Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

• ( • • • , ,DÕ~go. 25 de julho de 194$ FOLHA DO NORTE' . 8.ª Págiiii .-.,-;o;;c =---• ,____.:,'.;__;,_____;___________ _______ ..;;-.-=-=====:;;;;ir,ã-;::;;;;;;;;;;;;;;;;;,;-;;.-:._____::____ ,. , PARIS - Nessa noite, eu te - dão bem a medida da subia a avenida Montaigne, estupefação get'al. com <iestino ao Théâtre des •• ,E a batalha. e~tá ga– Champs Elysées", onde a nha... mesmo quanto aos !'Orchestre National de la ouvintes distap.tes,. os qua,is, Radiodiffusion• Française", sob nas suás casas, fora da açãc a dire.ção de Roger Désormie- do magnetismo coletivo, sen– r e. apresentaràa um festival tiram a frieza inicial da sua Í!\lbert Roussel, em comemo- sensibilidade fundir-se sob o ração ao décimo anlvers'ário impacto das ondas imensas, <la sua morte. Eti ia apreen- múltiplas e pesadissimas do siv:o, porque, e-orno todo mun- tôda a• riqueza -Sonora de u1na do, tenho :Preferências .que época. me são caras, ·e sei dos peri• Afirmação gr!ltuita, esta? g"os: que representam pará Não: ouvi os comentã'rios ele elas os acas~ da vida e as• alguns me}omanos que passa– mudai~ças de humor. . . ram aqueles noventa minU- As árvores da avenida, que tos ·{iregadps ao lado nos seus Q vento ao outono.cdisplicen- aparêlhos de rádio. . temente desnudava, o peris- S'im: o edifício erguido pe• tilo do teatro, muito pouco los táticos da defesa, da in– povoado, a neve em que se veja, da preguiça ou da. in• nQt.ava, a ausência de alguns compreensão desmoronou aJ:).te ~usicistas dos "grupos. de o impacto vibrante, instaqta– choque" não contribuíam em nêo · e con~ntrado do entu:sí• ' ' ' nada para animar-me o espi... &Smo. A fé que perturbava às rito. V,êzes as fileiras dos persegui. Para tqrnar a prova ainda dores firmou-se para sempre. mais difícil, no pr,ograma or- · Que resta das suspeitas e das ,, SERGE MOREUX • (Copyright E. S. . J. com exclusividade para a FOLHA DO NORTE, neste Estado) '-, -----Il -- . críticas? Tomemo-las, uma a uma: .- "Falta a Roussel lealdade para com a própria •inspiração" - Em música, o andante.é a íniludivel pedra de toque: as frases lentas, de fôlego iargo, apoiadas sôb.re síncopes. conti– dás; como as sugeridas pela aparição de Dido a Enéas, e pela dança sonolenta de Ariane, não podem ser "fa– bricaaas". - "Roussel não tem o sen– so da bârinonia". - Isso podem dízer os que amda insistem em esperar um acordo sob cada nota mé– l6dica, os que· ainda ·resmun– gam diante da· hârmonia am– pla de Debussy, e 'Cujos ou– vidos não identificam a "har• monia em extensão'', êsse halo característico que se resume em uma ou duas agregações, essa atmôsfera' de acordes • que envolv~ um trecho con• trapôntico mais ,. 01l menos longo. Não · é esta a ocasião para historiar a evolução harmônioa,. afim de ju~ífi• car o sistema "agregador" de Roussel. Contentar-me-ei em dizer qu.e êsse Mestre restau• rou a forma cára~eristica da sensibiligrule dos seus com• patriotas~ ~'t1o século XV, os fúndadores da adinirãvel es– cola franco-alemã. ti muito· próxlrno o seu pa, rentes.co com um Dúfay, por exemplo, o qual, sem se preo.• cupar cqm os acordes atra• -vés dos quais • passai,ão os plan9s das düeren:tes vozes, entr,élaça na maior liber- i ., - dadé '!! magn-~icas linhas do seu "Glória'!. Como êste, ·como todos os grandes con– trapontistas cuja raça s,e ex• tlnguiu ein meados do sécu– lo XVII·, ~oussel tem o ,sen– so infalível da direção das vozes através dà sucessão de estágios 11.Uriinosos atingidos e ultrapassados sem balizas. - "Os ritmos de Rouss-!l são brutais". - A- vitalidade dos vôos sincrônicos de linhas melódi– cas destacadas das di:versas notas do primeiro acor<ie, as quais marcham para o acor– de final ein cadênçia longín– qua não se torna póssivel se• não péla fôrça de um dina– mismo sem_exemplo depoi,s de Bach '..... i;- aliás bastante semelhante 310 do gen~al "cantor" de Leipzig: igual• dade de .gõsto, a mesma uti• liz~ção fràl.1ca ' dos ritmos ele• mentares, e íl mesma obstina• da e sistemãtica -pulsaçâ9; a sucessão -de acordes, feridos . ~anizado sucediam-se à "Sui– te en ºFà" e ao "Bardit des Fran«~'.', .. pai:-a d'ôro e ·metais, dual partituras de ,"ballet''. ·"Aeneas1', que seria apresen. :b:da pe\a primeira vAz. num CQncêrlô; depois das ·suas magnificas represen~ões em.. Ei:uxelas, em 1935, e ·a tu• :multuos.a suite de "Bàcchus et Afiáne''. Tinha-se a im• pressão .,-êfe• que os ol'ganiza– dores df~*dição queriam eor– t,ejar o ,p·érfgo: com exceção do "Bardit", ia-se executar músi– ca pura, e '·'n'iúsica nua", isto é, priva<la dàs galas da mí– mica. ; O ALEIJA DI N H·o .11 MAG I NA R l O As grandes composições, que Antonio Frap.clscó Lisboa realizou, como arquiteto, es– tatuário e entalhador, relega-, raro à obscuridade sua obra de in+aginárfo. Nada mai~ jÚSlif,ícável, aliás, do que 11 posteridade ter deixado ·pas– sar despercebidas até ag~ as im~gens de autor,ia do Alei– ja$iinho, atraida como o tem si.do pela im:portancia da sua contribuição inovadora no · Roger Désormiàre toma a ca:tnpo da arquitetura e, bem batu.ta: magro, s6brio, quase assim, no üomíírlo da es.cul– frio; ele fém sempre êsse a1· tura móriumental. Entreta1j– modesto cá'o ttual um },)elo to, as imagens que. .êle dei• olhar fi1·me. imp~e. segu, xoll merecem •ta:m.bém ser . ~anca: esta 11óíte êle·mo-ve-se estudadas com empenho, n:ão com o seu ielto de. "Pastor s6 por traze-i:em a marca e– l>avid"• . um jeito tão meu co- nérgica da sua personalidade, bhecido, o seu jeito das nol- mas também PQr terem rele• tes de ·batalha••• digo bem-: vánte valor artístic-o por si cie batalh',a, porque, repito, a mesmas. . . .,.,, .,,. . -ocas1ao e~,a •grav~: ou a opi~ O estudo necessário ter~ . ruão à l'espeíto de Roussel âe principiar pela própria c0ntinuaria ,a· arrasta_r•se- crítica da atribuição das · nu~a espectativa preguiço- obras, uma vez qúe não íi~ _ 3a, ·ou passaria à considetação cou d~cument~, escrito com• talvez assustada, mas cQÚS• probatório da autoria de An– trutiva. Se aquele maestro tonio· Francisco sõbre nen• fão cuidadQSo, tão hábil, e ,hUm dos tra:t>alhos dessa• na· tão ·bon'f músi"Co, não .conse- tureza, exceção feita apenas ;guisse semefhànte resJ,iltado, para às imagens de São Sí– .quanto t~mpo. seria al.nda ne• mão· Stock e S. João de Cruz, -<:éssúrio para fiue se produ- em Sabará, é pata as figuras zissé o fecundo choque psi: dos Pl'ls.sos de Congophas. E~– -cológico? tas últimas, porém, não se RODRIGO M. F. DE ANDRAD~ :mencionada na bio~afia .do Aleijadinho, P()J' RO<h:igo José Ferreira Bretás. Ha pouco · 9 escrit_or Augusto ·de Lima Juníor impugnou ·ca• tegoricamente a atribuição dessa 0bra a Antonio Francis– co, $0l> alega(ão de que_ a iinagem teria sido i,mportada de Po1·tugal, e que· n~m se• quer rep;rese,ntaria São Jor• ge com a in,dumentá.fia de ca– valeiro· e, sim, o peão (tUe :lhe · servia de comparsa nas procissões. A c~ntestaçio, porém, é infundada, não só pela improcedencia, verificada dos argµmentos ein que o. es• crito.1· se. bas~õu, mas tam– bém ~orque a imagem em questão tem ça'racterlsticàs insofismáveis das obras do AleiJadin'hb; de autoria cnm• provada. (Copyright E. s. L com ex,clusividade para a FOLHA DO NORTE, lleSte Estado) ' / q1.1a1quer de suas. compQsi• ções. Graças a t'als elémentos, jã se pôde fazer ' uma relação bastante consid&ável âe ima– gens de autoria do Aleija, dirího; relaç,ão essa, que t~m aumentado cotn" relativa fre– quência ultimamente. Delas, a que· se conhece desde inais tempo é• a de S. Jorge, atualmeI\te integrada- .... nas coleções elo Museu da Inconfid~ncia e que -perten• ceú primitiva-mente ao· Sena– do da Câi:iira de· Vila Rica, para ,:figurar nas procissões de Corpus Christt ten<Jo ma– ls tarde sido conservaila por longos anos .no consistório da Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Oµro Preto.. Essa im-agem sõooerite é que fói - Do Drama À ···Comédia (Conclusão da. tJlt. Pil,r geios de pássaros, ressoava continua1X1,ente. Não se pro• nunciava a palavra l'l'H>rte, sendo os que recebiam tão completos serviços designados por The, Loved Ones. Depois J . • de preparados, pin'Jà~os, · l)én• teados, os Entes_ ~?Jlados fl• cavam em hexposição, na ati– tude -escolh·ida pelos paren– tes, recostados em sofás. sen- , tados, ou até mesmo deita. de seu falso e dulçuroso ten• D.entre as outras,, identifl• tim.entalis.mo, é pór assim <li• caçias pasteriormente, a mais . zer escamotear a morte, fazer béla e valiosa de tôdas• é, sem como se. ela não existisse, uu, dúvida, um Cristo Crucifi• pelo menos, esconder-lhe os cado que se encontra fora do aspectos dramáticos. Com isso culto, n,un dos corredores la• s6 C'onseguem, entretanto, ti• terais 'da adtniráv.~l igreja da ra,l'.•lhe a grantieza, caricattt• Catas Altas do Mato Dentro. fâ;la, comunicar-lhe um uão Na mesma regff0c pode se;r séi quê de ridiclllo. Os pobres - contada uma Nossa Senhora 'Entes Amados, uma vez do Carmo, eiistente na és• · transformados em }?onecos d.e plêndida m·atriz de Nossa Se• cêra, talvez não ilnpressio• nhora do Bom Su<;esso de nem, ma,s só porque se pr~s- Caeté.. N'.a zona do Río das tam ao riso. Mortes, há um ·são Jo~o E- regularmente ou de fotmas rítmicas semelhantemente or• nada.!!, permitia a Bach fazer reS{laltar ~ vibl'ação, a in(e– pendência de uma linha: me• lódica muito mais- monódrra do ·que a ária muito marcaqa que v,iria depois dele. Albet't Ro'l\SSel emprega muitas - . vezes o mesmo processo; no "Festin de l' Araignée" por exemplo, há uma passagem em três tempos, dan§ada .:o– mo valsa, que ilustra perfei– tamente o reter.ido parentes– co, e refiro-me a ela porque ' é mais ctn.hecida do que de– .zenait de outras igualmente notáveis, ·mas menos presen– tes ao espir:ito do leitor. Por ~urpreendente que 1'!S'O pareça à primeira vistã, Rotis– sel, ,~&mo Bach, graças a essa utiliza_çã9 dos ritmos elemen• tares, soube emprestar um estilo ,ià m,{isica progressiva da sua época: sem êle, o c.on – traponto livre, restaurado Por volta -de 1914, feria prÓ– longado o · deprimente dia sem sol que se viu agonlznr durante uma dezena de anos, assistido .apenas pór pensa– mentos obscurQS· e instintos débilitados. - ' 1 Rottssel não- te.m o sén– so dos acordes". -:- Quem pode sustentar diante de técnicos ou ama• dores· dotád:os •. ·de ouvld<> m11Sical qile essa- deíiciosa aquisiç~o do impressionism~ estéja àus~te dà consci~n– cia roussel4ana? Seria pre• c~o esquecer ,a espanto_sa. caaêncta final do "Bardit des Francs" - cmergindG do tremor delicado do góngo; igQorar p envolvente .a1idante da "Stnfonietta"; .desprezai- . .. . ' o ;prune1ro movimen.t:a, da ter- cei:r~ sinfonia, o lento mo• 1 --~ - vin'(en~ da quarta, çentçnas de espantosas cadências, e um número ainda maior de l•J• minosas modulações... ii de .pro~sito qúe me refiro a composições posteriores à "Padmavati", isto é, pos~– riores a 1914, pe1·que sã:> essas principalmente as ata– c.adas, essas sobretudo a:s "impregnadas d .e dinamis• mo dest<l'UÍ4~r" (1). · podem incluir com muita 1 Ouvem-s~ os prim~tros com, propriedade no d-0mínio da ,. -passos; ·eu repito: a notà:,el imaginária, pt>is é mahtfesfo "@rcnestre. Na-tional de la que o artista tratou -ali os Badiod~ffusion'' está em um episó,t,os da paixão em t-011• -do:s seus melhores Ai,as; junto, não tendo escul!)klo o mae.str<:> e ela formam -Unl. as .fiftn•~s integrantes c1,,: c-a– ~onjunto ta.ô homogêneo como cta composição par:i i-:ete::n. .o de um time internacional ' ~preriadas isoladamei11.e. A· 'de rui;by. Os "passes" suce• pena,;_ às imagens do Cl"i~to demsse com marav1lhosa p1·e• e a ama ,ou o:•tra ra.<"a t'igu. cisão, ·as linhas 'meiódicas de- ra dos ~póstolos, em ::leter• senvolv.em -se, reagrupam-se,, minàdo_s Passos lle dê,) tra• J:epetem-se, num estilo im• tiunento destinado a fazê• pressionante; a veloci<J,de do las valer poi; si mesmas. .ànda1nento, como na -giga da Todavia, quer essas ob11as d~ em. caixões, mas sem que nada na sua aparência sugerisse- a rigidez cadavéri• -ca,. A Mortu ,a.ry llostess -to• mav.a tôdas as providênci.as a fim de que tudo se passasse como numa recepção de bõ1n tom. No pa.rque, os tútnulqs· se agrupavam em tôl'no de reproduções de opi'as de :irte; assim na zona do.s runantes figurava o Beijo de Rodin, na dos poetas uma estátua· de HÓméro. Cascatas, .árvor.es , gramados e flores, -muit:is flo– res, faiiam de Cla.niras Sus– surranté$ um jardim belo e tranquilo, com pitorescos re• cantos. Recltsár-se a aceitar o mls- va11gelistá, de pequenó porte, tério .da morte, a majestade mas de postura inspirada, 'da morte, o horror da morte lemb:tando o movimento e o pai•ece u1na das mais chocart• gesto Ele doii; âos pró:fetas d·e· tes aber1~ções do homem Co~gonbas, co'hservado :n11m moderno, ti-a:duzeindo a sua dos. alta1:ts colat~rais da igre– incapacida_ite I>ª!:ª - encarar j11 da Ordem 3.• de Síí:o F1·an– de frente, , cotàjosamente. o cisco de Assis, de São João -seu •pl'ól)riÕ"destino. Sintoma del Rei . Erh Ouro Preto, fo• de fraq_ueza, tle covardia de rim relacionadas no~ últi• amolecimento, de excessh·o_ mos tempos divel'sas ima• apêgo à vida, t!ll atitude, qúé gens com a marca de A11to• não é, feli'í: m.en 'le, a de todo nio Fràncisco, a principiar o povo am~rioà110, represen• de um São ·Raimundo N·onato ta um perigoso sinton1a do (de roca) e um Cristo Cru• piol', d(t:' :jllaiS desagradável ci!icado (êste muito danifica• matetiaHsrno: do que faz do, infeli:ttnente), ambas na compreender a vidà como igreja de N~sa Senhora dai; um .Pi-azer constantê, do que Ivf:ercês e Pe1·dões e, ainda, nega tacit!\fnénte a fôl'~a tlc;> um itnpressio-nante São Fran– sof1'iinêl)to, do que a reb:tixa cisco de Patil-1, ná igreja da ''Odeio o mecanicismo de Baeh", disse Berlioz. ' '0 me• canicismo de Roussel repug• na-me'\ di~se u.ro con~erripo• râneo: um mestré, como Ber• 1ioz: "N.ão há sombra de mú• s1ca nisso tuclo". • • Coma duas quantidade~ iiuais , ., '1ma terce~r.a são iguaí.s e~{I!~ si, e con10 ne -caso patttcula1 uue nos. interessa a opi.nião 4e Berlioz é um êrro reconhe– cido, lógicamente a opinião tio segundo ta~nbém está er– rada: i-essalta portanto a verdade da sua contrária, cuja conclusão ê a .se.guinte: ' 'há muita 1núslca ni:ssó tudo, mlisiea dctnais - :para 4ue:11 •~ãu tem fôlego sUfioiente pal~ apreciá-la". ••suite en Fa", por exemplo., · tr· · ll:l 1n&camente màis valiosas, -corresponde perfeitamente à quer as demais, de autoria idéia do mestre desapareci- comprovada p.or • docu-mento, -do; os planos melódicos e çonstituem elementos de igual -seus desenvolvhnentos escla• importância para a apuração r.ecem-se; não se a:1siste ao da• autoi;ia das otrtra.s ima– turbilhão confuso entusiasta, gens de m-adeit:a, deixadas por mas às vêzes btutal que mÚi- Antonio Francisco .' Par~ o tos maestros pro:vocam ha- mesmo efeito, são tàmbêm ·de 1>ítualmente quandó interpre- grande utilidade as eseultu– tam partituras de Roussel. tàs ern pedra sábão, que a Sem dúvida, notam~se aqui ;êle são creditadas com pro– -e ali, algumas falhas: o gon.. va document.a1. go que não soa 110 aco,de fi– nal do "Éardit", suprimindQ <asshn .o inaudito arrepio que . ' e11c~rra a peça; enfra(juec1- n1entos fugàzes ,dos cô1:os; 'contudo. sôbre as diferentes ;perspectivas. conQentradas e ' - . como .que sàbian1ente arran- jadàs põr um deiienhista Je jar<Uns à esoanhola, eleva-se '€\ brilha! finalmente uma luz ~e cont unto. místerio_sa ·e se– rena. - Aplausos upân,i,mes marcam • o 'fim âa· execu'é;áo; aplau:;os vib1·an'tes. cheios, cuja extre– má. viol(!ncia - emrJora não ~ p;i:olonguem· e~cessh·ii.men- • E:>. cei:to q~e muitas das s.essenta e tantas figuras dos Pas.so~ de CongoJihas não se· prestarão para o fim :indicado por serem obra!> dos oficiais do A1eijadinho, que ali ,traõa– iharam com o mestre de 17.96. a 1800, tal cozno rezam os do– cumentoi;. No entanto,. as ca-– racterísticas da zyiao de ob1·a . ' -ie Antonió '.r.1·anci$c'O preva• lecen1 atnplatnente no coxr– iunto·. Não só a i,ua técnica peculiar. como as suas pró– prias baldas se impõem à ob– sel'vação, juntr1m,êntce co1n o esti\ó mui.ln marcado de Os que se ocupavam 1!0s mortos eram ·tã-0 numerosos qlie chega_ram a""'--copst;titi:ê uma no, 1 a çlasse de especia• lislas, os JrtorlicianS; com uma assoeiação ,. profissional, um jornal, l\iot.ticia'íls Jó1tr– nal, e duas 1·evistas. The C:ts– ket e Whtspers from de lUa– •les. N ãc;i lhes parecia em absoluto maeab1·a, nem ao menos triste <1 sua ptofi;;siio; ná.moi-ando tµná mota da r,ec• ção de cosmeticos, o ehaíe dá de recoJnposição de corpos impr.itnja nà ~ace dos Efltes Amaé•os um so1·dst> terno e festivo, ('JUP. constí– tuia a sua homénag-em à Dela. por esta aceita com eOn)OVidn sati;;façãl>,. Na.rt-ada de modo' ihcisi;ro, com uma ironia (lura, pol'é1n dil;iéreta, a riovela põe t'm evidência q_ materiãlis'mo, não direi de tõda, mas de 1ima parte da sociedade ameríta- 11a. O que !'.)retende, at~nal, tôda essa eneenaç,ão, apesar de drárna à comédia. Otdérn 3,ª dos Mínimós dês• ~----------- se páttiai·ca . No c,onslstó'rio Crítica- de,'; . -,. , dessa mesma igreja, hã um (Co~c-lu.,ão da 2a. pág. ) São Frâlicisco de Assis, de roca, com tl'aços muito sê• melhantes aos das obraii do Aleijadiliho e um' enol'me Ctisto Crucificado' que, me• nos patecido embol'a, t!;)m características pelo ménos de obra da sua · o·lic:lna ou dé discípulo se,1. tence": pata tatúo' falta '1 "solução humo:risticá" ó pêso ·aa reá1-idade. Por isso, o ten• tro de~Anouilh dá a imprçs– são dé "li,geil·o". - Mas é l>on1 t,eãtro. E pc,r que? Potque no fundo ela mera ilusão taát1:al ainda se encontra, côrno residuor a base psicôlógica é • óntol6gica da arte teatral{ a representac~o dramática da condição hu-– mai1a. Aquela simúo11zagiío da felic~d~e pasS1"1cia pe)a imagem de trepadeiras em tõrno 'das modas de lun velho carro - não será porvêntu11a -a imagem: da nóssa co1tdicã'o \'1~ cri~tutás caídas, exptt1s.1s do Paraíso? ' ' Finalmente, não devem dei~ xar de ser inen'b,ionadas a'.lgu– mas lmágens pequenas, per– tencentes ao act?"rvo do Mu• seu da ínconfid~ncia, uma das quais re);)rêsanta Nossa . ... ' ' Senhora e .:ili outtas, figuras de .um presépio que, infeliz• ,mente, . se ,éxt;raviou. Est<)S últimas têm mitito sn:bõr: o sabõr mais géhnbtõ da escul– tura, de Antonfu iranci$'e"o Lisbôa. Em vet' d.ai: ie. a obra rte Roussel integr.a-se na evolu• s.ão positiva da m-i'.ísii?a; as $ U.as gi·an.des pàrtituras co• loeam-se na liüh.t e na fren• te d!js audáeias suc~.ssivas ~ vitori6aa-s d~ um Debussx e qe 'lltn Rm!ol: ''Jeux;", com– posto 1>elo primeiro_em 1913., e "La Vl,\ls~", féit.a, pe-lo se.– &undo . em 1919, justi.tJcatn ll t.pjhádá de posl~âo d~ Ro:us– s.el : A obrá dêste represe-rlta em. relação à sensibltl<;!a,:le çonte1nporl!nea o que ã n1a~ túriqade rl!prcs-ei:ita_ 'ér:n. tê• l11çâo à ttdolesc~ncia: a ev:i- .. ' lüção -dé utn de~errrii:nism-0 construtivo. Conh·apontlsta porque ha– mengo, impressionista l)@rcjue. f;tij:ncê~, Rous§e:l .soube rea– lizar a sintésé das, co~$équên~ cias -estitísl:lcag. dessas d.uait condições, cofls~rrvmndo ao fneSJl'l'-0 temp.o ào ini1?ressio- 1'ílsmo os sefl.s e.J,Iéantos lícitos, e viriliz1u1do-o pelo eml;'.>rê– $ do livre arbítrio melódi- co. '

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