Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

- . t DIRETOR. PAULO MARA.NttAo _[ +,__ a !-E. 1.SUPLEMENTO J LlTERAtu~. ORIEHTACÃO . . ~ DE " HAROLDOMARANHÃO ' . l - ' ' ' ' . - COLABORADORES.:- Alvaro LhJs. Atonso Ro- :a eha, .,4bneicla Fi8elier, Alpbonsus de Guimaraens· Fi• .iho, ~u~ Fre<lerico Sehmidt Aurelio Buar~11e. de .Bi>landa, Benedito Nunes, Bruno de ·uenezes, Carlos · ,D1ummond de Andrade. Canby Cru:r,, Cecilia Meireles, .ceell Mein. Cleo. Bunardo. Cyro dos. Anjos, Oarlo.s · Ed11a.rtli>, Daniel Coêlho de Sousa, F. Pa11lo Mendes, •Garlbalcl1 Brasil, Haroltlo llaran~ .João Condé~ .Lffy ~ll de Moura, Lido Ivo, J~ LJns do Rêgo, . <João Me~ües, Marques Rebelo, •).làrio FaâJ!tino, Ma-· e11d Ban«Jem. Max. Manins, ~lari~. .Julieta, Mttrito .M'elleles, Orlando Ditar, ·Otto Mãria- Car:peaux, .Paulo .Pllnfo Ab~u, RI. de -Sousa Moura, Roger Baslide, Ri- Jiama.r ele Mou~; :lla;y Cout.inlio, Buy Guilherme Bà,. . ·rata, Seriio Milllet. Sultana Levy e Wilson Martins. . . ·-' -FOLHA DO NORTE ·. 1 DQmingo. 25 de janeiro dé 1.948 \ <>~filho- qo caseiro n,ovo é _________,,,,_::__ ..,... que ..lhe fez· aqtiilo• .De:11agar e,!lta:1,1a, c9berto duma, vcrdtt..- muito deg:irfnhç, .chegou-se e o N T o ra. ' vil,'g&m, casta; feita de es- •a êle e - zás!: esp'etoú-lhe a · · · pei;ança, .,ágt1a. e seiva. J<J s6 estaca nas costas. Depois er• 1------- mesmo ·B~bo conhecia ó gqeu-o, e, de biirriga para o --. .,_.. --..:. m.jstério:., ijaquele. mí1a«re ar, deixou-o ali suspensô a ~ porque só êle ' :Seguira º nó es-pernear ao sol. O menlno 1-<: 1--' 1-◄ coração da noite os transes era mau de natureza. Fura- da transmutação que , fa-Zia va os oUr.os dos passarinhos e -- .__, ...._,_,,, duma seii1ente um caule. cortava as JJÍ!l'nas dos sa!tá- - 4té .ali, desde. o ctepúsculo ao. ricos quando podia. Mas no .________ •---•---• alyorecer. aB ·horas. eram t'!i• caso d'e Bambo ·porJou-se as- tas de .solidão e t\'.l.édó, A. ljfm .porque a Joana Angé~~- MIGUEL TORGA ~ora Tio. Arruda des1:.':áb~i;; ea lhe encheu primeiro Olt . • , . n_as dob~s da escurid'ão ou ou;Vidos: À noite; na fi;ida, • • do luar uma vwa povoada de tanto disse e ladrou do1:t sa- "Fíhne _sôbre &rnçu.. Só ~es~íl ocasiões, quando me en. tieleza• . Ji, tuqó obra de Bam, PQ.S. do coxo e das fei~içàrial!, 4l_ontro dianie ~e ~IDa ~or~ta i~op1cal,, é qu!l sinto v.ert'µdeira• bo! Ao lado da sua,serenida.• que O peq~no, -pela m;\nha. m~e 9 q.ue s1gnifiça iuaa a nynha ~adoleseencia a romper no cfe e do seu apêgo à te,.-ra. , mal deu com Bambo na hor• h~us de uma faz_élltla do Brasil. Foi um fennen1"r que nunca d~ que nela havia de esst'!n... ta varou-o de lado a lado. mais ~tabou ~m-nnm, porque ,e. deu no meu corpo, d0:s OS,SQ6 ao· cial - 0 ·seu ·poder de !ecan• E O pobre não ·teve outro· re- c.o•raçao; Nu~a _que se. p~ d1z.ei :_ em palay~as,,.porque nã.o tem dar. e de parir - aprelÍdi!ra médi o senão roorter as'sin 1 ; e-x,pres&:ao f!Oncl1gna a quentura deste lume que· recebi de 11ma a .olhar e a compreender a suspenso, · a servir de espan• terra Jntendiada ct~ "vida, de fôrça e ele liberdade". · se1va.. 'Mas.. u~a do an1or . ~lho .às Jevandiscas. Depois, Lt;-s_e, ~t.a: ~nfissão no volume Ido Diário d~ l\liguel Torta. mesquinho, U:tilitàrío qu.e ti– com as c1u.tvas, 0 sol e a~ 11seudon1D1.o dtr, Adolfo Rocba (Sãq Maninho ~•Anta 1907). Da nha Qutrora. Não. AgoEa geadas ápódreceu por den- fazenda a ~ue se refere - propriedade de uín padrinho do amava no húmus o que O . tro, clieirou mal •s·ecoü e escrito! e situada; em São Paulo. seg:undo _.me informou .Jaime húmus tinha de t'!terno .. Cl>– tornou~se nu~, fole. v,azio. Corte.são. - se"!iu·_'rorga P~~ C!_oimbra, onde veio_ à formar-se n10 Bambo, , não cómlxlti~ Uma sementeira ma:s, .e ' des- em l\led1cma. La fixou !es1dene1a, entregando-se a clínica. -,..,de~ta vez os parasitas par-a fez-se em pó. . Fundou. ~:m Brauqulilho da Fo,nseea, a revista Manifesto sa1var a colhei.ta . Deitava Bambo, 0 sàPo! Criou-se ao e, cQlaborou em Presença· e na Revista de Por,tugal. · ' enxo,!r;é e sulfa,t.o nas videi- .' deus dará, como tudo que é êeu es_li'lo, · um. dos mais viv·amente• origjna,is da literatura ras, mas ·,para sa'lva.1· a vida . bom. l)e vagar, calmo, • foi de b1;1gua J>Ortu~esa.- a\Jr.esenta às vezes pinceladas. fortes . ·ar- É ée1·to que matàva vida•: estendepdo a 11,rgua pelos dentes, meiri bárbaras, de um sabor .fialhesco · 'quando o áutor Mas .éra uma v tda err-a.õ..; anos adiante" ãt:é se fazer o _se oeuJ)~.,. das P3:isa.gens ~ sê1-es da .~io . transmontana, onde par~sitáriá, aquela que com.:' homem que depois era. lar- ~~u. E~ !ado açest! !;lo seu feitio -:- que parece ae1_15ar-se batia, ao lado. :do seu. amigo.: go, grosso, atarracado. Troli- a~ m esc_olh~ do pseudon1mo(tol'.ga. como se sabe, é "un:e") - Depo,rs. salvo o rebento, es◄· xe lQgo do berÇ1) os olhos nao exclú1 J.D~m~nto de uma sensibilidàde m'qito fina, como ·s.e P.urgada d~ miasmrui li> . rerva: ,ssim saidos e redondos, e pode ."!~ snl>re.tnifo em eo'!tos d.os _Bícho:s e em várias Jláginas te~ra _do linho,. ~ ::ÇalI),l.a• me.:: M h • aquelas pernas de trás em dtl D1ar10. Poeta, a poesia ~ lhe dilui como aeonteee a tantos lancoha dâ madtttgada ill1Jn~ e ' · dobradiça no mesmo ínstan o_uli:,os, o poder do ficcionl.sta; antes lhé dá maior lntensidade·•à dava-lhe os ·sen.tidó§:. E · :co◄- u C ·o m p an e aro te U1'il ~nco ~ou uma cata: fteçao. ''Qaando (àla, as coisas S!Ji'g-em-lhe . diante a~ olhos, mo Bambo; ficaV:\- se q1,1ie!o.: . · · , púlta•. E também a bôca de fundidas.tom a pal~.Y.r.!'" - é'screvé J:~ Gaspat Simões. de.sl! ;lmbràdo "a' oll;\ar , _uma · _ · pa~mo, con1 que pelas nOites • .Pfibhcou;. :A <;r1~1;ao -elo Mundo (romance, ~.e que já _sairam e-st1·êla .no céu ,que., esmaecia, ' COntinuaçao da 1~ pág) adiante olhava os eéus tfstre- t 1 res vollUlles}, V1nd1m.a (r.oman~); O Senhor Ventura .(nove- ou a escutar, ·.de , ouvido ; fito ' . . . . . . lados,_lhe veio logo• <ro ber- • a); _l\f-0nt-1xnh~. .Novos' Conto~ d~ ~ontanha, Bi~ho_s e Rµa (con- um .ro.uxinol que cantava ·nã ium ,absurdo SU'.PÕ•lo pois era Pirolito tivesse fugido. ~ ço assun aberta e vazia. Mal tos}, Terra F1!1lle, Mar e Sinfom.a (teatro); Diário (elo q,aal já Silv.eirinba. , um ;cão CO!llUJ'1', ap~nas um o absur_do dos ab_surd_9s. por- gatinhava ainda nas befradas. apareceram ues yolun\l:5 - ~ pro~ ~ em verso}; O outro livro O seu ainigo Bambo..• · J>~uço mac1,p de pêlo_ de fo- que ca~ho~o feliz n~o r~e. do charco onde nascera, já O de Jó, Lamen~çao e L1bertac~o (poesias:}; etc. Qúe bicho! Podia ·o Chico c1nb:9 um po,uco redondo. ~ P1r-0lit9, como. :tâ dJsse, cOJ:1.>0 lhe pedia mundo, ter• Bambo esta no volume Bichos (3.• ·ed. re"~ta), Coimbra, das Belvas c~çoar ., " Ç9<i;no f-le. h~yia dezenas em nao er_a sempre lógico - ou ras novas. E deva,gar, moro~ 19.43). - A. B . de H. -'- .Como vão êsses .am"• quamue_r r_oo; furtar para mecãn1co ~ en1 ~uas açõe~. so, ~ suar o visco que ,o de- r~~. Tio Ar.ru:qa? Já hâ mé◄ q1.1~?; P1ralito só era inte1tes- O certo é ql!,e sumx:u. sem dei-. fend,a de tudo à chuva, ao to, novembro, deze1nbro, ja- vida? Quem havia,? Por isso n1n~? . 1 ~~te mesmo para nos e prin• xar ·rastro. Há muito te~. vento, àt> luar;' umas vezes · a neiro, :fevereiro .e março. Por Tio Arruda voltou às su;ls Nao dava trQco.. 0 Babosel• ~~aµ,nent~ para mim, que Hoje, .,. fatalmente; estar.\ mo~'r de fome- oittras en- isso se ,mostrav:a tão admira- regas e à ci>munbã:> silencio- ras todos as sabiam ·· dizer · tiJ;1•lia nele mn companheito morto. !i-- evasã«, serà "pois toirido de fartura. tanto an. do. sa qu_e vinha teado. Preéi• Agora o que .ne-nhum sa1>i~ . um ,confidente, um critíco e algo mtJS ~o que uma doen- dou, que não havia outro -da sàva de ~render o restb era encher de seritidb :,à·, sô~ u~ .cúmplice, Não prec.fso ça dos homens, um impufso sua criação. que tão a fundo - Grande passeio! ~reeisav:? de comptepnde~ lid~o dum l;., meni . b ~ .aell dizer como lhe senti a falta. cóinum a t.odo sêr vivo?... conhecesse a veiga de Vila- Não, não sabia nada dêle. até ao f1lil qu'e Bambo era o, amigo... · ' I>e resto, n~o sou. amigo de .Aqui ,me vtm uma suspeita rinho. Contudo, e não se Que tllmbém não era ad- guarda duma vida que ge::-- Mas um d~cl Tio A-rralla eXP;pl.Sóes e receio me!Dlo m.1Serável, que eu · repito. O sabe por que, só aos vinte miração: urria alma não se minava sob os seus pés. ·Que ~orreu. Um res.f.riad.o, ·e que ;'.se ~olito ,pudesse . es- g~to apareceu e ·sumiu 'dois anos deu eritrada na quinta conhece assin1 sen 1 mais nero naquela calma tôda. ei:a O :i:nnguém, U1~ pôd~ -~aI~r. 1: cutar, havJ-a de dizer: ,.Olha dias depois, Pirolito duróu da. Castanl1eira. Tio Arruda menos. Porque, afinal Bam- ·~nico responsável porq~e Nem a lembrança do •mes~re.! o ~otmha. como está ficando mais tem1>0. mas -tamMm era o caeeito. Pel'os 15 de bo enf"uma alma. dôm os só êle assistta ao drama in- q\le nesse inv~rno gelti.4o ·n- bêst~, Actefiltou mesmo que desapareceu. Margarida . - agosto, quando os milhões anos é que. 'l',io Arruda viu t~iro, pelo pe.qb.eno grão quo. b1-a metido, a tiritar de · frio , eu ~ra um êachor:ro difet'en• tão b'ôa, tão afetuosa - .não pal'eciam canaviais... Eram c-0mo . eram -enganadoras as c.i.ta desamparado na te~r·a.. 110 seu b. uraco. Ningµ·'-m. 'E~ te ..... li, l)áo era? Vulga-- g=""- de n~-a;., ,... du ,, · d g d v ·1 · primeiras im,nressões. T,...,,,_ N "' " - • ..,.,•.,va a ..... ..,, Jlvr cau- as ,..a, ma ru a a. .1 ar1- "' -~ ,wna manh·ã, inesperada- com. a sua :rporte veio nov·o par~ ç:; outrç.s, diferente sa dos meninos. s~ndo di- nho. adormecido, sonhava. b.é~ fizera ~uizos teme,ários, t d ca~1;-o e foi-se de Vfh!rinho P~Ta num, porque nos enten- zia. Ciume de mim nunca Oaia um luar sêreno rare• f~zera. ~ag1a negra, feitiça• men e, quan ° O sol apare• <>. un~co homem que saoia de dxan;)'~- ~ cada homem .que tev~. Seria possível?.• • Nã.0. feito, por sôbre a cas'aria' ne- rias. o diabo à meia-noite eia, um tendal, que no dia ciência certa quem era Ba..-n· ~ en-..,.,..e ~om cada, an1mal Mu1ta.s poosoas também so- gra. Ao lo;nge, as matas do nas encruzilhádas. . . Mas atrás era - chjío enigmático. bo, 0 sapo. .' :tir~ cc»n. êle ~m pacto «te . mem de repente, sem a 1ne- Infantadq enquadravam a qual o que! Bastou vê-lo re- ' ,~tua eo:ry:i1se~~a~ - e ~ nor explicação, e nu.n;ca. se vei.ga ;l'IUJn silêncio -triste'. luzente de. luar pa;ra 1nudar M. · d '. -! lal')Ça. F1co nnagmando que ~ape. ~em a água da mina velha, d_e O:Pin~ão. Que1n na fregue- 'u t'.'") ·' • que corria' pela. embelga: fô!a, -s1;i 1p.teir~ de Gouvinhas co- · I'' .I · O da. Um silêncio de pedra. passear cheio de calma num ..._- · Tio · Arruda recordava-se silênçjo assim carregado de D r::, ' be1U. Duas dá madrugada, estrêlas? Que1n àquelas ho- e J O S ' e' p l p mais ou meno~, Pelo jeiito 1·as mortas . tinha ,olhos como . _,_ ' - _,ÇIU () . , aes da lua e das estrêlas, duas êlê para olha.r serenamen'.te a . ,, da madrugada. Nesse dia estrada de Santiago, brun:io- ' .. • , . . • ' J ' ' , f ' í tfl ffl~miffl:lfflfflli: até j)Q.r sina,! que desanimara. sa pelo céu acitna. Ninguém. · · • .. , · À cei3, duas castanhas cózi- Tio Arrud~ cO'nhecia os ho• \ Je5" Paulo Paes é ~ do.s ·novissl. das. $6. D°epois, não er~ roens. ConheC'ía-se a si pró- ' mos do Pa:raná, pertencendo ao gru. benção de Deus regar milhão prio,. que vivera até àquele po de -o Livro•. juntamente com tôda a vida. Viver assim, encontro· a braççs com a Glauco Flon,s de s,i'Brito e outros. sem ninguém.. . Nisto, ao negrura. da sua solidã·o. E Recentemente editou seu Uvte de dar o ta1hadoiro - tchap! não lhe viessem com canti- estriila - "O AJW)o• - raveJanao Foi a v~r - erá um sapo. gas. A sua. vida, até alí; era tama constderavel experlencia e uma Simplesmen.te Ban1bo nãt> um ca1v·ário. Uma noite era ptiuonal:Ídailo raras nos poetás que - • era. Ufu ba-tráquio à-toa. Era uma noite; 'e nada n'tais. E'e• cóme~am, DeEsé pequeno · volume um sapo que não caia nos disse a quem . pedisse ajuda, extr.wnoa ~ 8 dois poemas que se bl'aÇ~ do pri~eiro que lhé uma -palavrá de paz e de con- / · fle9UeJn• ~--· , desse a salvaçao. fôrto, era a. . mesma resposta; • / 1 :;_ Ora viva quem também - a vida é assim... E afinal anda acordado a estas horas! a vida era bem nlaioll. Mas .. I O ENGENHEIRO .o homem tróbâllia , . entre o rosa e. o transito~ Ondas cqntinucis no -se-» d9rso de pedra e nuvem. Martelos. . · No· papêl intacto há lii;has ~fundamentos de auroro, (lstruturcf de um mun,do. pessentido 4 li,ahas ., " l .. As rosas se dindem ~ ' ,,ti ' por ~anteiros iguais e um p4naro pousou\ no arraplia~céu") Quond~ o engenheiro termina, o feÍltimento e a plant~1 mãos ftescas como folkas , . - . . virão sobre o meu corpo !l MURtLtANA , ' • . . , Não re! >pond.eu . f .oi prec:so, para o saher, --- Aru:lamos então às ga.- que Bambo naquela noite•.• tas? . Pergunt-0Ú-lhe; Nada. Não estava no seu. - E então agora? Quanto féjtio dar trôco a brincad~i- tempo por ,cá-? ras daquelas. De r~.sto nao Todo o ~verão. Enqµanto andava ãs gatas. Amores :Sq durasse a rega, a. col\l.eita e na primavera 'e na ribeira, àe Ull\ b9eado de sol , capaz de Arcá. _ aquecer o lom,bo de um cida– Mas tio Arruda não conhe• dão. Mas só se podiam ver eia a vida do :futuro a.mig~. depois do rol se deitar. Lá .Alêm de que dizia estas éoj- Por- coisas.:. ça,s J!(lr dizer, para quebrar Tio Arruda achou bom. :As o silêncio e comprometer na noites estavam realmente · a,&ua triste ~olidíj~ ;t9,~ ,al• maravilho~as. A r~a peia, ma que lh,e - aparecia. Ah! éalada \das hór-as rêndfu. mais. Mas Bambo n~ .se · entrega- For- isso. . . · va assim 'sem..mais nem me- E assim: foi. Bai;n-$0' desde nos. Na maneira como ottia,. o ,i>rimeir.o instánte, nia-nteve 'la, no modo discreto · como o ·silêncio. habHual. M.as ':ri.o se foi afastando, via-se be-m Arruda acabou por entender. .qµ~ não. abria a alma io pri• A,final, ali, de pé$ sôbre a mell'o. me~hor terra·da veiga de Vi– '. ~orto • cidade; as ~ica.ulnai e õ. sont;~ · !, l>o jo11ntaJeiro preso no crepúsculo. ~ Guardo as amodas no bois-o dó cu.saco. · Aln,090 &em pertinho cto arco-iris Ptanto viofetos na face do operá!'\~ c ·onyeirsando com anjos e demonios Contudo, tempos deq>ois-, lannho, onde as minhocas quaru:lo se -viram de novo no P,ar~ia1n y;acas, palav.râs só 'tendal de feijões, tudo cor:. de qttem fôsse com.o• o prega. reu melhor. Já· nada da ria- dor de Pasws. :1!:sse simt A· tur;il desicon:fiança dó ' pti- bria a bôca, e a Jgreja esba• m~ir~ día, já, n11d~. d~quele ga.va -,se ali em ág1,1af .Ou tal• gua.,rda:r aS' d1stãne1as com o vez que . Jlell',I ês~e. Pelo. •me• salto por um pêlo. N'ão; A- nos a lição do amigo era de gora, Bambo, se de todo não silêncio extremo, E. a eis• responõia aos cumprimentos, . mai- nisto, calou-se . Mas não dava tais mostras ti.e confian- é que então as noites se co• ça, de lhe ter ea:ido bem ·se- m~aram a , encher de senti• tnelhante enco.ntro, que tíó do tundo é de bele,za?! Não , Arruda ~o tinM mão na é que eütã:o, sem- .saber i:o- llngua. - mo, o silên.<:io e o, luar se - Fel~zéS olhos, amigo! começaram a . fazer . língct~' Felizes olhos! 'Que viagem foi do seu entend1menfo?! · ~ss~? Granile vhlgiem!· · Tio Arruda, andara. por • 1 o meu an.uneio quem dirige os nuve.ns. Tio Arrq.da níi-0 sa' h.ia que maus · caininhos. ·Confessou êle, Bambo, passava; o inver,; isso honradamen~ à porta; , no ~ .c9lllido. Que se. JJetiia- da igreja no do,nin.g-0. Mas V&( discretamente num burat::.o ni<nguém -acreditou.. Quém da Pl/,-Te~e da quinta mal vi- havia de a.credi,tar que um nAa outubro. -~ ali p·er-mane• ,saipo fôsse capaz de , ensinar .~ ~ v.el. ealadQ. .sonolen- àQ.uele homem a ciência. dai • • I • ,, • os· PENSAMENTOS AMiPLOS; MO~EM-SE VERMELHOS COMO PEIXES ·LIVRES EN!rRE AS ALGAS FRIAS ' Q OLHO DA }'.111EM0RIA ACENDE.:sE NO ABISMO E ROLA COMO A LUA . ENTRE AS NUVE·NS SALGADIAS. A· RE;TINA IMERSA RiETRATA A$ ANGüSTIAS É A CAM:A,R,.'I., ATÉNTA . ' 40S GESTOS MiAIS VAGOS. SOLUÇOS, SEM ÉCO I!:E INú~EI$ MOTIVOS. SUICIDIOS I..ENTOS, lPACTOS DE MORTE. MULHERES .AQUATICAS, :ESTRÉLA.~ DE CARNES ., SUGAND0 OS DESEJOS, ':l'EN'I'.ANDO Ç)S INCAUTOS• . MÃOS RETORCIDAS NA. AN. .S.IÀ · Dq NÀUFRAoo:· NAVIOS MORTOS ... NO CAIS PROFUNDO. O MúSICO DO BAR DANÇA :co~r o PQÍ;, vo. .A PAUTA VOGANDO ·SEM ·lNT)ilRPRETAÇAQ ·O VltU E A CORôA ~EITAM OS RECIFES :A ·:nAJLARINA DORME NO$ CORAIS SERENOS. AMAVEIS LEMIBRANÇA,S DE LONGOS ROTEIROS, .Aif; .CARTAS, OS LENÇOS NO ,ADEUS E'I\ERNO. · .. _,, AS· CHAGÀS ACESAS COBERTAS DE SAL, , AS IDEIAS ROLANDO 1N'O FATAL MERGULHO, BôCA.SiEM VOZES, ..,... '()[,HlQS A:FQWJ)OS, . CORAÇÃO BOIANDO ' JN'1'. AGUA rn.FINITA. ., AS ON!OAS ,SAO D'QOES; O ·CÉU:: É TRANlQUIU), MAS UM CORVO SONHA: .iNA PRIAillA EM SIL1!NICIO. . ;sp:~..Q ' ])!; ·- ·- -- • •· • • • . - • ♦ ,t • ~ • 4' ' ·-: ~

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