Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

• Grociliano. ,Ramos., O · C_r:i_sto O p.i-lineiro sihal que dls- 'tt>resfe nteãíocre fmpol'tânciá' flngue 0- sr, Gràci.li~ó ~a~ às convicções políticas, reli• E O Grande lnquisidoJ WII.;SóN 1ft.,, -:-<~·-•·- "' ''lnos , como um ~utêntico es- giosas ou sQ.ciais dos autores (CGPyright E. cr-itor .e um gra:\lde romaµ• (a .não i,e:r, é claro, qua11do cista e ,.o estilo, e, sendo as- influem na natureza e coli.s• sim, to;rna-ie lndispeasável tiiuição da qbi;a-de-arte CO• saber; ant~ de. mais· nada, o .mo obra-ele-arte), não posso que sjguiffq11t ·o estilo .de um :fu.gir à .nec'essidade 'de ·acen~ romancista. \Não é · apenas a ti;ar a contradÍção que e•:irls• forma . de atrumar as pala• te entre ~ssa invariável ten– vras. numa !~~~.e- qJl. a ma- dênc~ .psicol6gica do sr. Gra– '-!eita de dispor ~as !rases nu• • ,cilíano Ramos - que o leva ma página; é milito mais do em longas e tormentosas pes• qu~ i_sso, porqt:e ipclue uma quisas no interior de suas espécie de coz:i:cepção do r.o• perso.nagens, à procura dás mance, uni.a genUina fili:'so- primeiras fontes dos seus fia romanesca, o ponty, fun_- atos e aos seus gestos - e <'!amentaI das distihçõej! • en.- as - ídéí~s. poJl.ticas que de· tre os' ·romanêist?s. , A perso• iel)de, \ anles como ._ ciqadão nalidajie, do escritor de fie• que se revolta co11tra: as in– ção não se mede pelo seu just-iça$ soci!aís. e que o obri- S. . J.• com··exclusividade para a. F.OLHA DO NORTE, neste Esta.do) i . 1·6is~ Q liome.m, -qt;_~ "acred_i- ·mas elas não · ba~m · paiil 'ta" fio que inventa, como 1ustifiéar a suá cotfqena~q Julien'.Green exige do r()lo suinár.ia. l:', apesar ~e. tudo, :mancistã, mas apen11s o o.b- um livro sincero, isto é, um se~~!idor ~e està um pouco liVJ;o onde esse h'Omem "tão acima, e UJl! pouco fora aa- prevenido e tão de~o~a– q uelas miúdas cogitações, e d~, como dissê- o poet~ A~ .. que,.tior,.i~o, pôde manter pe- _gqsto. Freder-ie11 Schmi~t. enf ranfe elás, vivQ ,e atilado, o tx~most.rou ·:1m , p.ouco de· •sí se,u espírito crítico,. Isso pre• mesmo. e dei-xou escapar judicou o romance 1:10 .aspec- mais simpatia humana do to fundamental, naquele as- que a comumente permitida. pecto que poderia ter feito Emb'ora o episódio de amor d~le o maior romance b1·a• se desenrele um pouco super- • --!-- no qu~ nele ·existirá de tran• sitório e de atid,ental. Desde Caefé.s (1933) a Vi• das Sêcas (1938), 1>assando por · S. Bernardo (1934) e An• gíistia. (1936), e ainda em ln– tâneia (1946), é sempre o ho• men1 o que o sr. Graciliano Ramos tem em vista., ~poder imaginativo, mas pelo g~r-iam, coerentelnente, a No 1>1:íme.iro romance, on•" de se notam visíveimente os traços de uma influência, aplastànte de Eça de Quei• roz, penetrava o romancista, ainda· o Mêdo, e proposita• damente, não querendo apro- fundar dem~is os set.:s · pas– SQS, nos pl'iroeiros domínios dá vida, interior, estudando ·as reaçães psicológicas da personagem durante a evo• Iução de um amor ilícito nu• "ma pequena cidade. De Eça conservou o romanci:st~ bra– sileiro n-esse primeiro livro apenas. a forma exterior da frase. uma leveza bastante simpática ice cónstrução e uina atJ1ude irônica. com re• lação às personagens e seus casos: ·O sr.. Gra.ciliano :Ra– mos não é, em Caetés. o au– tor ~ue sofre com ,r,s sen-. lie- . sileiro ê a obra-prima do.,es- ficiàlm~nte. demais, e"1.tando critor, alagoano: o esti;<lo do o autot explorá-lo em tódas dl'ama psicoJógico e ,-senti,- as·" suas consequên~ias Utêrã• mental de João Valério e 'de\ ria$, evitando visiveünente Luísa <Eça?), que n~m -pçr :~ Qriqueeer -~ personagens se passar ~u,ma vila- pe1,did~, C<iní \ll'.13 J?Oten_cial 'de em.o• do interior b--rasileiJ:o ofere- ç~ ém qué o J)r6piiio ro• ceria menos interêsse 'UllÍ• mancísta parece não acred1· versa! q1.1e. o de Anna Kare- tar, não há nenhuma dúvi&Q nina ou o de Emma Bov~ry. de que pouca.s vezes o t'Ci• Mas, justamente, parece-me ma n'c e b r.asileito poderá que o sr. Graeiliano Ramos a:1>resei:ftar e~emplo tão mag– se ressentiu de indecisão de nifico d.é verossimilhança <!tacar com independência e v&dadeiramente · eonvj~~en• amor um assunto que já pro• te. O :fínal do livro é inegà– duzira. obras definitivas ' e velmente eciano, e, de réstQ, imortais; e, possuindo, ao em toda a sua construção mesmo tempo, um romance transparece o desejo de cei:n• de indiscutível qualidade a binar o essencial <ie dois ro• bulir dentro de si, atirou-se mances de Eça de Queiroz: a essa .,obra que hoje nos pa- A Ilustre Casa de Ramires e !ece incompleta, onde senti- O Primo B~sílio, C"D_esejo'' mos frustrada á capacidade que be1n· pode ter sido in• de emoções· que a h.ist6ri.a em consciente, e, nesse caso, tan•. si mesma com9orta e que o to mais .ir.resistível). Do p1;í..:. rom~ista Graciliano Ra- meiro parece ter J).retendido mos. po~eriormente demons- o sr. Gracillano Ramos pa:– trou possuir. Caetés sendo, rafrasear a construç~o ern. por esse lado, uma obra ma• dois planos, com o di'an1a lograda, é, ainda, um âos ro• contemporâneo. superposto ao ma:oces nlais int'eressantes do cb:ama histórico dos caeté!l, Brasil, e um liv,to que . de que dá o -nome ao livro, mas for1na nenhuma desmente o que afinal acabou não resis,– vigor e a capacidade de cria- tindo realmente, · a 11.ã.o ser çâo do sr. Gracilia-no Ramo.s. por vagas alusões. Do se• A- hostilidade com que o au• gundo, o epis6dío do adulté• ·tor e.nca+a o seu primeiro li- rio e até o nome da heto.in- a, vro deve ser tida, portanto, eo1n todos os Sinais de simi- aproveitamento que faz da ut.na ''interpretação" -mais imaginação - pelo- estilo li- .imediat~ente s-oéial, mais terãrio ttue a imaginação ad- rudimentar, mesmo, da vida quire em süas obras e que e qa interconvivência em so- ai; ma,rca com . um sêlo · iti:di• cie<lade. E', aliás, o q_ue.,_sal• visível do x>róprio eu, q-ue va a_ obra do<sr. Gtaeiliano lhe fornece os "b:'aits" pelos Ramos. do pel'igo de meO:io– q,uais '_po~môs reconh-ecêialo ctizaçâo que hoje s.e obs.er – sem maiores dificuldades em va em ,nossa literatura entre todos os seus trabalhos. os romancistas do "sociaP'; é • I • E' sí~lesm,ante pelo ·es- · o que lhe· "atribui ~s car~c– tito, assim compreendido, que teres de pern1anênc1a e de .se singularizam e por vezes univ 1 ersalidaae que o ·estig– se distanciam escritores co- matizam como o maior · re– mo o sr. .Gracillano Ramqs, mancista brasileiro <lo seu o-. sr,. .Otàvió de Faiia o sr. t empo, como aqu~le que maii, José Lir.s ~ 1te·go; ríã.o ape- convin.cenfemente atingiu . a nas _pelos smais exteriores ele. essência mesma do homem $\las pro~s e de suas 0 óbras, e de sua alma. , (ESPECIAL PARA A "FOLHA DO NORTE") , \ 11ão ~penas 1Pélo ambi!!?nt~ diferen-te em que se mov.i– me,ntam seuS' heróis, não ape.– nas pelas preoeupaçç:es dis– .semél'hantes qu"e mantfeS:tani C,Om-0 homens e com.o artis• -tas, mas principalmente pela -atitude JtUe -assumem peran_te esse mistéríl:> chamado o ~rco– ma,me, como for.ma de ex:• .. ,. pressao de anseios interio- res, de uma vocação, e tam• bém como técnica ma:is ma– terlál de apresentar a inter• _Jjretação 'd~sses anseios. -Ao lado ê!o esfílo newoso e vi– brante do sr, J°os~ L. do- Rego, absorvido nt<ma visão cine• matográfica <no sentido t éc• nico da expressão) da .vida € -dõs liom.ens, e ao lado do es• tilo por v-ezes tão pouco con– vincente do. sr. Otávio de "' . ,1 ar1a, que se debate nas an- gúsf;i;i-s de sttas I?ersonagens .,_ e na in 'disfarçáv.el angústia de insuficientês meios de ex– pressão - o sr. Graciliano Ramos apre·serita-se Cóm um estilo . n:iâis ~rofundo e mais– serenó, :e tanto mais se"reno quanto rnais profundamente pen-etra nesse terreno aluci– natório que é o homem den– tro de si mesmo. Embora na tarefa de inter– pretaçJo i{terárht• eu em- Depois do desbarato (te cada · colônia era de praxe como ainda hoje o é, 'em .málõg;ros semelhantés, in.si .:I• tar-se -os trabalhadores. O presidente da província, em I,877, dr. João Capistra.• no l½,ndeira de Melo Filho, dechÜ'qiva que o descal11bro da CHiônia de Santa Isãiiel dé Bénev.ides 1proviéra de ,os c·oJonos ali estaoelecidbs não seretl:\· lavradores, en:t sua· maid;i;i,a, e não' revelarem a.v.-t>:r:. ao trabalho e à pro– pri~ade territorial. Precisa– va-se( nas , ··colêÍnias, de ind:i– vidttó)! mora:lizado.s e aptos - aa'li'escentava solenemente Ca;pistrano. Individüo moralizado para· , o Bandeira de Melo, era, eo– mo ainda o é para muita gente pia, nos tempos que c13rrem, o trabalhador qtl.e ·se suj'eifava com a i,ua serviqão, e sem ea menor revolta, a en– riquecer o seu· senhor: no"· ca• :so o senhor da,s terras. Em: 187'8 se · procurou r.es • taúrar, o Nucleo de Benev.i– -des e alguns outros, inclt:si– "e o .de Santarén1, -em -pura petda , Em 1880, o Nucleo de E~nev-ide~ passou •a cbama.t'• se ~ucleo Colonial de Nossa Seqhora do Carmo de Beiie• !Viqes. DéspiFan1 t\~ santo pata vestjr ' outro . Pura de• magogia :religiosa no intuit-0 de ~l!lhor ' mistificar o colo– n~. li?m 1&>6 se funda a Ço– !lcnia --Ar-aripe, na atuar Vila ' -r:lesta hora em que a morte, estranha chuva, Começa a cair afogando os campos, Todas as coisas são enormes cactus apodrecidos De onde- nas.cem as tristes palavras de desespero. Nesta h·ora em que os relógios aiuis verinlehos [ve~des Mastiga..m O$ n_egros. pontejros in,úteig, As mulh~res Marias. depe:Qrolam os ruivos cabelos E os. anj0s guardam suas asa$ no ventre das nuve_r.íS- 0 vento não sopra nesta hora - · Em que as éstrelas correm desiludidas . Tendo escrito até ag()jl.'a 9.uatro romances diferentes entre si, e algu~s co.ntos que pouco oferecem a mais ciimo contribuição para o melhor esclarecimento c1·itico de sua dbra, o sr. ;Graciliano Ramos bem confirmá •o conceito aci• ma expresso de estilo, que é o de uma noção psicológica do estilo, como , (tt:er o sr. Fidelino _"de Fígueireâo, e não :umá noção simplesm·ente gra• matical ou sintática, como tamôé-m. a sua '1)reocupação CJ)ntinuamente voltatra para O· que hão de esseneia.l no })o– rnem, para o q-ue há nele de eterno, pouco se demor_an<lo E os horizontes param de fugir pa:ra sempr e. Uma criança suicida-se .com medo de Deus, Nesta hor_!¼ em q~e as fl~res pão mafs existem E o poen1a deixa çle exi~tir tapibém, \ . - -como t:.ma injustiça, ainda laridade qu-e uma pesqi;isa JOÃO MENDES ~t1e repre~en:te ttm ats0sta·do mais· miúíilà poderia ind icar, de espírito critico que poucos de resto inútilmente para o r -.e-m a n ~·i s ·t as demonstra- · que nos intefessa. A ta1Íg-ên•, ram -possuir entre nós. O 'sr. eia com A llusire Casa. rea– G1: pci.µa.no Ramos sentiu, ,in- parece no final, quando João tes de mais ninguém, as fril• Valério se sente próximo dos . gilidàdes que com;promete- caetés, tta~;;indõ um parale- 1 ram o ·i;e"ll p-rimeiro lívrp - lo psicolôgico _que tanto se ' MINEIROS E FRASES També1n .de moralista desa– busado é a frase do cri!iico Eduardo Frieíro: "O reba– nho conhece, melhor do que o pastor, a erva que lhe con- • (Continuação da 1.a -pág.) vém". alma simples e a, natt:reza, De como é extenso o con- que m'eigaménte se deixa in– ceito da frase em literatura",- tetpretar com· aquele. âá ldêia esta escolha feita a l\,!ais do que a escrita, ,a li– um conto de Afonso Aririosr teratura_, oral se apresenta "Parece-n1e que o pau de fo- a-pta .r satisfazer o inJj:resse la do .presidente Antonio Car– los evocada no inquérito jor– 'nalistioo: "l?açamos a revolu– ção ante!! que o POVO a fa– ça". Os historiador.es do fu– turo precisarão debruçar-se sobre ela, e meditar-lhe a ironia, e a sabedo-ria, para captarem o sentído da revo• lução •liberal ele 1000. quem abomina bizê-las. do sr. Milton Campos: ' . iovet·no que ora s~ inicia aproxima daquele gue Joã"l E ' Gouveia fizera de. Gonçalo e "O Por-tugal, sendo característi– camente e-ciana a frase cotn. que o livro se enéeTTa: "A– t eu ! Não é ver-dade. Te,,-llo passado a vida a criar deu– ses que morrem logo, ldoJos que depois derrubo-uma es– tr-&la no céu, algumas mulhe– res na te:r:ra . .." procurará ser modesto como convém à .República, · e aus– tei·o como é do gosto dos mi– neiros" . Há reàlmente que at~utar :na natureza dos ob– jetivos que esse nomem pú• blíco escolheu para definir seu programa e que estão longe de embriagar os aman• tes do brilho e de promessas mirabolantes. De resto, ini- go falava: também quero ir, dos a-madores de frases. E, Joaquim ..•" Alguns verão nessa, o ramo sortldo da 11. nisso apenas um dizer gra- teratura política. Fras-e au– cioso. Eu encontro . bastante .têntica lapidar,, pela substan- poesia,. comunicação entre a eia como. pela forma, é aque-:. E temos aqui l,\ma fz:ase de -(Çontinllit na 3.ª pág.) ES.-UÊMA DA EVOLUCAO DA S·OC IEDADE PARAE~~ SE do Americailo. O nome.. de · :-, __ XXXIII-- ( -- - = -- :gente: ~iatída d_os 1:orrores, ôa Ararípe surgia como rapapé dramat1ca calc111açao no1des• \ ao então presidente da Pro- ,, tina, vinha 1 ''entregue às vincia, que carregava o nome -- 1:.EVI HAL DE MOURA --' \ mãscaras" do mais cruel tlustre dos Araripe do Cea- " salve-se quem puder" e apa- rá como apelido de :familia. (Espe~iaJ pal'a a. FOLHA DO NORTE, ,neste Estado). rentemente dísposta a todas Foi sempre assmi, centre as. sujeições. nós. ◊4' se iuxa -0 sace do Antônio Velho 'da. epoca: Então, entrou-.se a dizer . Mas, o pano da monar• Papai Grande, ou · se invoca ap;ressa1,am-se a ampatar os que o norte jazia ·esquecido, quia caiu, diante de uma pla• o · santo. D 1 ,r qualquér ' modo patrícios. A Colonia Araripe que a caudal imigratória era téia confusa e ansiosa. Le– se in.timida ou mistifica o ;n1orria assim bl·utalmente canalizada para o sul, e que, vantou-se o proc-enio da Re– cabôclo e o obriga a ·traba- nas 11·a!das de receuascida. pQrisso, fiorescia no st:.l o pública. E então o q~e o.cor– lhar na terra do sénhor_ Então se fez o que sempre s.istenia de colonias, aqui ma- reu entre n6s relat~vamente Para a Colônia de Araripe se faz, entre nós, nessag oca- logrado. Era menlira. Augus- a colônias, foi .milhões de houve interesse em se man- siões, quando ur-ge empreen- to de Carvalho mostra-nos vezes pior l d.ar busca,r o poi:tuguês de der qualquer cousa para ta• o mesmo drama das colônias-, Em vão o adesista Pais de Açôres. O ii.:mão açot iano pea.r, tingir atividad'e. Fun• Brasil afóra. Em São Paulo Andrade· exortava aos repu• compareceu. Fizeram-no via• doti-se a Socie,áade Pai-ae.nse e ,Minas ho~ve inssurreições bUcanos históricos que aten• jar nos ' 234 'quílometros. de de Imi~ração. Champanha, sérias de trabalhadores. O re• dessem aos justos reclam,os– Estrada de Fer.ro de Bragan- flores, discursos. Falou;se- ein . Iatõrio do a.gente dô governo da massa agricultora, que 1>e– ~a. ~á conclúitlos, e a mata- grandeza da Patria,,i:no civis• à eolonia do Mucuri, em Mi• dia ti!rras. ria do AJ:aripe surgiu, cerr a• mo (ou cinismo ?) 'de set(S nas Gerais, é uma. catilinária Pobre Pais de Andrade! Mor~ da e hostil•. homens ,públicos, e não se que ~eixa longe Cícero. A ~eu aos 65 ano~, vendq per• Ninguém desembarca ! Nin- deixou de aludír- à nossa fa• miseria física dos colonos, sistirem em nossa agricultu– guém de.sembarca ! ·- gritou mosa ,vocação cristã (por es• ciescrita no ~1 relatorio, não ra os males por ele denunci• a turba. dos açorianos,- meio se l)reço, era preleriv.el que era múit-0 lliferente da (1'1."e ados. E' possível que se ba• alt~cinadâ. A1gUn.s já ~rap - não a tivessei;nos), ob·servarnos Tecentemenr ja cotl!formado com: ele.s, -- e diam chuchos. Os agtimen• :Pt ~láro que a Sociedade te, a.través de '.fotografias, :nos como <lesemôar,gador muitas ºsores ·apàvôrados ma,idar'am Paraense de Imigração nâ'o câmpoi: ~~ê concenttljÇão tas• vezes os téhha justificado"em voltar o trei:h a tl'.lda veloci- adlahtou "nada. Nada alterou. <>ístas, questões de terras, nos aéor– dade. A .massa açoriana amo- Nada melhorou. Pelo centrá• Com a sêca de 88 e fflJ a dãos que relatou ·e nos que tina,da e:néheu de perfias · va• rio, ainda tornou tudo pior arnust..ó- flagelo ·cearense atí- apenas subiicreveu. A mais ~~as _(}, inqt:ietas a cidade. Mas peta ilusão que criou e ~- ~e- i-ou -p:ira .o nosso ' Es"tàdo mt- (;te um desemb,argador si:ced·e õs JcJs&· Maria Marques, os 'CeJ?ção que trouxe, lli~Íes ~e _desgra.sados. E~sa esse ·dçama. Não é por sim- " Suponho que seja essa. "manetra" o que mais o sr - , Graciliano Ramos abomina no seu primeiro livro e que, por sina!, jan1ais rep.etirá . , - !Continúa). · - ples desejo pessoal. " O ho• mem se agita e a classe o conduz". Nâo podemos, po– rém, assegurar tal proceder relativamente ao grande Pa~ de An.dta~. Não investiga– mos . E' tarefa para outi-o in• \>estigador. Seja como !ôr, a sua c9ra– josa voz anti-latifundiá1:ia, nos primórdio~ da Repúblio.a, determinou, sem dúvida, es– ~e per,petuo silencio, para ía• ·1a1· em linguagem jUridica, co1n que se envolveu o seli nome ilustre até os dias de ~ 4 ,. • hçJe. , Dona Tpmazia Petdigãc.i tem uma rua .com o nome dela, As ,):)atàlhas da guerr-' do · Pa1·a~i.;:ai enchet)l o bau:– ro do Marco da Légua, cóm as- suas dendmínações arre~ vezadas, nem sempre· enten• didas pelo povo, àdultel'acjas por ele, -como no eàso da tra~ vessa Chaco mudada em tra– vessa do Charco e Lomcl,S em . Lombas' . A velha analo~a.' Um colega de Pais de An• drade, que .não cheg'ou a ser des.emba1·gaáor, morreu como simples juiz na 'República, mas pertencia à conliec.i.d~ 1 familia -latifundiária, em Be• lém, e :foi VÍCl}•.Présidênte da Prov.incia, José ele Arau-j~ R.oso Danim teve o seu nome facilmente pespegado nu,ma das r.µas do bairi·o de éanu..: dos. . ·. Tudo isso - está vis\:-::i ..., •não -açon_teceu por acaso. •

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