Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

• 1 • - • • ' . ' ----------------------·---------------- Doming&, 29 de agosto de. 1948 ---------------------------'--------~-- CÔRTE EPROVÍNCIA t • 1 LilCIA MIGUEL PER-EmA • 1 , O caráter an1eaçad.or asstt• mido por essas festas 'de na• tureza piedosa e reci;eativa !e.vou ·o Gonde de Sab1.1;so·sa. Vice-rei do Brasil de .17.ltO a CARLOS DRUlvf.MOtiD DE ANDRADE II (Especial pa,r,a a FOLHA DONO~TE, neste Esta.do}, ·(Co.,yri.ght E. S. I . com ox- 1735, a proibir-lhes ,a real.i:%a• eiu!lividade para a FOLHA ção. Que essa proibiçãó, ten1• tos, dos quais vale a _pena PO NORTE, neste Esta.elo) • . pos mais tarde, , não era ob• transcrever ·o seguinte, para O romantismo, que se acli– snatara l'àpidamente no ;Bra– gil, ainda .i,qul reinava d-u>ois ~e morto nos paises qu~ .nos !f(li'lleciatn os modelos literâ– riov E assiÍ:n q~e José de '.Alenca1·, ' 'Macedo e J;'ernán• ~o Guimarães continuavam, lll!esmo a.epois ao apareci• nuento de Macbado de ~is, os mestl'es ·· incontestados · do romance, E certo que se Ot:."! :,,ia urna ou• outra voz con• 4râria às obras puramente ;lmáginativas:-Machado de As· '$is lamentava a falta de li.• ~os de a.t;1álise, atribuindo-a ~ nossa adolescê11cia nas le– tras; Franklin Távora, ten• -~and-0 diassuadir José <ie \~Alencar, e para tanto se• AID:illdo a José Feliciano de Cas:tllho, proclamava a neces– sidade da . observação. Mas, ao mesmo 'tempo, !aciliiava- •. .. .. se O· p1.11.me11·0 ao v:er a moq- dade sempre ~112ida J)or Victor Hugo, Gau'tier, ,Musset. e o segundo apQntàva como paradign1as W-alter Scott en– tre. os estrangeiros, e l\i.Ja· ~edo entre os nacionnais, .aerescentando que "o ..ar.tjs– ta não tem o <Ureito de per– ~er de vista o b'elo ott o ide• ~1, posto que combinando-O s:empfe com ll, ~atureza''• Q,u– tto crítico e ron1al).~sta, esse, :Arai·Ipe J .unioi-, cújo cente– iilário aca:ba de con1emo1·a1'– :s~ e..'Cigia que a nossa litera– "'tura :tôsse "cabocla", isto é, ;<>pusess_!:! às in(luências e:s– tJ'anhas ·os ú~cos elementos ;fle- ,dile1-~acão ,que reco– nbeci:r: os índios e a natu- l'e~ tropica,l. ' 'I'.eoticar:nente, todos pr~-• 111avam n1anter as tendências xomántiças, aquela nti.stura tle idealisnro, e; côr_ local que .; (Continúa na 2. 11 pág.) servada, podemos veri•ficá:10 fecho destas n otas: . através de interessautissi.mo "1.º _ Na vtia c'Hl-São Jo– : locumen.to ºli.ͪ c~pia · s; achi sé, por ãois ,homens brancos no ~-qu1':'o ºª. D1r.etor1a d~ sapateiros, 4ae estav<\,m lirn• Patr=ônro . H1stór1co e At,. _paudo 11 ins sap;ito.s, não til'a- tístJCO' Nacional, e que con:- · firma o papel revol1,1ciol)á.r~o das iwandao.es de pretos n-o período colonial. ram os chapéus ou não se levanta"ram quando passavam Réi Negrp co.n1 o seu -~einado; os· prenderam com tal motim e bl'iga que foi pree.iso acu– dir o capitão-~or Manuel de c~u,valh.o Botelho, ,enti.õ.o Trata-se de utna p_etição !lo padre Leonardo de Aievedo. Castro, vigál·io c.olado de São ·Sebastião de Mariana, em Minas, no ano de 1771. Diri• gindo-se presumid~ente ao governad_or da e a p i t a • nia, Condé"'de Valad~res, bt• fornN1-lhe que impu.gnou a reeleição do rel na il!ll'1-llnda– de do Rosário dos Pretos de sua -freguesia, vedando o uso ' ' . (Espééi!1· para i FOUIA DO NORTE iesfê... Pelo mar azul, Pela água tão elan, d:i:min:h~va o. morto . . Esta ma.d1ugad21. abusivo dos tl.tulos de rei e Subia n~ v-aga;i;; rainha, por ver quanto inãe• Bonla.do d~ esi,:um;t, cente, abominável e inc.om.pa • Seu i:orpo S<!m ro~11a tivel e1;ain _pessoas seme1han- Sem torça nen11uma.. lf;es 1•~vestirem-se das insig:.. " 1tlas de majestade - corôa O sol côr .ie ro(!a. e cetro., pou; "todo aqaêle Nascido· ~ á.gttàs. fingido a1>, a1-a.to não· ~ro.duzia Vn o na.v~nte mais efeito que o de persua- Propurar a pra.ia . direm-se os mesmos _segr0& e alguns do .povo que o in- S~m voz e .se.m o).hí)ll, titulado fêl o .era na reaUda.. C~eg:ava de lo~e 4e, gastan.do, se eom bebe~as, . 6JJegava ! - e · fi~it e abomináveis danças o. que Além dó horizonte. tira1;am- ({e esmolas a tít~lo ele louvarem a Deus e à Se– nhora~•• .etc.• Com e~a medi~ da nao se conforml!'l'am . ~s negros, que _pasi;;~am a viSl.– tal' o padre LeOl'.lardo. ''aos par·es e aos tet~os, disfro.·ta• damente ai:màdos". Apelan– do para o padre Capitular, a 1rmanda~e tivera ganho de causa, P!?lo q1,1e o. vig~-io de– sautorado pedia ao governa– dor t:.ma pro:vidên.cia eticaz e definitiva. Por dias ~ Jl&ites V~era à~~essando C~os satga;«los Conio ·o su,.ol' e o pranto~_ Da.n~rino estranho, De passos ma.eálirOf;.. Com o oorpo de9.Pldo E fl'OSSOS sa,atGs Dan~ndo ,e dançando, P.or noites e dias, élh~ou· dentr~ .ia .alva. A:.•s· a.J'ei~ lisas. Estado) O mar e a neblina. Que o morto na,vegs São muito ma.is fác,ei!J Qae, a-os vivos, a. terra. V encera •a iJ;l«instanf•e :Planície in~r.U1Atnil->, N~a silenciosa Cega acxobacta.. E então se de~ve Beu oo~ do~rado Por .aquele ime.nso, Póstumo cansaço. }l:n como- os pe,lx.$ l1'inll,fmeJ1te ,go.ietos , A. eamc, z:elada, . , ' Os olho$, abertos:, Um fio de sanru.e -Corria em scn roMo ' ' . lrrec6Jlhecivel De secreto morto. Mira:vatn c@m J,Jella. Sna dúbià tue,• Que.m e~ t Quem fGt-a 't Nas ondas gastara-~. · - -- ' Nú -como mái;cara .Ali se caiá: Sei tinha os sapatos, - LemfJnlnça da vida.. · ' E pa~·a comptovar o de$a– foro e · a agressividade dos. negros~ j~ntou o pad1:e Leo. nardo uma sét·ie de documen• CECILIA MEIRELES Os Donos . ',! . , julz -Ol:~inái:i~Bl1n - ~i'irinllÕ~ , ] ~ a p d esi a e gente armada para livrar os tais homens e serenar a b1·igà. , Deixando clepois pas• sar os três di.as d.e sei::' re.iha• d-0, mandou -0 dito juiz 01:di• 1rário- pre,nder o tal. Rei e alguns mais. (Copyright E. S,. 1: c9m ft• cihisivi~ para -a FOiilfct'I. DO NO:RTE, neste Es~a.tto') • 2.º - Na mesma vila, ~m O Br.asil a,nda cheio de l'e" uma igreja púb~ic.a de Nossa vistas. Será isso um sinal da Senhora do o•, a- dois ho• revolu~ão ·que se prepa 1 ·a? · rnens distintos q11e dizem Um sintoma de inquietação sel'vian.1 na República os ii~ saudável? Nã9 hesi1aria em zeran1 à f'Õrça leva.nfar .dos responder afirma'tiv~1~t~, assentos em que.estavam (que se não vislwnbrassç nas 1 nu• eram p1:óprios dos mesmos roeras publicações do mom~n.– homens), dizendo ' que ali es- to, certas aíitud11s <lert~nc1a• tava sua maje-stade, •e que doras de uma grave doença aquêles lugai,es eram para os capaz, por · si só, de minqr fidalgos e ofiei~is do rei, qus t~dos ,os entusiasmos: o a1Ti• se fôssem eles sentar lâ pa•,. vismo. ra baixo: e desta sorte, sell• 1.922 se cal'acter!zou p_ela Uindo-se os negros nos ditos -conju!$.ação ,esp~tânea dos ..essêntos e cadeiras, qu~ ti- es_!orços m;oços. Os jovens d-e nham os hon1e11s lev:wo para então sentiam uma , roensa~ a igre.ja ticata1n êstes de pé, f;cm no ai· f! t\tdó ô que •la• por evitar distúrbios na casa ~am. desde "IGaxon" ª!.é de Deus. .. . "Verde", espelhava o anseio 3.º - Na .tQesmá vila or:, comum. O inlml.go ~ra tui:i çnde fôsse, indo o r~i à ca- só. e oS' objetivos ':isados se deia para soltar :alguns pré• assemelhavam -sufic1entemen– sos, impúg?i,andô:1he o carce- te para çiu~ todbs trat:alh~S• . :reiro e perguntaildo pela or- sem ~e acol'qo. A prune1ra dem do juiz, respondeu-lhe fase era luta a-e.11/'vadora - . toi que não. 1he· imporla:va o. juiz; uma fase -de f.rente ~1ca; que r11,an(lavá ele, que era rei. muito de.Pois. f-0i que a cor, Nãó obedecendo o eatcereíro, 1.-ente se partiu em escolas e mandou. o rei buscat" m.a.c:!Ja., sub-escol~ e ôs "do11os" su:– dos e investir a cadeia, que gir.am e polemizaram. HoJe .então tinha "rad,es de ma< l.ei• ó novo movmiento se apre• ta .setidQ pr1~íso ào ·caree- ~nta :ri::i~entado lot? de, .reiro .rebater com gente e..ar~ s;J!da, e, parece-me, 9s {>Ofl– mà:S esta- ~l:i. tas se ~nte:ress~1 ~enes P.etã .4,0 - !ia eldaae de l\l!a:tia1. 1nens.ige:tn possível do que .na, entâ'o vila; passando de por conquistar a cllefja, pof viagem po.r entre ,e}es U·m garà~1tir, de qualquer . ~ -a– homem branc.o,. :<fe c_av.alo, o neira, 'lfil:'!. J~gaJ;'.riI'lhô: pr1wl~– quai não ppdia.•.esp-e~r 'tan- gíadó. '.Para ·tan_to, otga,n1- tos vagares com que cosfu- zam-,:ie grui,o,s, grupln:~.ós. e :m:a,n andar ness~s reinados, ,:gr~pelho.s, b:em dlsçip11na• o acometeram, de sorte qi.:e 'des, com u,ma decidicla ; von• i>ara se livrar d~les lhe foi tade de venceJ:.. pela poli~ica J)reciso arrancar da catana, -ou i;,el9 talfc:nto, p9u.90· nn– dar cutilada:s 'bas'tante:s e ar- porta. Tais grupos têm suas 1 •ojar.se -de cavalo Pi)r urna tropas d·e assa:lto e s1.:a.' ~_ti• rJb.;tnceh·a abaixo, que 1~1ila- Urar.ia ~sada, seus :~a.p1talu:– g1'<1salnente se não f1iz ,e.m pe.- tai: e ·at'é os seus. jorn.ais,' coi– da_çps por s_er o cav~l~ bom. sas <:_om as quais a géi1te de $º ..:... Na fre·guesia .dos Ptà• 2i u.ao ousa!la ~eguer so11.lu1r•. ·<l9s ~ste pi·esénte ,ano, .que- Basta abrir um supl~m_ento 1·endo os . homens do ·arraial literáti9 qualquer. pnnf11>:~I- (Continúa .na 2," pág.) {Continua na ult. .pat:'•) • A ati;alidad.e política. dos ., a.cont.ecimentos na Pálestiua ■ ■ nica dos dois elementos prin ci:Pais da sua litei:at~tª está o segrêdo d!! Se\l êJUto: A.scb excita sen1 ofens}e:r , e ,txan• qt:iliza sem otirlgar. · Mas quando se pret~nde separar os elementos naturalf.stico e místico, tão hábil e inorga– nica.mente misturados ness.e autor de "'best-sellers", então se deS:Yanece o prestígio li– terário <!e Asch·; e!fl comJ)en– .sação. revelam-se · as d'las grani!es co;rrentes, w,gítímas da litelia tui:a que ,ele re_pr~– se11ta ilegitimamente perante imru: ·a atenção para a _htera- n,ão seria motivo pata se, cha- 1 . . ·r ·, 1 ·. iul'a quàse dC$<:anhe.cid;t em , • !língua "y.iddish-~ aó c.onh,-á- · · · ·, , , xio, a fundação de um novo deus anglicizados nos Estados . 1 Asch 'també.111 defende - u:na c~ntro <te 'Cul,_tma hebraica Úniqc;>s e mctto menos os ju- -- OTTO MARIA CARPEA'OX :.:.:.=-:.· causa jµsta, . a do melhora- na Palestin_i é _ motivo pelo deus palestinenses que. 1·es- _ ~ :inento m0ral do. povo c1.1ja qual está fiêàndo desconhe• suscitaram a língua hebraica. (Copyright E.· S•. I... eein., ~elusivitlade para a FOLHA missáQ histórica é mesmo de- éida à maioria dos próprios o judaismo continua; -n1as o DO NORTE, neste E~t.ado) fender a j,ustiça. 1,u4eus aquela. •·literatura, que "ghetto" desaparece1.t, é a sua , .. . .r, • · , 0 bJ.unanitarismo de Asch no entanto tem de dizer al• literatura fica desconheci!ia peq,t:.enas c1da<les polonesas e tário de bordel. Mas O •rtattt- é tão vago êom:o o daqueles. ~o d.e original e ln$ubstituI- dos próptios j'úde\ts. e do n\Sfªs, ambi;~te dos J_n~-is c3• rallsm,o de Asch não é ll)ePa· russos p r e -revolu~ionãrios. vel ao mutldo. Vale · a pena mundo, tre.1tos e. feios, que Já nao imitação de . modelos e.uro- Mas a herança religiosa do ,estcdâ~la. E1tcetua-se . porém o non1e e:,u-ste, aliás; o progresso eco• peús. A tendência para, a escrltor judaico insufla à Cont-0rn1e uma velha ane- de um es~ritor '";riddish" nômicQ, depois o na2is1no e o auto-ironia e"" auto-acusàção é si.:a ideologia frouxa uni não ijo~, dois judeus observaram queJ por meio de numerosas bolchevismo acabaram radl- qualidade c.vactç_rístíca d.a sei-que de nústico. Isso se, certo dia o fato doloroso de tradt:.ções, se tornou famoso·: calmente com túclo isso. ).'E, a alma judaica, Todas as calú• reveia sobretudo nos seus ~o.mo outro jude.u foi mal,.. Schalo.m Asc')1. Uma peça men16ria tem poder tran.sfi- nias e inst:ltos dos anti-se• grandes romanc~ ,épicos: tratado na rua p9t u.rna mul• sua, " -Deus da 'ltinganga", !oi g:u1;ativo, a miserja torna-se mitas ·de todos os tempos ";tVI os c o·u ". "P~ter,sburgo", 'lidâo enrureclda. ''Em com- r .epresenta/la ,nos teatros do ldílio. Asch é menos feliz e não conseguem ~lcan~al• a "'Warsov.ia". Ehfim, ele · che· .pensa1;:i.o", d'"~ia Um dos ju- mundo inteii:cí: seus romances no entanto mais eficiente v.irulência do auto-anti~ goú ,ln.esmo a escrever,uin ro– deus com org-ulho. , "so1nos o sã~ "bestl-sellers" ingfeses e quando :focaliza, com natura• ,s~mitismo judaico; das ex• manee místico que ,provocou ipovo eleit-0 por Deu,s". - alemães, tanto pelo realisi;no lismo zolaísta, os a's~·ectos ·pressões cliisto.sas de Heine;- novos protestos dos judeus "''.8t?m", respondeu•lhe o ami- das 'descrições e da psioolo• negativos; então, sal un1a das frases de l\iiarx contra o . porque •é Jesus o personageiu tio, "mas já ·me parece ter gia como pelo humanitaris- coisa brutàl co.mo "0 Deus espírito ,.coroe,rcial dos ju- principal de i,o Nazareno". ~hegado a hora pa.ra ··De\:S mo que o aproxima de um da ' vingançat•, o· drama de deus; do livro :violentfsshno A fé religiosa de Asch é, eleger outro povo". E êsse Romen Rolland. Asch é um u_m judeu ordinário, pro_p1'ie- de Weininger. Em compara- e1n suas próP,rias pala,;,-ras, racjf)cinio meio jocoso, meio esc1·itor h onesto. A sua lite• tário 'de_um boiidel, que jun- ~ão com eles, Asch é. frouxo: ''fé na fé'!. E' uma espécie á·i'!te q;Ue torna suspeita aos tattµ'a baseia-s.e na con1bina- ta ineiicrup~losamente dir.hei• acusa ape'llas ô arnbiente do de pr9testanfismo j~·daico, ;pl'ÓJ.)rios judeus a lingua ção de dois elementos que ro para tornar feliz a única "ghetto" assim como os ~li- sem dogma nem ~brígação "'yiddi'sh", mistura pitarerea lhe caracterizam a raça e lhe filha - n1as ela também con- tores .ru,ssos secundários da sancionadas, uma "religião êe alen1ão arcaico ' com ele- · garaµtem o êxit<I a ver.<.1ci- taminada pelo ambiente, ~ca- <. época de Tolstoi e ·Dostoie- que agr'ada a todo n1undo", tmentos heb1;aicos e eslavo!;, dade quase implacável, e a ba como prostituta. E$Se me- vski - um Pissemski, um incluswe aos ateus . Em re– lher.ança dolo.rosn dos séculos mística do amor e aa justi• lodrama vigoroso provocou, Boborykin - fizeram "lite- - lação íntima com essa frou– de opressão e incultura no ça . · na época,. indignação entre rat-nra de · açusação". Asch xidão ideológica es.tá o rQ• ' '.ghetto", lemb1·ança de. an1- O livro mais típico do rea- os :judeus; Asch teria calunia- .qqís "e~plicar" para "reivin- n1antism0' de Ascb, transfor– bientes estreitos e feios na lisn10· de As,c'.h é um dos seus do a própria raçl\. no seio da dicar". O capitão ]?,reyfus foi mando tudo.. ellJ. idílio saudo– Polônia •e na· Rússia, de que prl:ineiros: "A cidadezinha", qual não existiriam mol;lstros' um .homem antipático: no en:. sista ou então em melodran1a• já não querem saber os iu- quer dizer, o ''ghetto" Ü:\S assim com9 aquêle propríe- tanto, sua causa foi jus.ta . E brutal. Nessa lµi,s.tura ino.rgã- ' • \ • o mund9. , O pai do verda'deiro n~t,1- ralismo "yiÕ:diSh" !oi U!U con– temporâneo modestíssimo de Tolstoi e Dostoievski, antes uma espécie de Kõrolenlc~ judaico: Mendele, O escrit0i.– Abramoviteh, que se escon– deu atrás dêsse pseudônin10 foi ou velho judeu que pas• sara 11or todas as humUha• ções e privações ;do "gh~tto.-, obse1·vador agud&, mas ji;)vial da dissolu.ç.ão dâ!1 velhas. CO• 1nunidades na época das gralt• des reformas na Rússiâ; es– creveu a epopéia tragi-Cpl\1i• ca das existências quebi:ad,as q.ue saira1n dessa dissofução, dol! me1idigos, vagabundos, vendedores anlbulantes, • su~ jeitos · sen1 profissão certa . O primeiro escritor autê11tico que eséolh·eu, em vez d& no- . (C0ntinúa na 2... ·~ág.) -

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