Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

I f ...,, l'(,: I ÓH RAUI.JO ~A~ANHAO -"~'t----& 1 SUPLEME·NTO LITÊRATURà ORIENT,4~Ã0 D! • F. PAULO r.iENDES V trar solução, A i11dustriali-za. .çãÓ do livro teria crlaclô,, .com o' comércio da literatura, a necessidade da expansão dos ·'Jllercados tanto ém extensão como em profundidade~ En1 outras palavr~s. . forçou-se a le.i.t1.:i·a transformando o pra• ' . ter do livro no hábito (no • vicio) · do livro. Com o hábito •• vferam dentro em pouco a sat1.u·ação e a urgência dé um tempêro dia a dia mais forte, E tanto mais forte quanto o jo'rnal cotidiano se encarre– gou' de cooperar alegremente no en1botarnento da sensibili– dacl'e, na ta1·efa de torná-la paradoxalmente mais grossei– ra e requiritacfa a um t empo. M·ais grosseir,a porque cada vez mais ávida de crueza e mais requintada porque exi– gente de formas jr~inais herméti'c:as mesmo. Fornecen– do diariàment~ · ao público n.ma literatu.ra sen!la.~ionaTist11. v:!ci ~11-lhe o paladar Jeepois (Con~lasão da '!J)t, pail',) , • no esIT.anho, no inespetado, no choque 1>9icológico o qual se obtem ora pc!o e:!litremo 1·e• ~ . quin~. orá ao oontrário p,ela des~s?da ·simplicidade. Já não basta c-ome!iar pelo fiíD, pular ao princípio e ~cabar l)e,1Õ meie, 11em mesmo adi.anta embrl)lhàr ~os capitules to!los como fez Huxley em "Sem olllios ein Gaz;t'". Recqii:'e-se ao· simultaneismo, li ' imerea• laçãf> do pensamento do au– tor na ~isão do herói, faz-se que êste se "v.eja de .tora" e ao mesmo tempo de denti•o, enquaii.tr outras per sonr.gens se imiscuem no seu n,onólb- . . go interiqr. O leitor qúe re.• solva o "puzzle". A ndvidade 'revigera os sentidos q1..ando . . se gastam nos excessos e o púelico de, hoje é um público de sensibilidade gasta. tlio o~e o blllr toma o céu • • • • • • • • • ••• • ••• Mas: . .na area de fila [boea seca, nos teus- labios enfim• ·B nem bá tristeza n~ [cante para isso, • • . . ; . . ... . •·• •.• .... •. ...• S6 o vazio'em gp.lhã.o". GD r1 Sai-tre explica sua obra como exempl~_eação de uma: filo– sofia estoica. Mas Fa ullr:r:iêr se ·r~str.ipge à' pintura de· uma: sociedade patológica. Co~ certa simpatia como já obser– vei mas também com infinita tristeza. ' / ' . "Por que. não cta.nta.r às tpJanicies e aos abismos . , desgra~a- da altÍ:la, o cansa~ê [do corpo, o medo da. morte. a tristeza, enfim?" A "erosão das almas" · talve~ deva ser apontada numa lin4 ' ' 1 guagem nova e doforida, re" • J • • pugnante por vezes; e por issd n1esmó eficaz. Não será essi 1 a n1ais nobre atitude do e(.i( critor? Dir-se-á que F.111:lknéi não l)tOfliga; e .se não proffi:., ga, pactua. Ainda,.assim o pa;., . ~ . ' . noran,a fala por si e o que irh~• COLABORADORES : - Alvaro Lins, Alons1; tiqchQ., Almeid~ Fischer. Alphot151!s de Guima• rães li'ilho. Augwsto Fredél' i.co Schmidt, Aurelio Buarque de.,. Holanda. Benedito Nun~s. Bruno de Meneses, (:arlos Drummond de Andrade, Canby Crqz. e .ecllia Meireles. Cecil • ~leir~ Cléo Bernardo, Cy.ro dos Anjos, O~rlos Eduardo. Oa~el Coêlho de Soüza. F Paulo Mende11, Feman~o f'e.rreira de L,oanda, Ga– ribaldi Brasil. HaroJdo Maranhão. João Conde, Levy flàlJ de Moura. .Lêdo lvo. Jo!!ê ~bls do ltêg-o~ João Meniles, !\largues Rebêlo, Mário Fau·stino. Manuel Bandeira: Max Martins, Maria Julieta Drnnimond Mffl'iJo Mcn_des, Orlandcr Bitar. Otto !\,faria Carpeaui't. ~auto l''IiDio, Abl'eU• R: de Soc.za Moura, Roge.r iJas– tide. R'iba1nar · de Moura, Ruy Coútitiho, Ruy Gn,i– lberme Baráta, Sergio Millet, SuJfana Levy e Wilr ~ou .Martins. ~ da leitura.. de i:.m ci'ime mon:;:- • Lembremos. pôi'ém, os ver 0 sos do poeta <'J'avares de Miranqa) a proposito· d.o ho• mero moderno: Talvez ·seja necessária a a– presentação <:.êsse quadro que a todos perturba para salvar o homem do abismo (fo nada em que se afunda. Nesse ca– so a obra de Í:m Faulknet seuia uma ob:ra ae participa– ção, .e de párticipáção 1'evolu– cionâria. O próprio espetá– culo do chafurdamento teí·ia o n.ronó:,iio ce provocar a náusea, de preparar a re– volta. Né .ss.es momentos de transiç'ão é-n.os difícil discer– nir a parte construtiva qúe cabe nas obras aparentemen– te cl(:lstrutivas. Carecemos de disti'!ncia para tanto. E em r-e– lq"ão a Fau:kn. -: êsse julga. mento se -me afigura mais di– fí~n ainda do _que eyp. re}ação 1 Gi(le ou Sartre, Gide é um pecador q't: · · a:rrependé <? para se auto-pJtni'r. confessa püblica,mente se.us pe·cados, por te~e1:>rosos que sejam. porta afinàl na . obra de arte– é o resultado, não a intencãd. fruoso. que o cinema àjuda a div.ul ~ar e o rádio comenta, • "Pobre e c~nl'i-àlhla ferll, ' . ·-----------,--------------------• a imaginacão n2.o se contenta r~resa jugnlaíla p&r si própria. E' verdade que um ·mcsne.o quadro, que a um espírito es:. clareci<;lo se apresenta como obra de a:rte e o.rítica moràÍ, par;;i outro, não preparad,:,; serâ simples atrativo d~ on– tem mais OU menos J;lOJ:nOgra• : f.it; a. Que .fàzer?' Acabar CQi'll'. a arte ou educar o público? Á' resposta é óbvia NOTAS LITERÁRIAS A Eclitoi·a "A Noi te ,, dCa• ba, de la~çar , em trad-ução d& Toão F. de AlbuquerEJUe, "O ReJogio Verde", de Keru;eth rearlng, e êsse acontecimento vem ao encontro da curiosi– dade do nosso grande pübli• ·co, de há muito tiesejoso õ.e e&nhecer o volume, famoso "best-si!lle:r" · 11orte-aR1erica– no que a Paramount já proje- • tou na tela, coofiande os 1?,a• peis principais a l'h-tista.s co– ·mo Ray Milland., Charles t.augbtoo e Mam·een €)'Sulli– van\ · O Relógio Verde" perten– ce a essa cate~or4a de livro~ .que prendem imediatamente a atenção . do leitor, tai a su– gestão qué aprêsenta a narra• ' tiva, tooa ela vazada em um es1,ílo em que a ai:te liter ária e- a simpatia humana se en- trelaçam. , , "O · :aelôgio Verde", cujo filme já está anunciado nos principais cinemas brasilei– POS, é ao me~o te,mpo um ro- - , .,. . ., man·c-e (je amo.r, ume nóvela policial e J.lma .J.:iis·(ória dentro • • ' da melhór tractiêão psfcológl– ca. ~ aí •· seu, sucesso mundial que repousa em un1 plano de originalidade e de transfigu– r~ção d.as tramas tecidas pefa vid,a. V. i. Pritcheit, nove.ltsta.. e critico, uma d·a:s mais vivas· , inteJ~g~ncias d~ moderna ge– ração, da Inglaterra, vem ·de organizar com material do joi::nal "The New Statesman and Nation", urn,a interessan– te miscelânea lité.:•ária. V. S. Pritchett, cias páginks .mortas do jornal, co1igi u artigos sob OS mais V8l'iados assuntos pa– ra- essª Q!2rª q~ ap<1rec~: ii;ib o ~ti1lo "TilllNSTILE O~E ' ' editada pela Turnstile· Press. :t.sse primeiro volume inclui poe'6ia, · ficção, .cr[iica-. .. ensaios. arte, l.míisica e corr'~spondên– dêifcía. Os· n1aís II1,1stres 'escri– tôre:r que por muitos ·anos colaboraram na9uéle jornal estão reunidos JJesse volume de "TURNSTILE~'. se1n . dú. vida, uína cla,s n1ais interes– ~a,>tes mlsc,elâneas aparecidas 11a Inglatoora. ternanos Mu•t,t,o • «::0J1.-clusão da l," pag.) , com a agua açucarada do ro• ma:nce de outrora, A h·a,gédi'a de Fedra. apavora<la ante o seu desejo por H'ipóJito, o ctra,ma · dê consciência de Brutus. a luta móral de Ch:– ne_ne. 10ão pa:ssam de "boba• l".'ens" diante da cena de san- ' pobr.e e c~1nbalida. fer..a, teu ['esga.r • t . , .. .• e- ns.e como um cnor..o ve desnutri(la., ntto nas r~iança perde"!le, gu~'!)radits 110 fmonte, g_ue. estupro e banditismo que curtos. escasseiam as gover4 o jornal asstnaJa· tõda:s as mi, - nantes, outrora tão com'Uns-. nhãs _co1n impressionaní.<>~. G t ·N l• V Ih Nesse ponto temos andad() pormenores fotográficos e Ji. . An ~ · A'il".) 11y'1.!ns 4'.l\ "'S para trás, e já se con,e,am a- terã<»ios. Da r ao leitor hoje ~, . ~ 'WW~, , u l\l•u ~ . u - nofar· as deficiências 'prove~ un1 co11to 1 de Flat.b.ett é mais nientes .de tal retrocésso. Nd_ , f~~ n;: 1 :~s tasry,el:~n~~~= q~: dos lii{1·os in9icadoi;,? Repre- 11a vida. E, prine}pj::indo p•é!o ~e~e tf~~~gJ:~gv~e~ a:º:;J JúP.io Verne no momento do oonta1·iam eles o a1in1ento in- velho H~mero, e-xiste.m tan- nQl· erro em. francês, e posso avi,ão !oJ1:uete. 0 gõsto pela telectual necessário a cada tàs obras, tantas grandes assegtirar que não nos tor 4 ' ·moderna literatura. causa ele uma das leit®as,? obras que podt>m, · embor'a o-0u menos brasileiros o fatJ sua posstbilidade de perm~- As minkas dúvidas coin.e- tàlvez não ' inteirament e, mas de ler aos oito anos a eondes– n-ência. àecor.reria de uin ça<m pela oo~ocação do 1)1'0> o. ba.stante p,ara in'li~ressar, sa de Ségur ou êe c·ant ár cansaço, d'e . uma ,intoo:!cação blem_a, por neo esta-r conven- ser éompi:e~ndidas pelos jo- co~ éntusiasmo Malbrettt•;.; Nãq se negerâ ent.retanlíe à cidà das. vantagens - nem ela vens, qµe fa i. .pená vêalos en va-t-en guerre. 0 que 0 es.sa lit.erntura O ter contli- possibilidade - Ide se criai· perder temp9 co1n livros fa• cotinecimento precoce df1 butclo P~ra O progresso da uma divi~ão el,tánq\Je ~ntre bricad~ e\lpéCial'sn~nte p.ara ~ancês • nos dett; alêm õa l)O~~ psicolo~ia: confirmando ou as leituras dos adolescentes , eu us.o. Tant'o . é indispensá- sibilidade de leituras n 'lal.áo negando teoi·ias. nem se , 1~. eos dois ~xos . 1 Antigamei.- vel' à-: literatura-- infantil, cora.o-; ~81-iadàs, foi, apel1as, a istr.r– r,arâ•, 0 enriqueciniento crue te, qt:an«o O$ estudos , eram )1a ·me1hor hipótese, ·õcsue- ..aç~o de têrmos na 1<·ran1;a-' trouxe_ rara a expressão artís- ci:iferektes ·e . sepax;ai:fos, (}'l.là11- cessãr_i~ a, llteratúra I>âja a• úinâ segunda...,pátria, 0 que 6 tica, Por ess_e . aspecto· ela ln- -do as moças ·se p?'eparavanl dolescentes, Por que por na Ulll sentimento. doce e "recon~· tetessa• sobrel:')aheira énlb'ora e:l!icliusivar.í\ente í:iax:a a vida mão de uma mocinha um liôrtanre; Tenho do de· qu-eni a un:1 pegi:.eno . grupo tão sô- familiar, quancl(I exlstia,ra ro1nance ·. dEl D~lly e1n \l'ez de não leu; aos quinze anos. ó mente. · donzelas inocentes é cloróti- Guerra e --~az? Ninguém se Tartárin de Alphonse ·Dau_detf Do ponjo•d~-vista- técnico, cás, presas às• salas das mift)s, iluda, ela pulará ii\fa:livel, (tão diferente de - seu ~Í:, ó o r.o.mance de ' Fau}k.ller conl- tàl programa seria exes.{uivel, mente toda a parte das evc- Uon), e não guardou, P~ , porta soluções excelentes, ca- embora nem sempre benéfico. cações guerreiras, para só isso, 1.;ma tel'nura toda parfl• :na.,zcs de aclçatar a cui'iosid-1- Mas noje q_ue a.s tnenina:s querer · sc1-bér o que aCO_?_tec; ·cular por •Tarascqn, qµe es~ de dos- ~eitores ·mais displic!:!'1)- {êm a mes;n1ll ".ipskução qu_e aos :Rostov e se1;1s qrni;Jo.,_ t)erQ não morrer sem c-onh .. e•• tes, F,uilkner sabe variar a os rapazes, que frequent'arn s~bretudo a' ~slu~brante éer . 1 1. copíl?'oi;içfÍO e marcar os ])OR• em regi::.!1 o~ :mesroes colé• Natasha. Mas nao importa, · • tos altqs com pi~ceiadas · v,i- giQs, que saem ~s, C(Ue vl- n,1uHa cousa lhe tica'rá qa lei- - falamos; b.oj.e :inuito da. ru.:. .11.orosas e decidídas. Ele Jlão vep1 nas p:i:áias e uos cine• tura, pa_rticularmente um.a · i;ninuj:ção da influênc-ia fra n– ignora que s·eus. leito,:,es são mas, não me parece nem que iml)ressão tie beleza e de v,er- cesa, e, mesme quando uão <r ·1:>essôas q11e já se cansarain as ·suas préferiências devc-m dade .;que só mais tarde sahc- dizemos claramente, culpa– .a~ .~istóri~ dweta com i>rin- d.ivergir essepcialn:iente dr,s rá ser a própl'ia essência da n1os por isso os franceses. Te- Olhos dé cóle'l:a de Bérnà- -t.a colri tão grande, fo,:ça o ciplo, meio e fim, llll.Ei s-ãs dos eo1npanh2ir os, · nero que literatura, mas q,.íe; mesn10 rão eles as .suas respons:.,bf• nq,s; olhos azuis d~ Bernci.nos, Brasil. Eras sen1 dtt<Íida UJ!l in-divíduos euja se»siWlkia-de se po.ssa ilnpedí-lis · de ler o n o momento, de muito · Uie lidaàes - e os seus in•:éjui- ç!e$Se -Be,rnanos qtie falava, r11aú viajante port;tue todas $e_satm·e>u de SQlúl:ões'. connws c.i.re eles lêen1. 1 v~derá. / . - e.os- :- no caso, mas nós. pen- ·discutia e invectivava sem• as.. tua); ,via-gens no":hllft!dO nãO' e só enc·ootra algum p:iip-zer O problema- serã, pois; o Pai;a ter, porém, essa liber- ,.ando menos 11a expansãQ .d, , , pre ! ·Ol!l-0s, a"zi.11s . de ·Bet!1'l- tê distf 9 ji.\m ni::.n~ do te.u -~--------- da eseolha d.e livros- pai.-a dade de p'.rocl:-rar em_. t udo ."- ;:eu país do, \que nas necessi- nos ! Algumas v'e:iês eu vi, drama, dá tua có-lera, · da ~a Dói-me saber que se apa-go1.1 a(iol~scente's dos d.óis _sexos, . que se· escreveu o que ma,s éfades do nosso, dev,emos re• poi·ém, esses filhos - se t0r- indignação. Eras um ma.u via- para o te.mpo .a . chan1a do e a, única 'regra pessível é lhe co11vém, é indíspensáv,el .cqnbécer que, se nos fiiz fal– na1•em matinais e frei;co,s. l;la- jante e transportaste para as seu olhar azul- e ~i;e, 1,ão ou- inte1·e$1(á-los se1n os pert'.lr- a·o ado1esoente o conhecimen- la a sua língua, te1n06 gue ciitcos e inocc~1tes e se a ],?ri - 'll'ilás .e cidadéziuhas per'diga·s. vilemos mais ne.s~s horas de b~r. isto é, evitar ta'iltó as to de outras lingua:., pelo ~pmar a· iniciativa de reipe, ren1 con1ó os céus da infãn- do B;-asil, para Plra-pora ou· alarma, nestas densas ho1·as- obras q-ue lhes séjarri fasti- n1ehos do francês ou do in- diar a tal siti.:a_çã9~ i:eíri.<z¼!. eia, Oom as, s-uas bengalas para qruz iiâs Aln1a,s .to<;las as qÚe atravessamos, a voz üe diosas qu;;info as .que. os pie- glê's . Sen1 dúvida, m:uito se que fazer com ql:le os jev·ens . .ele mutilado, que e1,an1 n1-yJe- tua.s histórí:.i; de F1·ii11ça, to- · cóle.ra de Ge&rges Bernanos, judiquem moral ou: intelectu- traduz hoje no Brasil, e n"ão volten1 a í a)ar franc~:s,- ;,eni _ ·tas dj,sfar~:i.âas e os se.t:s cahe- das as tua"s revo;ltas· de c.r.Is- pr.oJeta com.o Charles Péguy. alme!lt'e: A sub-literatura, só bes.t•seUers; mas muito com · isso d,eixar- ~e · Ol;lid,;i.- ·dJ , to,s b1·ancos ~sg1:enhadosJ Ge- tão traído. No entànt.o, como No enfanto c~mo é ji1sta ·a. moralista o:if picar.escà, há-de 1-,inda resta para _tr~ duz.ir, se1n inglês; quê' l~es $ '_')!l:%íl\ 7 · or~s Berpan©.S era a própria nos cempreendeste a 116s bra- sua morte! O e,sfôrço de vi- Sf;f 'Õanida. Berp. sei· que nes• contar, que, ni.ane;ando urn. . mente lítil. Q:ue adole,sç(l'ncia encarnação de uma person.a- sileiros, como soub.este olhal' ver, em nenhum sêr terá si- sa idade se lê tão somente -pe- dêsses -dois idio,nas, )e1'á. o será completa sem a ·leitura gem det.:graçada, e imensa d.a -c'etto e fundo na aln1a do do mais •dol<?roso do que em lo e11rêdo, m.as : .$em que o jove)n ,no original - o que é e reelei 'tu.ra dos -~ick""-·icl, ~aleria shakes>;:,eQ..renna. E' ve- n0sso h"Qmem simples, c_-omo· B~r!1-anos:, 'V_iv_ia . feri,pd~-~e. l ejtor ~s,e dê conta.• O s-;;u ·gos- senipte preferível - múito ~apers, serµ o riso e o sen- - lo menos assim que aparêcé loiraste sentir no caboclo, no V1v1a como -0s outros "'sêres to va-1-se forn;ian,.o, do me:;- livro que não deve ignoral". timentalisino de - Dicl,,&Jlp? ele agora que a rnorte o s,'.ls hornem rústico, no desamya- de sua raça que é a raça 'dos -mo passo que-; aos pouco-s,~as A noosa literatura, de 1 q,.:.e Declaro sem p'êlo que a ln~ grou, un1 R~i Lear, vocife• rado bra.sileiro do interior, que. não sabem;· dGs q\le -não idéias que adquire vão influ- tanto nos pE>de1nos o,r,gulhar, glaterra foi ant~ l;lél!ª wim ; 'r.and,o e. sofrendo· o ,séu Reino uma Jar~, genei·os~ frater- aprendem jamais a :. yi'vér, · -·a. ind9 llà sua cot.eepl;.ã,, da '.(lão basta, todayi-a, para, fol'- a pátria dé Dickens 'dp,.,güe.. ,à 1 perdido e as suas ,,n11,\ilas 3s- rii@ade. raça 'dé$ses s,em15re inconfor• vida" :P.or' isso é que sbrá ô,~- màr nem mesmo urna cult_~t- de _·shakespeaí':é,. e;, gúe :ga:?;;.– per anças /!estruidas, E;;a un.1 Distratdo, às voltas sem- màdos e que têm a, necessi• sejáv,el que não se · habi-tu~n1 ra ln:é<:iia, já que ca~a yez o çe~ eoin !>.'Ir. :f'iekw.icI: e :S~~--. Rei Lear e as tenTpestadc;s '> J;>..re com os grandes temas <lade de · forjar um mundo os jovens ne·m ao;; livros espírito se torna ma1S mter• WeJler a mi_nha admlraç1i:O'., se~iam s21npre, <'iStivesse on- eternos, nun1a, lµta incessan- próprio e nãô aceitam jamàis mal es-eritos- nen, aos, livr0.s :naci"onal. pelos ingleses. de estivessé. No eJJ,tanio, os te com as idéias ,como se · as este m;; ndé. Ei•a <fa . raca dê· malsãos, · en.tranê'o nesta --i'.11- Assim, o 1'.lniço conselho E' por. isso -que digo àos seus olhos aitús às vezes pal-- idéias fossem ele1nentos, nin- sigual . do velho e rÜgidor tinia class,e não só os lic'é':i- que daria con'l segui:anl";a so" n1eus cerresponâentes q~e, pifavam e eram frescos e pu- .2:uim niel ho·r qu.e (;ieo1·ges E..&n BloY,. do irande Péguy, ·c.iosos COl).10 os iJ.Ue eneerre1:n hr e leituras de meninas, se- oeixando e1nbora liberdap.e ros, e sorriam e s~ tornavau; Bern.inos porém, nep.l1un1 es- de Barbez ' d'Aui·evilly me.<i- sugestões rnó1·bi<las. Ura dfi- ria que as fizesse:n-i. ao i,,,e:;• às suas filhas e .iriní\s de .lêr te uma -do.çura- í,ieriv~! e t'ra11geiTo, nenhumá pro.fissio- mo. e do pobre e nobre VH- talh e mãis realis-ta é até mui- mo tempo ,que .fõssen1 toman- tudo, o. gJ.le não seja nocj.yo : 'brin9avan1 - dando, 1::011a nal da · oeservaçã·o e da via- l~e:i-s ·de• L''Ysle 1\da111. ,Da r·::i- t i s vêzes· preíérivel a i1:n do conheéin\ento dos auto- n.ão se esgueçam de ·Ih'es d;ár, pausa fel i2 à sua· i rande des- -gen\, alc!'lnçou surpree11der o . ~ ·dos. viol_entos e dos pala-' ambiente depressivo, )?ara· res n.1cionais e estrangeiros, dé pteferêncra no origjnal. g1·a~a, a essa desgr~ça d~ vi-- qué ele •surpreendeu no Ih·::- dinos, dos· sête·s que' são g:ran- quem est á nu!na fase e1')1ín·eri - esbudar· a -fi.,ndo francês ou Tartarin de Tarascon e 'Í'be ver exi:1atlo nun1 ten1po que sil e na ' nuú1a1iidacle lirasi- des n,as para quem é ~m- ten'ie-nte in1pressionável. Nho ii,:giês, ou :u-nbos, se · fôsse .Pickwick Papcrs. Se .com es– r.ão era o seu teí11po; nun1 leira. Os seus O'lh0s azuis 1,>re rnesqui.nhõ. esl!t1ro e feill séi se escà11d'all20 alguém i,ôss.(vél . Feio q.;;.e _ouço · d\· s-as duas obras não :fic,uiem. t-;:t1lpo que era o conía·iirio do penetraF.am íundamente na o ter.l'estre decstino. confessando que -prefirQ, pa,·a zer, são. ao contra.rio. noucos gpstando ao mesmo terrí110 r ~·, ten,po. terra brasi!en,a, _ generosos. · Bernanos • n1erecia ~aescan-: dar- a un1a menin2, Fcconili!k os rncçO$ que hoje p·ossue:n dos livr0s e da vida, coiiclui- 1 Geo1;ges Bernª11C-s, t err~ve1, pa,ra QS -r104s~s 11;/L];í,; ~- tx_z;- J ªr na,_ mor~~• :i ;dQtpjiu erifiro.. êe ..,Z~l~. ?º1:, l~eJ;ther ~,E.! ·,a9e.,'.> ., Ct,í).rqpletan:ie11tE; , ,u»i idf,C?J'1:. 'ieí qµe a ~~~~ação atu;1 ~1a,i~ .J .. llr~:.:te~sfvo e S_?iar ! ~obre B~l.'- q1.tezas, eo~te,en~~,llli eg rus;.;1 ;fu:anquilo, '<CO@. ;·f '-ltj§uieta e~-· th~;I}, ~-é~!:~ iº[ª: ~1Jtila, ~ã~ •(!fí~bintteh:o Ti!~"l ;''""'~"~Sr tft.ã1 Jp,m (l(? C'~ "'í1,".!1ltJFºffi- a ·_~i,1j-.,.,, ),! , ti~9($~,lf ~ na~ te.-:.~~R..1'~"~""~#'~00!.P~• n't>sSa!lf -e$,'tot1.i:bd~. ~eça r.ecluill~!l:fr ~IYre '., o sel<' esne:"'11A,õi,tn",,,Çl'i,tra r 0 ·, ~~~ <-, g:,~~blr_\'.J;olés11n-: _ ,t,::1,. •~P:.j,"'".?7::;""'-;~ :,. ~~stare1 -•~.t ·ser ma1~ 1,, '''1:'..~: 0 :\. píir'ffi a~uinà; .• mas" tue: ~nias- v-1r.tude11. ~<l. E$peranga: p.~ralS<>. terrestre, p,rec1sa crer -sobreca1-regaoos ~ h ..,. -1,·H)r, ... .1 • • ,

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