Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948
• - 4o/ . .....,. - r:ifr• Hcetiça?' Vim p-edir tt,P . tn~~tre:·aigu~a!~.~mf),tte_s– so.es sobi·e o ano hterar1-0 1 para os leitores: .,.da "Rua". - ·obrigado pelo mesire. E' a manifra que .os ~pa– zes encontram para .cha- . . , ,. . . - -~ .. ' .. nãó será do ~epêlo? , ~ -~cãpai;. . ~ PossÍ>'-ent::io perguntar. lhe· quais sãos seus am1• ., W)S? mar algu.em de v,elhote, . . . SeJ:'.!l ofendê-lo. ~as ,estou_às res, que apreciam estz. tãt ,- sü.;as ordens. Você é o ca . E êles têm ra'zão. o C;µ-los· D,rummond de Andrade teêcei~o . qúe 1>assa Rºr ~qui "assunto" está começando . para me fazer essa •perguh- a ficar p1·oíbido em tôé!a (Especial ,para ~ FPLHAJ) CI 'NQRTE neste Es tado} dt~l> 'e. Déaio de Almeida Pr<!<lo nas _mad,rug~das do Pi nguim... Os meninos me contaram. - 0s n1ais inteligentes, ê claro. Uõ contrário o jtdga– :nento sêriéi. imoral. . - Também deve ser do R.ebêlo.' De· qualquer modo, ou.so perguntar guafs s·âo o'!I mais · inteligentes . •. 'ta. Vou- ver se repilo o parte. · · . . . q ' ue díssé a seus colegas. ..·. - P o d · e-se saber por pe~·d;í. A visita aos alunos Pamp.ulha durante o coclc- - Eu preferia· que O quem? de Guí.gúar<i .nó. Parque. i~ Ó "é1,1i u:rú" . paulista mestre não repetisse nad'.'l. . - , Não muito. Aparente• Municipal, o entardecer na cantado por Aln:tônio Can- Desejo levar novldades pa·- mente, pelos poderes coer- ~ x-a · 0 meu jornal. Por Q!Je ~i.tív~s. org~ízados, na slla T ~T não responder coisas dife- !funçao natu-ral de proibir. , · rentes? · E' pr oibido viajat sentadÓ. •• .: - E em oposição •às' que é pr'o1bido ser negro, ~ p· A,- 'R A ' e E M . respondi ·antes? Stm, é pos- p_roib;~f~ cor_n~r P~ 0 • com · · · •· ' . · · L ·· ·E sível que os leitores· a_pre'- carne. e pro1b1do VlaJar de . · . . ciem mais o avesso das um. p~:ís ª outfr., ~ pi:píbid~ .L. li ·1·- La,.,. J. --:. opiJ:tiões. já que O direito dar risada no Cinema, e • ·· . .... anda tão poido. A quest4.o proibido ter e~perança, M&s . · . ,a é que ·n3;0 nie le-mb.ro mais há t~m:b~m, outros -~detes o.o que respondi a .seu;, co- qu~- 1:maginqvamo;s em c9n– legas. E .êles ~airam daquí traaiçãQ com os prin1eiro;, ,ainda agora! e qu_e, pelo vistp, gostariam t**** *,\ ****Hk ~ Espraiar de folhas l aventadas ao mar _:_ Oh! mestre, não se tan1qém de prôibíf. Parece ipreócllpe com essas coisi• que ª· luta não · é c.ontra a 111has. Como pom repórter, proibição, mas . pelo seu eu lhe t-rouxe a lista dos privilégio. melhores livros do àno~ e é - Disse que- os escritores . . só escolher entre· êles, gostam de abster..:se:. ' O · com Iuzes de faianç>i Debussy chorando. _ · - Otimo, ótim.o. Mas eu ,m-est té foi ao Congresso <le 1\1:elá:ncolia .de exílio gostar.ia ..~ue v.ooê aperf~i • Escritores? · A , çoassê ,.o sistema: que nã, 3 .:_ N,~o. po~ causa de um · ngustia de um lenço pálido só indicas~e éomo lêsse pà· pa;q.áricio. Sbuj:)e q)Je ati.- -te a r asgar ade·1 ses. i·a m.im as melhorE:s pági- dou muito ínovimehtado . i · nas. ; . . . Pfelnsar~m. em degolar iJs ~ Nos dias _remotos, JaT * _ -Ah! a ques:~o é tem- a tosos, mas prevaleceu ur:n :f ~ po. o mestre bem sabe pensamento mais huinanl>; ~ 1 o inusitado alento * que em . Hteràtura mal te- pe rd0 á-los simplesmenté. :f vicejando em jardi r~s:. suspei:ts~s · * imos folga· para ler o que Nã<' f~~avà bem a uma as- ~ * nós mesmos prodl.lzimos _ sen;ible!a . que pugnava p~- -+e tatµado no azul. . 1 e olhe lá! los d1re1to:. fundamentais J , * _ Lá isso é. Alguns --~'s- _do ~or_nem negar a algu':m · FERNANDO FE:a1tEJRA DE LOANDÀJ critore.s e não dos menõ·- o ,direito 9u mesmo a tr1s• res, Ch~gam à pei·feição 'de t~2a <le n~o ir a B~lo Ho- .,.,,..,,.~'fff'Jl.·'f'l.''f'flf• •••'flf.Jf'f'f'f'fllf'f'l-'fV-'Pl-'f-'fH'f_'f._ . não escrever n:,ais coisa al• i 1 z9.nte. De resto. sei o que gama, para se pouparen:i. o ---- ------_--------------- trabalho de lê-lo. A Aca– der{!ià... - Acons.elho-o a n~o f:l• 1ar mal déssa senho~a. ~ue– t:ido mestre. Obsery,a-se 110-je u.1n mov imento geral .de simpatia pela Casa de Machado de Assis. E o se– nhor, naturalmente, tera, as , .suas pr etensões .•• - ••• - Tem sin'\., .como não?– Eu que diesem.barquei ,d~· Ponta Porá no 1nês passada, corr.fesso-lhe que tamb~rn tenho as minhas. . . Olhe, ain.da hoje, cedinho, telefõ~ ,nei ao Viriato, qlle é 0 -~o:. ,. vo dir,etor da rev~t11., dan:– -do •bQas festas. Que simpa– tia! Não ll-..! p_arece ql!'.e -·1 polí:tica dos novos, a do _s.et~ tempo, que vigorava a~ há · ·pouço, estava errada 1· , , , - Talve.z. Que idade _vo- cê tem, me\l: íilh:a? - - l)ezoito, - Bela quadr.1. ,mente vocês não a -diçam. FeHz– desper- - Mas voltemos à litera– tura. Antes qe lhe fornecer os ,títulos tlàs oláéras citá– .veis, ' quero sab:er se o s.r . a ~b.ou bom ,ou máu o ano •que passou. -,- M'.agnitic-0 ! ,do! - A ·s~iJo? Esplendi- · ;...... Naturalmente. Cada. .-ano' qüe viv~roos: aliás, tor– :.na-se mais sé'l'•io do ·q,ue os anteriores. Dó ponto de •vist11 da ·faJta . 'de n1otivo$ pa•ra. - 1-.ir, este foi u111 ano ·perf.etto - inclLtsive na.s lé· 1 tras. Não tívemós, é certo, ·uma nova e<liçao da "G-eo– •grirfia <la Fome". obra aJiás ·premiada em 46. Não era preeiso: a fóme está locali– za<lá. • • ' . - E Ruy Oout.i.nho tee- ·ditoil 1 '0 • valor social ,1ii 'à'lim.~ntáção" ..• , . . , t-' JJ.,. •fh ~ ;;.,." W ;;,,l{-'ilj;' 'tl.t,'t.. . ~ .. } .. • ..x.,: -- • .;.:~~(.~<--..~: ,. .. -:::~·- • :-..Y.~:i,:i.:~ :~ «·~· .J$,~~w ât~~,B~~:~ :x»~·,:,; ,. .. tff--~ ' ;_· - ' . t ' - E que fez no Rio, du- rante ó Corigi'ess<f? ' ' - Cúidei ~o _pànarício e li os suplementos• .Andava :atrasado · com êles. · · . ' - O mestre apreoia essa litera,turá efêmera? - Adoro-a. Fornece as cotações da bolsa e depos~– ta um g.t.ande mater ial pa– ra os arqueólogos do futu– i;o - se o papel não se es– farinhar. Comparo-a com ,os sambaquis, que ·o depu– tado Plínio Barreto cogita de proteger. - E .quem protegerá os nossos resiâuos? - Por enquanto o João Condé, mas obsérvo nêle um certo enf~do ante o vulto cresêente da coleção. que já transborda dé suas gavetas. Estou vendo o dia e1n qcre êle exclan1a: "Ca– da um que guarde ' as suas tólfces!" De fato, entre arquivar e joga.r fora; o segundo' alvitre é mais tranqu-iliza,dor para · a pos– teridade. Se houver posteri– dade. - Mestre, seu pes;imis– m,o está me· assustando. E eu que v inha perguntar• lhe quais os melhores li– vros ... _: Os · melhores livros são os dos meus ·a1nigós ... - Perdão, esta fórmula - .Ml}u .filhçi, os mais i:1:1.– teligce.ntes entre os inte\í– gentes foram os que náo publicaram livró algum, ja – m;ais pensaram -em fazt}-'!'o, e motrerào indenes do morbo tipográfico. O qu,e é rar~simq. Costuma1nos di– zer de cer tos escritores, que chegaràm à coris:.:gração seni terem publicado nada •. Mas se fizermos uma 111.– vestigação profur.da , vere– mos que não é exato, que escreveram llma -carta, um nút.nero d.e telefone, paga– ram seu tributo à vaidade . Ainda não encontrei \l~- nhum escritot qu.e fosse r i g o r o .g a m e r.. t . e analfabeto; donde a ten.ta - ~a- . y o . . . - Não a-eh~ o sr. que o maior r esponsável pelo au– mento do n:úmero d e escr.i– tor.es n9 · Rio, d ui;ante 0 3 últimos te: n1.po ,c;, ,foi o P>-u• rélio?. - Por que o Aurélio? - Poi·que esci'eve de no- vo' as obi-as que lhe apre– sentam. Sob pretex.to de pe;,tear a gramáticcJ,, torn,a Iegiv:el q que n ão meteci~ leitura. Livro .revisto pot êle, já se sabe.: salvam-s~ pélo menos as correções. - Sim é admirável. Ett mesmo devo-lhe uns reto – ques be1n apropriados a uns· versinhos. que · pe:·pe– trei há anos . . . :r.,1as, n ão o suponha generoso: faz .isso porque ad_o~ce com á l in– gua manca <los l iteratos. - Afinal, conversámos há vinte minuto.s e o mestre não ttaiú ainda .suas pre• f ~ . • erenc1as ... - Vou ser fran co para co1n você. .Este ano ,ado:t~i a política de só n1e interes– sar pelas obras r_epu,blica– das. E' ·, ·orientaçao sabi-a, que não excllli •o gozo do que escreNem os nossos conternpo...-ãneo., , q u a n– ão -estes se c·har.1atn Gra– ciliano, Lins- do Rego, o ci:– tado Re.bêlo. Por sinal qu~ o apare-cimento' <las . óbl''i!:S completas desses confrades most1·a bem · que a minh\l, geração (e sel.is anexos) es- , tá madura, realtzadil,. Che,– gou a hora de apanl:'lar, e.<;- ta hoi:a que sôa a.penl'IS quarrdo o escrit0r atingitr ao m.elhor. ....:. Sabemos disso, e nos– sas revu;tas, de norte a sul. já se á ii ;,õem p·ara a luta . - Que luta? Não have• 'rá luta. Haverá cinquerite– nárills e homenagP.uS. E depois, vocês tomarão c:-o.n– ta das posições. E' da vida. - Outras ' releituras?- - P ...ndei lendo Shakes- peai;e na tr,1-duçiio c!.o Ones• taldo. Quando se fala tan.– to de teatro entre nós,' é ' . . bom lembrar estas paginas, que aliás os . estudantes já !interpretaram há tempos-~ sem pwbli,cida<le. Pas:i.an ,da '1- outro polo, julgo ter t~ra~ do muito pr!iveito de Ru:r Barbos·a, na ediçáo que o ,dr. I,aéombe vem dirigin– dó. Se você tl.ver uma foi., gà ~nos seus pl~ntões, reco– mert<lo'..lhe os escritos sobre a liberd a·de de imprensa~ que est~o num ·volume· re– éep._t.e. ' ,• Coisa velha; têm . . cinquenta 'a.nos. · · ...::. i;>escu_lpe,' rp.estre. Te;. nho hora marcada cõ1n uma poetis;í. Posso . incluir n() seu de.poirn_ento . os nomes dqs pr inci pais autores ·do ano? · · . ,. ,. -·:...:... J!od'e. pode. Conf'ió _no seq critéri_ó' -e na falta -; Se:i q1je é obra exce– l!;!~it, .•e terá multo présti– mo · qua_nd.o hquyer com. ,qu~; A,té. lá, pat:& conter llU't9- 1'~~tali.rant,é 06 !l-io, te– tnb.s' de con~pcar um toxi– ~l<>,g~Ja e êuJ.dar ·aa 5:~– :G;~ s:s a o. Felii;ment~ e:m muitas cjdades do Brasíl ~-0 . hf1. ês~~ ri,scó, · poi,que iiao hé!_.restáU,rantes. ' de cr1tério geral. ~.litííiniwõiiíõni.;õiwiiniwnwiiiii ,j.nw ••--•;;:;•; ;;;•;;;•.;;;•"•;;:;;;•;;;• ;:•;;;;;;;; ;;;;ií • _ E . . . só mais ümà · -: Está fugi,n~o e.o as- · • ' . ,. perguntinha. Na lista, pos- . , so inclu ir tam~m. um ro- ALTON PICICENS:- "THE BLUE DOLt... . ··mãnce · existen:cialistà cheiô 7 7 7 7 • 7 ~ ~ :· · 7 · ' = . _ _ • _ de v_ivênchis, que a~àbo <;le . ,,..,,~ ~ ~ u · • u u ~ u4i P\J'J:>facar no Ponget~1?_Aqui "'r r r r · r r ~ - r d U d U U w,~ • fflmt'tl, caro !llC.St1:e ! . ·1 • ;;_ - :E'. v.cemade, Fa~o co- , ~ ··· .-it ~tanttli ,w~· ~e.seritt.~, il )! .,.,, , • '· . . .. está· um . exemplar , com . ' .. ,.. ...,...., . .. . . ~ , . , • li ~~ a.é4t~~iQ"\'.i:a~ s i:néêt•a:,.::;.:: ·/,1 ··· 't•)• ! r~-'1':'\~ ~ 1 ~~;.'(:•·~t• .. 1' f1°· ;"f'·:t1;\.-' ,1 r ~1 ,.. , i;,
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