mais reg.uJar ''Li. !in.a)ro 7 n.te ·de n:'1'.º enh·e ·n~s teratura". Do Rio Gi.:aride do e~se luc1do esp1r1~0 ,e ad_m1_ SUl a ex-celenie "l?J'ov·n~_.a ravel ].'.}IOsador que e ~1;1glli;_- • . ,, · 1 -, 1 to Mey<r, con1 uma serie de de S. Pedro • a n1eJ11or pa– eusaios re1Jnidos ·em • "A' I'a nãó dizermo$ a úni.ca J?U– Somb.ra da Estante". Augus- blicação d'gna d , substituir to Meyer. é dos que 1nelhpr a "Revfsea. do Brasil;' dé escrevem eutre nós. Claro. . ., . _ . · i)recíso, profundo, · sutíJ, um saua.ooa me·mor1a. Sa? Pau_ ~êsses ensaistas qµ~ a gente lo, cotno sempre, n·n11to po" es-tá sempi;e · .relendo co1n br~ en1 publieaçõ_es literái:áas. inegáyel pro:'r.ito, De Um 1 , li-;• Th;andÓ a ,..'Revista. do Ar(ltÍi. vro tao precioso como_ A vo Municipal" e O "Bolet'; Sombra da Estante" nao se . .. . . ;, ·~ pode falai; en1. du;1s ou três Bibhográ.fico , ainbas reâll- linha;,. ~a!;ões do Depar-tament 0 de' Que mais tiv,n)CS . em 47? · Q teatro, siin. Estamos, po_ :rén1, falando de obras im- _CUltura; que mais digno de mençã:o? "·A'.tti-alidades I,íte– i-árias'\ 3 'Para-felos" .e, . . é só• . - Dett sto- -Coea~Cola'.. -,. . • ' . . - D? que que- você gosta ? - :Oe nada·. - E1.: g~sto de ml!lher bonita. - :E11 n~o. sou .bonita. ,·.-.;._., , - ·"---:Pxes;s:as.., e além disso al._~ú:. mas peças representadas é:0111· g'ranaJ ~icito no 'Rio ' ainda não cnegaram ati? nós. Conto, presente de festas, Dulcina., Tem.os. n-o e1rtánto, u,n ·n~– paitament:o E-stadti;a),, de Ín...,._ i:01·2na~ões. com muüo- di nbei~ 1,0 pai-a P.agar louvort .s aos atos· do goveraq, 1na.<i nenhUr .n1a atividad'e séria ·en1_ -~rol da . vid;i artísUca do E~ta'êlo. Car,Ios ~izzini, homem int:e:.. ligente ,.e culto, ' tentou fazer algum-a ·coisa 4U!).ndo na.., 'd-i– re-gão do- De;partameuto. Con_ seguiu· realizar un1a flc;'tposi,. ção ci.rculante ãe l1inmta., preparou outrâs co:isas, cém0- c,m•s-0s de literatura. de .mú– sica, além de diversas pu~ll.. ca$Ões de éarâfer cl:llturaJ. - Não disse que gosta,và de ·você. • " - Mas ten-i, vontsde de m? beijar. - Goito de sua bõ:ea. , - Da rn :n.ha hôca só? Engr~çaao .•• - Do resto· c_om rzsl.riçães. • . / - Escute uma c-oi-sa. Você ~oi sempre assi1n m.al -educado? - Besd-e' rn:nino. ·, • - V◊'cê ,regula. bem, qúer dizei;, não é m·eio :tá tã, níío 1 -'"- Não fenho certeza, meu .bem. - Vê ·1á, hein ! Prá cin1.a d•e n1iI11 não ;Pega. - Não pega o que '? - Seu .métódô. _;_ ~llC mét0do ? -'- De conquistar. - Não é ô ca.so . .. • :.... Q1:1ais sâ'.ô as i·estri:ções ? • - Posso faltu: ? - ·Pode. ,. - Sua v;oz é n\eio enj0:ada. - Ôbrigado pela franqti:za. - •De nada, E ... Bom ... isso eu não drgo:· • - Dig.a. Você já me ofenáeu tanto! - !!'irando .a voz e o que eu não digo, • eu gosto de VíJCê. - Está b~m,. . • , - 1\-gora· -eu vou tmbora. .- Pois. então vã. Não estou te segurando. -- Pux.a, ! Você é durinha. ·· - -Con1igo ·é a~im. (E àssim por . diante), • • q11,e s-~- ve1n ~at_a'Ihahdo Ire~ t-0i.ca -m-ente en1 proI de · :um teatro brasileiro digno e se– rio, d,u_nos depois de '"A Figlià de Iorio''; a prfmei,râ peça de Genolino Amado --– "Uma Estranha Aventura", Gznolino · não é só ·um dos· n:essos ti1aro1;es cronistas; é tarubé'm ·um dos. hofuen$ mais jn,teligen.tes que conheço.. En1 ."U'ma . Estran,ha. Ave.µtu_ra" êJe está presente, con1 um d i á!ogo ,qµe dá gôsto, e. en1- bora o assunto de sua prime.i– ra "a;vent'Ul'.a teatral não seja i_nédito, escreveu uma comé_ dia -das: mais interessa,ntes -do -re,p~rtórlo teatral brasileh:o. Não s~i em. que· ca.t-?gória se pod~l·.Ía ep <l1:l'adi-ar e;,t:a pe– ~uena obra .,-rima de Monso &chmldt "A Pi:imeira 'Via_ gem". Trata-sa. de.. me.ín, ór1as d-i -uma vi11gem f-é'ita 'pe.lo au– tor a Portugal. Páginas de l}l'a,nde beleza, q~e · não se t~rcorre sem fundas em~ões; Llvró . pa.ra se ler €' ,gua:tdar. Restaria ainda ixi~ricionar .-.duia$' obras );>óstumá.s do sa~– doso l'ífárJo de Andrade~ "L1.. r-a Paulistana:' e ' 1 Contos. ?:ro- . lVIas- durou P,OUCO, Sua espi.. nha dorsal éom toda a- certe- . . za não estav~ , pem .:azeitada- .P:1/ra O.S: .penn:anentes sal-a,ma_ . ~ leques a;Q,S poderos·os do .mo- men.to . C~m a sua s,ídâ., o– ~parta~ento moLTeu. Pelo menos riaqúilp que diz res- . . ~ . .. - peito à .cúltura. • Como vemos, ··não ·foi .dos .ma,is' ric~ o ano .de ) l'1. ~es-,_ -ta eSPel'~r um 43 •melhor. ~ão· :hã mesmo oup-o re~~dio,. si• . não espetar, _,.. ROMA, junho - Verdi nascera há i,oucas ·meses e já a morte começava a. af'- Verdi Em :Contínua Porfia Com A Morte v ·o1to u precipitad~me,n~e para à Itáli~. , sediá-lo. De fato, .foí em ' 1814 qqe rilssos e. austria- l:8?8, o. jovem Verdi sent/3 MARIO RINALDI CL_Ue se . saibª' cómo, .a n?tl~ co.s de.sceram pela planicie o de~eJo de realizar 'U.ni eia da morte vinha 1.1ada Quatr-0 meses depois V,:er._ di foi para Nápoles, a ..fjm de aasistir à montagem tj.a. . "L'Uisa MHle1·'\ . N.aa est~ção encóntrou..s,e com alguns padua:na, i::tpoderan.d0-se de passeio. O espetáculo Ôfe. · ·(copyright· m . com exclusividade menós qu:e d_e ~eípzig, · o tudo e não raro mataµdo. recJ~o · pelo verão que 1 ter- heste Estado, para ~ FOLHA DO NORTE)', , prliti.eiro a desmentí..la f,oi Luigia .Uttí:rii, porém, mãe mína, o atrai. Prefere eóm,o o dittindido ~-'óinnil>us" que do futuro musicista, era :meta a Madonnin.a qei P1·a- :funç~o da · tarde. Uma. tra. Em- outubro de- 1844 Ver- escreveu textualinen_te : mulher enérgica e tomando ' ti, > ;i.as proximidades- de gédía ! di foi para Rpma, a ftm de "Lê..se num jornal de Leip~ consigo <! pequeno, subiu Busseto. Um belo · passeio. VeTdi ficou _ f9rtemente levar à cena ttiunfalmen- zig que Verdi moi;reu: 11ão. .im busca de ·salvàção ao Mis,sa. pela ma~ã, almoço abalàdo: não só pelo ocor- te, Ilo teatro Afget:>,t.l:í.l~ "I Ele vai bem. Talvez texão alto ela tôr.re da j,greja de com os amigos :Mi:chiara; e rido - que, também foi fi. due F oscari". A viagem de querido dizer- q~e m.orr~u o iR 0 nc 0 ie-. Espà'o:tf que , a. à ta.tde as cost~e1r·as vés- xado por µma lápide - volta da Cidade Eterna a seu ;AT'l'll,A". :,soldadesca terminasse com peras. Verdi t~bén1 devia mas porque :um doá . cele- Milão, féit'i de diligência. ~ão , se comprêende, n.a ,.~eus desmandos e só .guan. tomar pal'te I,lÓ.s cantos, brantes mortos era um ve:. cansou..o m-uitQ, sem contar verda(le, .a alusão à oitava do o grosso dd exército se. mas como chegara tarde lho padre, contra ~ quáJ,. que passou' também · pl)lo ól)éra de Verdi, que estava a'fastóu,, d~cidiu..se a descer. não foi à cantoria.: pe1-ma,. algu:n~ ai:1913 ~ntes, ·em re- "perigo de se.r soterrado &ra.ngean(l~ aplauso~ em (U.ma lapide colocad;a, • 11so ·neceu na igreja. De repen..- ~de a um çastigo corporal, por um desmoronarnent~", toda par.te. · campanário rf:Cor~ até t~, . desencadeia.se Vi<>Ien- })roferira uma maldição em como foi narrado 3:_lguns U,m outro grave perigo 0 .~oje como Verdi criança se tissnnq temporal: . l,!m raio, regra: "Raio que o parta!". anos depois por Mqzio a mlísici.sta correu em 1849 1i~ou ,das "hordas 2angµ1. depois de flSj)edaçal". a na.- E 9 raiQ, e~bora a~asado, B~. Mas_ t:µnbépi êste. ~m: J>'.aris! aon~e. ;fora co:in ~ ~µias' -e c~o sua mãe ve, C\lltr~ ho lugaT sagra:.. ,:h~gara:. O joyem consíde. foi_ um per.lg.õ qu~, nao oba:- Streppom,.. ag,ua.rdando qlre con~eguiu preserv~ .um do; gií:a. em reddr dõ órgão:, rava. a:inda. que~ ·se , tivesse ta]?.te sua ·. seried~de., ,, t~,:n.. os. ' trabalhos éni Sant'.Ata– "'all}Q s~linie.. para a. ar- m.àta, , três cantores e de,. chegado à sua )).ora, êle b'.ém nãc:i Jevê .cqnséquên,. ta tennma,sseni. o per)g~. te. · . pois, investindo contr~ ~ tarnbêm· estaria lá em ct. çia$. desta - feita •tinha nome: Passaram-se catorze, an.os . altar, fttlinina. dois sacer. :ma, -periio do órgão: onde :Em, abril de l-M6 divul.. eófei:a. E pór ·~i$Q o, c~al Estamos pi:ecisamente em dote!! 9.~; celebr~vam_ ~ agora: jazfam. ínanimad<>s g?u..se na: Itália a. no\icia togo ~ iruci2 &e agosto ~e~os ~~ .l'!lt®lbri! ~ - ·----··· - - -e ÇBW;PN#!$✓ !Ç;,\J!t _"_.!! &2Ilt_-ªç---'~~4iJ~.~ , = ~mí'gós: · :- ''Vttnos ao seu -encoh;. tro para livrá-lo de um gtave _perigo". -"Qual?' ' - .pergUntou o musicistà. · :.,_"A presença em Náp,o. les do ma,éstJ:-o XY, ~ terri,;. vel :t:ETTATORE!". . -'·'Ést:ou perdido!". .,...'/Deixe estar. N(>s ,e:w. conbraremos.· uma. solução". lE chegou :ª dáta ~e ? de ,dezembro, dia. qa ''LUlsa.''•. Verdi, ao fim d!> prim~ito ato, entre grandes. a:p1a11. s9'!1, retlr;u,~~.. pela· hlt!mt ~ez ~Qs basyidore~ . e ~º1Í':'. versa.va. •CGm o dll'çtor dá o:tguestra, quanijo 1>étcebeu uma yÕZ►-conhecida. ,a .bra. dar: ''Ah! Finalmente () en. \(ç.,g~tio~~ :~~~-.:1i~w~~}J_ • . • 1

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