Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

FOLHA DO NORTE Domiftg-o, 22 de ãgosiõ êle 1948 . ... .~ ... - . . .. ••C"" ' ..-·1;i!j>n'fiô,~ :VÊ'.~: .' :'>"7;'1 •:,;1, :,. r~lie nOi o:-a"?:'"''""b-i/"'t-6-r1-·a_d_o_'"'•~p-o"'''J"'."'!' .. _'"'_i.. ~""~""'•-',-\;'"-:i "r.ii; :-1~~t-i...;;;,,_h..,.o"'s'~ ...'-,-,e-s~p""'~·"'{ã'+- ' -t~o;-y~~r~~ e-~e 'qqe eit'·me dei~eÍ (Conclusão <la 1. 8 pãg., to" e Súli\ .cêmplexa exegese. em pedaços de papel; ele já frus:trar. Mas, como disse, a - " DIRETOR , PAULO MARANHÃO . , -AR-TE _·SUPLEMENTO LlTERATUM f • ·QRIENTAÇ Ã.0 ~ Df F. PAULO MENDES COLABORADORES : - Alvaro Ltns, Alonsú Rocha Almeida Fischer. Alphonsus de Guima- • - . , J rães Filho, Aµgusto Frederico Schmidt, -Aurelio Buarque de Hola~cla, ·Bene!lito Nunes 1 Bruno de Me·noses, Carlos Drummond ile Andrade, CanbY Cru·i, Cecilia Meireles, Cé.cil .Meira, Cléo Bernardo, Cyro dos Anjos, Carl,os Eduardo, Daniel Coêlbo de .Souza, F. Paulo Mendes. Fernando Ferreira ·de Loan<la, Ga• ribaldi Brasil, Hároldo Maranhão. João Conde. Le-vy · Hall de Moura. Lêdo Ivo, José Lins do Rêge>,. João Mendes. Ma'rques Rebêto. Mário Fal1stino. Manuel Bandelra., Max Martins, 11,taria .Julieta Or11nun;ond, , · Murilo Mendes; Orlànclb Bitar;Qtto Maria Carpeau~. ! Paulo Plínio, Abreu R. de Souza Monra, Roger -Bl!S· · tide, Rlba.mar 'éle. Mesura, Ruy Coutinho. Roy Gui- . ·.therme Barata, Si!rgio 'l\,lillet, Sultana ·Levy e. Wi.1• s-~n. Martins. . - . nid~de de três - minha ·mãe,, E o mais engr~çado é que por não era ci correspondente gente conta demais com a meu pai, e eu, na _casa velha lá, . nun'ca u~áramos capoes· torrencial da "Barca ~e Gley-' imortalidadE! dos grand~s, .e da fazenda, lá i;>elos primei• para criar pi:ntos. Nossos ca- re 1' e eu, de mim, a aFte a morte deles nos apanha dG ros anos da década de 20. pões, gôrdos e egoísta~. ja- epistolar foi assunto (i!Ue nun- surpresa. L·íamos junt.os . discutíamos mais tiveratn uma ninhada· ca dominei - mal dou um juntos, e e1nbora fôsse eu tão para tomar conta - o seu recado por escrito. pequena - deveria fazer dez único destino era o fôrno. E Ouvindo-o. ontem, pelo rá• anos - _por -ser a primogêni- por isso mesmo o Peva se dio, escutando-lhe a palavra ta e por ser a única com-pa- distinguia aos nossos olhos · irônica, que encobria a i,n– nl}ia que tinham na solidão co1no u1n hergi; sendo um tenção ·tão carinhosa; pois 0 sertaneja. tratavan1-me de capãõ como os den1ais, pos• sei;, alvoroçado ainor e O seu igual para igual. Depois das suia entretanto alma sofre• incansado interêss-e pelas cavalgadas, · da natação e do dora e diferente, era capaz de criaturas a todo .momento ''teatro" (o parco era a •gran- querer bem e dedicar-se, con1 transp,arecia no fingido cep. de mesa de jantar. a tróupe, um coração batento e ama11- ticismo que nãç, era outra eu e meus dois irmãos), nos- do no peito, feito gelite co1no coisa senão a tristeza do bem· so praze't' pi;edileto era, na- nós. querer ·mal entendido _ foi. turalmente, a leitura. Mas • ~ que pude avaliar de . todo a logo se e$gotar-am na peque- Acabou o inverno. veio o riqueza daquela convivêóc.ia ua biblioteca os livros que eu mês de agosto, resolveu-se com ele de ql!e muitos go• podia lêr sõzi'hlia: descobritt• ·em conselho de familia ni'an• E a esperança da gente « que ele r ealize 9 desejo ex.– presso ao reporter, e volte a êste mundo, e faça d.esta sua partida não um adet.:s defini• ' tivo, mas uma espécie de fuga igual àquela sua para a Ar– gentina: e qualquer dia de• sembarque de avião, dizep.do' que achou ·melhor vir para cá, que o céu afinal de con• tas não é tão bom quanto se diz, e que ainda tinha novas e sen:;acionais aventl1ras da Emília para ,nos contar .•• se, então. o método de não t'lár•me para o colégio de ORIGENS DO REALISMO... -gem de Abraão, na Bibliá, me privaretn dos livros que, freiras. depois que minha Conclui;ão da Ult. pág.) para a montanha onde sacri• por isso ou. p'or aquilo, ma- avó, num exame de dor.tr !- que as suas misérias quoti• ficaria O filho, começa com a n1ãe achava muito pesadós na, verif.icou apavorada . que dlanas têm significação st~pe- palavra diretâ de Deus, ir • para ·mim: eram eles lidõs• em eu não sabia nem responder .rior, são "figur~s" da perdi• rompeiido no mundo não se voz alta. e quando ..,;chegasse ao "Sois Cristão?". e fazia o ção do .gênero humano pelo sabe de onde: "E Deus falâva o trecho inconveniente, o l'ei- pelo-sinal com a mão esquer• pecado original. o reali~mo a Abraão.. : 11 • Assim a nar• tor o pi:lava. llem que a ou- da. Rompeu-se o nos~o gru- inegável da Idade Média é raçãó continua, em simples vinte' mais mt)ça se aperce- pinho de três. nossas tertú- de natureza figurativa, ainda .frases paratácticas, num mun– besse. do subterfúgio. Assim lias, nos$OS serões ao melo em Dante. Mas a grendeza do qt~e parece desert-o, s5 lemos "A cidade e as serras". dia. Tomaram-me das mãos única d.e Dante reside na fu- tendo impo;rtâncja o · ato .re• "O mand,i.rlm". "As Minas de os livros, fizeram~m'é estudar são do "real" e do "fig.urati- ligioso. Aí, descriçõ·es . ::ieriam _Salorniio". a principio, ·eram regularmente, e para pôr •em vo'', de modo que as perso- , apsurdas. O que impórta é o ºf serões de leitura só à 7noi- dia o grande atraso .. daquela nàgeps pa Divina ,Comédia fundo transcendental do acon... ·---,,----------.--------------- te. como convém a seroes; instrue.ão anárquica tive que vivem simult;tneamente no t~f!im.'ento c(1:1e eleva os sii:n• Á meu pai lia, minha mãe ser~ aprender gramática e arit.ntê• t~mpÍ) histórico das suàs vi~ · ples ·pastores asiáticos à d1g.. NOTAS LIT 'ER R I ft s zía, e eu não -fazia , senão cair tica, coisas que aos onze anos das passadas e no tempo_ iq.e• . ni.dade da história sacra. Não . . . . - M . em êxtase, e só abria, ·a bôea eti nem deséonfiava qt:.e exís- al, d~ viagem do p_oeta pelo~ é preciso acreditar na h isto- ,_ · . . para ped!i; q,ue rele.sseµi a.1- . tissem . E assim enfronhada três reinos. o estilo de Qan- rici'dade dos acontfcin1entos FIL~E fflSPIRADO EM tJM LIVR~ '. 8RASiLEIRO . ' - Está, sendo realizada na Itália a íil1nagem da ~bio1tra.– fia de Carlos Go.mcs. . . Esse trabalho ;;e •baseia. na "Vida de Carlos Gomes!', . escrito q,i:ie necessitavam pará fiêl gum capítulo. porque qua nd o na vida a sério. passou-me te, ~ltamente patético con1.o narrados na Odisséia para realizacão do seu trabalho. apreciava uma coisa, não de.spercebida .a publicação das numa •tragédia sàcra e ao "aceitá-los" esteticamente. A UMA GRANDE ESTREIA queria mais ir a:dtante, 0 meu "Reinações de Narizlnho", mesmo -tempo _realista como história ~iblica, porém, per• o púl>lico e a crítica estão gêsto era r~rnoer aguiJo até que eu já fui ·conhecer n10ça uma conversa na Piazza l'lel deria· o :sentidó sê não fôsse sa ;udanc.jo calorosamente a qua~e · 0 dec~~ar · Corrr ~~ 5 u; feit.a, aos q_uinze anos, depois n ·uomo em Florença, deter• aceita 'Como realidade 'hist<'.>:- . estréia d'e Lopes de Andr!l• c~ J.~ eu .eJctgia. que os ~· de s~ir professora. E mo'ça mina ó papel histórico do poe- r.ica, E essa fé na "ra!idade" de, 0 nla.is jovem sociólogo · roes se along~ssem _pel~ dia feita embora, ou antes. por- ta, cómparavel ao. do Zola do assunto é a raiz dó rea• bl·asileiro. . com· a '!Inirodn- . a ?entr?, pe!a m~!lhª:. ~ - de- gue jã era mo,çá feita, e .en.• da epopéia ~rolet.á.ria. lismo l~terário. _ . . cão à Sociologia das Sêcas". ~01s _d~ _almo~o. .1nclu1ndo seº tendia- de certas sutilezas, me . '.A hjstória .dos séculos pos- Dep~o1s ~a R~volutao!,,ª _di•_ _ ..,,_ t • pela .filha do, gcniál comp~– sitor !tala Gomes Vaz de Carvp.lho, e · lançado pela. Editôra A NOITE\. Os e::,.e– ct.:to11es . da versão cinemato– gráfica da existência do cri– ador . de "0 Guarani" foram buscar nas pãginas do men– ciona.do . lhtro, ~p_elbo 1 de ra.• t'a ftdeli!lade, as .fontes de Este , volume. que constitui . s~rao dos Jornais. em m. apaixonei po.r Emília,, tomei-a teriores é a dlssolhcão do sen- mell:~ª~ h1St~r1ca PfÓ~r,a . do um vasto afresco dos funda• g1.uaa à P,B!lsag_em, si? tre · cqm'O modelo e _çomp~nheira: tido . f,!guratiY:O . das "1'.ealida• real!~m&. ~?ra s~bstitu1 ?ª ?:• .mentos sociais, econômi,r,os e Jã estavam?s n~s ~bmos re• Até agora Emília me tem des" literárias: primeiro. em la d1mensao social..Prime111, -. humanos do no,rdeste,. foi cursos da hvrana :-- fazendo acom1>anhad~, 11ª alegri:,i e na Bo.'.lcàcio: Diretamente dos. em ·s~endhal. D~pó1s, Ba~,zaa prefaciado pel~ ilustre pro- ª :·revisão das •~ 11 e Uma · tristeza. me dandç, coragem Mist,érlos d,eriva .a Il}istt\ra -:- n:ais_ ~ reah~ta q~e es..: fessor Gilberto Freyre, e suas Noites" em_ 14 ·volum~s, ,- e consôlo. Para ela me vol- t:ealista de elementos trá"icos creve mal - descobrirá os páginas testemunhain. . ut:na quando, bem no meio do to seínpre que prêciso de' alt- e cômicos ,no teatro eli;abe..: fatores econômicos.,..zola, en• nova interpretação so~iolÕ• caso do segundo c~lendar vlo e expllcã:ção. E até o dfa tiano. Mas O realismo' de •fim, descobre o prolctariadl), gica ' de uma região bràsiléi- cego, nos chegou do Rio, pelo de hoj~ ,nµnca Emf!ia th~ Shal.çe§peªJ'e aipJ'.!ii fi.~, ~QmQ ~s:revendo-lhe a epopéia ho• ra. J.!O!l"élo, um pequeno livr.n: de fáltou ou enganou. S·e eu ti- o de Salnt-Simón . limitado· mérica / '· '" (' '.- ·, ,,,. centos: "O Macaco que ~e fe-z. vesse um cé~ de meu .para por precôincéito,s ~rv,tocrãti• No ,seculo XX · ·o . rea{isn," . , • . . se entregaram. isto sim, a Homem"; de Lcihato. Os mais nêie· pôr os 111eus san,t,l)s, l>o- cos; por isso. 0 drâmattirgo tendo desem1>enhado sua fUA• BEfLEK;O~,S SQB!tE : . • üma pintura de, a.mor e de v~lhos já cor$eéiarn , o pau- tava na ~arreira de cii:IJ,á', uo maior não* eierce influencia ção, perde com º. adyet\to._das (Co~cht~ão .4,a., 1.ª .P~g.) . praze.r quase se.ns11al. d~ .Pá• lista desde ."Urupés". ' Mas p~destal de Dos~oievski e viva na evolucão lite.1'âria .da massas demo~.t1cas spa ra.– zação dec91:11t!Yi, . i~ . realizam J..adar, de tacto. uma , t,i.qtura \:>ara tríim, que nem. ·sabia da Em!ly Brc:>nte, a fim de os segunàà metàde do ' sêculo zão · de ser. 'Cofr!,eçam '>S ex;◄ no tampo do~ conçeitõs. éxtreµiamen~e plástica de êxistência do homem, foi ele · alegrar e comover-, e para os XIX . · . , p-erimen1:os literários,, a "ve,,. Poussin, •lrt,g~es, . e. !'.!. cubis- matéria e de eór, perigosa uma níataviihosa . revelação. · coJnpensar 'de am11rg'uras - ; Os· séeulos antes de bante,. eherêre , du temps pel'.dt:..,. --~~- ' llnO estão erri · gestação. . . pela s~a impulsividade m.as Principalmente cer-ta h'istó• j,Gntõ !lO. russo, O éàpitão Vi~ não conseguiram exptJmir-se f.o!ce, para elevar ~~ d\à 5 -=.. Esttànho· i{ admirável th'eia g.e seiva . e wu,ito· rica ..ria muito triste e dramática, torirto Carneiro dâ Currha, e realls~icanrente enquanto não util · (o\t · inútil>_ da v1d_a du. para~o;ico. Nessá seni;ualidá- de suges~ões. , a "Trág~dia de u·m capão de junto à doce e sevêra · Bron- havia aqu.ele séntidÓ, figura• bll~en~e à dlgn1?ade épica d.a t't~ é 'que nasce esse pri!1C1s 7 - Vm amlgo meu cos~ pintós''. A[, . qi:~o totalfue11te te, a sua xar-á· EmUia; mar- tivo. Isso ain'da se revela na Od1ssé1a, . precisa ~nve~ta~ pio de uma "ordem intel~~- . tuma. ,dizer após ,um bora ,tomou conta aquêle livro ·âé quesà de Rabicó. "Chànson de Rolând';; fican• uma lingua. O.~teinpo_des~~i· tua]!' ~ (E . . Fai,:or~) que : 1,,( ll'.~ ~antar: , "comí· de 'gôs.to' '.. Se histó1·ias dó nosso pequeno , .., • do ,pÔuco cl_ara -as ' rela,ÇÕeÍI O reaHsino, assim ~oro-O Sa-. n~ur~}i:i;ar.. francê$ 1 Com-~ .é italiano não s~.i. mas a ex- munao da fazenda, tão ·se- ·Anos mais tar,de·, j~ andan- entré Rol.and e os ·tl'aido.res. ~ttrrfo devora seu~_f~lh'.?S. 'V~r~, ~-~1 0 . tal~e~ ao . eoc:ee.sso de . PfrSsão é c~raçterística ·4e rilelhante a· outra · fazenda dó, eu p,róprla nesta . sina de Désérevêndo as : violências e · gípia Wo'ol1!, comprurundo •o~ 1 f\'tda. , ., E noS •me~tres . de. uma ,s .enst:1altd.ade . ••~ui ge-, pnde;. se desent~lava a tr:ãgê- · ·li~erata, . vislumbr.ei Mon- p~ixões' · jnfernai's da épo~a reil_exos .de uma 0 vida intei!:~i Roma, Ve:neza ·~- Fl9r~nç~ 11eris'' .e qt1e eu sinto sempr~ dia de_· amor m-a~er!':al . do tei~o L?ba~~ . de !onge, .na dós Merovíi}gi~s, o oispQ ·Gré- fn·o ·ato insig~ific;i.nte : de . en.tl ~ue a preocupação insistente p,resente na pint ,J.tr }l italiana. ..capãõ Pe:va. . 1;i:iunos : todos E.d1tora .Nacional._ Mas êste góriõ de· 'Tours · nã.o cõnsegue 'Saiar uma meia a' uma cr1an~ do qu'.adr.o coIÍ1postq.§e ·!mpõ~. Ela é "gôsto" e não b.om gos- muito moços, minha · ,u-ãe t ê• velho mêdi> de parecer o'fere-· deseinaranhâr as · con1pliéadás ça (em '.'To th~ Lignthguse"?~ Os it~liano, estudam o çorte to. Üm ·pd°Úco forte por -ve- ria uns''•v inte e sête, meu eida me fez r'ecuar e _venc..er • vin'ditas · e contra-v~ga·ncas, é realista .no sentido . ~róp'rut ,ife º41'º. i;).a Vinc~ e ~igue~ zes, i11-!nea poi:ém grosseiro 1 • pai mal transpusera· o,s trihta. ·o_1m'ptt1sb ~e falàr--ao, graRde embQra as tenha tei;te;nu• ela ,palavra: as coisas 1mp<M.'"' 1 ":ngel.o o .eleyá,n:l l cate·go;- mas sadio. co~ raizes. p1·0• Passamos a viver· num m,un• h'omem,. Fiquei da porta, , lhe nhado: 0 lettor fica 'confusq, tantes aparecem'. através ·da$ ha d1,. ~m çlogipa. ,Entret~r - . fundas · no h:omem. .. nas vis- dQ de brinquedo · - o mundo olhan'do ~ · rosto marcado, as .· attiouindo a · .dificuldade 30 é'oisas $em : !mport~.ncia. ,Ma!t o, a _comwsiç.ão neies é .u~ cei;as- e n_os sentido~ çl.,o lio- do éaP,ão· P~v.a. Chamãvãrn- grossas so~rap:celHas, os ~e~- latim lam·entável <!º bom 'bis- já é o re~li,smo .is avessas,, irrio e uma .con,,vicçí,io; nunca. mem. nos pe\~s· apelidós que o ca- •t,os. eom: qu~ falava a _1.:_m po. ,Mas já três s.é'cip.o{.' 9 rei- seu •tim • 1ma simples te.nc ;l:ênéia tem.,- - - -,----,------- pão punha nas-- "personagens · moço que, o escutava me10 t,or Apulej~. que· ,sabe .!li'scor- ' · Pocl'er:iamos prolon~ar . a . Jf..- , ,eramental .. como rios ·rcan- ROSARÍO. Dos· HOMENS.. . · da capoeira•. do curral e da receos~. Sai dali - e nunca rer ~m· ~tiirio latim de ass1.in- pha' .~istól'ica Q,Ue ,_Ait~rbaeW • ,!eses ..A . seniiüali:dade.. -parte · a (Continuaçiio da la. p;íg.) ·easa-grande, ..:... e minha mãe mais' tive outra o.por'tunida- tos místicos· descreV-e no traçou. Depois •âa última ·,Pá:-, - ada fnstante as caçlei.as• .for- tal' nos homens de. côr o seJl• era a .Pergun~ati va, o · mêu - de de . talar . côn:i Mpnteiró "asino aure~" o· comp~.rtar giríâ. do. se~ ,livro, seria P(?SSÍ.... a._o epquema, exJ?lodé, o1.< se t~mento de rebeldia, córidu- pai 0 _ Sim-Seµhor, e eu '.fica- Lobato. . mento de Üm prefeito r, 114 ni• vel fafar itovam'ente· de Kao- onto1·ce e se enr,ola até ohe, z 1 n.do -os para o êxtase ·re!i- va danada porque Lobato . Ultimamente, continuando cip,al, punindo en~re gargá,- fkà, do .qual Ó autor se _lem•: •ar às rugas apa_ixonadas· de g,iqso: . de outro, reagiam . os não previra a minha ·· pessoa no oficio de ··iiscrever e:n jor• lhadas .~s compradores porque ·bràra a · propósiJô das· "a?sur.. lm 'I'.into;:~Jo. f} ·b.ar1·~:º . na .•,.J1 om~ns de_ :ôr., f~ze~gó da 10 seu plano de "dramátiêae nais, â minhá língt\a de mal- os ':vendedores do mercado se didades" 'de Apul,ejo. Q :reã.. talia jâ vive. · e .donuna a prática religiosa uµi 1 mtru- . pérsonae" e ia ten~ando me dizeJ!te, as minhas queixlls, ex;ederam nos .p.r;eços: êsse.. !ismo . de , KàJkà . J~J:'l'll:_)ém . é intura quándo ~esta · áinda m(;ii.itó d!? af~rmação política . enquadrar êm qualquer bi- ou a n1ania de ser palmatq• realismo reflete a absurdida- "absurdo"; ou entao; sel'1a • , ima· em se àpresentar sob e ·cte ' re'i',;lndicação. cl:)o ou criatura ,que no m.o- . . ria do mun.do , p.a ,re.ce que Íll• ,de das relações humanas. Com novo re1ilismo figúrati'vo, alu.:. aparencia exteriór da disci- Otu·o Prêto, - Diamantina, ,nento córrei,poncl'.esse melhor teréssaram O :velho lutado~. . i:azão, _Auerbaéh lembra a -âindo a realidades transcen.. ' lina .cláss!aa. , C)onceição, Sa~ará . e tantas AO estado de alma em q.lí, e - junto çom este amor lírico propósito de Apulejo O cslra- ãeiital:i? · o · herói predilétô de , 6 - Qu,ando da últimi e~~- outras éidades mineiras 'fo7 estivesse. · · • pela terra . e pelos :vive-nte~ nho, realismo d.,e Kaf!ca. Kafka foi o .daquela história , osição da modern~. pintura. raro teátr.o da luta continua Foí , nesse contQ, crj!io, que. que nós ambos compartilha• Um fio de Ariana pel;l bis:. bíblica: Abraão. M-as isso. co• 1 aliana em S. Paulo tiv.e de pretos c°:ntra · b1·aucos, à i;e revelou a gr.ande vocaçã 9 mos. - quem sabe se eu in~ tória do realismo · ocidental é roo·· di1·ia ~o · re~lista ~CipUng-. <' taj;amente a mesma im~ -sombra das irmandades: reu- de ½Obato pa.ra a . criação de con$ci,enteme~te ensinadil por O e~tilo par~táctico; , sem su: "já é outça hi$tória" • 1 r e s sã.o d.e p,redomínio -n!dos na mesma · éonfrá~ia, • um mundo mãgico qt:~ foi ele desde os dias da i::.1fâp,c,ia. ~prgina1;ãô• dos pei:íod9s; os f >S sentidos- e à'té de cer- acabam p_or separar-se; e se- mais tarde o Sitio do ,Picap,111 Levado pela s1.:a bonda,de, a·ntigós .e os classicistas .de .to- t anarquia coloristiea e patados, perdura a hôstilida-; Amarelo: E!J sonh.ava com escreveu-me palavras de es- dos , os tempos preferem os rmal que perturbam · 'e co- de, às vezes sob forma de eles de' -na'ite, disçutia. 'CO.m tímúlo e de amizade, - na- períodos cornpli' cad.os. O con- ; ovem · sem co11venéer to- competição oi:, de .demandas eles de dia; impunha mi[\ha quêl~s seus õilhetinhos carae- froµto dos do~ estiloii constt– lmente. Uma grande vita- infindáveis. E nem sempre paL'CãO aos demais, e durante terísticos, fei~os à maquil~a, tui 'o primeiro capitulo da !ade desordenada. Nunca, o branco levava a melhot· • muito tem/po nada se d.izia num.a meta4e de fôlha de pa- obra de Auerbach,. Qt:,,ando a rém, a n1orte a que alude ''Quande os irmãos brancos nem se (azia. naquela casa pél. Ficamos a ln!l,rcar ~u ama de Odisseus quase o ré• •Iraux, 1\ém essa irrdiss@lt::• do Rosário puseram-se á rl• que não estivesse em ·intima úina ida· a São Paulo, ele conhec.e, descobrlndo•ll:le a Cl• l ligação entre a idéia de xar com os pretos - escreve analogia con: os feitos e' ta•. . 11,una e-xcursão ~or estJ !Ih~ catriz na ?,erna, oc:Or!,?~ aQ leza e a idéia de pintu~a Diogo de Vasconcelos, evo- tos dos heróis de Peva. Se onde moro. Afinal nao fu1, poeta a n1oc1dade do herô1; re– mo característica da rea-. cando famoso episodio .da se mat.ava um ~rango - ha• ele não veio, A gente se illi- tarãa a narração sem Jnter• )ção artística italiana, crônica de Vila Rica ...- vi• via longas <liscussões sobre o dia com a vivacidade d9 ve• rompê-la de .todo, interca\an• )s modernos italianos não l'ai:ri pela ·primeira vez as pa- direito que. tinham as pesso- lho, a sua força, fazia-o imor• do o episódio ao passap.o. Só ,aram o cubismo que exi- nelas de_barro quebrarem as as _de, matar frangos; e prin- · tal de verdade. Agora rhor- é poss[vel isso por 'meio da uma frieza temperamen- de ferro. Perde~al)'l por i&so ctpahnente- se o sacrificado reu: nttnca cqnvei:samos as subordinação hipotáctica que e uma lógica carteziana a partida; e a Capela do Alto estava ou não · estava "no . conversas que havta para di- exclui a perspectiva . históri• era. 'Não se entusiasn1a- da Crt~z passou à mansa e - ponto", loct:ção crucial que zer entre nós, nt:nca . apro- ca. Tuqo parece presente. O . ! 1 pé l o e;ic;pressi-onismo pacifica po.sse dos fracos, de ~ntos significados terríveis ye,ttei quanto p9dia ~ sua ..poeta tem tempó para de;;– nasiado ama,:go e auto. mais a mais guiad·os pelo seu iln.pliéawt para o pobre Peva. amizadé generosa. 'Sequer crições- minuciosas. O ..mundo quilador, pintura de mís- prineipe, um negro fprro Se separavam. os garrotes uma córt'espondênc!a seguida descans.a em tranqüiltdad~ li e .de revoltados. · Elés (Continúa na ü.It. pág.} para boi tnall$O - lá vinha e regular tivemos ..;.. sõ aquê- épiea; Mas a história da .via- , \: . 1 " " . " A MUSlCA . ~ U~IA. · .• (Conclusão da 3.ª pãg,) • ~aviâ.-lhes p r o m e t i .d o - como recomp,ensa de s.uas ía– c:ligas - alegrias e satisfações que nem sempre surgiam tão depressa quanto desejáva.mGs; O ~migo f!Ue, por insistência: minha, acabara de adqttir:.e um· fagote. passoa uní doI'.'.lin• go inteiro tentando em vão tirar do instrume1)tO qual~ quer suspiro melodioso. l?i... nalr,nente. percebeu ele que havia debcado cientto do tubo a v;u-eta p,rqprja para limpá-, lo. A$ ,tentativas . seguintes, f~li~tnfnte; obtiveram melliór resultado.

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