Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

• / . • , • ,D • • • • r • • • • ' FOL.HA OO~NORTE • - • • • • ' ' , , Sant~ Helena Magno • Branca ii,uvem que esvoaçasi Pelas plagas infinitas Por que as fases imitas Do humano. fxagil viver? Pelos- venlos emnaladas. , Como baixel fluluanfe, Tens por destino incessanl<l Correr e sempre correr. • • • • Ela é tão fragi-1. e a vida É t l:'is~e e cheia de ~inh.os : Orlam da vida os çà_minhos Despe:nhadeir'os fatais; . ' Se a flor -sorrisse n·a:urora De a!'omas enchendo o vente, Pode curva-la um momento A furia dos vendavais. • Quem foi que disse aó colibrí Que doidela no verge1 Qual a flor de mais fragrancia. Qual de. màis seiva e de mel? .. l1t. flor que o calix expande Às virações do arrebol, Assim da e:i<:isiencia os dia.._ Do tempo ao sopro gelado, Co:nem, nun:,; gire ~r~sado, Ao seu d~enho fatal: 1 Fa~e, Sénhor_, que .sua ~lma hago de azul iranspar~tbe, Onde se mira contente ,' ·Quem. lhe diz que a fronte incli!ile Aos quentes beijos do. sol? o formoso arcanjo seu, Ao r ibeiro sussurrante Prazeres. gozos, SOl'risos Passam »ápidos, fugazes c ,omo as miragens fafazes Que rebentam do areial. A meiga flor da ino~ncia ' Guarde sempre imaculacfa– C-omo em sacfário, fechaela. Como uma benr.ão do ceu. !.. Oue o pr-ado rega ao passar, Quem foi que .lhe ensinou a senda Que leva ao se-io do mar? Às- vezes; surges garrida Ela ê a estraçla formosa ,Que a minha noite alumia l . ,. 1r. õaunilha que derrama Na• sel'vai o vivido olor, 'Ae> pôr do. sól, na al_voradà :Se azul é" éie ·our~ ·f~ani <1-da. ' t r NâJno-rando o ceu é 'o•mar; ~âs quá-n~· a p'\-®ela Oúe no ·f:eu ·seio se n11lre Se:meliias pávido abutre • l)ece fani:11 ~e me guia, Da v:ida no torvo mar. ~ • ..: ·"' _. ,A .seu timbtte-mavioso ea$a-se a ·um tronco; en:tr~lanfó, Ninguem lhe ensina.ra o amor. I ·sá!am n~alufa. acerbas dores, ·E:spiú"bos volvem.se em flores. \ Flora. q~e em li resumias ·Có'as asas turvando o a-r. • '.'f amhem a tela da vida A um raio do seu olhar. • ~1!! Tú que és bom, Tú, que és- justo, , Méu 4_estino e minha vida, llinguem me disse ruas vi-te . ' Se esmalta de.várias- cores 'Quando na qúadra de amores :pulsa alegre o c'ora.çãof Porém se a negra desgr·aça · • faz~, Deus; que a vida d'Êla pes.lize plácida e • bela Bafejada pelo amor; , V-i-ie e am:ei~te, querida. <f ' E un(dos em doce ·1aco • Por siinpalica atração, _p_.,.,,.a no nos-s.o !iorizoille,, . Dn ,..,. ??!•rt" seçã,s~ ? fonte. Vem a-noite-~ cerra,são· . E se o destino lhe guar_dã fludes, ásperos caminJ,ios, ~ q.\Ín\, a mim os esnmnos .A, Éla as flores; Senhor! Te-:tnos um, só pe.ns; ,_;i-r-'?.nli1>, t)ois seres l;).~m coraS(fs.o. • , • , • , . , • • • - 1 - . . I • , • 1 • • ' l • S~ Hele 1a Magno . ., \ . Afé ,,quando. Senhor. O' sol do -Novo Mundo Hâ d'e as- cenas d.ourar da 1risfe escravidão1 E o misere cativo em soluçar prefundo· Os ceus há de ferir com tôrva maldição? Quebra-se o fe,rre juge, ao tetro despo:l:i~o O ·vovó é cidadão, sereno impera Jl lei.. -N'~o cone mais o san'gue. à voz do -'fanatismo. Nem foma imune e crime, a púrpW"a do rei! ~ fogo e ferro armaê:ia, a ind:usiria triunfante Com~da a força .eega, e a :mov-1 Q ~A,1 i::abo11: • Esc.-iava a naturezà ao homem- bt(,lda - ava ~,te! , - • & humilde lhe confere o cetro· de senlior' t . • J,.igei:ra como. Q raio, alada VQS iJ .idéia , Prendendo em laço estreito ofi p0vos e nàçô~s: Semelha a humanidàde universal colmeia -Que os '3.ves da dencla afilé#às multidões• ' • Bnf:an,fo, o escravo gême aJ ·lá:té99 infamante, - Atado à rocha antiga o novo Proineteia: · Chera triste ancião:, cherã, no berço infante: Do pran::l:o seu.. ·ã voz· parece -surdo ó ce'1! Não!, I>-e~s há ~ varrer da fac_e do Universo À ímpia instituição ~ a)vrlta a humanidãd~:, f;sp'raif raJa p;osc:rita 1 é livr~ agora o b,e :r.çõ : O sól há de raiar da plena. libetdade! ~ , ' - • • " • • , • • .• • • , • • . , ., • • • •• • • • • , 1 •

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