Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948
Uni. dos seus adm ,t'ávei$ romances, Jean Giraudou.x escreve, em um plano de re• tração poéUca, a, história, não 4 e um :filho 1nas de um ma• r ido pródigo. Para fugir à c olidianeidade da vida con- • j u.g.a~. êle atravessa um rio e vest~se de 1·oupas que lhe oul-orgam uma personalidade completamente desligada ~a e xistencia aba.ndonada; d.is · {arcado para a grand e aven – tura criando as coisas da na· ' - . turez.a como um Adao um1- d ecido por ~ lravessin, ci· lo a a11dar pela noile, a tento à mus'ca. dos objetos. dos :fa– tos c das lembrancas de q ue vinha de libertar-se. Ent re· t.anlo, mesmo os maridos pródigos não ruspcru:am o q tie se chama co111ume-n Le de ullima olhada,. Aproveita,udo– se da escuridão noturna para v er pela ultil)la vez a sua ca– sa. seus passos o conduzem a.o quarto onde eslã a co1npa– nheira abandonada. E esla, como um arcanjo de silêncio e orgulho, não se digna a. di– f.er- lhe mna unica pal av ra, Jimitand<>-se a entre-gar-lhe um p apel que é uma inlimi~ dação e un1 passaporte d e n1·1rido pródigo. Esse papel orde-na: vai-te embora. Marido obediente. éle -par te. nessa avenh11-n cousenlida. O t.ema do filho pr6di'go. ,jlardurunente explorado p: tl.os escritores em seu bem-estar e executado por criaturas enônimas cruzadas pelo cha· 1nnmento dos la.rgo3 horizon– tes e da brisa marinha, é dês– ses que inquietam qualquer e:;:pírilo. o guc o de.f:ne é o relôrno, concedendo à sofrlda e ro– manesca perso:nagem a sua tipicidade, encerrando o ciclo d e suas atribui ções por esle mundo de Deus. Moralmente, os úU1os pródigos são ambi· ciosos e cheios de orgulho. Falta-lhes a coragem :rudl· n1entar de adaptarem-se ao :unbien le familiar ou > nali.vo, su_poftàdo e 1~smo impres– cindi val à 1-rcí'lf dos outros re• l,>enlos. que trabalham a ler - 1·a, estimulam a riqueza da grei. faze1n filhos e acomo– dam-se à vontade _çlos céus. Essa ioadaplação, deeorrente de um complexo d e ressent!– menlo forj-ad o pela. ~ua p ró– pria incon1pelência. l:!-v.a-os a desciar paisagens mais aber– ta-s. com f acilidades que lhes petmllam realizar os s~us mais caros sonhos de p razer. amor e lumullo. Evadmdo-JO.e, ouere·m eles "a. vida de co– lher". mas sem -a ce11sura pa• tema e fan, iliar dos que. aliando a idéia de juventude à da cri açã-0. do trabalho e d-0 esforço. n ão concebem q ue S2' poc..sa ficar de braços cru– zados cm ~z de -fabricar no– vas í onles para a economi a da casa. Dentro desse p1ano. a ilno• ]!lção do novilho mais novo se presl,,.'\ às n1ais varíadas considerações. Há q uem a <'Oll.Sidere como uma coroa– ção lrtun!al da a ventuni. exercida e incarnada por • CRONJCN A 'Réplica Vo crilho aquele que volta. E ntretanto. po.r que não considerá-la co– mo a vitória. do filho mais velho. o produtor de rique– zas? E' verdade que jamaís se· imolou um gordo novilho para ! eslejá-lo, mas a cola bo– ração dele foi indispensável para recepcionar o filho p ró– digo. O Lrabalho rude e -coli– d iano, a. aplicação ao campo x:tno 1vo (Copyright E . S . I .. com •xclusividade pare DO NOR'i'í::", neste Estado) a "FOLHA e aos rebanbos, resun1em-se e concretizam no prato que saciará. à fome do que re– gressa . Quando este atinge as soleira s pa ternas, o pai. ern regozijo, lhe dá um rico no- u n ·r o vilho; é a rép lica. da CCOtlO– mia, da acomod.acão e do lra• b~lho à i álua e maravilhosa aven l1.1ra . Apesar d e não o perceber, é o filbo mais ve– lilo o homenageado nesse • ródi o b anque-te que ev~ão mas & - . .,. nao coroa a pei·man@nci-t . Os acontecimentos comuns, muitas vezes. vão parar na est rada onde o filho pródigo empoeirou os seus pés de re• to1·no. Aiuda há algumas se• n1anas 1 ocorria em Belo Bo- 1·izonte mais u1n~ r epetição des l.a velha h istóriá, desta ve- • ara ó MOACIR WERNECK DE CASTRO ' t ~,..,.,.~~..,..~~##.....,##~##-..~>#####....,,,~..... ./NNl'#tll<H-~~,...,,..,,.~~,##,. "Não vê !{~e me. lembrei q_ue lá no norte, meu D eUB! t!luito longe d e m.;», N11, e.scur1dao ativa da no-lle que caiu, Um homem pálido, magro de. cabelos escone.nao nos olhoa,, Depois de fazer uma pele ' com a bornch& do dia. Faz pouco se deitou , está dormindo. • "i:sst honu:m _é b.rasHeiro que nem e-u ." O "FRIUME POR DENTRO" ' o lremor c a comoção do poela ncs invadem agora, quando pela mão do ,.. 1·omancista Dalcídi o fw:andir pen_e,- il\it _ tramos no mundo da llba de MaraJo .,,,,.,.,.,. ..-, . "·'"~-'' ._ d h . • ,;,,;,;,-..::: ,•.•··::: ~-:-:e,: .,...... com sua a ,onnenta a u1namdade, . ~t,~ v, . · .-.:-if~ti\;.. br.asll~iI·a gµe nem n ós. No entanto ,WJ,.it ,-, }:::,,;::-:,:,f;:f,J· não é a s: nsação do exóLico 1 em }~;. _;(;),:, · t •.·.·.-:.❖•• •• ·.•.•,·.•.• ·'.❖✓/,'• essa espécie de _pavor infa ntll q ue :itt ~ ( i:. nasce da idéia dos gran~es .rios nc- f11})i!)!:ffif ' 1$~f.:.:•:•·. gros ou lodosos, dos anima a l!Stra- -. :,i:,,:i :•·'·'· ,,,,:;:,_ · · · • . .n-:•.·.❖.·.•.•. . ,. ···-· • nhos que v1ve1n em mato$ dif: renta lti:/:;{:/·· •::- ' ,· dos nossos. É sim. o en coo lro do ~,f?fi,{/;:il_·:,,~. ' • ..-, r• ••• i❖, ~~• • x:,;._ homem, dcsen tranJ1ado do cartão j'fr.lli.'kt(; ··"' ... tal . . t . e. :B~~ ~·.? ~ ..,._ .. . pos o.mazon1co que emos v1s ,o ;:i;,• i . ·::. . ••.-.-. ,,. até agora , e que o e_ut?r :nos lança 1: \~,W-• "J}ii"'.·· · e1n 1.·o,sto com uma v-1olencia drama• ,:?'l,,~:t,i·· ,. ' lVCARlO DE ANDRADE tica . Vejam_ pareCê êle dizer. êsre f~ft<l homem também e.'<ist~ está esqueci- il :· do. é um tTapo de ho1nero, esmag(ldO ,,:;;,~9. por fôrças enormes, mas é um ho- ://~;. mem e existe; e dentr o déle. nos seus conflitos e n as sua.~ lústóri3s, D almd.io Jtll"llnlfi.r d , loques de poesia. Dalcídlo Juran– : :1.ir como que ,, jslu1nbra. un1a solução OQ.Vll. novos caminhos para o roman– ::e brasileiro. Com efeito até aquí tt:mos vivido mais ou me'nos empur– rados enlre os extremos de um na– turalismo' cru e de unia introsp zoção no abstrato. coin o que se -perdem .preciosos elen1entos de ron1ance. lil ,inlom:i tico que nos te1iha vindo das vastidões amaz.óni eas, onde a preS\?n– ;a do me:o é incontrastável. umn ~tntese -tão poderosa e tão carregada :ie sentido humano como esla de Dal– ;id io J\1randi,r. J;:stc "índio sutil" 1:omo o apelidou José Lins do Régo'. trata da sua rude g ' n~e com uma ar– te literária refinada, que ela desen– volveu n~ cidad e. pacientemente. ;,em pr:ssa. co1u um.i comovente hu– tnildad::!. E o resultado é que sur– preendemos no "ho1nem brasileü·o que nem nós'' a vi-da bolill<io, pro– há tnnta grandeza e po!'Sia, tanto esplc.nd <)r e mis– lérío e tanta graça. também quanto nos outros ho– f!'1ens. F oi esta a revelação q_u? Dalclr ;l.io Jurandir em– preendeu cem artes de ron1ancista COllSllll)ado :.e beneficiando eia experiência, que jl! vai para tantos auoi.. d o r ::gionalismo nordesl~no. Não há neste li– '"rc. "Marajó'' a p reocupação do r egional conlo cen– tt;o ~ int!rêsse, nem do "social'' como receita pru·a Ia~s conchavos do autor com os pc!'Sonag·n.s. Não 1101,, emal'anb-amos através dê.Je nos cipás liti rários elo exotÍl!1no, nem no rol di.' bichos e pla ntas em que - t>e c61Dpraz.":?m, com ócios de colecio1,ado1·, e3eritores d{' lerras menes luxuriantes. F ugindo a ésses ,1>erlgos. o r on1an~e creme im– pelido pela sua p róprla Iórça, em tótll() de um p ~rse- 1, agem centr!ll. fílbo de um grande foz : ndeiro ma– r;; joara. Curiosamente. o rapaz, que é a bem di:r.?r o único '•civilizado'' no livro. enira naquela galeria. de f1 acassados da lite1.1ltur11 nacional. ci ? que falav.a Mári-0 de Andrade. I ndeciso e !raeo. éle arrasta uma v:à~ de amor~s 011 f.ruslrados, incerto do seu desti– no, até que a morte do pai o liberta dás dúvidas par!. lbe irnpôr a consciência de dono das t erras e da gente. Em redor dêle se movilnen tam. e,m mil his– Lóriss. tipos fortemente marcad-0s. unidos por uma s(•lidsriedads primitiva, pela .angústia e p:lo dzses– pêro de sua c:>ndição m ' sérrima. O que bã de empolgante no l i\fro é princinal– menle a fôrça com q ue o romancista peuelra fSS!I. sub-humanid3de, fa-z-eado-a viver em p rofu ndidade e intensamente. tanlo quar.ilo viv? o branco que ser– ve de fio condutor naquele mundo sombrio. Sem abandon:tr o .seu .(>a(élico realiso.o para fazer essa p·rn f tracão, onde a análise se enríquece muitas ~rezes íun<ln e mist.e.r:Ofa, com aquela mesma palpitação s rere1a que alguns aulores preten<leram aqui ser priviíêgio do seu g~nero notui·no e da seus persona– gens deslocados no t.empo e no espaço, sem idade. nem sexo n~m pá tria.. E q_ue :Córça d e eslilo! Não me ocorre oulro aulor naeiooal cootemporân~o qu.e seja dono de tamanha ,eetnêJ1cia de expressão e sama tãe bem contê-la t:enlro d e wna. forma l i terária lirnpida e rigorosa . A frase arrebàl,a com o sru poder verbal, a sua opulên – cia e o gô-i.to ds..s imageus . Mas essa. corrente é cana– w:-ada com tal a.tle que a últim3. co'.sa que diríamos e.e Dalcld io Ju.r.aodir é que se trata de um escritor 1~roln."'O. Não s.?i que singular reflexo da terra have– rá n-0 seu estilo ("m~lre telúrico'' lhe chamou Sergio M illiel, num at•tigo onde há entretanto uma prouun– c;~da n1á vontade sectária). mas como não sentir um Tltgido d e ao1azonas sublerrán<OS em tantas d-as suai; pàg"nas? (Ru cilaria . como exemplo, a descrição da f olia, na pág. 154.) Os a chados verbais iluminam su– b rta1non t1 o romance. aqui o ali. com uma r ique-za iuespe-rada. (Não esqueço fras. s con10 esla: "E-nor-– mes frades íosforejava.m entre o faiscar d as :Cacas e a raiva do!> cabanas, cuj as dentucas escorriam lodo e ouro'' ... ) E o clitüogo é saboroso e vivo. refl.~tindo particularmente o encanto das pe~sonagens f emini– nas. Enfm, um grande Jivro, u.m grande romance que r c insere entre os maiores da uossa atual iileratui·a . Saudamos calorosamen~' . ness~ modest.o Dalcídio, 1cxem,plo d e i.11corruplivel dJgnidade como inleleclue.1, ba talhador de primeira linha da causa da Iiberlação de nosso povo, um artista âe- pritneira grandeza e l.ill mestre do romance brasileiro. l Esquema Da Evolucão Da Sociedade Paraense .., '1!i"t1 canUga liumana. 'O'cn Nl paz, inadaptado à v ida humli' de e trabalhosa de sua fam[– lía, seniiu em seu esp:rito o intemorial iuduzimell[o d~ filho p ródigo e lá !e f oi. sem dizer para on de i netn que horizontes buscav 11. nem porque o fazla. :Em sua nova existêucia, muitas peripêcia11 viveu, muitos novos lugarca conheceu, e mulheres, e d1• nheiro, e a. embi-iaguês inco– muuicavitl de ser soz;inho, es• u:angciro e rebelde em si– lêncio. Quando se sentiu su– flclentemenle experiente, es• c reveu para B elo Horizonlc, comunicando aos parentes que ia fechar & porte. de seu mu.u– do de evasões e jogar a cha– ve no vão de -uma n1on1anha de l\Unas. Feito isto, o no~so filho p ródigo t omou o tre-rr1, e durante a vlagem ê !e ss sentia lriunfal, a nlegozando e> espetáculo da. chegada, as p-erguntas que lhe seriam :formuladas. a auréola de pres· tigio que · lhe cingiria a ca• beça , a notoriedade decor– rente d e sua aventura que, a ll'avessando os séculos, i o. iluminar juslamenle u.ma das n1als conlróversas e !asei nan• t cs lições da Bi blia. E assim pensa11do contir– mav:i o juit.o daqueles que vêem nos filhos pródigos uma referência de orgulho bem sucedido_ Ao chegar a B elo Horizon– t e. não lhe sacrificaram o 11ovilho 111a i.-; gordo. que nos d i!!S de hoj~ pode sc.r gh,– r lO'-alllente subsLil1.1ido por um dou1-ado pe.rú con1 a1nei• xas. Os parentes reuniram• l?e e. de comum acõrdo, de- 1·am no filho pródigo uma sun·a tã{) grande q ue ele foi parat· no ProntQ S1:>corro, bastante machucado. e deso• rienlado por compfeto. serll. saber o q ue fazer diante da incisiva r éplic9 da p ermtt- • • • n enc1a. e incaJ)az de com- preender a atitude de !:eu!: agreS-..c.ores. Os c.omen larlstas do rate> são de opinião de que o ept– sódlo de Belo Horízonle des• mente a teoria do filho prõ– digo . A nosso ver. tal não ocorre; a lição d a B ibtia. .cxnn1i11ada pelos no;,S()S olhO!t profanos, não é um h ino em louvor da aventura e da con– qu ista àe no,,os ares, rnas a ditnificação da permanê ncia, d esenvolvida a tese de que é n1elhor r :c!lr cm casa do que avetilurar-se pelo mun– do. Os meios d& atestar e~sa superioridade entre ficar e p ar tir. p ela apresentação de um e.,\:emplo inconlcslável. n ão poderiam ficar alheios às variações sociol6glc2s de te1npo e lugar: na B[blia. um n ovilho gordo; em Belo Ho• rizonle, surra e Pronlp Socorro para quem. partido, a inda tem a coragem d e re– gressa.r volunln.ri.ainenle e p rovocar con, o seu orgulho e a sua jactância a. lranqu~– lidade e o bom-senso dos que ficaram. e oão esperavam mais ser incomodadõS por esses a rtilheiros do Exército d o P ará que são os filhos pródigos. Nacionalmente, o mestre, o guia de Lauro Sodl'é foj Benj!lJJlhn Gonsiam-. Ninguém ipora o alto papel que de · semp,:,.nhou o homônimo do _publicista fr:mcês que nasceu ~ Lausallnl'. na Sniça, o lilho ne emii:rado, o autor de ADOL– FO. n o dra1ru1 (foi bem um w-ama) da proclamação d.a nos- 8:\ n.e1,úbtica. ~e papel nunca J>Õll e ser negado conquanto nun,erosaa t enta.tivas tivesse1n sido feitas n esse sentido, islo ~. no !'eutido d~ negá-lo. ., Sabe-se que o clero católico-roma.no e o sanho:r de t..er- r a;. - a gentes do capit:il es trangr iro no Brasil - tudo ti-te– ran1 par;; diminuir a glõria republicana do xa.rá d-O nmi~o d e 1'J'me. d e St.-ieJ , -procuranrlo emp.nrr:i -Jo. soler(,-...JDen~, p1u-:1 o rol indislinlo das ftl\'Ur.lS de s egundo plàno n a insta– lJlcá o rl a República. enlre nós. XI] LEV1 H.ALI. DE MOURA cEsp: cial para a FOLHA J?O NORTE, oesle E.lado\ ( ' 01)1<> Lauro Soclré no Pari. n en.jam.tm Constanl não foi , ' no Jh•asil, o gnnde ideólogo. o grande dirigente da burglR"• sla, o ide-úlogo e o tlirigente que a burguesia esperava dêle,, 'l'al mestre, ta-1 discípulo. t:"iSe pobr e soldado doente, constantement; .fsem troi:a– clilbol doente :i.comelido 1)1)T tremendas e periódicas cef::ilal– g ias, d(,r m: d ~ ca~eça só comparáveis, na história. às de Ni cl:r.scn~ . êssé pobre soldado en:têrmo, ferido, fol'll ?OS cam• p os de batalha, pela mau cruel Doença e pi'la mais cruel Oõr, r1u::uido a herrivel e~"'alquéc:i. (cUspné~ e cefalélal llie aplica,.-11 as tenazes, para 11.sar aquela mag-níflea. expr.essao d e !\'Inchado de As.'iis na atliniri.vel deSilCição da morte do Viegas. êsse r,r.11c.n.l de tantas batalhas cívicas e mora.is , costumava e:icclamilr - "Os -pudres vão dlzer qoe ê castigo! 0 .s padres vio dizer que € castigo!" - puerilmente preocupallo ~Jn e c1ue pn dess:rm pensar. ou mesmo di~r dêle, ce.rlos padres ca– tólic~ romanos, evitlentemente muito abai.,co da Sllll gi.gan. lf!SC:\ esiatura moral d~ m11te.rlaHllta e de demoi:rata houestc,, sin cero. <,onqllllnio inconsequente. <vi•la sí,:nüicando, n.'\tu~lmente , as bome~ nas sua~ rt',ta– çitts), c(lnoe1>ções que 11eompanl1:i,m o evol~•r da<; so~~ades humanas. Que remos referir-n os as cou rep~,oes materiah:st!l e idea fü.1a. Não é d e clificil verificação que a velha luta ~ntre essas d u.1.1, conce-pções entre o idealismo e o materialismo, tfil1 eomtituido todo ~ t empo a tnanifest.ac; áo i<leolõglc;i.. :ia. express:io t eórica da. Juta. entre ? novo r o vellio. Os a3ou;ia– dos às norlJlllS cansa<hs d t sentir e pensar, aga'!Tllm-se.. com m:u11>pla f\ mandíbula., ao mais ingénuo e primário ideaUsmo. Os interessados n:1 l't novação voltam-se nata.ralmcnte par~ um materialismo mais conseguente. MJ.!, 112. os que se equi,rocam. Emboryi int-er.os ~clos. na reno,·a,;ã.o. descapibnm, porém, para o mais. pueril 1deahsmo. e acaLaru, ineoll.S(>ieniemente, t ómando 11at11do do ve.llto con- Nio é naturalmente por a.caso . por equívoco ou bô:i fê (unm vf"t q.ue ná-0 é co_m justa razão) que, na questio da nossa República, Deodoto da J!~onsoea seja o priJneirO. senão o único lembrado nas ei•tedras . na-s comemorações públicas. 0 1>.1; 11ror.-.ra.ma.s oficiais de história. n ()S compêndio~ da dis– c-iplina. com r t>eomendaçã.o b7>eciaJ n~ instruções d e ensino. E' c·laro. Deotlor.o não tinha n ada na cab eça , n em ao nu•nos a dó~ que pei·seg-uia 'Benj1nni1n. Foi arrastado i'l a.venl or,1, comn mero pau d e matar cobra. Não sabia n em o que eru República. 1\Ja.s a verdade é que "Renjamim. e&m tõda a c :abe.ça e o r1u r. linha clent ro dela - itléí.as e dõres - tambécm cuncor– reu. tlll n1uito, pura tornar possíveis e efica.zes a s manobras. nlio P J r,1 o total esquecimento ae $na atua~ - o gue er.a n.'lt:Jt r;1l1:1>.-nte i.mppssiveJ - mus nara essa manifesta. sa~sti. n1:iç-lo dela - o que se tornou fácil. $omc.s informados. pelo se11 biõg-raío. como fn1.quejou fconiu nii(J foi f i~l ao se.11 nome "<'onstante" ) na própria luta ila se}lar:ição da JgTejl) do Es tado. Demétrio Jtlbeiro mos– trou-se, ness, ponto, l utador multo mais consequente. Gra(:imos ma,teriallsta. Mas esü ~ui uma cousa que ê lc , 11videntemcTih,, não I ó-i: - maltriallsta. Dond.e a sua in<'omeqoêneia. o próprio T eixelra ~rendes tteonhet>.e Isso, embora não e faça de manclta Justa . como posltivlslà que era. O c-erto é que se BeJJjamim Consb.nt fôra ma.teriallst:i à D.iderot. ottlros i;-alos teriam eanl:ida p:ira 11 Repyb1ic.a Brn– slleirn. ainda n~ faíx.'\5 ele recenada. s,,,;omos que há duas oonc~pçóe.s: do mu11d11 e da vid:!, tra. o no,·o. • _. Foi o que ocorreu com Benja[llÍm Constant. Ja d enun01a– mos iiso relativamente a l'...au-r o Sodré. Benjamim CoNil-ant. torno11-s~ posiüvista, conqunnto Teixeira. .l\lendos neg'ue q-ae iile o t.ellha sido cem por cento. l\lujt,a ge-nte se engaD.!l. com 8 J•osilh ismo, a começar por cerlos J>OsiUvlstas. Muita gt n– te julga q11e a filosofh1 positivista e filosofia revoluck>nár l.a.. Que tspcrança ! A f"llosofia. positivista é filoso~ da .reação. , E' g1Je niu ila g-ente pensa gue quando s.~ .d~ Pos1ti-rismo .-u-z-se mlif-erialismo. Puro en,: i.no. O Posil 1v1smo prega o n 1 ais completo e tôlo i llealislllo. Comte reedita os rrros de Kant piorando-os. Kwt hav ia assegurado aquela kmosa lletor'n-,ar~o do mundo e.'tte.tlor -pel.Dll nossos sentidos, e. por– tanto a incapi~citl:ule Jaumana de oo:n:ceber o mUJ1do ext erhn· tal c~1no na r.ealitlade, é-. Comte. com t5'a premissa, con– elniu q~ l\ únioa atitude compatível _com o e.spirilo ~ci.entí– (j co e1•;~ ignorar o ign<>r:ido, no assentimento de que e 1gno– ri,•el. E dai o seu icoposciveJ.
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