Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

T. Esse pequeno japonês que vi- e .some-se logo no plano se– ve no nosso meio desde mt:itos guinte ou no outro quadro. anos, vindo de Paris, onde Ele carrega uma indecisão se iniciou na pintura. fez a que talvez lhe venha das ori– viagem de GauguÍ!l em sen - iens: uma sensibilidade i'a· tido inverso. Vivia · antes n as ponesa dentro d e uma técni– ilhas neerlandesas éio Pacfft - ca, de um espirito assimila– eo. até homem feito . Foi fa. , do mais tarde no Ocidente . z endeiro . em Java até mor- Sua paleta vem do fa~– r er-lhe o pai. Nas horas va- · vismo; mas do fauvismo g as que podia poupar ao ru- que sé desviou de Ma– d e trabalho da terra, pintava tias pelo ramo menos nobre p ara divertir-se . Com a mor - de Dérain-Friesz. Nela do– te do pat deixou a lavoura . minam os amarelos doces, ter– E decidiu-se a empreender a ras quentes, verdes profundos Ionl!a viagem da arte. e azuis luminosos de Dérain, Outs, desde então. dedicar aci,escidos de tonalidades • vida à pintura Teve de amarelas ainda mais acentu– vencer. porém. a "primeira adas, tomadas à gama de indecisão . Qt:e fa.zer? Re- Friesz, de quem Kaminagai gressar à pátria, ou rumar foi amigo. Ocasl.onalro~ te para Paris ? Ir para o Ja- faz ele uso do vermelho ~s. p ão. entrar . para uma escola por vezes. como quem acres– d e belas-artes e submeter-se centa um jarro de flores a à lon~a e dura iniciação da uma ·mesa já posta, para en• arte oriental '! Penetrar len- feitar um cante- de paisa– t am<>nte. modesto e lpagado, gem. Procura a orquestração ~omo verdadeiro discfpu1o, de côres, pelas, contrastes e 110s segrêdos e r efolhos s á- 0 jogo dos complementares, bios- ou caprichosos do arte- embóra por vezes baralhe os aanato escolai· Japonês? A- n aipes pela mescla pigmet'l'– prender passo a asso. pri- tárià de cer tas· c:oinbinações. meiro como se faz isto, depois Pintor da escola de P aris, como ' se· conseg,-.1e aquilo, ou do fauvismo ,ele foge enm– a s .zenas maneiras diferen- t ante ao colorido oriental. 'les de desenhar uma flor, dar o s orientail!, com efeito, n ão · vincos e sulcos à montanha, temem fazer vibrar a cõr, ratar as nuvens, representar pela insistência do tom so– u-ma árvore, pintar uma pai- bre tolll. Apesar êie. t er as– sagem? Sujeitar-se a todo similado a t écirléa das côrés ·m e;xaustivo treino da me- puras e livres, Kaminagal, mó ia, a longos e diãrios exer- segÚindo na esteira de Fri• cicios de punho e de 'Pince- esz, alterou sua paleta des– ladas até adquirir ª mae str ia cendo-a a côres terrosas sem perfeita, impregnando-se, ao limpidez. Em grande número mesmo tempo, graças à seve- de suas passagens, mesmo ira disciplina espiritual, da- quela verdadeira metafisica algumas de tratamento ma~ da paisagem condensada no estilo dos imortais T pli,, têm ~m encanto migic;;. Õu, ~ntâo, dar as cosfas á (Editora U niversal) . ,essa tradição, virando-se pa• Também há magia. mas de ra o Ocidente, para ai embe- outra espécie, em "Marajó''. iber-se da maneira direta, ati- de Dalcidio Jurandir (Olim~ va, brutal âa Escola de P a• pio Ed.). O livro n ada tem il'is ? Isto é, no ar das ruas, de surrealista, pertence à es– !llas mesas dos cafés. nos ate- cola do naturalismo brasilei– iiers frios e pobres de Mont- ro, e a magia do autor está, parnasse, acotovelando mes• portanto, em seu estilo que tres e ratés, diàriamente, as- chega a. dar-nos, de máneira imitando, ao mesmo tem-po quase alucinatória, a sensação que a pintura, a arte impres- física da Amazônia. A histó• c indível de sobreviver à fo- ria aos heróis é, aqt:•i, sim– me ? p1es pretexto e aliás dezenas 'T . Kaminagal optou por de vidas se entrecruzam atra– P aris, quer dizer, pelo óleo e vés das páginas do romance. !Pelo cavalete, em lugar do O que Importa é essa febre painel que se conserva en- · que sobe dos pântanos, é ês– .rolado, como os vélhos ma- se cheiro de água que im– n uscritos (''makimono") ou pregna o livro, é essa t erra ido "kakimono". qi:.e se· pen- transformaãa em lama que se de como um quadiro nosso, cola às frases de Dalcídio J u– a-nas se;m a moldura . Sua op- r andir . As próprias mulheres ~ão foi mais um testemunho são líquidas, vivendo metade da vitalidade da arte moder- dentro da água, ou ensopa- 111a ocidental. Esse jap.qnês jã das de chuva, índias feitas da adulto, não se sentia com a lama do rio, obedecendo mais !Pac1encia de se entregar à aos instintos de sua carne ve– içnga preparação oriental, já getal do que às convenções insensível ao ritualismo for - da sociedade . Quando se ba• malistico da arte de sua t er - nham, st:as pernas se mistu– ra. Desnattn·alizando-se do raro às r aízes das árvores, :Japão como artista, larga-se sua pele ao limo das margens 1para Paris, onde chega em arrancadas, e elas t êm, no 1927. amor, gestos de sereias rap• :?ara não morrer <fe fome, tadas às trevas dos abismos, "'ende biombos· que decora, Crianças morrem de amor , carregando-os às costas como em lenta agonia, porque · o v endedor ambulante . Como peixe- mágico, um dia, olhou tantos outros antes e depois para elas . O r simance carre– of'Je, sua escola foi a da du- ga, como o Amazonas, ilhas r eza. Karninagai não é e, pr i- verdes, animais afogados, ár · m eil:o oriental qt:e veio a vores onde ainda cantam pãs– P aris como a resgatar um saros, enquanto sobem da p ouco o sacrifício de Gau- • terra acres fumaças, madel.• ;guin, pagando tributo à alta r os cortados, ervas de pagés, espiritualidade da "nova" luzes das choupanas, fumaças arte, de que o mestre fran- •que lutam com a chuva, que cês foi ~um dos mártires . · se batem contra a ãgua. Des• A recente exposição de Ka- lisar de serpentes, deslisar m ina~ai, no salão do Minis- de canôas, galopar de· bois •t érlo -<ia Educação, foi uma fugindo à mâré montante, fu• enor~1e t entativa sem con- gá de trabalhadores caçados, clus~o. Entre· as 60 telas a podridão das ãrvores mo• apresentadas quase todas re- lhadas, a podridão das carnes e1avam notáveis qualidades de leprosos, as procissões 'de !Pictóricas, e sobretudo, uma san tos e os corpos qi;.e se en• ;grande i ntuição ·a~ côres. A laçam como .ervas à borda de :i m pressã o de inacabado poços on de zumbem mosqui– atraía a principio, mas depois tos, eis t udo o que evoca irritava . E' que diante de êsse livro vigoroso, e r eá1- seus quadros se sente a su- mente vitorioso. .bstância de um verdadeiro Eu dizia que "Marajó" per- pintor. tence à escola n aturalista Uma personalidade autênti- brasileira; o que a caracteri– ca palpita ali em algumas te- za é, não apenas uma pintu– l as, mas não consegue impor- ra fiel do homem, indo até se . Sw·ge misteriosamente ao biolói ico, roas também como aparição de mome!'lto, uma descrição exata do meio f'OLHA !50~01\TE MARIO PEDB.OSA (Copyright E. S. L com· ex clusividade para a FOLHA DO NORTE, neste Estado) gistral, como composição, - a grande. paisagem de Santa Teresa. as côres saem mes• cladas demais; e apresentam.– se sujas . O quadro decai de sua monumentalidade, e hã um choque entre os primei– ros e os últimos planos . A despeito d a lição post– impressionista. ele multas ve– zes abusa, como ocidental tardiamen-te naturalizado, da– quilo por que na arte chine– sa ow japonesa se tem aver• sado:. Oll tons misturados, tu– do que resulte em côres su- jas . . Entretanto, por momentos, dir-se-ia que o pintor rece– be súbitamente uma mensa– gem. De repente aborda uma tela com outro espirlto. As côres então deixam de ser empregadas em massa , e passám simplesmente a servir o desenho, a linha, tomando um ritmo melódico que sa– crifica os det~lhes naturais para maior r ealce da ex– pr essão, tocada então <le um delicaao e subjetivo forma– lismo oriental. Há, disso, em sua obra, um exemplar magnifico . E' uma composição de flor, .réaliza• ção de anos passados . O de– senho r ecorta as pétalas em linhas amorosas; as nervu• ras dão uma palpitação fre– mente às fôlhas, e as cores procuram os acordes de · con– traste com vagar, para que as passagens adjacentes ti:!• nham tempo de se desenvol– ver, langorosamente, n os mais puros matizes. A fili– grana do desenho, a fatura delléada r~velam a alma do artista japonês, dando BP fundo da tela o eneanto dos tapetes orientais . Kamlnagai guarda . êsse quadro como uma espécie rle documento, de uma revela:– ção para a qual nunca mais achou o caminho. Sua obra é feita dêsse., marcos, dessas realizações espontâneas que aparecem e se evap·oram lo– go a seguir. Não se trata, entretanto, de t:.m eclético que anda à cata de elemen– tos ott insiplraçõe., estranhas e opostas, para organizar seu bric-a-braque. E' coerente na .sua linha evolutiva; não mu– da de atitudes nem. de manei– ra, e é fiel a si mesmo, Não se prorurem nêle influências de moda . Não saltará quin– tais alheios para se empavo– nar com penas de outros bi– chos . As influlmcias que ab– sorve s ão lógicas, naturais, afins à sua personalidade e condizentes aos problemas que proccra resolver. Não são de acaso, mas "1ie afinida• de espiritual. Esse esfôr ço patético que é a sua maneira de ser se tra: duz numa série de obras, que ele é o· primeiro a jul– gar não integralmente reali- RomancesDaquíEDalhures (Continuação da 1.ª pág. ) ~ocial; e porque se r esume masculinas, porque são mais em poesia. Ora, esta fusão t elúricas, mais instin tivas, e, da poesia e da realidade tal- no entanto, mais cheias de vez seja caráter comum a tô- mistér ios. O amor se embe• das as literaturas da Améri- be, em "Valparaiso", dêsse ca do St:1. Encontro-a no ro• mar que embala os navios mance de Salvador Reys, n os portos, que canta na ex– "Valparaiso, port de nostal- tremidade de cada rua, que gie", do qual acaba de apa- se impõe em cada janela recer uma excelente tradução aberta de sua grande massa francesa (Are en ciel, Paris) , líquida. • Nunca se falará suficiente- E' a um outr o pôrto, mas mente das ·tra·duções de F ran- desta vez t:m pôrto · franéês, eis de Miomandre, que já o Havre, que n ds conduz Bé– deu, do "Dom Casmurro", de sus em seu primeiro roman• Machado de Assis a mais de· ce "Um homme pour rien'! liciosa das traduções. (Are en ciel). Mas, e eis o Aqui ainda, como no ro- que distingue o romance fran– mance de Jurandir, o que cês, o clima não· é criado conta não é tanto a história, pelo pôrto (a história poderia quanto a evocação do pôrto, passar-se em qualque-r cidade com suas ·vielas, seus cafés de província), 1! sim pelo de marinheiros, set:s bordéis, drama psícologico, a tragé~ e a presença lírica do mar, o dia de um médico sem mar sombrio que se impõe clínica obrigado a su1 e1- n ão p elo negro de suas cn• tar-se às práticas equ!vo– das, · mas pela 'sua música de cas do abôrto para poder vi• vagas a rolar, pelo seu cher- ver e que, levado pelo nmor, ro de sargaços, de marés. chegará a sair do seu meio Aqui, ainda, as personagens tarado, subir de novo, para femininas suplantam, em ver- depois cair outra vez, Quando dade poética, ar. personagens este amor o tiver abandona- Pintura Node-Americana Contemporânnea zadas. Kaminagal vive em permanente perplexidade, e é um severo juiz das próprias coisas . Sua recente exposi– ção revelou sobre~do essa dramática indecisão do artis– ta . Nesse sentido seu valor documentário do drama de um pintor sincero e dotado em bUGca da criação, da afir– mação da personalidade. fot de pr imeira ordem . Kamina– gal e.li se apresentava com humildade franciscana; dava o que tinha de melhor e de pior: traindo ao mesmo t em– po sua dificuldade, seu tate– ar em vencer a própria ima– ginação . ' W"R:-.,-,,, -,.- pag. t.antes fugazes . Mas cte reoen– te eis que surgem quadi-os completos, altamente rea'i~a– dos. E', por exemplo. uma paisagem de São Pai;lo, õe alguns anos atris, que · val,, por tudo que não chegou a r ealizar. Pe a modéstia do t-? tamento, pela ambi~ncia cr' ::,' da, eu a chamaria de p? ·•~. gem caipira . Ela está · c"m efei-to, na nossa paisage,.., ,,.. tistica como a toada ca;- ; a paulista. quando trans-r fa na música brasileira er.••·i•·· nw;na péitina de Gua...... 1---; por exemplo . Nessa palsa~em a pers" -– !idade- verdadeira do ar+'•· , vem à flor. As côres cJ pM Sua f&rça intrínseca está, brocham espontâneas. e sem dúvida, na paisagem. Es• cedem-se de tom a tom. ,,,.• se oriental ocidentalizado ê de os primeiros pl1mos a7--·· w_n devoto da natureza. da_ até os intermédios. que ãrvore, do vegetal. Em con- ram de r umo, e se proi ,. ·· · '. traposição, seus nús são re- à Van Gogh em carr 0 ' ···· • pulsivos: alguns corpos de amarelas e verdes com es– mulata seNem para mostrar tremações vermelhos . que sua . alma n ão está na- li!: a roça depois da.lagoa. e queles exercícios de modelo, as árvores de primeiro plano de côres sujas, de matéria esquel éticas. num vertic11 l is- mo tôrto, criam com· o movi– reluzente e fria, e 1.m jogo mento contrario. nara os f m- de luz que escorre pelo mo- ,.. delado banal como exercicio . dos, dos planos •acarreii.- nn~ 1 F li t da roça um contraste rftn,l;..'l esco ar . e zmen e essas amostras são raras na gale- q ue é um dos encantos <'l >t tela, e lhe fazem respirar ,,.,,._ r ia de Kam.inagai · ambiente dé timidez ·nd~' "°' Nas paisagéns. m"smo as não acabadas, as não inteiramen- e plácida . A beleza das cô– te integradas há sempre pas- r es é transida e cabocla . Nesse artista. sen ;e-se ·o_ sagens; bm canto de jardim, umas folhagens que vihram, diálogo eptre o pintor e a que indicam O palpitar de al- natureza . Um dia de chuva, guma coisa ainda n ão reve- cria para ele novos· proble- mas de técnica e estética . A !ada, os acentos de uma pre- paisagem é nêle, como nos sença que quer aproximar- •seus ancestra·s. a. mats -;ilta se mas não consegue. São ins- expressão da pink-ra . Vári'1~ de suas últimas telas no e:ê– éio. Se há pot:co artifício no nero têm por tema a atmos– t ema, em compensação Bésus fera de um dia <'huvo~o. e,;– sabe criar a atmosfera ae sa série sua pasta se errrl ignominia do meio em que quece, e a fatura se mo ~f1 - seu herói se afunda. o das ca para acentuar a liberca rle clinicas equivocas dos cafés dos tons, a vivacidade do ::-,– de mulheres, das noites pro- lorido e maior poder sue:es• vinclanas, com os seus bêba- tivo . Esse processo é coroa– dos v.acilantes, e suas prosti- do com sua "Rua do PDs– tutas perambulando sob a seio" . E' outro qu·adro de chuvinha fina das noites oce- rara felicidade . Aqui ele ap11 - ânicas. r a as côres; e a téc1úca da· Henri Chabrol nos apresen- justa-posição de tons o lev,i ' ta outro vencido da vida em a um dinamismo novo . Peh , "Le Vauter" (Are en ciel). mescla ótica dos tons atin~e · O romance se passa imedia- ele nessa .obra uma qt:alida– tamente após a guerra e nos de plástica mais pessoal . transporta ,11 uma familia de Utilizando-se dos toques di– quatro irmãos, ~m morto, ou- vidid'os, salpica o passeio da tro feito prisioneiro, o ter- ·rua · de tons puros. Matche– ceiro resistente, e o último tando o seu leito de côres, ' colabor adonista. Uma , histó- onde predominam monelac- es ria como deve ter havido em a zul e violeta, em tons ' tantas. Henri Chabrol, que é adjacentes, o conjunto sinte– meridional,• _por conseguinte tiza-se em cinzas vivos e vi – de uma sociedade ainda em brantes, que se agitam, gua– parte patriarcal, faz de Julien se formigantes, numa extra– um colaborador, n ão apenas ordinária sugestão de mov:i- ' por ca usa de st:a fraqueza mento. São os carros e a~ , -mas sobretudo por influência gentes que vão e vêm. Do da mulher-.• Achamos que o outro lado, no jardim a ma• romance teria ganho em for- téria é tratada de modo di-, ça d ramática se Julien fosse ferente, em manchas planas, colaborador, por si mesmo, criando a tranquilidade de sem ser ari-astado por outra um recanto de mato, com o personagem; mas, feita a ob• verde das folhagens sereno.· servação, lêr-se-á com inte- animado apenas de um doce . resse esta analise da paixão e lustroso palor de papel, i' de uma alma, roída pelo re- maneira de certos mestre... morso, como qt:e comida por japoneses. um abutre, e não encontran- Kaminagai se mostra nPs• do outra saída senão o sui- ses momentos em st.:a vercla– cidio, para cimentar sua uni- deira fision omia de artista, ão com os irmãos, ao recon- entre sereno e perplex-ó, to– quistar a honra. mado · de angústia e boêmio. Seria, contudo, um êrro enfrentando as dificuldad.~.;, acr editar que o romance mas temendo-as, como quem francês apresente com fre- vive sempre a querer afàs– quência o tema da guerra. tar ~ si a fatalidade, ou, Os romances de amor, ao quando n,ão a fatalidade, a contrário, parecem dominar e predestinação. Filho adotivo nos enganaríamos pensando â e Paris, ao lar gar-se para o que, o julgar por três pu qua- Brasil foi como se voltasse tro livros rêcentes, este amor ao Oriente, pelo menos à se tornasse essencialmente cena tropical de J ava e das bri:tal e carnal. Dois roman- Marquesas n o Pacüico, onde ces que acabam de ser p u- se abrigou . Gauguin para blicados pintam o erotismo morrer . sob uma luz tão pura, que Antes de aportar em nossa podemos perguntar se não terra, despediu-se do Japão, estamos no comêço de um onde deixou em Hiroshima, 1>eríodo ·de r eação do psico• P.ara a . mãe, que ali "vivia, : logismo francês contra a in- como penhor de sua alma, os fluência norte-americana de quadros que fi.era em Paris. 1915. Depois, foi 1945 . Até hoje não "Temps d'amour" de Luc sabe o que lhe aconteceu. Estan.g (Robert Laffont) mos- Teme sabê-lo . t ra -'Dos, em um romance Nessa insegll!"ança não viva construido musicalmente e somente o filho; vive tam- (Con1inua na 2a . par.) bém o pintor.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0